Tag Archives: cannabis medicinal
Desde que a importação de cannabis foi aprovada em 2015, milhares de pacientes vêm experimentando os benefícios para o tratamento de dores crônicas, problemas neurológicos e até condições de saúde mental.
Com o crescimento do mercado, também surgiram centenas de marcas que oferecem uma variedade de soluções para atender ao público. São cerca de 250 empresas atuando no Brasil. Mas como escolher um produto de qualidade?
Para responder a essa pergunta, algumas marcas apostam em tecnologias de formulação, que elevam os status dos produtos para um padrão farmacêutico e apresentam diferenças que não são encontradas em outros óleos de cannabis.
Tecnologias que são usadas para aumentar a qualidade dos produtos, diminuir os efeitos colaterais e torná-los mais eficazes.
A tecnologia na prática
A Entourage, por exemplo, uma das pioneiras no mercado medicinal, criou uma tecnologia que foi chamada de Fusionner. Segundo a empresa, ela maximiza o potencial terapêutico, garantindo uma absorção superior dos canabinoides e diminuindo as reações adversas.
De acordo com o CEO da marca, Caio Santos Abreu, a fórmula permite um aumento da absorção superior a 53%, além de ser solúvel em água e produzir efeitos em até 15 minutos de uso.
Para se ter uma ideia, óleos sublinguais ou orais de cannabis medicinal demoram em média 30 minutos para fazer efeito. Sem contar que são hidrofóbicos, ou seja, não se misturam com água.
Abreu explica que essa tecnologia é feita a partir de nanopartículas, que interagem no organismo de forma superior a produtos convencionais.
Sem metabolização pelo fígado?
Um dos pontos que ainda implicam no tratamento canábico é a sobrecarga do fígado. Pacientes que precisam de uma quantidade maior de cannabis diariamente, podem ter alguma complicação hepática.
Isso porque a cannabis é metabolizada pelo órgão, que pode ser sobrecarregada com doses altas ou com a interação de outros tipos de remédios.Principalmente quando falamos sobre o uso crônico.
Dessa forma, a busca por soluções tecnológicas que amenizem esse problema, são essenciais para os pacientes que dependem da cannabis para ter uma qualidade de vida e não podem interromper o tratamento.
Segundo o CEO da Entourage, os produtos da marca possuem uma absorção predominantemente linfática, o que evita a degradação da substância pelo fígado.
“Isso reduz a hepatotoxicidade e torna os produtos mais seguros, especialmente, para pacientes em uso prolongado.”, ressalta.
Abreu ainda acrescenta que a solução também diminui as interações medicamentosas, o que contribui para produtos mais seguros para pacientes que utilizam múltiplos medicamentos, público pediátrico, idoso ou com algum tipo de comprometimento hepático.
Estudos clínicos
Outra questão que ainda bate na porta de muitas empresas é a falta de estudos clínicos que comprovem a eficácia dos produtos. Motivo que fez a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dar um prazo de cinco anos para as empresas que têm produtos registrados nas farmácias apontarem estudos que mostram a eficácia das suas formulações.
Por outro lado, há empresas que já estão se adiantando. Mesmo sem nenhum produto nas drogarias ainda, a Entourage possui estudos pré-clínicos e clínico Fase 1 que demonstram uma vantagem em relação aos produtos disponíveis no mercado brasileiro e mundial.
Em 2020, pesquisadores da marca publicaram um estudo na revista International Journal of Pharmaceutical, em que mostraram a eficácia no manejo de diversas condições médicas, incluindo dor crônica, ansiedade, distúrbios do sono e epilepsia refratária.
“Ainda estabelecemos parcerias para novos estudos clínicos comparativos para mostrar a superioridade do nosso medicamento”, ressaltou.
https://cannalize.com.br/tecnologia-nos-produtos-de-cannabis/ Senadora critica atraso na criação de lei uma sobre cannabisA parlamentar criticou a demora das discussões sobre o assunto e propôs compilar todos os projetos para uma votação ainda neste ano
Ontem (30) a senadora Teresa Leitão (PT-PE) sugeriu à Comissão de Assuntos Sociais do Senado que todas as propostas em tramitação relacionadas à cannabis medicinal sejam compiladas, estudadas e votadas ainda em 2024.
A parlamentar ainda criticou a demora do Plenário em relação ao tema. “O Senado está um pouco atrasado nisso. Alguns estados estão fazendo suas legislações específicas”, disse. “Ainda este ano precisamos nos debruçar sobre o uso medicinal da cannabis”, pressionou ela.
Até o momento, há três projetos de lei sobre a regulamentação da cannabis no Brasil em nível nacional. O mais antigo é o PL 399, proposto em 2015. O PL visa o cultivo de cannabis para fins medicinais e industriais.
Há também o projeto 89/23 que visa disponibilizar os produtos de cannabis de forma gratuita pelo SUS em todo o país.
O mais recente é o da senadora Mara Gabrilli, conhecida por defender a democratização do acesso à cannabis medicinal. Assim como o projeto de 2015, a ideia é desburocratizar o acesso ao tratamento com a planta, regulamentar o uso veterinário e criar oportunidades para a indústria.
Leis estaduais
Sem uma lei nacional, vários estados estão criando a sua própria legislação sobre o uso da cannabis, sobretudo para o uso medicinal e para estudos.
Atualmente, 18 estados brasileiros possuem uma lei sobre a cannabis, como Rio de Janeiro, Piauí, Rondônia, São Paulo, Rio Grande do Norte, Alagoas, Tocantins, Mato Grosso, Distrito Federal, Goiás, Acre, Amapá, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Paraná e Mato Grosso do Sul já possuem uma lei que regulamenta a planta, seja para a distribuição da cannabis no SUS ou para a realização de pesquisas.
Outros estados como Maranhão, Pará, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Bahia, Ceará, Amazonas e Minas Gerais e Santa Catarina tramitam propostas semelhantes.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/senadora-critica-atraso-na-criacao-de-lei-sobre-cannabis/ Sonhar é preciso
“Os problemas do mundo não podem ser resolvidos por céticos ou cínicos, cujos horizontes são limitados por realidades óbvias. Precisamos de homens e mulheres que sonham com coisas que nunca existiram e perguntam: por que não?”
A compreensão da cannabis medicinal, sua utilização como medicamento e suas inúmeras aplicações terapêuticas são de extrema importância. Por se tratar de um assunto controverso, estudos baseados em evidências científicas, respaldados por pesquisas clínicas adquirem importância extraordinária.
O resultado de todas essas pesquisas, não deixam margem de dúvidas, manipulações ou distorções. Como pesquisador tenho estudado e pesquisado a cannabis medicinal e posso afirmar seus benefícios inquestionáveis.
Contra a ciência não há argumentos
Não existe espaço para preconceitos, Fake News ou desinformação, pois trata-se de ciência e ciência milenar. Além disso, sempre tive como missão melhorar a qualidade de vida dos pacientes e nada me deixa mais feliz em saber que a regulamentação da cannabis medicinal no Brasil está avançando rapidamente, beneficiando milhares de pacientes.
Uma pesquisa realizada na Biblioteca Nacional de Ciência dos Estados Unidos, utilizando-se a palavra-chave cannabis, mostrou que existem mais de 45 mil estudos, a maioria publicados nos últimos anos.
Todas essas pesquisas comprovam o seu valor terapêutico em várias enfermidades como epilepsia, esclerose múltipla, dor crônica, câncer, doenças autoimunes, doenças neurológicas, entre outras.
Além disso, agências regulatórias em todo o mundo têm aprovado o seu uso. Desse modo, dizer que não existem trabalhos científicos ou evidências clínicas que comprovam sua eficácia, demonstra clara falta de conhecimento sobre o assunto.
Foco na cannabis medicinal
Portanto, a educação médica continuada é fundamental para dividir informações científicas importantes, muitas delas desconhecidas para a maioria do público leigo.
O enfoque é na cannabis medicinal exclusivamente como tratamento.
Discussões sobre o uso de cannabis recreativa, seu cultivo e comercialização não é nosso objetivo.
A descoberta do sistema endocanabinoide, por volta da década de 1990, deu grande importância científica ao mecanismo de ação da cannabis medicinal. Saber que nós humanos produzimos cannabis no nosso organismo foi uma grande surpresa para a comunidade científica.
Sem negacionismo
Independentemente da percepção e do ponto de vista de cada um, negar ou desconsiderar a importância desta extraordinária planta na vida de pessoas que necessitam dela e no sistema de saúde do país é simplesmente irracional!
Os médicos devem ser treinados, informados e capacitados para utilizar essa importante opção terapêutica.
Foram milhares de anos de experiência epigenética em que não apenas nós humanos alteramos o genoma da planta, mas ela também provavelmente modificou o nosso.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/sonhar-cannabis-estudos/ Ucrânia aprova lista de condições para uso de cannabisA nova lei já foi regulamentada e contempla pacientes com diversos tipos de condições médicas, que poderão comprar e transitar pelo país com a cannabis
Em agosto de 2024, o programa de cannabis medicinal da Ucrânia foi lançado oficialmente.
O Parlamento do país aprovou pela primeira vez a reforma da cannabis medicinal em dezembro de 2023, com o presidente Volodymyr Zelensky assinando a medida em 15 de fevereiro de 2024.
Resina de cannabis, extratos e tinturas são excluídos da lista de “substâncias perigosas” na Ucrânia sob a nova política.
A produção de cannabis medicinal, o desenvolvimento de terapias e a distribuição de produtos derivados da planta, devem ser rigidamente regulamentados na nação europeia.
“Para implementar a Lei, a equipe do Ministério da Saúde, juntamente com o Ministério da Política Agrária, o Serviço Médico do Estado, o Ministério de Assuntos Internos, a Polícia Nacional e outras autoridades executivas, desenvolveram estatutos que regulam todos os processos em detalhes e permitirão que o paciente receba medicamentos de cannabis medicinal.”
Disse o Ministério da Saúde da Ucrânia em um comunicado à imprensa anunciando a implementação da legalização da cannabis medicinal.
Listas de condições tratadas
A pasta também declarou que, para garantir o cultivo de cannabis medicinal na Ucrânia, foram desenvolvidas condições de licenciamento, que em breve serão consideradas pelo Gabinete de Ministros.
“Além disso, toda a cadeia de circulação de cannabis medicinal, desde a importação ou cultivo até a distribuição a um paciente em uma farmácia, estará sujeita ao controle de licença.” Complementou.
Conforme relatado originalmente pelo Marijuana Moment , autoridades ucranianas aprovaram recentemente a lista de condições de qualificação para pacientes em sofrimento.
“Na sexta-feira, o Ministério da Saúde da Ucrânia revelou uma lista de cerca de 20 condições qualificadas para as quais a cannabis medicinal pode ser prescrita aos pacientes, ao mesmo tempo em que observou que condições adicionais podem ser adicionadas no futuro se forem consideradas clinicamente apropriadas.” O Marijuana Moment relatou.
Ainda acrescentou que as condições incluem esclerose múltipla, neuropatia, herpes zoster, paralisia cerebral, lesões na medula espinhal, complicações de quimioterapia, Parkinson, epilepsia infantil e perda de peso associada a transtornos alimentares.
O ministério também observou que um comitê médico consultivo poderia aprovar condições adicionais no futuro.
Cultivo
As instalações de cultivo de cannabis medicinal ucraniana devem ser operadas em “condições de solo fechado” com “vigilância por vídeo 24 horas”. Além disso, a polícia nacional deve ter “acesso livre” a todas as instalações, de acordo com os novos regulamentos.
Para o cultivo, há um procedimento para compra de sementes: elas devem ter um certificado de qualidade e ser registradas no Registro Estadual de variedades de plantas adequadas para distribuição na Ucrânia.
“Medicamentos de cannabis medicinal serão feitos em um ambiente de farmácia e prescritos por prescrição para pacientes para os quais os medicamentos convencionais não têm efeito terapêutico ou causam reações adversas mal toleradas.” de acordo com o Ministério da Saúde.
Regras para a compra
Será possível comprar os medicamentos na Ucrânia apenas com uma prescrição eletrônica, que indicará a forma de dosagem e os nomes das substâncias ativas incluídas em sua composição.
Espera-se que os medicamentos de cannabis medicinal estejam disponíveis para os pacientes na forma de gotas orais, cápsulas duras e pastas dentais.”
A lei ainda permite que pessoas que entram ou saem da Ucrânia ou transitam por seu território, carreguem medicamentos à base de cannabis medicinal para uso próprio em uma quantidade que não exceda a quantidade prescrita por uma prescrição médica.
Texto traduzido do portal Cannabis&Today
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/ucrania-aprova-lista-de-condicoes-para-uso-de-cannabis/ Fapeg abre edital para pesquisas com cannabisCom um investimento de R$500 mil, as inscrições acontecem até o próximo mês e irão contemplar até 10 propostas
Na semana passada (01), a Fapeg (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás) lançou um chamamento público para até dez projetos de pesquisa sobre o uso da cannabis medicinal.
As inscrições devem ser feitas até o dia 14 de novembro e precisam focar no cultivo da planta com finalidades medicinais ou em formulações e aplicações clínicas. O edital também abriu um espaço para pesquisas que abordem aspectos legais e sociais.
O investimento para o custeio do projeto pela estatal será de R$500 mil. Cada projeto poderá receber até R$100 mil, dependendo do tipo. Para participar, basta se inscrever no site.
Podem participar pesquisadores doutores com vínculo com instituições de ensino superior ou de ciência e tecnologia tanto público quanto privado sem fins lucrativos.Mas as instituições precisam ter sede em Goiás ou rede com instituições do estado.
Estudo sobre melhoramento genético
Essa não é a primeira vez que a instituição investe em pesquisas com a cannabis medicinal. Ainda neste ano, a Fapeg abriu outro edital sobre o assunto.
Quem venceu o chamamento público foi um grupo de pesquisas da UFG (Universidade Federal de Goiás) para investigar o melhoramento genético da planta. A pesquisa vai aprimorar variedades da planta, a fim de melhorar a qualidade dos extratos.
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https://cannalize.com.br/fapeg-edital-pesquisas-cannabis/ Estudo: Cientistas farão pesticidas a partir de resíduosA ideia é usar as sobras de produtos plantações de cannabis medicinal para fazer pesticidas mais sustentáveis e naturais
O laboratório InnovPlantProtect, em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, em Portugal, irá conduzir um estudo um tanto quanto inusitado: a transformação de resíduos de produtos de cannabis em pesticidas biológicos e sustentáveis.
O objetivo é aproveitar sobras que iriam para a compostagem ou incineração para a extração dos compostos que possam ser usados em formulações contra pragas, o que ajudaria a controlar, por exemplo, duas doenças que afetam as oliveiras.
A ideia foi uma das vencedoras da 6ª edição do Programa Promove da Fundação “La Caixa” e receberá um suporte financeiro de 150 mil euros (mais de R$900 mil) para a condução da pesquisa.
A proposta é utilizar solventes sustentáveis para extrair os compostos bioativos das folhas, dos caules e até da raiz da planta. O estudo vai analisar se os compostos ali presentes “têm uma bioatividade muito específica”, ou seja, se apresentam propriedades antibacterianas e antifúngicas.
Doença das oliveiras
Há duas doenças do olival que estão na mira dos cientistas, a gafa e a tuberculose (ou ronha da oliveira). Doenças que estão dando dor de cabeça nos agricultores, incluindo a empresa AGR Global, parceira do projeto.
A gafa, por exemplo, é causada por fungos do gênero Colletotrichum e afecta sobretudo os frutos: as azeitonas começam por apresentar manchas, depois ficam com aspecto engelhado e acabam por cair prematuramente.
Já a tuberculose é causada por uma bactéria chamada Pseudomonas savastanoi, que se aloja nas feridas dos troncos ou galhos, desencadeando a formação de tumores. As oliveiras doentes tendem a ficar mais frágeis e os seus frutos a adquirir um certo sabor amargo.
Ana Rita Duarte, investigadora do Laboratório Associado para a Química Verde da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, argumenta que as soluções que existem hoje no mercado não são eficazes contra as doenças, por isso, é necessário buscar novas alternativas.
Contribuição para a redução de pesticidas
De acordo com Cristina Azevedo, diretora do departamento de novos pesticidas biológicos da InnovPlantProtect em um comunicado, o desenvolvimento de biopesticidas feitos a partir de subprodutos pode contribuir para a redução do uso de pesticidas.
A Comissão Europeia havia proposto a redução pela metade da utilização de pesticidas químicos tradicionais até 2030.
Com informações do portal Público
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https://cannalize.com.br/estudo-cientistas-farao-pesticidas-a-partir-de-residuos/ Cannabis está associada a qualidade de vida, segundo estudoDe acordo com o levantamento feito em apenas três meses, a cannabis elevou o nível de qualidade de vida dos participantes da pesquisa
Pacientes que começam a usar produtos de cannabis medicinal experimentam melhorias rápidas e clinicamente significativas em sua qualidade de vida relacionada à saúde, de acordo com dados publicados no Journal of Cannabis Research .
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores afiliados ao College of Osteopathic Medicine da Filadélfia, nos Estados Unidos, avaliaram mudanças na saúde geral dos pacientes antes do uso e três meses depois.
O estudo foi descrito como “um dos maiores estudos longitudinais de qualidade de vida em indivíduos que usam maconha medicinal nos EUA”.
“Novos paciente de cannabis medicinal experimentaram melhorias em todos os domínios da HRQoL [qualidade de vida relacionada à saúde] ao longo dos três primeiros meses de uso de maconha medicinal.” disseram. “Acreditamos que esses ganhos de HRQoL representam uma mudança clinicamente significativa em nossos participantes.”
Os entrevistados relataram melhorias superiores a 20% em sua saúde física, funcionamento social e bem-estar emocional.
“Concluindo, o uso de maconha medicinal por três meses foi associado a melhorias na HRQoL física, social, emocional e relacionada à dor”, determinaram os autores do estudo. “Os resultados deste estudo podem ajudar os pacientes, seus cuidadores e seus provedores a tomar decisões mais informadas e baseadas em evidências sobre se devem incorporar a maconha medicinal em seus regimes de tratamento.”
Suas conclusões são consistentes com as de vários outros estudos , que descobriram que o uso de cannabis medicinal está associado a melhorias sustentadas na qualidade de vida em uma ampla gama de populações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/cannabis-associada-qualidade-de-vida/ Mil e uma razões para confiar na cannabis medicinal“A Cannabis Medicinal é uma substância de grande potencial terapêutico, capaz de melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de ansiedade, depressão, câncer, HIV/AIDS e outras enfermidades crônicas” disse o neurocientista Sidarta Ribeiro uma vez.
Isso porque a maioria dos pacientes com dor crônica geralmente é tratada com o que chamamos de polifarmácia, ou seja, utilizam uma grande lista de medicamentos (4 ou mais), que inclui:
Anti- inflamatório alternado com acetaminofeno, para alívio da dor, um relaxante muscular, um antidepressivo, um benzodiazepínico para ansiedade, um opioide, outro opioide para controle das crises, um medicamento para dormir, um laxativo para alívio da constipação intestinal causada por todos esses medicamentos, um inibidor de bomba de prótons para refluxo gástrico esofágico, gastrite, devido ao uso de anti-inflamatórios e gabapentina para dor neuropática.
Além de todos esses fármacos , muitos outros são utilizados para o controle de doenças concomitantes como diabetes, hipertensão arterial, câncer e várias outras condições.
O paciente fica deprimido não só pelo uso de tantos medicamentos, mas também por estar cronicamente doente, o que acaba afetando tremendamente sua qualidade de vida e a razão de viver.
Nesse contexto, surge outro círculo vicioso, em que a dor crônica interrompe seu sono, dificulta o dia a dia e, além disso, causa depressão e ansiedade.
Mil e uma razões
Existem várias razões para se utilizar a cannabis medicinal nesses pacientes, pois seu extrato possui mais de 500 agentes terapêuticos que além de atuar em diversas enfermidades e substituir todas essas drogas.
A cannabis medicinal não apenas tem ação antiinflamatória, relaxante muscular e propriedades analgésicas, mas também melhora o humor, reduz a ansiedade, promove sono reparador e é capaz de potenciar o efeito analgésico dos opioides, podendo assim diminuir sua dose utilizada.
De acordo com Donald Abrams em um dos seus artigos, os pacientes podem atingir os mesmos resultados, se não melhores, no alívio da dor utilizando a cannabis medicinal e baixas doses de opioides.
Diminuir a dose de opioides ainda significa aumentar a segurança e reduzir os efeitos adversos indesejáveis, como o risco de depressão cardiorrespiratória e morte (Lucas, 2011).
Em 2017, um relatório publicado pela academia nacional de ciências mostrou evidências científicas de que a cannabis oferece inúmeros benefícios, muito além do tratamento de uma única enfermidade.
Outros benefícios
O valor em reduzir o uso de analgésico e antiinflamatório para pacientes com dor crônica é enorme. Um estudo demonstrou que na Califórnia no período de 2010 a 2013 o uso de cannabis medicinal levou a uma redução nas vendas de medicamentos farmacêuticos de 25%, resultando em uma economia de 165 milhões de dólares para o governo americano. (Bradford, 2016) .
Basicamente as pessoas preferem pagar pela cannabis medicinal à utilizar os medicamentos fornecidos pelo governo gratuitamente.
De acordo com o centro de informação e biotecnologia dos Estados Unidos, “o fato de ambos receptores, CB1 e CB2, estarem presentes nas células imunes, sugere que os canabinoides participam ativamente na modulação do sistema imunológico”.
Dessa forma, os estudos apresentados por pesquisadores do mais alto nível científico, rompem paradigmas e abrem as portas para uma medicina inovadora, personalizada e acima de tudo natural.
Sobre as nossas colunas
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https://cannalize.com.br/mil-razoes-confiar-cannabis-mario-grieco/ Como os nutracêuticos interagem com a cannabis medicinal?A terapia canabinoide e a nutrição clínica compartilham um objetivo similar: o equilíbrio da homeostase. Combinar os tratamentos pode trazer ótimos resultados
O termo “nutracêutico” é uma junção das palavras nutrição e farmacêutico, ou seja, são medicações voltadas para ganhos nutricionais. Dessa forma, eles estão dentro da nutrição clínica, área que utiliza alimentos e seus nutrientes para prevenir doenças e estabelecer o equilíbrio do corpo. E qual é a relação com a cannabis medicinal?
Antes de tudo, vamos introduzir este tema! Nutracêuticos são compostos bioativos que foram extraídos dos alimentos com o objetivo de suplementar a alimentação. Embora a popularização destes suplementos seja recente, muitas pessoas já os testaram pelo menos uma vez.
De acordo com um artigo publicado na revista PubMed, mais de 70% dos adultos dos Estados Unidos utilizam algum tipo de suplemento alimentar diariamente. O faturamento desta indústria é de quase 30 bilhões de dólares.
Por outro lado, os pesquisadores do estudo alertam que as evidências científicas ainda são limitadas. Inclusive, muitos pacientes não revelam o uso frequente destes nutracêuticos em consultas médicas, muitas vezes por desconhecimento do que eles são.
O recomendado é que esse uso seja amplamente acompanhado por especialistas.
Leia mais: O que são nutracêuticos e para que servem?
É importante destacar que essas medicações costumam ser mais eficazes em pacientes que já fazem uma dieta balanceada e atividades físicas. O aumento da sensação de bem-estar e fortalecimento do sistema imunológico são algumas características comuns entre essas pessoas.
A relação dos nutracêuticos com a terapia canabinoide varia de paciente para paciente, visto que o tratamento é individualizado e deve se adequar às atividades cotidianas.
Portanto, ambos devem seguir a orientação de um profissional habilitado, visando, é claro, a saúde dos pacientes.
Semelhanças com a terapia canabinoide
Canabinoides (componentes da cannabis) e nutracêuticos compartilham um benefício em comum: regular a homeostase. Trata-se de uma função natural do corpo humano de manter a estabilidade diante de situações externas.
A homeostase é fundamental para manter os órgãos dentro do funcionamento correto, assim como o controle de doenças ou infecções.
Tal como a cannabis, que é uma planta, a maioria dos nutracêuticos são de origem vegetal. Alguns deles são desenvolvidos para retardar o envelhecimento celular e melhorar a disposição física e mental.
Diversos estudos já apontam que a cannabis tem potencial para estimular a saúde do cérebro, assim como os processos motores. Além disso, o CBD (canabidiol) é um importante ansiolítico, anti-inflamatório e imunomodulador.
Sinergia entre canabinoides
A combinação de fitocanabinoides com alguns nutracêuticos, como melatonina e curcumina, pode potencializar os efeitos terapêuticos desses compostos. Essa sinergia pode proporcionar a redução da ansiedade, melhorar a qualidade do sono, e promover o alívio da dor crônica.
Lembrando que o uso de nutracêuticos precisa ser acompanhado de alimentação saudável e prática de atividade física. Em caso de dúvidas sobre o uso combinado desses produtos, é sempre importante consultar um médico.
Nutrientes que podem combinar com a cannabis e suas propriedades
Quando falamos de suplemento alimentar, um nome que pode vir à cabeça é “colágeno”. Este nutracêutico é extraído de vários animais ou plantas e contribui para uma pele mais firme, hidratada e elástica.
Uma farmacêutica brasileira que trabalha com esse tipo de produto é a Endogen. O colágeno Pro Collagen Drink é exemplo de nutracêutico fabricado para cuidados da pele, unhas, cabelos, e também para ganho de energia e disposição física.
Este suplemento utiliza tecnologia Suíça em seu processo de fabricação, além de compostos antioxidantes que visam melhorar a saúde das células e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A linha de suplementos Endogen Clinical também inclui outros tipos:
Ômega 3
- Ação cicatrizante.
- Amenização de celulites e alergias.
- Redução da inflamação crônica, ajudando na perda de peso.
Melatonina
- Extraída de nozes e peixes.
- Tratamento da insônia.
- Encontrado em ovos e no leite.
- Ajuda a tratar dores crônicas e inflamações.
Sobre a Endogen
A farmacêutica busca trazer equilíbrio para que as pessoas vivam mais e melhor, utilizando tecnologias e evidências científicas comprovadas.
Seus nutracêuticos possuem formulações diferenciadas, com ingredientes naturais de alta qualidade e tecnologias inovadoras no mercado brasileiro.
Recentemente, a Endogen selou sua parceria com a Cannect, maior healtech de cannabis medicinal da América Latina, integrando alguns de seus produtos ao marketplace.
https://cannalize.com.br/como-os-nutraceuticos-interagem-com-a-cannabis-medicinal/ Festival de cinema vai exibir documentário sobre cannabisO filme “A Planta” será exibido de forma gratuita no Clube de Cinema de Marília, cidade do interior do estado de São Paulo
O Festival de Cinema de Marília 2024, que acontece amanhã (7), vai exibir o documentário “A planta”, filme que aborda o crescimento do uso da cannabis medicinal para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Dirigido por Beto Brant, o longa é construído a partir do depoimento de vários pacientes e familiares, que relatam o impacto da cannabis no tratamento de uma série de condições médicas.
O documentário também analisa o cenário da terapia canabinoide na prática médica e nas pesquisas científicas, enfatizando a necessidade de um debate mais amplo e informado sobre a planta no país.
Ao fim da sessão, o diretor estará participando da troca de experiências com o público.
A exibição será às 20h na Sala de projeção do Clube de Cinema de Marília Emílio Pedutti Filho.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/festival-de-cinema-vai-exibir-documentario-sobre-cannabis/ Advogada supera o câncer com a cannabis ‘Eu me sentia forte’Em um outro país, a brasileira teve a ajuda da cannabis cultivada em casa para tratar um câncer de mama
A brasileira Paula Gandolfi, de 50 anos, mora na Argentina há 20 anos. Foi lá que ela descobriu dois problemas de saúde que a deixaram desestabilizada. Mas foi lá também que ela pode utilizar a cannabis como tratamento e até cultivar de forma legal.
A advogada descobriu um câncer na mama direita há cinco anos. A princípio, o tumor era pequeno e como havia sido descoberto a tempo, não seria um problema tão grande. Mas a má notícia veio depois.
Ao fazer a biópsia, a médica revelou que a brasileira tinha um câncer triplo negativo, um tipo de tumor mais agressivo e que não não responde aos métodos hormonais de tratamento convencional.
Foi então que se iniciou uma jornada entre sessões de quimioterapia e radioterapia para conter o avanço da doença. Perdeu os cabelos, teve enjoos e fraqueza. Mas a advogada tinha uma carta na manga: A cannabis medicinal.
“Eu tive na cannabis uma aliada incrível, me deu forças. (…) eu tive a oportunidade de tirar licença, mas eu me sentia forte pra não tirar. Fiquei um ano trabalhando de casa”, acrescenta.
A cannabis para o tratamento do câncer
Atualmente, a cannabis é utilizada para câncer não só na Argentina, mas também no Brasil, nos Estados Unidos e em vários outros países ao redor do mundo, pois ajuda a conter os efeitos colaterais do tratamento, como enjoos e fraqueza.
Nos EUA, há até um remédio específico para usar no tratamento contra o câncer.
Atualmente, também já há evidências de que a planta pode conter substâncias que matam células tumorais.
Leia também: ‘A cannabis a deixou mais forte’, diz irmão de paciente com câncer terminal
Embora ainda precise de mais pesquisas, o assunto tomou repercussão nos EUA depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a cannabis pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos.
Ao que parece, a cannabis atua como um antiinflamatório, bloqueando o crescimento das células além de prevenir o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam o tumor. Também lutando contra os vírus e aliviando dores musculares.
Uso medicinal desde antes
Embora não soubesse disso na época, Paula Gandolfi conhecia muito bem a cannabis. Usuária de maconha desde os 14 anos, não deixou os seus hábitos depois que mudou de país.
Antes do câncer, a advogada havia descoberto fibromas uterinos, que também foram tratados com a cannabis. Tratamento, inclusive respaldado pelo médico, que a acompanhou durante todo o tempo.
Foi nessa época que Gandolfi conseguiu um registro do Ministério da Saúde para poder plantar. Sancionada em 2020, a lei permite que os pacientes possam se inscrever em um programa para ter acesso à cannabis medicinal de várias formas diferentes.
“Você tem três possibilidades: O paciente auto cultivador, que é o meu caso; Você também pode receber de uma associação civil que está registrada nesse programa ou receber de um cultivador solidário”, explica.
Entre o preconceito e a educação
Com o plantio em dia e devidamente regulamentado, não foi difícil falar para os médicos que ela já utilizava a cannabis, quando descobriu o câncer. De acordo com a advogada, os médicos até a incentivaram, recomendando doses e a forma de usar.
Mas fazer tudo certinho, não a livrou do preconceito, que vinha da própria família. “A minha tia falava, ‘você tem filho adolescente, como vai ter planta em casa?’ (…) e eu tinha que explicar. Tem que sair desse paradigma autoimposto, que é uma planta nociva.”, acrescenta.
Leia também: Mãe de três filhos usa cannabis para metástase “Eu nem lembro que tenho câncer”
Mas os pensamentos da tia acabaram no dia que precisou da cannabis medicinal também. Depois de um problema de artrose, em que quase não pode andar, a advogada levou o óleo de cannabis para tratar a desinflamação. “Ela viu a diferença e foi mudando a cabeça”, acrescenta.
Sobre o seu filho, Paula Gandolfi acrescenta que sempre teve uma conversa franca sobre a cannabis. Mas mesmo com a mãe fumando diariamente, o menino nunca aderiu ao uso. Hoje, com 25 anos, o menino não utiliza a cannabis, mas ajuda a mãe a cuidar das plantas.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/advogada-cancer-cannabis-argentina/ Homeostase: O que é e qual sua relação com a cannabis?Trata-se de uma função do organismo responsável por manter o corpo saudável. Sua modulação depende do Sistema Endocanabinoide
Uma das funções mais importantes do corpo humano é chamada de homeostase. Essa funcionalidade foi descoberta pelo fisiologista Walter Cannon. Segundo ele, trata-se da habilidade humana de conseguir manter o interior do corpo saudável, respondendo corretamente às alterações externas.
Temperatura, salinidade, nutrientes ou resíduos que podem causar reações adversas são alguns exemplos de fatores externos.
No caso da digestão, por exemplo, os processos homeostáticos fazem o sistema digestivo reconhecer quais substâncias são boas para o corpo e quais podem ser expelidas.
Portanto, é possível dizer que se não fosse a homeostase, não estaríamos vivos.
Funcionamento da homeostase
Garantir o equilíbrio do corpo e administrar o bem-estar são funções homeostáticas essenciais. Esses processos envolvem estímulos nas células cerebrais e sua distribuição por todo o corpo através da corrente sanguínea.
O principal mecanismo de manutenção é o “feedback negativo”, que mantém as funções fisiológicas dentro dos níveis habituais de cada indivíduo.
Um exemplo desse processo é o controle da temperatura corporal. Quando uma pessoa está em um ambiente quente, o corpo reage ao aumento de temperatura, identificado como uma sensação negativa. O suor, também chamado de sudorese, ajuda a esfriar o corpo e restabelecer o equilíbrio térmico.
Relação da homeostase com o Sistema Endocanabinoide
A homeostase é modulada pelo Sistema Endocanabinoide (SEC), um conjunto de receptores presente em todos os mamíferos. Nos seres humanos este sistema funciona em praticamente todas as partes do corpo.
O SEC é fundamental para inibir doenças e ferimentos. Sua ligação com o Sistema Nervoso Central permite “alertar o cérebro” quando o organismo está sentindo algo, como fome, sede ou sono.
Se uma pessoa está com dor, por exemplo, o próprio organismo envia canabinoides que sinalizam aos nossos receptores que há algo precisa ser corrigido.
Leia mais: Cinco tipos de dores que a cannabis pode tratar
O Sistema Endocanabinoide foi descoberto pelo químico israelense Raphael Mechoulam no século XX. Para formular seus estudos, Mechoulam isolou a molécula do THC (tetrahidrocanabinol), substância conhecida pela psicoatividade da cannabis.
Daí partiu para novos estudos que inspiraram grande parte da comunidade acadêmica a descobrir canabinoides como CBD (Canabidiol), os receptores CB1 e CB2, e claro, o Sistema Endocanabinoide.
Como funciona a comunicação da homeostase?
A comunicação entre as células homeostáticas ocorre através dos receptores e das enzimas metabólicas, responsáveis pelas reações químicas do organismo. Eles garantem que as respostas necessárias sejam ativadas para manter o equilíbrio interno.
No contexto do Sistema Endocanabinoide, os canabinoides interagem com esses receptores, influenciando os processos corporais para assegurar que sejam utilizados adequadamente quando necessário.
Leia mais sobre os receptores canabinoides
Relação da cannabis com o corpo
A principal vantagem da cannabis é que ela contém canabinoides que podem complementar os produzidos pelo nosso corpo. Eles interagem direta ou indiretamente com nossos receptores, ajudando a tratar diversas condições terapêuticas.
Entre as propriedades medicinais, a cannabis produz ações anti-inflamatórias e antioxidantes, que combatem alterações metabólicas causadas por uma má alimentação ou pelo sedentarismo, por exemplo.
A cannabis também pode reduzir a dor associada aos exercícios físicos e ajudar a controlar o estresse e a ansiedade, facilitando as atividades diárias. Seus benefícios incluem a melhoria do sono e o equilíbrio dos processos metabólicos.
Datafolha: Ansiedade, sono e má alimentação podem ser tratadas com cannabis
Enquanto o CBD possui efeitos ansiolíticos, neuroprotetores e antipsicóticos, por exemplo, o THC (tetrahidrocanabinol) é mais voltado para o controle de dores, náuseas, doenças da terceira idade e condições que envolvem a perda de peso, como câncer, anorexia e HIV.
No tratamento com cannabis medicinal, os fitocanabinoides da planta agem diretamente nos receptores CB1 e CB2, ativando o sistema endocanabinoide e produzindo os efeitos terapêuticos desejados.
A cannabis não faz todo o trabalho sozinha, é preciso melhorar a qualidade de vida
O tratamento é individual
Há uma série de fatores que podem interferir na escolha dos produtos à abse de cannabis, como:
- Predisposição genética;
- Perfil de metabolismo das substâncias pelo fígado;
- Afinidade dos receptores do SEC aos fitocanabinoides;
- Outras doenças associadas e remédios sendo utilizados.
Sendo assim, é necessário individualizar o tratamento. O tratamento dos pacientes precisa ser acompanhado de perto, para ajuste de doses e eventualmente troca de formulações.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/o-que-e-homeostase-e-sistema-endocanabinoide/ A importância de um tratamento canábico multidisciplinarPara todo o tipo de tratamento, apenas uma receita médica não vai ajudar o paciente a se recuperar da melhor forma. Com a cannabis é igual
Se você está lendo este texto, já deve ter ouvido falar do tratamento multidisciplinar, não é mesmo? Trata-se de um conceito utilizado para se referir a um tratamento que envolve não só o médico, mas também vários outros profissionais.
O médico até faz o diagnóstico e a prescrição, mas o trabalho não acaba por aí. O paciente ainda é acompanhado por um enfermeiro, um fisioterapeuta, um nutricionista e por aí vai.
Bastante utilizado em pessoas com autismo, por exemplo, o tratamento multidisciplinar é essencial quando falamos em cannabis também. Entenda.
De um especialista para o outro
Conversamos com o enfermeiro chefe da Cannect, Sandro Oliveira, que nos ajudou a entender melhor como funciona o tratamento multidisciplinar. Ele coordena o Cannect Cuida, uma rede de cuidado coordenado que acompanha mensalmente pacientes que utilizam a cannabis medicinal.
Oliveira explica que o acompanhamento multidisciplinar é tão importante quanto passar com um médico, pois quando outros profissionais acompanham o paciente de perto, em suas áreas de atuação, podem desenvolver o que o médico não pode.
“Um fonoaudiólogo, por exemplo, tem uma atuação muito específica quanto ao paciente, coisa que o médico não consegue nem acompanhar e nem tão pouco dominar a prática.” explica.
Outro exemplo é o próprio enfermeiro, que acompanha de perto o paciente durante todo o tratamento e entende se ele está tomando as medicações, se desenvolveu algum efeito colateral e a evolução desse paciente.
E esse processo multidisciplinar não precisa necessariamente começar do médico. Toda vez que uma das equipes entende a necessidade de outro tipo de especialidade, ela precisa acioná-lo.
Tratamentos agudos
O enfermeiro-chefe explica que, por mais que esse tipo de tratamento seja mais conhecido em pessoas com condições crônicas, como pacientes com autismo ou fibromialgia, é mais utilizado em pessoas com problemas pontuais e ou agudos.
“Em determinadas situações nós entendemos que a psicologia seria fundamental para um paciente que tem baixa adesão ao tratamento. Então ela vai fazer algumas sessões para que esse paciente volte a ter uma melhor adesão”, exemplifica.
Ou então em um acidente, em que o fisioterapeuta terá um papel tão importante quanto o do médico para a recuperação.
A medicação no tratamento multidisciplinar
Quando falamos em medicações, a situação não muda. Embora seja o médico que prescreve o remédio, o acompanhamento de outros profissionais também será importante para que aquele tratamento dê certo.
O enfermeiro-chefe explica que o nutricionista, por exemplo, irá perceber se a quantidade de gordura ingerida está ajudando ou atrapalhando a metabolização de um remédio.
“Já o farmacêutico consegue fazer a interação medicamentosa, coisa que um enfermeiro, um médico e outros profissionais não conseguem fazer. Ele tem o conhecimento técnico para entender que tal medicação vai potencializar a medicação Y ou ela vai inibir a medicação X.”, acrescenta.
Cannabis medicinal e o corpo humano
A cannabis medicinal é um tratamento que vem se destacando no Brasil, principalmente por atuar em quase todo o organismo e a auxiliar em uma série de condições diferentes.
Isso porque ela trabalha através do Sistema Endocanabinoide, um sistema que atua em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do corpo humano.
Funciona assim: O nosso organismo produz canabinoides, que sinalizam quando algo está errado e precisa ser corrigido. A cannabis também produz as substâncias, que podem trabalhar de forma similar e servir como uma espécie de reforço aos nossos.
Por outro lado, não há uma padronização na dosagem como os remédios convencionais. Enquanto uma dipirona irá servir para todo mundo, por exemplo, o tipo de óleo e a dose irão variar de acordo com a idade, peso e condição tratada do paciente.
Cannabis e o tratamento multidisciplinar
Quando falamos em fitoterápicos, a ação ainda costuma demorar um pouco mais, o que pode deixar os pacientes desacreditados quanto ao tratamento. A falta de um acompanhamento também é um fator que influencia resultados menores do que o esperado.
“Eventualmente a gente escuta: ‘Iniciei o tratamento, mas não estou tendo resultado. Mas por que?’ Não era somente a cannabis. Ele precisava de algo mais”, acrescenta. “O paciente não percebe que precisa de outros cuidados e acaba culpando o elo mais fraco: a medicação”.
Oliveira exemplifica com uma pessoa que sofre de fibromialgia. Além das dores, a pessoa ainda pode desenvolver problemas psicológicos, que também precisam ser tratados.
Portanto, o tratamento multidisciplinar é tão necessário quanto a cannabis medicinal para potencializar os efeitos.
Conversar com um enfermeiro que entenda sobre cannabis medicinal, por exemplo, também pode ajudar o paciente a compreender melhor o seu tratamento.
“Muitas vezes esse paciente não consegue compreender muito o que o médico fala e a gente tem que pegar na mão. Olha, é assim, é assado, não use bebida alcoólica durante esse tempo, não beba água na medicação. A presença desse profissional é a garantia que esse tratamento terá continuidade”, conclui.
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https://cannalize.com.br/a-importancia-de-um-tratamento-canabico-multidisciplinar/ Canabidiol já pode ser encontrado em todo o BrasilO principal caminho para encontrar o produto é a farmácia, e 71% da demanda se encontra entre as regiões Sul e Sudeste.
Dados importantes para o setor da cannabis para fins medicinais no Brasil foram apresentados na última terça-feira (25), durante a quarta edição do congresso empresarial WNTC – We Need to Talk About Cannabis.
A diretora associada da IQVIA, Daniela Queiroz, apontou que o canabidiol (CBD), principal derivado da cannabis medicinal, já pode ser encontrado em todos os estados da União.
O principal caminho para encontrar o produto é através dos pontos de venda, ou seja, as farmácias físicas. O mapa apresentado mostra mais de 26 mil PDVs espalhados pelo Brasil, com quase 500 mil produtos vendidos nos últimos doze meses.
A maior parte da demanda, 71%, se concentra nas regiões sul e sudeste.
Atualmente, 37 produtos de cannabis são aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo o Sindusfarma. Estes produtos são regulados pela Resolução de Diretoria Colegiada 327/19 e podem ser adquiridos nas drogarias de todo o Brasil, mediante retenção de receita.
Estima-se que cerca de 97 mil pacientes já compraram medicamentos de cannabis.
“O caminho da 327 está muito bem definido”, diz Bruna Rocha da BRCann
No mesmo evento, a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (BRCann) Bruna Rocha elogiou o trabalho da Anvisa e celebrou a RDC 327/19, resolução que regula as vendas de cannabis nas farmácias brasileiras.
“O desdobramento da 327 já está posto. Pode ser que existam modificações, mas o caminho está muito bem definido”, disse.
A advogada aproveitou, porém, para criticar a RDC 660, resolução que trata dos produtos de origem importada: “está totalmente subvertida.”
Para Bruna Rocha, a resolução que regula a importação de cannabis está servindo ao mercado ilegal.
“Dados recentemente publicados pela Confederação Nacional da Indústria identificaram que R$453 bi foram desviados no mercado doméstico via mercado ilegal.”
A RDC 660 também preocupa Rosana Mastellaro, diretora Técnico-Regulatória e Inovação da Sindusfarma, acredita que a resolução é um desestímulo às empresas e à inovação.
“Para uma empresa ter coragem de desenvolver um produto sem ter certeza se vai poder trazer este produto para o país, mediante importação de pessoa física, é um desestímulo.”
https://cannalize.com.br/canabidiol-em-todo-o-brasil/ PE enfrenta desafios para fabricar produtos de cannabisApesar do interesse de universidades e do próprio laboratório de Pernambuco, pesquisadores sofrem impasses na hora de produzir um produto nacional
Um dos temas mais discutido na reunião da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, que aconteceu nesta segunda (17), foi a dificuldade de acesso à matéria-prima para o desenvolvimento de medicamentos à base de cannabis.
Com uma procura cada vez maior, os pacientes precisam recorrer aos produtos importados, de associações ou ao estado. De acordo com o Representante da Defensoria Pública da União, Ricardo Russel, o crescimento de pedidos no país saltou de 30 em 2018 para 500 só neste ano.
Por causa disso, algumas instituições cogitam a fabricação nacional. O problema são os vários impasses para fabricar os produtos.
Sem o aval da Anvisa
No estado, foi feito até um Acordo de Cooperação Técnica, firmado entre a Universidade Federal do Pernambuco e o Lafepe (Laboratório Farmacêutico do Pernambuco), mas ainda são muitos os desafios para que os produtos sejam distribuídos pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A diretora técnica industrial do Lafepe, Bety Senna, ressaltou no encontro que o primeiro desafio enfrentado é a regulamentação por parte da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Enquanto a Anvisa não define como vai ser feito, a gente está trabalhando. A gente teria que ter uma fábrica realmente específica para isso. Então a gente tem uma área que a gente pode dedicar, mas a gente precisa de investimento nessa área, para essa produção.”
Dificuldades em obter matéria-prima
Outro impasse que impede a fabricação dos remédios de cannabis, é a dificuldade de conseguir matéria-prima de qualidade. Com o cultivo proibido no país, as universidades precisam recorrer ao importado ou até a plantas apreendidas pela polícia.
“Não tenho como trabalhar, como desenvolver um medicamento utilizando uma matéria-prima dessa (plantas ilegais), sem padronização.” Diz a coordenadora da pesquisa e professora Larissa Rolim.
Ela ainda explica que a indústria farmacêutica também não pode contar com as associações de pacientes, uma vez que a maioria delas funciona com liminar. Isso significa correr o risco de paralisar uma produção em larga escala a qualquer momento.
Mas não há uma lei sobre o cultivo em Pernambuco?
A lei assinada em 2022 no Pernambuco, até permite o cultivo e o processamento de cannabis para fins medicinais, veterinários e científicos. Mas a ideia é que as associações cultivem e firme convênios com centros de pesquisa para a análise de remédios.
O problema é que esse cultivo deve ser feito por associações de pacientes “nos casos autorizados pela ANVISA e pela legislação federal nos termos da Lei Federal nº 11.343/2006.”
Ou seja, ainda precisam de decisões judiciais para poder operar com segurança. Mas essas decisões podem cair a qualquer momento.
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https://cannalize.com.br/pe-enfrenta-desafios-para-fabricar-produtos-de-cannabis/ Associação das indústrias de cannabis quer a opinião da populaçãoA ideia é criar um documento único que ajude a criar regulamentações mais precisas sobre a cannabis no Brasil
A ABICANN (Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis) vai promover reuniões para propor 30 iniciativas sobre cannabis medicinal no Brasil. As discussões serão feitas com mais de 200 organizações e agentes políticos, além da população.
Os encontros que começam hoje, tem o objetivo de criar um documento unificado para cobrar dos legisladores e reguladores da planta cannabis uma visão clara sobre o tema.
De acordo com a entidade, a união, tanto da sociedade como da indústria e das associações perante o assunto, é essencial para que as pautas sobre cannabis medicinal realmente avancem no país.
“ A ausência racional, permeada por visões distorcidas e ideológicas dominam o Congresso Nacional; as brigas e pressões das Associações de Pacientes aos setores produtivos, por espaços na pauta da indústria nacional; e a morosidade do Governo Federal em implementar políticas que incentivem a racionalidade à soberania nacional, nos leva a crer que a ‘curva de aprendizado do Estado brasileiro se mantém paralisada”‘ e se faz necessário a união da sociedade, academia, Terceiro Setor e empresariado, a fim de que o tema ganhe real condição de gerar um país mais inteligente e humanizado, menos preconceituoso e capaz de gerar riqueza econômica, ambiental e social ao Brasil com a legalização e novas regulamentações da Cannabis sativa.” Escreveu a associação em nota.
Qualquer pessoa pode se inscrever para participar dos encontros, que serão feitos das 16h até às 19h. As inscrições são através do link.
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Tire suas dúvidas sobre cannabis medicinal!
https://cannalize.com.br/associacao-industrias-cannabis-populacao-inscricao/ ‘Quero sempre o melhor, por ele e por mim’A advogada Lanicky Santos, conta sobre o cotidiano do filho Akin, que trata autismo com a cannabis.
Conheça a história
Cuidar de uma pessoa é uma das formas de expressar amor. Quando pensamos na relação entre uma mãe e seus filhos, saúde e bem-estar podem não ser as primeiras associações feitas pelo cérebro.
Na verdade, as duas palavras fazem parte do cotidiano dessa relação, sendo muitas vezes esquecidas. Porém, quando a atenção familiar precisa ser redobrada, é mais fácil entender porque o bem-estar dos filhos afeta diretamente o das mães.
Isso acontece até com condições fisiológicas que não são consideradas doenças, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA ou autismo). Tal demonstração de amor é compartilhada pela advogada Lanicky Santos, 32, com seu filho Akin Jorge dos Santos, de 4 anos.
A descoberta do quadro
Lanicky conta que o filho foi diagnosticado com autismo aos 2 anos. Depois ele teve uma regressão: a perda da fala, que foi o principal alerta para a família.
“O Akin sempre foi muito esperto. Se ele não tivesse passado por uma regressão na fala, a gente nunca iria imaginar sobre o autismo”, explica a advogada.
Num primeiro momento, ele fez um tratamento com risperidona [medicamento indicado para transtornos mentais]. Porém, os resultados não vieram dentro do esperado por Lanicky.
Foi então que ela conheceu um médico do SUS (Sistema Único de Saúde) que já trabalhava com a cannabis em pacientes autistas. E pensando na melhoria de Akin, aceitou testar o tratamento.
“Confesso que a aceitação do autismo foi muito difícil para mim, entretanto, o laudo médico não é uma sentença. O que importa é que existe um tratamento que dá mais qualidade de vida para mães e filhos”, reflete.
E para sua felicidade, os resultados vieram rapidamente: a criança só voltou a falar depois de usar a cannabis. “Eu sou muito grata ao canabidiol por esse feito”, afirma Lanicky.
Cannabis medicinal: uma mudança de vida
A terapia canabinoide de fato vem fazendo diferença na qualidade de vida de Akin, e consequentemente de sua mãe.
Ao lembrar do começo do tratamento, a advogada cita a pressa por resultados rápidos. De fato, tudo aconteceu tão rapidamente que ela ficou até surpresa com a evolução do filho.
“Antes da regressão o Akin se comunicava, óbvio que não com diálogos, mas eu conseguia entender o que ele queria. Hoje, ele até fala inglês só de assistir desenhos. Eu não precisei ensinar nada”, diz a mãe.
Por outro lado, Lanicky compreende que a cannabis não age na mesma velocidade para todas as pessoas. O tratamento é individualizado e responde às características fisiológicas de cada indivíduo. Os canabinoides [componentes ativos da planta] agem em praticamente todo o corpo, através do Sistema Endocanabinoide (SEC).
Entenda mais sobre o tratamento: Abril Azul: existe remédio para o autismo?
Sendo assim, é possível que algumas crianças não se deem bem com a cannabis medicinal ou precisem consumir doses mais baixas.
‘Hoje as pessoas já entendem que cannabis é coisa séria’
Além da cannabis, o acompanhamento terapêutico tem sido fundamental para o desenvolvimento de Akin. Na escola, não existe preconceito por ele usar o CBD como parte do tratamento.
“Acho que hoje as pessoas entendem que esse estudo é uma coisa mais séria, e eu escolhi fazer isso pelo meu filho”, avalia Lanicky.
Considerando sua experiência como “mãe atípica”, ela entende que a maternidade de uma criança autista é um pouco mais difícil. “A gente precisa dar tempo ao tempo e tentar manter a calma. Os resultados vão acontecer, mas talvez não seja no tempo que a gente espera”, explica.
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https://cannalize.com.br/maternidade-historias-reais/ O que o Globo Repórter não disse sobre cannabis medicinal?Apesar de gerar grande relevância, a reportagem abordou alguns temas relacionados à cannabis medicinal apenas superficialmente
Na última sexta-feira (3), uma reportagem especial exibida no Globo Repórter destacou a nível nacional um assunto que aqui na Cannalize estamos bastante acostumados: a cannabis medicinal.
O Globo Repórter é um programa jornalístico semanal, exibido na Rede Globo desde 1973. Apresentado pela renomada jornalista Sandra Annemberg, aborda temas variados, como ciência, viagens e terapias. Normalmente, os assuntos explorados neste programa são considerados de prestígio popular e democrático.
Porém, apesar de gerar grande relevância, por ser exibida em um dos horários mais nobres da TV brasileira, alguns temas relacionados à cannabis medicinal foram abordados pela reportagem apenas superficialmente.
Neste texto, você encontrará informações mais aprofundadas sobre tópicos importantes da cannabis medicinal que o Globo Repórter deixou passar.
Quem foi Elisaldo Carlini?
Entre os especialistas entrevistados pela reportagem, uma cientista da Unifesp chamada Soraya Ismaili disse ter trabalhado com Elisaldo Carlini, um dos pioneiros da pesquisa com cannabis no Brasil, nos anos 1950.
A reportagem expõe rapidamente que o professor foi perseguido e preso, aos 87 anos, acusado de fazer apologia às drogas.
Mas para além da prisão e das más interpretações a seu respeito, Elisaldo Carlini teve uma contribuição bastante significativa para a ciência da cannabis.
Foi ele quem descobriu as propriedades do canabidiol (CBD) no tratamento de convulsões como a epilepsia de difícil controle, e por 40 anos defendeu a cannabis medicinal aqui.
O médico trabalhou ao lado de grandes nomes do mundo canábico, como o químico israelense Raphael Mecholaum, considerado patrono da cannabis medicinal.
O que é o Sistema Endocanabinoide?
Outro assunto que não foi dito no Globo Repórter, foi sobre as moléculas produzidas pela cannabis que estão naturalmente no nosso corpo. Chamada de endocanabinoides, as substâncias que são encontradas tanto na planta como no organismo ajudam a regular a homeostase, ou seja, o equilíbrio do corpo.
Elas funcionam através do chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que está presente em quase todo o corpo. Se uma pessoa está com dor, por exemplo, o próprio organismo envia canabinoides que sinalizam para os nossos receptores que há algo de errado e precisa ser corrigido.
A grande vantagem da cannabis é que a planta também possui canabinoides, que podem servir de complemento aos nossos. Eles podem sinalizar de forma direta ou indireta os nossos receptores e assim, ajudar em uma série de condições médicas.
Há muitos canabinoides além do CBD e do THC
Sem dúvidas, o CBD (canabidiol) e o THC (Tetrahidrocanabinol) são as substâncias mais conhecidas da cannabis, porém não são as únicas. A planta possui mais de 400 substâncias com propriedades terapêuticas, cerca de 100 delas são canabinoides.
Moléculas que são menos conhecidas porque são produzidas de forma menos abundante que os dois principais compostos. Mas isso não quer dizer que também não são úteis e não tenham características próprias. Veja alguns deles:
- CBN
O Canabinol é um canabinoide menor que surge após o envelhecimento do THC. Quanto mais velha é a planta, mais CBN vai conter. Contudo, assim como o CBD, ela não possui efeitos psicoativos e pode ser útil para tratar infecções e inflamações graves.
- CBG
O canabigerol também é outro canabinoide bastante interessante. Alguns estudos têm demonstrado que a molécula pode acelerar o processo de regeneração de ferimentos.
Outras pesquisas ainda demonstram propriedades terapêuticas para o tratamento do glaucoma. Sem contar que a molécula também possui propriedades ansiolíticas e anticonvulsivantes.
- THCV
O chamado tetrahidrocanabivarin é um composto com a mesma estrutura molecular que o THC, mas com efeitos diferentes Enquanto o THC causa fome, a substância pode ser usada como um inibidor de apetite.
Algumas pesquisas mostram propriedades medicinais no tratamento de diabetes e até Alzheimer.
Leia mais sobre outros canabinoides
É possível comprar cannabis na farmácia a preço acessível?
A reportagem também abordou a grande margem de preços dos produtos à base de cannabis que podem ser encontrados nas farmácias brasileiras. Pelo menos 18 produtos são autorizados pela Anvisa pela RDC nº 327, de 2019 e, segundo o último anuário da Kaya Mind, seus preços variam de R$120 a R$5 mil.
O valor destes produtos nas farmácias é um dos principais impeditivos apontados pelos pacientes que procuram o tratamento. De acordo com uma pesquisa da Anvisa feita com 518 pacientes, 355 indicaram o custo elevado como um problema. 40% dos entrevistados também disseram que não é possível encontrar os produtos de cannabis em todas as farmácias.
No entanto, uma alternativa para os quase 100 mil brasileiros que optam por essa via de acesso é a farmácia da Cannect. Localizada em Maringá, no Paraná, a unidade comercializa produtos de ao menos sete laboratórios diferentes, com preço mais acessíveis que o normal. Além disso, os produtos são enviados para todo o país com menor prazo de entrega.
Leia mais: Onde consigo comprar cannabis no Brasil?
Como faz para importar cannabis medicinal?
Ouvir a palavra “importação” pode remeter a um processo caro e complexo. Na verdade, essa é a forma mais acessível de encontrar uma grande variedade de produtos de cannabis. Formas farmacêuticas como gummies, cremes e supositórios só podem ser adquiridos por brasileiros através deste caminho.
Para comprar um produto importado, você precisará de uma prescrição assinada por um profissional legalmente habilitado, como um médico ou cirurgião-dentista. Depois disso, será necessária uma autorização da Anvisa para importações. Todas as etapas são preenchidas pela Plataforma de Serviços do Governo Federal (gov.br).
Tem dúvidas sobre essa etapa? Autorização de importação de produtos de cannabis em 5 passos
É verdade que os produtos demoram mais para chegar por essa via de acesso, os produtos costumam chegar em até 30 dias úteis, porém, é a mais vantajosa em termos de custo. Segundo uma análise comparativa dos óleos importados pela Cannect, o custo médio mensal do tratamento é R$366,35.
Onde comprar cannabis medicinal?
Encontrar produtos de cannabis de qualidade é uma tarefa que exige cuidado e atenção. Diversos sites se aproveitam da necessidade de muitos pacientes de começar um tratamento para comercializar medicamentos falsos.
Atente-se: 96% dos produtos de CBD anunciados na Amazon não são confiáveis
Portanto, o primeiro passo é procurar produtos bem avaliados por especialistas. Pela Cannect, você poderá encontrar opções certificadas e testadas em laboratórios e ainda agendar uma consulta com profissionais de saúde especializados em cannabis medicinal.
Lembre-se: o tratamento só é permitido no Brasil se for receitado por um médico ou cirurgião-dentista legalmente habilitado. Você pode tirar suas dúvidas por aqui.
https://cannalize.com.br/cannabis-medicinal-globo-reporter/ Por que falar sobre cannabis medicinal no Mês da Maconha?Abril é um dos meses mais importantes do ano para a cultura canábica, afinal é quando se celebra o Dia da Maconha. A data simbólica acontece em 20 de abril.
Inclusive, esse período também é importante para debater sobre a terapia canabinoide e as diversas patologias que podem ser tratadas com cannabis.
Conhecimentos sobre as propriedades medicinais da planta são milenares. Registros históricos revelam que o uso provém da medicina chinesa, há pelo menos 2000 anos antes de Cristo. Na Índia, a cannabis sativa era aproveitada por conta dos seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.
Sua chegada às Américas veio com os escravos africanos, que usavam a planta em rituais religiosos e também para aliviar dores. Diante disso, o uso terapêutico se disseminou mundialmente.
O próprio 20 de abril (04/20 no calendário dos Estados Unidos) remete aos termos que são ligados à cannabis. Existem até mesmo algumas teorias por trás do surgimento do “4/20”.
Leia mais: Em NY, Cannabis Day vira dia bom para o marketing canábico
Fato é que a cannabis medicinal já faz parte da pauta política brasileira. E as regulamentações atuais permitem a ampliação do tratamento entre a população.
Para que serve o tratamento com cannabis?
Em primeiro lugar, é importante saber que a terapia canabinoide é um tratamento como qualquer outro. Inclusive, as etapas são as mesmas: consulta com um profissional de saúde, recebimento da prescrição (ou receita), e compra de algum medicamento.
Uma característica fundamental do tratamento é sua individualidade. A cannabis pode curar diferentes patologias, mas as tratativas podem ser diferentes para pacientes que apresentem sintomas semelhantes.
Se o tratamento for seguido corretamente, ele poderá beneficiar diferentes partes do corpo, além da queixa de cada paciente. Esse é um dos motivos que explica haverem evidências científicas para epilepsia, insônia, ansiedade, autismo, câncer (e cuidados paliativos) e dores crônicas.
Os produtos à base de cannabis podem ser receitados para qualquer fase da vida, considerando, é claro, o perfil de cada paciente.
Leia mais: Como a cannabis pode ser útil ao longo da vida?
Em crianças, a epilepsia refratária (de difícil controle com outras medicações) o CBD (canabidiol) pode ajudar a modular as funções neurológicas, o que ajuda a diminuir as crises. Já no caso do autismo, a cannabis pode ajudar a diminuir os sintomas, como irritabilidade, insônia e até auxiliar no tratamento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção).
Como funciona o tratamento?
A cannabis é uma planta com mais de 500 substâncias conhecidas, como os canabinoides. São componentes que realizam uma ação parecida com os endocanabinoides, presentes no próprio organismo. Por isso, a cannabis se adapta a tantas condições de saúde diferentes.
De acordo com o último anuário da Kaya MInd, empresa de dados do setor, mais de 7 mil estudos com o termo “cannabis” foram feitos apenas nos últimos cinco anos. Eles relacionam, sobretudo, a relação do corpo humano com os canabinoides.
A cannabis medicinal é acessível, e também pode ser para você!
Você já se perguntou como começar um tratamento com cannabis no Brasil?
Primeiramente, saiba que o uso medicinal é considerado legal com uma prescrição assinada por um médico ou cirurgião-dentista legalmente habilitado. E embora nem todos estes profissionais prescrevam canabinoides, existem formas de se conectar com os especialistas no assunto.
Pensando no Mês da Cannabis, a Cannect anunciou a “Jornada para Uma Vida Melhor”. Trata-se de uma trilha de aprendizado onde pacientes poderão entender como funciona o tratamento e ter as respostas de dúvidas que costumam ser comuns.
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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/por-que-falar-sobre-cannabis-medicinal-no-mes-da-maconha/ Visita de Lula à Colômbia não tratará de cannabis medicinalTão logo foi repercutida na imprensa, a notícia de que o presidente Lula estaria viajaria à Colômbia para discutir a importação de cannabis medicinal foi desmentida pela comunicação oficial do Governo Federal.
Na última sexta-feira (12), às 15h51(Horário de Brasília), foi divulgada uma nota à imprensa no portal do Planalto no site oficial do Governo Federal, o Gov.br, contrariando notícias como a antecipada na quarta-feira (10) pelo jornal O Estado de S. Paulo.
O veículo de imprensa apurou que o presidente colombiano Gustavo Petro teria uma proposta ao governo brasileiro, sobre a exportação de produtos terapêuticos de cannabis ao Brasil.
No entanto, segundo a nota oficial do Planalto, a agenda da visita do presidente é “extensa e diversificada”, e tal proposta deve ser “avaliada pelos órgãos competentes”.
A nota esclarece os temas que compõem a agenda: bioenergia, desenvolvimento sustentável, integração regional, setor automotivo, questões trabalhistas, inteligência policial, agricultura familiar e outros temas.
O texto oficial também menciona o convite a um fórum empresarial sobre biocombustíveis e à abertura da Feira do Livro de Bogotá, que homenageará o escritor Ailton Krenak.
https://cannalize.com.br/lula-na-colombia-nao-e-cannabis/ Justiça colombiana obriga empresa a fornecer cannabis gratuitamenteUma decisão do Tribunal Constitucional estabelece que a Entidade Promotora da Saúde deve fornecer os medicamentos
Com informações de Revista Cáñamo
A partir de agora, o sistema de saúde colombiano será obrigado a fornecer gratuitamente medicamentos derivados da cannabis. A decisão foi tomada pelo Tribunal Constitucional ao decidir a favor de duas pessoas que interpuseram uma ação judicial após a EPS ter se recusado a fornecer óleos medicinais.
As EPS, ou Entidades de Promoção de Saúde, são empresas responsáveis por registrar pessoas que necessitam de serviços de saúde e filiá-las em fundos de indenização. Existem pelo menos 44 EPS’s na Colômbia.
O caso começou quando duas pessoas com mais de 60 anos que sofrem de fibromialgia e insónia compareceram perante o Tribunal Constitucional porque a EPS não lhes fornecia medicamentos à base de cannabis, apesar de o seu médico tê-los prescrito.
A entidade de saúde sustentava o argumento de que o medicamento não estava regulamentado e enquadrado no Plano de Benefícios de Saúde, apesar da existência de regulamentações na Colômbia relativas ao uso terapêutico da cannabis.
Como os pacientes não podiam comprar o óleo de cannabis prescrito, a sua saúde piorou. Eles então compareceram aos tribunais do Tribunal Constitucional para intentar uma acção judicial.
O responsável pelo acompanhamento do caso revisou os prontuários e confirmou que outros medicamentos prescritos anteriormente não obtiveram efeito positivo. Em seguida, o magistrado determinou que a EPS fosse obrigada a fornecer o medicamento à base de cannabis.
“A recusa em fornecer as preparações master à base de cannabis prescritas aos demandantes também constitui uma violação fundamental de uma vida digna”, afirma a decisão do juiz.
Desta forma, a Justiça colombiana ordenou à EPS que autorizasse e entregasse os produtos derivados da cannabis, de acordo com as prescrições médicas e que garantisse o seu acesso continuado.
https://cannalize.com.br/justica-colombiana-obriga-empresa-a-fornecer-cannabis-gratuitamente/ Quem é Caio França, deputado responsável pela cannabis no SUS em São PauloParlamentar está em seu terceiro mandato e comanda a Frente Parlamentar de Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial
A regulamentação da lei estadual que distribui gratuitamente produtos à base de cannabis no SUS (Sistema Único de Saúde) em São Paulo encerrou um 2023 recheado de notícias sobre o universo da cannabis medicinal.
Agora que o ano virou, a expectativa é que os próximos passos (distribuição dos medicamentos) sejam discutidos em breve. Antes disso, que tal conhecer a pessoa por trás da legislação? Estamos falando do deputado estadual Caio França (PSB), que cumpre seu terceiro mandato na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo).
O parlamentar de 35 anos é natural de Santos, mas vive em São Vicente, também na Baixada Santista. Ele é filho do ministro do Empreendedorismo, Márcio França, que já foi governador de São Paulo.
Carreira política
Sua trajetória começou em 2008, quando foi eleito vereador de São Vicente. Em 2014, iniciou seu primeiro mandato como deputado estadual. Na época, foi o parlamentar mais jovem a assumir um cargo na Alesp, aos 26 anos.
Durante seu segundo mandato formulou o projeto de lei que passou a ser a Lei nº 17.618/2023, a qual inclui a cannabis no SUS.
Essa legislação foi aprovada há cerca de um ano, pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), sendo a primeira norma política sobre cannabis medicinal do Brasil e também referência para outras assembleias legislativas que aprovaram projetos similares.
Atualmente, Caio França cumpre seu terceiro mandato na Alesp, onde também é membro da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), por onde passam todos os projetos de lei da Casa. Além disso, o deputado coordena as Frentes Parlamentares da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial e de Apoio à Adoção.
Participação em projetos de cannabis
A última reunião da Frente Parlamentar da Cannabis aconteceu em Paraisópolis, comunidade da zona Sul de São Paulo, em dezembro. O objetivo foi incentivar alguns projetos independentes de cannabis medicinal com emendas parlamentares.
De 37 projetos inscritos, os finalistas foram iniciativas da Unicamp, Unesp, Associação Cultive, Instituto CuraPro e Sírio Libanês, que receberam um investimento de R$734 mil em ciência, pesquisa, saúde, educação e empreendedorismo.
Leia mais: Projetos de cannabis selecionados receberão R$734 mil
Já em abril do ano passado, Caio França apoiou a inauguração do NASCI (Núcleo de Atenção à Saúde e Cuidados Integrativos), localizado em São Vicente.
O serviço nasceu com a ideia de ofertar à população mais vulnerável a consulta e remédios à base de cannabis doados pela Koba, associação que atua em todo o território nacional.
O NASCI também receberá R$500 mil em emendas visando o fortalecimento da distribuição para mais pessoas em situação de vulnerabilidade.
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https://cannalize.com.br/caio-franca-cannabis-no-sus/ São Paulo gasta mais de R$25 mi com judicialização de cannabisEm apenas 10 meses, foram mais de 800 ações movidas para o custeamento de produtos à base de cannabis pelo SUS
De janeiro a outubro de 2023, o estado de São Paulo gastou R$25,6 milhões em produtos à base de cannabis após processos judiciais. O valor bateu um recorde, em comparação com os últimos anos.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, foram 843 ações movidas por pacientes que não podem custear o tratamento. A despesa total, contando com todos os anos de judicialização, é de quase R$85 milhões.
Parece que o crescimento do uso medicinal aumentou as ações para o custeamento do tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Em 2018, por exemplo, 71 pacientes conseguiram ações favoráveis para bancar o remédio. Já em 2020, o número saltou para 200 e no ano passado, já estava em 576.
Leia também: Judicialização para obter o Canabidiol (CBD): O que você precisa saber
Judicialização que também cresceu em nível federal. Ainda segundo o portal de notícias, em 2021, o Ministério da Saúde gastou mais de R$160 mil com ações para custear a cannabis. Já no ano passado, o valor saltou para R$1.671.701, uma alta de 940%.
E no primeiro semestre deste ano, o governo já havia desembolsado mais de R$750 mil.
Mas São Paulo não tem uma lei sobre o assunto?
A sanção da nova lei sobre cannabis no SUS em São Paulo no início do ano repercutiu em todo o país. Também serviu de inspiração para projetos de lei em outros estados. Porém, sete meses depois, os pacientes ainda aguardam a regulamentação.
A lei foi sancionada em janeiro e tinha um total de 90 dias para entrar em vigor, e a publicação deveria ter ocorrido até o dia primeiro de maio, mas isso não aconteceu.
Por causa da demora, um grupo de trabalho formado pela Secretaria Estadual de Saúde, responsável pela regulamentação da Lei Estadual 17.618/23, resolveu se unir e divulgar uma nota pública solicitando a sua imediata publicação.
O documento emitido em agosto foi uma forma de pressionar o governo de São Paulo a de fato colocar a lei em vigor, mas até agora nada aconteceu.
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https://cannalize.com.br/sao-paulo-gasta-mais-de-r25-mi-com-judicializacao-de-cannabis/ Afinal, quanto custa se tratar com cannabis?O custo de tratamento varia para casos de importação, compra em farmácia ou através de associações, mas está mais acessível do que se imagina
Segundo o II Anuário da Cannabis Medicinal, da Kaya Mind, 7 milhões de pacientes brasileiros são capazes de ser atendidos pelas terapias de cannabis no Brasil. Mais otimista, uma investigação feita pelo comitê executivo-médico da Cannect levanta a marca de 130 milhões.
Esta ampla margem varia em função do crescimento de evidências sobre o uso de cannabis nas mais diversas condições de saúde, ou mesmo, tratamentos transversais.
Mas, seja sete ou cento e trinta, a pergunta que não quer calar é: Será que estes tantos milhões de pessoas conseguem custear este tratamento? Afinal, custa caro se tratar com cannabis?
Importação, farmácias e associações
A resposta varia caso a caso. Isto porque há três maneiras diferentes de comprar os derivados de cannabis: a importação, a compra nas farmácias via prescrição especial e as associações.
E cada uma dessas vias apresenta ramificações diferentes: produtos disponíveis, profissionais prescritores, formas de efetuar a compra e, claro, valores.
- Farmácias
Atualmente, os produtos nas farmácias ainda enfrentam maiores dificuldades para diversificar sua produção, já que a resolução aplicada restringe as vias de administração à via oral ou nasal.
Por isso, estes produtos se restringem a óleos, tinturas ou extratos, geralmente prescritos para pacientes de condições específicas, através de receitas médicas especiais.
Segundo o Anuário, há pelo menos 18 produtos canábicos disponíveis nas farmácias brasileiras, em uma faixa de preço variando de R$120 a mais de 5.300 reais. Na Farmácia Cannect, os valores são mais acessíveis, variando entre R$260 e R$870.
- Associações
Apesar de populares, os produtos de associações também têm custos variáveis em função de fatores como concentração e tamanhos de frascos. Além disso, há custos indiretos como taxas de inscrição e mensalidades, que variam de acordo com cada associação.
De 16 associações existentes no Brasil, nove enviaram seus catálogos à análise do Anuário, enquanto outras duas não vendem os produtos e somente aceitam contribuições voluntárias. Deste quórum, a faixa de preço avaliada foi entre R$35 e R$1080.
Importação é mais barata do que se imagina
Os produtos importados são os que mais variam suas vias de administração e formas farmacêuticas. É através da importação que produtos como cremes, tópicos, gummies, supositórios e lubrificantes chegam aos pacientes, além dos tradicionais óleos e tinturas.
Mesmo que outras formas farmacêuticas se apresentem como alternativas ao tratamento convencional, a aquisição do óleo de cannabis pela via de importação desponta como a mais vantajosa em termos de custos.
Uma análise feita pelo grupo de relacionamento médico da Cannect elaborou uma comparação entre os preços dos óleos importados por seus pacientes. Através desta análise, chegaram ao custo médio mensal de R$366,35.
O levantamento aponta pacientes aleatórios que iniciaram o tratamento de cuidado coordenado pela Cannect e que compraram óleo full spectrum pela primeira vez. “Quando somamos o valor de compra mensal de cada paciente e tiramos a média, chegamos a este valor.”
“O custo pode variar quando a compra envolve mais produtos além do óleo, mas se o paciente só precisa do óleo, este valor é mais acessível. Dependendo da dose, o paciente não compra mensalmente, então o produto pode durar mais de um mês e custar menos ainda”, explica Cris Suadicani, coordenadora da equipe de cuidado coordenado da Cannect.
https://cannalize.com.br/quanto-custa-se-tratar-com-cannabis/ Afinal, dá pra comprar cannabis na farmácia?Talvez tantas dúvidas e malabarismos não seriam necessários se todos soubessem da possibilidade de comprar cannabis pela farmácia, e no Brasil
Foi publicada na Folha de S. Paulo, na semana passada, uma reportagem sobre farmácias de manipulação do interior de São Paulo que passaram a comercializar o óleo de CBD (canabidiol).
O que a reportagem não deixa claro é se o estabelecimento faz todo o processo, desde a extração do óleo até a adaptação dos canabinoides para as indicações específicas às necessidades do paciente.
“Isso é muito trabalho. É muito difícil porque assim ele vira um trabalho muito artesanal e muito demorado. E como garantir exatamente aquela porcentagem de canabinoides que o médico recomendou?” diz Tayara Gonçalves, profissional responsável pela Farmácia Cannect.
Talvez tantas dúvidas e malabarismos não seriam necessários se todos soubessem da possibilidade de comprar cannabis pela farmácia, e que existem estabelecimentos específicos para isso.
Até porque farmácias de manipulação não tem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para trabalhar com CBD, e os estabelecimentos que o fazem só conseguem isso através de liminares judiciais, o que torna o processo mais difícil e burocrático.
Como comprar cannabis na farmácia
Ao contrário do que muita gente pensa, alguns produtos de cannabis podem sim ser comprados em uma farmácia comum, no Brasil. Porém, eles devem seguir alguns critérios.
O principal critério é a prescrição médica, antiga conhecida dos pacientes de tratamentos com cannabis medicinal que importam seus medicamentos. As prescrições aceitas na farmácia, porém, também são específicas.
- Os produtos de Cannabis com THC até 0,2% requerem Notificação de Receita B (NRB) – Azul
- Os produtos de Cannabis com THC acima de 0,2% requerem Notificação de Receita A (NRA) – Amarela
As receitas são específicas e exigem muito cuidado, como lembra a farmacêutica Tayara Gonçalves. “Para a amarela, todo final do mês vai ter que fazer balanço, levar na vigilância sanitária essa receita para validar, conferindo data, nome do paciente, carimbo, dosagem e dispensação correta. Já a azul fica aqui comigo disponível, caso a vigilância venha aqui fazer a inspeção, mas eu não preciso levar lá e elas não precisam carimbar.”
Isso porque, segundo o Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, a dispensação dos produtos de Cannabis deve ser feita, exclusivamente, por profissional farmacêutico, em farmácias sem manipulação ou drogarias, mediante apresentação e retenção de prescrição feita por profissional médico legalmente habilitado.
Farmácia Cannect: a primeira farmácia especializada em produtos de cannabis do Brasil
A Farmácia Cannect é uma loja física especializada em cannabis medicinal. Situada em Maringá, no Paraná, a loja funciona desde maio de 2022.
A farmacêutica responsável, Tayara Gonçalves, conta que a unidade comercializa produtos de pelo menos sete laboratórios, com onze dosagens diferentes. “É uma grande quantidade de possibilidades que você pode recorrer junto com o seu médico”, diz.
Além de serem aprovados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e estarem regularizados dentro das normas da RDC 327/2019, os produtos tem certificado de análise, bula e garantia de inspeção, o que, segundo a farmacêutica, garante a qualidade dos produtos.
“Ali a gente consegue saber exatamente quanto tem de cada componente, o que garante o que tá tomando.”
Preços acessíveis e entrega em todo o Brasil
Outro tabu a ser quebrado é o preço dos produtos, mais acessível do que se pensa. Na farmácia Cannect, os preços variam entre R$260 e R$870. Tayara também chama atenção para o custo benefício: “Eu já vendi pra paciente que o medicamento ia durar quase ano também. Aí dilui esse valor em doze meses…”
Para a entrega, a farmácia conta com logística específica, já que o correio não é apropriado para fazer este trabalho. “A transportadora tem autorização pra fazer a entrega de medicamentos, porque a gente não pode entregar pelo correio.”
A entrega em até 72 horas para todo o Brasil também facilita o início do tratamento, como lembra a farmacêutica: “Se o paciente quer começar o tratamento imediatamente, ele começa por aqui. E tem pacientes que se adaptaram muito bem com os medicamentos da farmácia. E os médicos preferem não trocar.”
https://cannalize.com.br/como-comprar-cannabis-na-farmacia/ Uso de cannabis pode estar ligado a menor risco de pedras nos rins em homensUso regular de cannabis pode estar associado a um risco reduzido de desenvolvimento de cálculos renais em homens que a utilizam.
Traduzido e adaptado de High Times
Uma equipe de cientistas da China examinou a conexão entre o desenvolvimento de cálculos renais em usuários de cannabis em comparação com indivíduos que não fazem uso da planta. A amostra que incluiu mais de 14.000 pessoas dos Estados Unidos, com idades variando entre 20 e 59 anos.
O estudo, publicado na revista Frontiers in Pharmacology, descobriu que os usuários regulares de cannabis do sexo masculino (seis vezes por semana) demonstraram menor risco de formação de cálculos renais.
Para a pesquisa, os cientistas utilizaram métodos de pesquisa avançados como análises de regressão logística multivariada e de sensibilidade para investigar a relação entre o consumo de cannabis e a ocorrência de pedras nos rins.
No entanto, tais diferenças não foram encontradas nas populações geral e feminina.
Referente aos resultados dos usuários de cannabis do sexo feminino, os pesquisadores observaram que o estrogênio pode estar associado a um menor risco de cálculos renais.
“Especula-se que o estrogênio possa superar o impacto do uso da cannabis nas pedras nos rins. Portanto, o seu uso pode ter associação insuficiente com o risco de cálculos renais na população feminina”, concluíram os autores do estudo, ao levantaram a hipótese de que o nível hormonal “não poderia regular essa associação”.
Cannabis na prevenção de pedras nos rins
Os pesquisadores propõem uma explicação para a possível associação entre o uso de cannabis e taxas reduzidas de cálculos renais. De acordo com o estudo, pesquisas anteriores revelaram que a administração de canabinoides resultou em um aumento na produção de urina, sem impactar na sua excreção.
Isso implica que os efeitos diuréticos dos canabinoides, ou seja, aqueles que contribuem para a redução da retenção de líquidos, podem reduzir também o tempo que os cristais permanecem no rim, diminuindo, assim, o risco de formação de cálculos renais.
Os pesquisadores ainda observaram que a deposição de cristais no rim está relacionada à regeneração de espécies reativas de oxigênio e à ativação do inflamassoma, o que pode significar que o canabidiol (CBD) — principal canabinoide da cannabis — possui vantagens naturais na atenuação respostas inflamatórias e na redução do estresse oxidativo.
Contudo, conforme destacam os próprios autores do estudo, uma vez que esta pesquisa é o primeiro estudo transversal a explorar a relação entre a planta e o risco de cálculos renais, mais estudos são necessários para investigar a dose e o tipo de associação da cannabis com pedras nos rins.
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https://cannalize.com.br/cannabis-pedras-nos-rins/ Craque Neto no Donos da Bola: “Estou tomando cannabis medicinal”Se o Corinthians não proporciona uma vida melhor ao ex-jogador e apresentador Craque Neto, talvez a cannabis possa ajudar.
No programa desta quinta-feira (5), o apresentador corintiano revelou ter começado seu tratamento com óleo de cannabis para tratar insônia.
O ex-jogador também disse que toma antidepressivos por conta desta condição de saúde.
“Problema psicológico tenho eu, que tenho depressão há dez anos, e tomo Rivotril todo ano. Tô tomando cannabis, comecei ontem, três gotinhas pra ver se eu durmo, porque tenho insônia. É medicinal, é com médico. Talvez por isso eu esteja tão tranquilo”
Não é novidade para quem o acompanha que o tema está frequentemente presente na rotina do apresentador. Em uma transmissão ao vivo de um jogo do Corinthians em seu canal pessoal, Neto chegou a ligar para a própria mãe e sugerir: “vamos ter que plantar maconha”.
Cannabis no tratamento da insônia
Se você já baixou nosso e-book “Trate Insônia com Cannabis”, já deve estar ciente dos principais benefícios da cannabis para a regulagem do sono.
O funcionamento é simples: o Sistema Endocanabinoide é responsável por estabelecer uma comunicação entre o cérebro e os processos do organismo.
Através deste sistema, os canabinoides elevam a biodisponibilidade de um neurotransmissor chamado serotonina, que regula o sono e outros processos do corpo.
Para o neurologista André Millet, o tratamento com cannabis deve servir a quem tem “uma visão menos alopática”, ou seja, quem queira tratar a raiz do problema, e não queira apenas tratar um dos sintomas.
https://cannalize.com.br/craque-neto-toma-cannabis/ Associação italiana consegue revogar decisão do governo de tratar CBD como narcóticoA suspensão da decisão seguirá pelo menos até 24 de outubro, quando deve haver uma reunião entre os outros juízes para uma decisão final.
A decisão do governo italiano de considerar o canabidiol (CBD) como narcótico, em vigor desde 22 de setembro, foi suspensa nesta semana.
A suspensão aconteceu depois de uma ação judicial movida pela ICI (Associazione Imprenditori Canapa Italia), uma associação de empresários do setor, composta por 69 participantes.
Entre os participantes da associação, está o fundador da ValtellinaMed, Roberto Dias. Em entrevista à Cannalize, Roberto denuncia que, assim que o decreto começou, fiscais “sequestraram” produtos de alguns membros da associação. “Levavam para a análise e se achassem CBD era multa”.
A ValtellinaMed é uma empresa ítalo-brasileira especializada na exportação e comercialização de produtos à base de Cannabis, como óleos e cremes, que trabalha em parceria com produtores agrícolas de cânhamo da região da Lombardia.
Segundo sua apresentação no site da Associação ICI, as extrações de óleos com diferentes concentrações de canabinóides são realizadas por laboratório autorizado devidamente registrado, que segundo Roberto, é “um dos mais tecnológicos e certificados da Itália, cujo proprietário é o presidente da associação.”
Roberto diz que a suspensão da decisão se deu a partir do momento em que o juiz de primeira instância acolheu o recurso da associação. Tal suspensão seguirá pelo menos até 24 de outubro, quando deve haver uma reunião entre os outros juízes para uma decisão final e anulação.
O decreto proibia a venda do produto na Itália, por inserir “composições para uso oral à base de canabidiol extraído da cannabis” na tabela de medicamentos seção B da lei que regulamenta a utilização de substâncias psicotrópicas, como informa o jornal Repubblica.it.
https://cannalize.com.br/ici-valtelinamed-revoga-decisao-cbd-narcotico-italia/ Gummies de cannabis: o que são e o que esperar delas?A proibição definitiva da importação de flores de cannabis no Brasil deixou muitos pacientes procurando novas formas de administrar seu tratamento. Será que as gummies podem ajudar?
Embora cada via de administração seja indicada para um fim específico, os comestíveis de cannabis, também chamados de gummies, têm despontado como uma alternativa viável a se recorrer.
De acordo com o último anuário da Kaya Mind, durante o ano de 2023, pelo menos 25 formas farmacêuticas de cannabis foram registradas. Porém, seis delas se destacaram com maior demanda: gummies, roll-on (uso tópico), cápsula, óleo e lubrificantes, além das populares flores, agora proibidas.
Em linhas gerais, “a flor é como uma bombinha de asma, um corticoide que resgata o paciente durante uma crise. Já a gummy é como um corticoide, tomado via oral, para a manutenção do tratamento e evitar uma possível crise”, explica o farmacêutico Guilherme Salgueiredo, do relacionamento médico da Cannect.
Inclusive, o próprio ex-boqueador Mike Tyson virou assunto na mídia depois que lançou gummies de CBD em formato de orelhas, em referência ao famoso episódio quando o lutador mordeu a orelha de um adversário em uma disputa há 25 anos.
O que são gummies de cannabis?
As gummies são as balas de goma feitas de cannabis. Na maioria das vezes, elas têm gosto de frutas e podem ser facilmente confundidas com doces ou suplementos alimentares. Elas podem ser compostas por canabinoides isolados ou ainda combinados, tanto com fitocanabinoides, quanto com vitaminas e outros fitoterápicos.
Segundo a médica do esporte Jéssica Durand, as gummies são alternativas viáveis, mesmo não tendo os mesmos efeitos das flores. “As flores têm efeito imediato, que também passa rápido, enquanto as gummies vão trazer concentração alta de canabinoides, que mesmo demorando mais para fazer efeito, vão ficar mais tempo no nosso organismo.”
No entanto, os recursos comestíveis também devem passar pelo crivo de um médico especialista, que vai orientar as maneiras mais apropriadas de administrar seu uso, sempre por um viés de tratamento individualizado.
“Assim como outros produtos de cannabis, temos que entender as condições clínicas do paciente, a rotina, o dia a dia, e, precisamos ir aos poucos, começando com doses baixas para entender como ele vai reagir, se vai ter efeito adverso ou não”, adverte a médica.
Para que serve as gummies de cannabis?
Com base em sua experiência e prática clínica, a Dra. Jéssica Durand aponta os canabinoides mais indicados para as queixas mais comuns dos pacientes que buscam as gummies:
- Rendimento físico e recuperação muscular
O CBD (canabidiol) da cannabis em concentrações mais altas, ou full spectrum, ajuda na recuperação muscular e na neuromodulação da dor. No caso de atletas sujeitos ao teste antidoping, a mais indicada é a gummy de CBD isolado. Associado ao CBG (canabigerol), a gummy ganha propriedades anti-inflamatórias.
Leia também: A cannabis no tratamento das inflamações
- Rendimento mental e foco
O CBG inclusive é um canabinoide menor, conhecido nos Estados Unidos como suplemento de energia. Tem efeito sinérgico com Delta 8 e Delta 9 THC e já é estudado como recurso para o tratamento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
- Insônia
As gummies de CBD são altamente eficazes para tratamento de sono, principalmente quando somados a outros fitoterápicos como melatonina e valeriana, além do CBN (canabinol), um dos mais potentes fitocanabinoides capazes de tratar distúrbios do sono.
Só devemos ficar atentos à presença do THC (tetrahidrocanabinol), como salienta a médica: “O THC é um pouco controverso, porque só consegue melhorar a qualidade do sono em doses baixas. Já em grande quantidades e consumido de maneira recorrente, pode atrapalhar o sono REM (Rapid Eyes Movement).”
- Dores crônicas
Para dores crônicas, os canabinoides canabigerol e THC podem ser combinados ao canabidiol.
Além disso, a Dra. Jéssica Durand também considera combinar os canabinoides com vitaminas como C e B12, fitoterápicos como cogumelos e Ashwagandha e até a cafeína para potencializar os efeitos terapêuticos.
Vantagens
Uma das vantagens de usar gummies de cannabis está nas quantidades fixas do remédio. Cada gummy contém uma quantidade exata de CBD, de THC ou qualquer outro canabinoide. Por isso, ao invés de perder as contas na hora de pingar o óleo, muitos pacientes preferem usar as gummies, que são mais fáceis de serem administradas.
Embora essa alternativa só é útil quando já se tem uma dose certa, mas isso pode demorar um pouco. Na dúvida, comece o tratamento com o óleo.
Isso, sem contar que as gummies têm um sabor melhor que o óleo, por exemplo. O que pode ajudar pacientes com autismo, por exemplo.
Como comprar
Assim como os óleos, as gummies de cannabis precisam de receita médica e atualmente só podem ser adquiridas através da importação.
Para isso, é necessário obter uma autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Com os documentos em mão, basta entrar em contato com uma importadora de produts de cannabis ou a própria empresa para comprar.
É importante lembrar que os produtos importados demoram em média 25 dias para chegar.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/gummies-o-que-sao-e-o-que-esperar-delas/ Deputado Eduardo Suplicy trata Parkinson com cannabisO deputado de 82 anos demonstra sintomas leves e relata resultados positivos com o tratamento: “Tudo melhorou bastante”
Veio a público nesta terça-feira (19) a notícia de que o deputado Eduardo Suplicy, de 82 anos, foi diagnosticado com Parkinson. A informação foi publicada pela jornalista Mônica Bérgamo em sua coluna na Folha de S. Paulo.
Segundo a colunista, a doença está em estágio inicial e com sintomas leves. O deputado esteve presente na ExpoCannabis, no último final de semana, e mesmo demonstrando tremores, caminhou firmemente pela feira.
“Estou muito entusiasmado com a presença significativa das pessoas e sobretudo das associações que utilizam a cannabis para fins medicinais” disse o deputado em entrevista à Cannalize.
“Eu estava com certos tremores nas mãos, especificamente na hora de comer, de segurar os talheres. Tinha também dores musculares na perna esquerda”, disse o deputado à coluna.
A colunista ainda revelou que o deputado está sendo tratado com canabidiol, além do Prolopa, remédio tradicionalmente administrado contra o Parkinson. Suplicy está tomando cinco gotas de CBD no café da manhã, cinco gotas à tarde e outras cinco no período noturno.
“Eu não me dei conta de que tinha Parkinson. Só mais tarde, conversando com a doutora Luana Oliveira, é que fui percebendo alguns sintomas”. A neurologista é do núcleo de Cannabis Medicinal do hospital Sírio-Libanês, segundo informações da Folha.
À colunista Mônica Bérgamo, o deputado relatou resultados positivos com o tratamento. “Tudo melhorou bastante. A dor na perna sumiu. O tremor, na hora de comer, melhorou. Tenho caminhado com firmeza”, respondeu.
O que é Parkinson?
Parkinson é uma doença degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central, que afeta principalmente o cérebro, prejudica a coordenação motora e provoca tremores, além de causar dor e afetar o sono e o humor.
Sua causa é a diminuição intensa da produção do neurotransmissor dopamina, substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas.
A dopamina ajuda a realizar os movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam graças à presença dessa substância em nossos cérebros.
Como a cannabis pode ajudar?
Produtos com extratos da planta podem ser uma alternativas, principalmente, para o combate aos tremores e à dor.
Pessoas com Parkinson têm menos receptores CB1 do que pessoas que não apresentam a doença. A cannabis é capaz de estimular esses receptores, promovendo diminuição dos tremores e aliviando a discinesia (distúrbio da atividade motora) dos pacientes.
Já os receptores CB2 fornecem benefícios neuroprotetores e vêm sendo estudados como aliados para retardar a progressão da doença.
https://cannalize.com.br/deputado-eduardo-suplicy-divulga-diagnostico-de-parkinson-e-revela-tratamento-com-cannabis/ Cannabis vs. Fake News: por que apurar é importante?Quando o assunto é cannabis, aposto que você já deve ter escutado diversas fake news sobre a planta. Mas, afinal, de onde elas surgiram? E por que é tão importante combatê-las?
Ao longo das décadas, a cannabis se tornou um terreno fértil para um fenômeno preocupante: as fake news. Desde os anos de estigmatização até o presente momento de regulamentação da cannabis medicinal no Brasil — e de legalização do uso adulto em diversos países e estados —, essa planta versátil tem sido envolvida em uma teia de desinformação e mitos.
Afinal, quando as pessoas não entendem muito bem um assunto, a tendência é que a imaginação vá cada vez mais longe, não é mesmo? Daí vêm as teorias da conspiração e tudo o mais.
A história das fake news sobre cannabis, porém, vem de muito tempo atrás, e é repleta de exageros, sensacionalismo e falta de embasamento científico, sendo que alguns dos recursos de desinformação utilizados há décadas persistem até hoje. Mas quais são essas fake news — você, sem sombra de dúvidas, já deve ter escutado pelo menos duas delas — e como elas surgiram, afinal?
1. A cannabis faz mal
A demonização da cannabis começou no início do século 20, quando os Estados Unidos iniciaram campanhas de proibição e desinformação sobre a planta, utilizando como recurso narrativas sensacionalistas que contribuíram para a disseminação do estigma em relação à cannabis.
Além disso, a classificação da cannabis como uma droga de Classe I nos Estados Unidos em 1970 a colocou ao lado de substâncias altamente viciantes, criando a ideia de que ela era extremamente prejudicial. Pesquisas subsequentes, contudo, revelaram que a cannabis não é tão danosa quanto uma droga de Classe I e possui aplicações médicas legítimas.
Hoje, ao passo que os estudos avançam e a compreensão pública evolui, fica cada vez mais claro que o estigma em torno da cannabis não se justifica em muitos casos, uma vez que, embora o uso indevido ou excessivo da planta possa ter efeitos negativos, a cannabis também demonstrou benefícios terapêuticos significativos.
2. Cannabis causa dependência
Este mito é clássico e vem persistindo há anos — levando a uma série de equívocos sobre os seus reais efeitos: o de que a cannabis causa dependência.
Sua origem remonta ao início do século 20, quando a cannabis começou a ser regulamentada e proibida em várias partes do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Lei das Substâncias Controladas de 1970 a classificou como uma droga de Classe I, colocando-a ao lado de substâncias altamente viciantes, como a heroína. Essa classificação criou a ideia de que a cannabis era absolutamente viciante, apesar da falta de evidências científicas sólidas que a respaldassem.
3. É a porta de entrada para drogas mais fortes
Geralmente, o disparate anterior é acompanhado deste segundo argumento infudado: a crença de que a cannabis é uma “porta de entrada” que leva inexoravelmente ao uso de drogas mais pesadas.
Essa noção, muitas vezes usada para justificar a proibição da cannabis, tem uma história complexa e, em grande parte, desmentida.
O mito da “porta de entrada” vem da década de 1930, quando os Estados Unidos iniciaram uma campanha anti-cannabis bastante fervorosa. Com a criação do filme “Reefer Madness” em 1936, a narrativa ganhou força, retratando a cannabis como uma substância que transformaria usuários em criminosos e os levaria diretamente ao uso de narcóticos mais perigosos.
No entanto, ao passo que a pesquisa científica em torno da cannabis progrediu, tornou-se cada vez mais claro que essa suposição era simplista e imprecisa.
A grande maioria das pessoas que usam cannabis não avança para drogas mais pesadas. Isso porque, o uso de substâncias é influenciado por uma série de fatores, incluindo predisposição genética, ambiente social e econômico, e não pela simples experimentação da planta.
4. Seu uso destrói os neurônios e prejudica a memória
A crença de que a cannabis destrói neurônios teve origem em estudos realizados na década de 1970, que pareciam indicar danos cerebrais significativos em animais expostos à alta concentração de THC, o principal composto psicoativo da cannabis.
Na época, esses estudos foram amplamente divulgados, alimentando o mito de que a cannabis era tóxica para o cérebro humano.
As pesquisas mais recentes, contudo, mostraram que os efeitos da cannabis no cérebro são muito mais complexos. Embora o THC afete temporariamente as funções cognitivas, como a memória de curto prazo, esses efeitos geralmente são reversíveis após a interrupção do uso. A destruição permanente de neurônios não é uma característica comum do uso moderado de cannabis.
A compreensão atual dos efeitos da cannabis no cérebro destaca a importância de usar essa substância com responsabilidade e considerar os fatores individuais de cada usuário.
5. A cannabis está associada a comportamentos agressivos
Sabe aquele filme que mecionamos antes, o Reefer Madness, de 1936? Então, ele também foi responsável por propagar uma outra grande fake news: a de que pessoas que usavam cannabis tornavam-se agressivas e violentas.
Ao retratar a cannabis como uma droga que levaria as pessoas à loucura e à violência — exagerando os seus supostos efeitos perigosos, incluindo a ideia de que ela transformava os usuários em criminosos violentos —, a narrativa sensacionalista contribuiu para a disseminação do mito da dependência da cannabis.
A realidade, contudo, é de que embora alguns indivíduos possam experimentar ansiedade ou paranóia sob o efeito da cannabis, associar seu consumo a comportamentos agressivos não é fundamentado em evidências sólidas, uma vez que seus efeitos variam amplamente de pessoa para pessoa, e a grande maioria dos usuários não apresenta tendências agressivas.
Hoje, temos a compreensão de que é irrevogavelmente necessário avaliar os fatores individuais, bem como o ambiente em que a substância é consumida.
Baseado em fake news
Conforme mais países e estados regulamentam o uso medicinal e adulto da cannabis, a conversa sobre a planta se tornou mais aberta do que nunca. No entanto, em meio a essa mudança, a importância da apuração rigorosa de informações se destaca, especialmente quando se trata da narrativa sensacionalista que ainda persiste em alguns círculos.
A máxima “confiar, mas verificar” nunca foi tão necessária, especialmente com a eclosão da internet e das redes sociais, onde a busca por informações tornou-se mais acessível do que nunca. Todavia, ainda assim, a facilidade de disseminação de notícias e dados trouxe consigo um desafio significativo: a crescente disseminação de informações imprecisas ou até mesmo falsas.
Apurar informações sobre a cannabis ajuda a separar os fatos da ficção. Isso não significa ignorar os benefícios terapêuticos reais que a planta oferece, mas sim adotar uma abordagem equilibrada e informada.
Ao fazermos isso, contribuímos para uma discussão mais esclarecedora e garantimos que as decisões sobre o uso da cannabis sejam tomadas com base em dados sólidos, beneficiando pacientes, pesquisadores e a sociedade em geral.
https://cannalize.com.br/as-5-fake-news-mais-contadas-sobre-a-cannabis/ “Start low, go slow”, “Curva do U invertido”… O que isso significa?Os jargões do tratamento canábico parecem óbvios para quem convive diariamente, mas os iniciantes podem ficar meio perdidos… e você, sabe o que significa?
Quando falamos de tratamentos de saúde usando cannabis, algumas expressões são recorrentes: “Start low, go slow” que, em português, significa “comece baixo, vá devagar”, “curva em U invertido”…
O que é praticamente óbvio para os prescritores, é pouquíssimo conhecido por pacientes iniciantes em um tratamento com cannabis. E você, sabe o que estas expressões significa?
Farmacocinética e Farmacodinâmica
O ditado tem a ver com dois termos presentes nos estudos da farmacologia: a farmacocinética e a farmacodinâmica.
Enquanto a primeira descreve o caminho que o medicamento faz no organismo, desde sua ingestão até sua eliminação, a segunda consiste no estudo da interação deste medicamento com os receptores onde exercem o seu efeito terapêutico.
Segundo um artigo de 2018 da Sociedade Farmacológica Britânica, há poucas informações disponíveis sobre a farmacocinética e farmacodinâmica da cannabis para orientar os prescritores.
O artigo justifica que é daí que se dá a necessidade da abordagem de “comece devagar e vá devagar”, para iniciar a prescrição de medicamentos à base de cannabis, observando cuidadosamente o paciente quanto aos efeitos desejados e adversos.
O que tem a ver o “U” com as calças?
A expressão “start low, go slow” também tem relação com outro ditado familiar na prática clínica canábica: a “Curva em U invertido”. Tal curva é referente a um gráfico que ilustra os efeitos do CBD (Canabidiol) isolado no organismo.
Conforme estudos mostram, os efeitos anti-inflamatórios do CBD só são observados dentro de uma faixa de dose limitada, enquanto pouco efeito benéfico é alcançado em doses mais altas.
Como comenta o médico generalista Felipe Neris Nora, “esta descoberta mostrou que o paciente pode ter uma resposta bifásica, demonstrando a importância de um tratamento individualizado”.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/start-low-go-slow-curva-do-u-invertido-o-que-isso-significa/ Por que o tratamento com cannabis é diferente para cada pessoa?Utilizar produtos de cannabis não é tão simples. Achar uma dose ideal pode levar meses, pois envolve a condição tratada, a forma de uso e até o organismo do paciente
Se você já começou a utilizar a cannabis ou conhece alguém que usa produtos feitos com a planta, já deve ter percebido que o tratamento é diferente para cada um, não é mesmo?
Muitas vezes, pessoas com a mesma patologia podem ter experiências diferentes com o mesmo produto e, por isso, precisam utilizar concentrações e até formulações diferentes.
Há pacientes que levam meses para achar uma dose certa. Mas, por que isso acontece?
Sistema Endocanabinoide
Primeiro de tudo, é importante entender que a cannabis funciona através do SEC (Sistema Endocanabinoide), um sistema que funciona à nível molecular ajudando a equilibrar várias funções do organismo, como fome, humor, sono, e até os sistemas imunológico e nervoso.
O SEC trabalha a partir de receptores. Quando algo não vai bem, o próprio corpo produz os chamados endocanabinoides, que sinalizam que algo está errado e precisa ser corrigido.
Porém, nem sempre os nossos endocanabinoides vão dar conta do trabalho, por isso, precisamos repor com substâncias extraídas de fora, como a cannabis. O CBD (canabidiol), por exemplo, é um tipo de fitocanabinoide, ou seja, um canabinoide produzido pela planta.
Propriedades medicinais
Por outro lado, cada canabinoide vai ter propriedades medicinais distintas, principalmente porque interagem com receptores diferentes do nosso corpo.
Enquanto o CBD possui efeitos ansiolíticos, neuroprotetores e antipsicóticos, por exemplo, o THC (tetrahidrocanabinol) é mais voltado para o controle de dores, náuseas, doenças da terceira idade e condições que envolvem a perda de peso, como câncer, anorexia e HIV.
O médico pode até indicar produtos com as substâncias isoladas, mas na maioria das vezes, a receita vem com os dois compostos juntos, pois um potencializa a ação do outro.
E essa junção, muitas vezes, vai até com outros componentes da planta além dos canabinoides, os famosos produtos full-spectrum.
Mas, as proporções de cada componente vão mudar de acordo com a condição tratada e até do organismo do paciente.
Tratamento individual
De acordo com o cirurgião e diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, há uma série de fatores que podem interferir na escolha dos produtos prescritos, como:
- Predisposição genética;
- Perfil de metabolismo das substâncias pelo fígado;
- Afinidade dos receptores do SEC aos fitocanabinoides;
- Outras doenças associadas e remédios sendo utilizados.
Sendo assim, é inevitável individualizar o tratamento, cada indivíduo, que precisa ser avaliado como um paciente único, e seu tratamento acompanhado de perto, para ajuste de doses e eventualmente troca de formulações.
Teste genético
Um jeito de acelerar o processo é através de um teste genético, que pode identificar quais as predisposições de cada organismo e assim, formular um tratamento personalizado de forma direta.
Mas é importante ressaltar que isso não substitui o acompanhamento, pois só o médico pode utilizar esse meio para indicar o que o paciente precisa.
Formas de uso
Dependendo da condição tratada, até a forma de uso pode mudar. Embora o método mais comum seja o óleo de cannabis, há também outros produtos feitos para os mais diferentes casos.
Pessoas com ataques de pânico, dores agudas e até crises de ansiedade, por exemplo, não podem esperar 30 minutos para o óleo fazer efeito. Por isso, alguns médicos recomendam a vaporização, que proporciona o resultado em minutos.
Crianças com autismo, que possuem restrições alimentares, também podem não aceitar o gosto amargo do óleo feito com a planta. Por isso ,as gomas podem ser uma solução mais efetiva.
Ou até mesmo doenças na pele, que precisam ser tratados com cremes e pomadas dermatológicas.
Acompanhamento
Dessa forma, o acompanhamento é fundamental para entender se o tratamento está evoluindo ou não.
Por causa do tratamento individualizado que a cannabis exige, empresas como a Cannect, por exemplo, possui um programa de cuidado coordenado, em que uma equipe de enfermagem acompanha os pacientes semanalmente ou a cada 15 dias.
Todas as informações são encaminhadas ao seu médico ajudando a ter resultados ainda mais rápidos, podendo impactar até mesmo no custo do tratamento.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/por-que-o-tratamento-com-cannabis-e-diferente-para-cada-pessoa/ Em Israel, reformas na lei deixam a cannabis com status mais ‘medicinal’Ministério da Saúde israelense quer desburocratizar prescrição, mudar embalagens, legalizar o CBD, incentivar pesquisas e mudar tratamento de “último recurso” para “primeira linha”
Na última segunda-feira (7), o Ministério da Saúde de Israel publicou propostas para a reforma da cannabis medicinal no país, que devem começar a ser implementadas a partir de dezembro deste ano.
Embora alguns tenham argumentado que as mudanças não vão longe o suficiente para garantir o acesso oportuno para muitos pacientes, há um consenso geral de que este é um passo positivo e significativo para a indústria. Segundo o Ministro da Saúde, Moshe Arbel, essas reformas são “ótimas notícias para dezenas de milhares de cidadãos israelenses e para a economia”.
As mudanças já fizeram os preços das ações dos operadores locais de cannabis dispararem. O Business of Cannabis resumiu os principais elementos das novas reformas abaixo:
‘Tratamento de primeira linha’
Talvez a mudança futura mais significativa delineada pelo governo seja a transição da cannabis medicinal de um ‘tratamento de último recurso’ para um ‘tratamento de primeira linha’.
Isso significa que, quando a nova regulamentação entrar em vigor, a partir de dezembro deste ano, os médicos poderão passar prescrições aos pacientes sem que eles precisem provar que experimentaram medicamentos alternativos por um ano.
Desburocratização nas prescrições
Outra grande mudança que deve facilitar o acesso dos pacientes e ver o número de pacientes crescer significativamente é a eliminação da necessidade de muitos pacientes obterem licenças governamentais complicadas e demoradas.
Espera-se que essa transição ocorra em janeiro de 2024, mas inicialmente afetará apenas cerca de 10% dos pacientes.
Pacientes que sofrem de câncer, doença de Crohn, demência, autismo, esclerose múltipla, HIV e aqueles que receberam menos de seis meses de vida agora poderão obter prescrições de seus médicos sem obter uma licença.
CBD pode ser legalizado
As reformas também abordarão a área cinzenta em andamento em torno da regulamentação da CBD, afirmando que o governo estava “examinando a possibilidade” de lançar a legalização definitiva.
Atualmente, o CBD continua fazendo parte da Lei de Substâncias Controladas e é considerado uma ‘droga perigosa’.
A partir de fevereiro de 2024, Israel “examinará a possibilidade” de remover o CBD e outros canabinóides que não fazem parte da família do THC (como HHC e THCV) da Lei de Substâncias Controladas.
Este ‘refinamento da definição’ poderia limitar ‘apenas cannabis e componentes psicoativos com uma concentração de THC acima de 0,3%’ à Lei de Substâncias Controladas.
Este é um passo significativo para a rigorosa indústria de CBD do país mas, apesar da posição progressista do país quanto à cannabis medicinal, alguns expressaram sua decepção com o fato de o compromisso do governo não ser mais concreto.
Incentivo a pesquisas
As novas diretrizes também buscam incentivar mais pesquisas sobre cannabis, introduzindo uma série de medidas destinadas a tornar a aprovação de novas pesquisas menos complicada.
O documento sugere que será fornecido um “procedimento claro” para lançar ensaios clínicos para provar a segurança e a eficácia.
Fundamentalmente, os rígidos controles sobre a importação de matérias-primas serão facilitados para fins de pesquisa, permitindo a expansão da diversidade genética disponível para os pesquisadores, embora seja esperado que os limites à importação de produtos acabados permaneçam em vigor.
Embalagens “mais medicinais”
Juntamente com a liberalização de muitas das regras atuais, as reformas também trarão uma série de novas restrições impostas à publicidade e embalagem.
No geral, há uma mudança significativa em direção à ‘medicalização’ da indústria, o que significa que os produtos serão feitos para parecerem mais medicinais e menos como bens de consumo.
Como tal, embalagens coloridas e atraentes não serão mais permitidas, com um novo ‘padrão de embalagem definido’ exigindo que os produtos tenham uma cor uniforme.
De acordo com a Cannabis Magazine , novos regulamentos que ainda não foram oficialmente publicados também podem banir nomes de cepas ‘tentadoras’.
O Ministério da Saúde afirmou: “A situação atual, onde não há um padrão de embalagem definido, levou a uma grande variedade de embalagens em cores, escritas e gráficos diferentes.
“Essa situação resultou em características de marketing muito proeminentes e inaceitáveis na área médica. Não só não promove uma medicina melhor, como desvia a atividade profissional das farmácias e aumenta os custos para os médicos, o que pode, em última análise, afetar o preço do produto para o paciente.”
Essas restrições de embalagem também verão limites impostos às informações pertencentes aos componentes ativos das cepas.
Porcentagens precisas do saldo de THC e CBD, por exemplo, não serão mais exigidas e podem até ser banidas.
Essa estipulação controversa, que os críticos afirmam que pode prejudicar a capacidade dos pacientes de escolher os produtos mais adequados, é entendida como um esforço para minar a crescente preferência dos pacientes pelas cepas mais altas de THC.
O Ministério da Saúde diz que não há evidências científicas para apoiar a noção de que o THC mais alto melhorou a eficácia do tratamento e que algumas evidências sugeriram que doses mais baixas de THC melhoraram o alívio da dor.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/israel-reformas-na-lei-da-cannabis/ As dificuldade de achar um prescritor de cannabisMesmo quando encontram redes especializadas em cannabis, os pacientes ainda enfrentam uma dor de cabeça para marcar uma consulta
De acordo com dados da Kaya Mind, mais de 200 mil brasileiros já fazem algum tipo de tratamento com cannabis medicinal para dezenas de condições. Por outro lado, os médicos que prescrevem ainda são poucos.
Para se ter uma ideia, menos de 1% dos médicos receitavam cannabis em 2018. Embora o número tenha aumentado nos últimos anos, a quantidade ainda é pequena.
Mesmo após o aumento de prescrições por outros profissionais médicos, como cirurgiões dentistas, por exemplo, eles ainda estão começando a aprender. Por isso, não é tão fácil achar quem entenda sobre o assunto.
Os profissionais estão capacitados para prescrever cannabis?
Segundo a médica do esporte Jéssica Durand, receitar cannabis não é tão fácil assim. É necessário se capacitar primeiro para começar a prescrever.
“Infelizmente nós não podemos simplesmente prescrever cannabis. É preciso ter um conhecimento técnico, se especializar. Hoje já há varios cursos, aulas, workshops voltados para a prescrição”, acrescenta. “O universo canábico é muito amplo, e a gente ter esse conhecimento é vital para que a gente consiga fornecer para o paciente o melhor tratamento, com segurança e sabendo que o vai funcionar”.
Mas mesmo quando os pacientes encontram um prescritor, surge outra dificuldade: conseguir marcar uma consulta de forma rápida.
Novidades do mercado
Atualmente, várias marcas reúnem e anunciam médicos prescritores de cannabis em um único lugar para facilitar a vida dos pacientes. Hoje há até mesmo clínicas especializadas no assunto.
Mas isso não quer dizer que a dor de cabeça vá desaparecer. Normalmente, para marcar um atendimento canábico, é necessário entrar em contato com os atendentes das marcas, o que pode demorar.
Assuntos como valor da consulta, especialidade e até se haverá um retorno ou não, podem demorar para serem negociados pelo whatsapp, telefone ou chat no site.
Por isso, com o aumento da concorrência, as empresas precisam se inovar. Um exemplo, é a Cannect, uma Healthtech especializada em cannabis que está lançando uma plataforma para a marcação de consulta pelo próprio paciente.
Como funciona?
Com o agendamento on-line, o paciente consegue fazer tudo sozinho com apenas alguns cliques.
A pessoa poderá selecionar o sintoma que estiver sentindo (ou uma especialidade), data de sua preferência e automaticamente surgirá uma lista de profissionais e horários que se enquadrem na seleção, com informações da consulta e preço.
Depois disso, é só fazer o pagamento e em alguns minutos sua consulta estará agendada. Assim, a Cannect se torna a primeira empresa brasileira do setor a oferecer tamanha autonomia e agilidade para que um cliente escolha seu serviço, como um marketplace deve ser. agendamento“>Veja mais
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https://cannalize.com.br/as-dificuldade-de-achar-um-prescritor-de-cannabis/ “Avô da Cannabis”: Quem foi Raphael Mechoulam?Se hoje falamos da cannabis medicinal como uma terapia cientificamente embasada, é graças aos estudos do químico israelense
O químico israelense Raphael Mechoulam foi o primeiro cientista a estudar a cannabis. Graças à sua curiosidade genuína e sem fronteiras, ele superou preconceitos sociais e dedicou grande parte de sua carreira acadêmica aos benefícios medicinais da cannabis, desde os anos 1960.
Em uma série de testes com haxixe, o cientista isolou o THC (Tetrahidrocanabinol) e entendeu seus princípios psicoativos. Daí partiu para novos estudos que inspiraram grande parte da comunidade acadêmica a descobrir canabinoides como CBD (Canabidiol) e CBG (Canabigerol), os neuroreceptores CB1 e CB2, e claro, o Sistema Endocanabinoide.
Cannabis para epilepsia: estudos de Mechoulam
Uma das condições mais adequadas ao uso de canabinoides é a epilepsia, um distúrbio cerebral caracterizado por crises convulsivas recorrentes e imprevisíveis, causadas por impulsos neuronais desordenados.
Esta doença foi a primeira a ser abordada pelos estudos de Mechoulam, em conjunto com cientistas brasileiros, em 1980. Em um cenário duplo-cego, pacientes epiléticos e voluntários saudáveis receberam canabidiol ou placebo durante 135 dias, submetidos a exames clínicos e laboratoriais a cada 15 ou 30 dias.
Todos os pacientes e voluntários toleraram muito bem o CBD e nenhum sinal de toxicidade ou efeitos colaterais graves foram detectados nos exames.
Quatro dos oito indivíduos com CBD permaneceram quase livres de crises convulsivas durante todo o experimento. Outros três pacientes demonstraram melhora parcial em sua condição clínica, contudo, o CBD foi ineficaz em um paciente.
“Ficamos felizes em notar que, de fato, eles não tinham convulsões enquanto estavam tomando o canabidiol”, disse o próprio cientista, em um documentário biográfico chamado “O Cientista”, lançado em 2015.
Avanços: THC para crianças com câncer
Em 1995, o cientista teve a ideia de testar o THC em crianças com câncer, no intuito de diminuir náuseas e vômitos, efeitos colaterais constantes nos tratamentos quimioterápicos, e extremamente incômodos em crianças.
“Por sorte, a maior parte das crianças podem ser curadas do câncer, mas o tratamento é absolutamente difícil”, relata o químico, no documentário.
Em parceria com a chefe do departamento de oncologia do Hospital de Jerusalém, Aya Avramov, Mechoulam realizou um estudo clínico administrando gotas de óleo contendo THC sob a língua das crianças, duas a três vezes por dia, durante seus tratamentos.
Ao fim do teste, Ava relatou a Mechoulam um “bloqueamento completo da náusea”.
Anos mais tarde, para uma entrevista à Folha, Mechoulam usou este exemplo para refutar efeitos nocivos do THC: “Não conheço casos em que ela tenha causado muitos problemas.”
O legado de Raphael Mechoulam
Morto em março de 2023, aos 92 anos, em sua casa, Mechoulam continuou trabalhando até o fim da vida. O químico publicou 350 artigos científicos, capítulos de livros e resenhas, a maioria deles sobre o sistema canabinoide e editou três livros sobre o assunto.
Em 1999-2000, ele atuou como presidente da International Cannabinoid Research Society e desde 2007 era presidente da divisão de ciências naturais da Academia Nacional de Ciências de Israel. Em junho de 2014, o professor Mechoulam foi selecionado pelo Jerusalem Post como um dos 50 judeus mais influentes do mundo.
Seu último trabalho foi em 2019, aos 88 anos, quando apresentou uma versão estável e sintetizada do CBDA (Ácido canabidiólico), um canabinoide com propriedades anti-inflamatórias.
https://cannalize.com.br/raphael-mechoulam-avo-da-cannabis/ Na TV, especialista Carolina Nocetti compara cannabis à indústria do petróleoEm entrevista ao The Noite, do SBT, a médica traçou um panorama da cannabis no Brasil e levou o programa ao pódio da audiência
A cada dia o assunto “cannabis medicinal” avança um pouco mais rumo a um público amplo e democrático. Prova disso é a entrevista da médica generalista Carolina Nocetti para o humorista Danilo Gentili, em seu programa The Noite, no SBT, na última sexta-feira (28).
A membra do Conselho Deliberativo da Frente Parlamentar da Cannabis na Assembleia Legislativa paulista respondeu abertamente às mais diversas perguntas, esclarecendo dúvidas leigas a um público muito amplo. Segundo o portal NaTelinha, aquela edição do programa chegou a ter 3,8 pontos de audiência entre a 1h e 1h55, ficando atrás apenas dos 5,2 pontos da Rede Globo.
De maneira sucinta, Carol Nocetti traçou um panorama geral da cannabis no Brasil, explicando desde suas possíveis indicações terapêuticas, passando pela situação do mercado canábico até as legislações aplicadas à área.
“Segundo uma cartilha do Conselho Federal de Medicina, as condições de saúde que temos evidências científicas conclusivas são: dor crônica localizada, náusea e vômito em pacientes de quimioterapia e espasticidade, que é um tipo de rigidez muscular causado pela esclerose múltipla”, elucidou.
Leia também: Cannabis no SUS: ALESP relança Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal
A médica também citou casos com “menos robustez científica” como ansiedade, insônia, Alzheimer, Parkinson, psoríase, fibromialgia, endometriose, que tem melhorias comprovadas pela prática clínica em seu consultório, em São Paulo.
Ao longo da entrevista, dúvidas comuns surgiram, como o perigo do vício, por exemplo. Carol explicou que existem estudos que indicam possibilidade de vício em produtos ricos em THC, mas com graus de periculosidade baixos. “É parecido com o café. Quando você toma café todo dia, se não tomar por duas semanas, você vai ficar chato, meio irritadiço, mas passa…”
A especialista também está otimista quanto aos avanços legislativos com relação à cannabis. “O lobby está avançando bem. Hoje temos a PL 399, que é o marco regulatório da cannabis no Brasil, que organiza a parte de cultivo, produção e distribuição da cannabis no país. E em São Paulo temos uma lei sancionada que permite a distribuição gratuita de cannabis. Esta lei foi revolucionária. Estamos muito avançados.”
Para o futuro, Nocetti vislumbra um cenário promissor para o desenvolvimento da indústria canábica brasileira. “A grande mudança vai acontecer quando tivermos uma lei que permite o cultivo no Brasil. Isso vai baratear muito e vai permitir a democratização efetiva do acesso à cannabis, como uma nova indústria do petróleo.”
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/carolina-nocetti-para-danilo-gentili/ ‘Eu estou aqui, hoje eu vivo’, diz paciente que voltou a ter qualidade vida após a cannabisJoyce, que tinha de 15 a 20 convulsões por dia, hoje não tem mais nenhuma. Atualmente ela é uma das fundadoras da Marcha da Maconha de Ferraz de Vasconcelos
Após ter a sua primeira filha aos 16 anos, Joyce Kayce de Almeida Ribeiro teve uma depressão pós-parto, que paralisou a sua vida. A necropsista não comia, não dormia e nem reconhecia a filha, o que preocupou os pais.
Não demorou muito para que a sua família a encaminhasse para um psiquiatra e começasse a utilizar remédios. Joyce conta que eram 12 comprimidos pela manhã, nove à tarde e 11 à noite.
De acordo com um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), cerca de 25% das brasileiras sofrem de depressão pós-parto, o que pode ser um problema não só para quem sofre quanto para as pessoas que estão ao redor, principalmente os bebês que não têm o cuidado materno.
Por isso, não é incomum que o tratamento envolva medicamentos associados à psicoterapia.
No entanto, o que era para melhorar, só causou mais problemas. A quantidade excessiva de comprimidos a fez ficar em estágio vegetativo, não reconhecia ninguém, não falava, não andava.
“Eu deixei de ser mãe da minha filha nesse período. Eu perdi muitas coisas que ela aprendeu, palavras, sorrisos, eu não reconhecia ela. A minha filha conta que chegava perto de mim e pedia pra ela sair, tinha medo.”, acrescenta.
Novo diagnóstico
Mas o pior ainda estava por vir. Apenas 15 dias depois, Rbeiro passou a ter convulsões, o que piorou ainda mais o seu quadro e os médicos não entendiam o que ela tinha. Após um ano convulsionando, foi somente após um eletroencefalograma que a explicação veio: Epilepsia refratária.
De acordo com a neurologista Karime Luz, algumas medicações podem causar convulsões, principalmente se o paciente já tinha uma predisposição genética para isso. “As medicações apenas desencadearam o processo”, complementa.
O mau uso dos remédios também trouxe uma resistência a outros tipos de medicamentos, como uma simples dipirona. “ Se eu fico doente, tenho alguma infecção ou alguma coisa, eu tenho que ficar internada para tomar na veia, porque realmente a tarja preta acabou com a minha vida.” acrescenta.
Receita: Três baseados por dia
Se os remédios só pioravam a sua situação, o que ela poderia fazer? Na época, o psiquiatra consultado deu uma solução um tanto quanto inusitada: três baseados por dia, um pela manhã, um à tarde e outro à noite.
O pai conservador não mediu as palavras para xingar o médico, mas ficou com uma pulga atrás da orelha.
“A gente voltou para casa e ele saiu. Quando voltou, veio com uma paranga para mim. Eu tinha em média 15 a 20 convulsões diárias. Ele comprou, bolou, eu fumei e tive apenas três no dia. Isso com o beckzinho de biqueira meia boca, acrescenta a necropsista.
Vida nova
Joyce começou a fumar diariamente e as convulsões foram diminuindo. Ela ainda tinha algumas crises por dia, mas nada comparado ao que era antes.
Isso a ajudou a ter uma certa qualidade de vida. Já reconhecia a família, se alimentava e até saía de casa. A depressão pós-parto passou e ela conheceu o seu marido e começou a plantar cannabis em desobediência civil para conter as convulsões.
“Quando eu comecei a estar em mim mesma, eu não vou esquecer, foi no dia 19 de abril. Eu parei para prestar atenção no céu e percebi: eu to aqui, eu sou a Joyce, eu vivo”, acrescenta.
Atualmente a Ribeiro não tem mais nenhuma convulsão. Além de inalar as plantas que ela mesma cultiva, também conta com o óleo de CBD (canabidiol) doado por uma associação de pacientes.
“Quando eu tomo só o óleo ou faço uso só da flor, não dá o efeito que dá os dois juntos e eu consigo trabalhar”, ressalta. Após sete anos, ela conseguiu sair sozinha em janeiro deste ano, aos 25 anos.
Parceira e ativista
Antes, a filha que era uma estranha para ela, hoje é a sua maior parceira. Ela entende o porquê a mãe planta cannabis e quais os benefícios que a mãe tem com a medicação. A menina virou uma “mini ativista”, que propaga os benefícios da planta até na escola.
“A diretora dela me chamou há um tempo, pois ela ficava no intervalo gritando Legaliza a ganja! Ela vai com os adesivos, escritos marcha da maconha, legaliza, a maconha cura, antiproibicionismo. E quando você conversa com ela, ela sabe te explicar, entende o que está falando porque ela viveu aquilo”, relata a mãe.
A conversa com a diretora foi bem explicativa. A necropsista conta que, ao explicar toda a história, ela conseguiu até convencer a diretora a ir na próxima marcha da maconha.
“O conhecimento é assim, a gente só sabe se a gente conhece. Então a gente precisa passar todo o conhecimento que a gente tem para desmistificar, para unificar a massa mesmo.”ressalta.
Não foi à toa que a necropsista decidiu fazer parte das articulações nacionais da Marcha da Maconha e começou a organizar o evento em Ferraz de Vasconcelos, município do estado de São Paulo, onde mora.
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https://cannalize.com.br/eu-estou-aqui-hoje-eu-vivo-diz-paciente-que-voltou-a-ter-qualidade-vida/ ‘Conservadora, anticiência e retrógrada’: resolução do CFM é alvo de protesto em diversas capitaisPara manifestantes e associações, pressão gerou resultado positivo, abrindo o diálogo com Conselhos Regionais
A última sexta-feira (21) foi marcada por manifestações em pelo menos cinco capitais brasileiras contra a impositiva resolução nº2.324, que restringe o tratamento medicinal com cannabis no Brasil. Os atos aconteceram em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Salvador, em frente às sedes regionais do Conselho de Medicina.
Em Brasília, na sede do Conselho Federal de Medicina, de onde partiu a resolução, os manifestantes exigiram a revogação da decisão, e entregaram um manifesto de quatro volumes com os embasamentos científicos que os orientam.
A pressão rendeu uma promessa de reunião emergencial para discutir a revogação da resolução e o trabalho por uma nova resolução mais abrangente. Também foi sugerida a realização de eventos promovidos pelo conselho, envolvendo pacientes e pesquisadores, a fim de difundir o conhecimento e reforçar o tema no ambiente acadêmico
Para Filipe Suzin, da Associação Curando Ivo e um dos organizadores do protesto em Brasília, o ato foi benéfico e teve resultado positivo. “Conseguimos abrir espaço pro debate a nível federal. Agora não tem como voltar atrás. O vídeo que mostramos com o registro do tratamento com meu pai prova que o THC tem benefício clínico em casos de Alzheimer. Agora não tem como eles dizerem que não sabem.”
Outras capitais
Nas capitais do Sudeste o movimento foi semelhante. Representantes dos Conselhos Regionais receberam os manifestantes e se comprometeram a manter o diálogo aberto.
Em São Paulo, a presidente do conselho Irene Abramovich recebeu uma carta de repúdio e reiterou a importância da consulta pública divulgada pelo CFM na última quinta-feira (20).
No Rio de Janeiro, o compromisso foi maior, com uma promessa da médica e conselheira Margareth Martins Portella de não “perseguir” os médicos prescritores de cannabis.
Em Salvador, as demandas dos manifestantes estavam consonantes com o protesto no Rio.
Representantes do ato acusavam a resolução de ser “conservadora, anticiência e retrógrada”, conforme apurou o jornal soteropolitano Correio.
O protesto na capital baiana reuniu, em frente à sede do Cremeb (Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia), mães, pacientes, médicos, pesquisadores e ativistas de associações como a ATAMED (Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinóides) e Cannab (Associação para Pesquisa e Desenvolvimento da Cannabis Medicinal no Brasil).
No Recife também foi registrado o ato na sede do CREMEPE (Conselho Regional de Medicina do Estado do Pernambuco). Manifestantes da Cannape (Associação Canábica Medicinal de Pernambuco) entregaram ao presidente do Conselho Maurício José de Matos e Silva, três documentos: uma carta de repúdio, uma carta da Federação FACT (Federação das Associações de Cannabis Terapêutica) e uma carta dos advogados da medicina, representado pelo advogado da Cannape, Thiago Praun.
Para Fabrina Juliana, membra da Cannape, o caráter pacífico do ato contribuiu para o resultado positivo. “Uma resolução como esta deve ser baseada em evidências, e associações têm grande peso no diálogo com os conselheiros, para que haja maior difusão deste conhecimento. Nossos médicos têm todo o interesse em ajudar. A mobilização foi muito importante para a comunidade, e com a consulta pública, esta pressão já surtiu algum efeito.”
Ainda há um ato marcado para esta segunda-feira (24), no CRM-MS (Conselho Regional de Medicina do Estado do Mato Grosso do Sul, na Av. Des. Leão Neto do Carmo, 305 – Jardim Veraneio, Campo Grande – MS, a partir das 10h, organizado pela Associação Sul Mato Grossense de Pesquisa e Apoio à Cannabis Medicinal Divina Flor.
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https://cannalize.com.br/manifestacao-contra-a-resolucao-no2-324-em-brasilia-avanca-na-discussao-com-cfm/ Posso fumar maconha e usar o óleo de CBD ao mesmo tempo?O tratamento à base de cannabis gera muitas dúvidas, sobretudo sobre o uso junto com outras substâncias. Por isso, será que pode misturar o óleo com a maconha?
O uso da cannabis medicinal tem crescido de forma exponencial no Brasil Hoje, os brasileiros utilizam desde o tratamento de crises epilépticas até a dores de cabeça.
Por outro lado, a maconha também é a droga ilícita mais consumida no país. Por isso, é bem possível que o óleo seja administrado junto ao fumo em alguns casos.
Então, será que tem problema usar as duas formas juntas?
Leia também: Você sabe o que fazer em uma “bad trip”?
Diferença entre as duas substâncias
A maconha tem predominância de THC (Tetrahidrocanabinol), composto que gera a famosa alta.
Apesar de ser uma substância psicodélica, ela não é uma vilã. Em muitos casos é utilizada para o tratamento de condições como dores crônicas, espasticidade e Alzheimer.
Por outro lado, a maioria dos remédios são feitos com uma quantidade maior de CBD (Canabidiol), que interage no organismo de forma diferente.
Por isso, os remédios feitos com o CBD costumam não “chapar” ninguém.
Então posso fumar no meu tratamento com CBD?
De acordo com o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, o uso em conjunto não muda muita coisa. A cannabis não é um tratamento para um problema específico, mas ela pode atuar em todo o corpo.
Em alguns casos, o uso fumado pode até ser útil, pois ao contrário do óleo, atua de forma imediata. Ideal para crises, espasmos e dores fortes que precisam de resultados rápidos.
Por outro lado, como no caso do cigarro de nicotina, a combustão do fumo é prejudicial para os pulmões. Sem contar que o THC também pode agravar algumas situações, como ansiedade, por exemplo. Por isso, fique atento.
Alguns médicos até recomendam a vaporização da cannabis para efeitos mais rápidos. Mas nada de colocar o óleo dentro do vape, essa vaporização é feita com flores de CBD em vaporizadores específicos para isso.
É importante lembrar, que as flores foram proibidas por uma portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), portanto, não é possível mais usar o método. Isso sem contar que os famosos cigarros eletrônicos sempre foram proibidos.
E não, não há nenhuma brisa ou sensação em fumar CBD. Até porque os efeitos da maconha estão principalmente no THC.
Uso conjunto para parar de fumar
Não vamos nos enganar, a maconha também também pode causar dependência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o abuso da planta em forma de cigarro pode causar vício leve ou moderado.
No entanto, o óleo de CBD também pode ser a solução. Há até estudos que mostram isso. A pesquisa publicada na revista The Lancet em 2020, por exemplo, conduziu testes com 48 pessoas que fizeram o uso recreativo por quatro semanas.
Os voluntários foram divididos em quatro grupos que tomaram doses diferentes do óleo de canabidiol.
Desde a segunda fase, os cientistas divulgaram que não houve nenhum efeito colateral e foi comprovado que o possível remédio é seguro.
Uma empresa de cannabis até lançou cigarros de CBD para quem quer parar de fumar nicotina. Produto que fez sucesso até mesmo no Brasil.
Benefícios do canabidol
O CBD serve para uma série de condições médicas. Isso porque ele atua no chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Através dos chamados canabinoides, ele sinaliza que algo está errado e precisa ser corrigido. A cannabis também possui canabinoides, que atuam de forma semelhante aos nossos.
Você também pode se interessar: Você sabia que dá pra transformar CBD em THC?
O canabidiol, por exemplo, possui efeitos analgésicos, neuroprotetores e anti-inflamatórios, que podem trabalhar na raiz do problema.
Por trabalhar com substâncias que o corpo também produz, a cannabis é bem aceita pelo organismo. Dessa forma, os efeitos colaterais são mínomos, como sonolência, náuseas e diarreia. Há pacientes que não sentem nada.
O CBD é legal desde 2015, quando as importções passaram a ser reguladas pela Anvisa. Dois anos depois, a agência também permitiu a venda nas farmácias.
Em ambos os casos, só é possível adquirir os produtos á base de cannabis com uma prescrição. Se o produto for importado, ainda será necessário uma “autorização excepcional de importação” emitida pelo órgão.
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https://cannalize.com.br/posso-fumar-maconha-e-usar-o-oleo-de-cbd-ao-mesmo-tempo/ Raphael Mechoulam é prestigiado no mundo canábicoÉ praticamente impossível pensar sobre o avanço da cannabis no mundo e não se lembrar desse homem que com muita dedicação colaborou para essa evolução.
O professor Raphael Mechoulam, da Escola de Farmacologia, Faculdade de Medicina e da Universidade Hebraica de Jerusalém, é um dos dois ganhadores do estimado Prêmio Harvey por sua pesquisa inovadora no mundo da cannabis medicinal.
Seus estudos neste campo deram ao mundo inteiro uma nova perspectiva sobre a cannabis como uma planta curativa, ao invés de apenas uma droga recreativa.
Prêmio Harvey – Um Preditor do Prêmio Nobel!
Conforme os anos se passaram, o Prêmio Harvey se tornou um indicador confiável do famoso Prêmio Nobel.
Desde 1986, mais de 30% dos laureados com a Harvey acabaram recebendo o Prêmio Nobel.
Na verdade, três deles, a professora Jennifer Doudna, a professora Emmanuelle Charpentier e o professor Reinhard Genzel receberam o Prêmio Nobel deste ano!
Baseado em sua enorme contribuição para os estudos sobre cannabis medicinal, podemos apenas cruzar os dedos e esperar que seja o ”Padrinho” da pesquisa sobre cannabis que receberá o Nobel nos próximos anos, ou no ano seguinte.
Sobre Raphael Mechoulam
O Professor Méchoulan nasceu na Bulgária (1930), onde estudou engenharia química. Depois da imigração de Israel ele recebeu sua M.Sc (Master of Science) em bioquímica através da Universidade Hebraica de Jerusalém e seu ph.D (Doctor of Philosophy) no Weizmann Institute e completou seus estudos pós-doutorado no Rockefeller Institute em Nova York.
Em 1960 ele se juntou à equipe do Instituto Weizmann e em 1985 ele se tornou um professor da Universidade Hebraica.
Foi sua curiosidade pela cannabis como planta curativa que o conduziu a política em 1963, onde obteve sua primeira amostra (5kg de hashish), para utilizar em pesquisas.
Mechoulam então desenvolveu um relacionamento com funcionários do Ministério da Saúde de Israel, que lhe deram permissão para continuar recebendo produtos de cannabis para seus estudos nas próximas décadas.
Como ele casualmente resumiu, “Eu sempre fui ao Ministério da Saúde, eles me deram uma carta para a polícia, fui à polícia e bebi um pouco de café com eles, pegava o haxixe de que precisava e pronto.”
Ele é o primeiro cientista a isolar os canabinoides de plantas, primeiro o THC e depois CBD . Também é o primeiro a descobrir o Sistema Endocanabinoide humano, um sistema de sinalização celular complexo composto de receptores encontrados em todo nosso corpo.
Esses receptores reagem aos canabinoides vegetais, que ajudam a tratar inúmeras doenças que sofremos.
Todas as criaturas vivas, exceto os insetos, têm um Sistema Endocanabinoide.
Sua pesquisa levou ao desenvolvimento de muitas opções de tratamento seguras e naturais para mais distúrbios e doenças do que podemos contar, mas particularmente epilepsia, saúde mental, esclerose múltipla e controle da dor.
Tanto o THC quanto o CBD, são usados hoje em medicamentos e pela indústria.
Por suas muitas realizações no campo da pesquisa da cannabis, o Prof. Mechoulam foi agraciado com muito reconhecimento e uma miríade de honras de prestígio, incluindo o Prêmio Israel em Ciências Exatas e o Prêmio Kolthoff em Química do Technion.
Ele é membro da Academia de Ciências e Humanidades de Israel.
Em 2014, o Prof. Mechoulam foi nomeado um dos “50 Judeus Mais Influentes do Mundo” pelo Jerusalem Post.
Segundo vencedor da Harvey do Technion
Como citado anteriormente, Mechoulam foi apenas 1 dos 2 vencedores do prêmio Harvey do Technion.
O outro vencedor foi o Professor Joe DeSimone, conhecido por fazer contribuições significativas em ciência de materiais, química, ciência de polímeros, nanomedicina e impressão 3D.
DeSimone também colaborou para avanços importantes no uso de dióxido de carbono supercrítico para produzir fluoropolímeros, que tem muitas aplicações médicas.
O Prof. DeSimone publicou mais de 350 artigos em revistas científicas e tem mais de 200 patentes em seu nome.
Além disso, ele é creditado por criar inovações importantes no campo da medicina de precisão, como a replicação de partículas em modelos não umectantes e em tecnologia médica, incluindo a produção de interface líquida contínua.
Referências
- CBD Testers
Você sabe o que é isso ou já ouviu falar do termo? E biodisponibilidade de cannabis? Fizemos um artigo que vai te ajudar a entender melhor essa relação com a planta.
Quando falamos sobre biodisponibilidade de cannabis, o termo pode soar estranho e confuso.
Mas de maneira geral, a biodisponibilidade é o grau que uma substância está disponível ou acessível para agir diretamente em um determinado ponto do organismo, significa o quanto ela pode ser absorvida.
Quanto maior a biodisponibilidade, menos a quantidade do medicamento será necessária para fazer efeito. Aplicações intravenosas, por exemplo, que vão diretamente para a corrente sanguínea, são quase 100% biodisponíveis.
Cada pessoa tem uma genética única, por isso, vai responder aos medicamentos de formas diferentes. Fatores como idade, o tipo de doença e a introdução de outros medicamentos também influenciam na biodisponibilidade.
Biodisponibilidade da cannabis
No entanto, para entender a relação com a cannabis é preciso ressaltar que tudo isso tem a ver com um sistema chamado Sistema Endocanabinóide. Ele ajuda a equilibrar boa parte do organismo a nível celular.
Se alguma sensação como fome ou humor, por exemplo, não está funcionando de forma correta, é o sistema que vai auxiliar para regular as funções.
Quem trabalha neste sistema são os canabinoides, produzidos pelo próprio corpo. Substâncias que influenciam nas funções do organismo promovendo a chamada homeostase, que nada mais é que o equilíbrio deste sistema.
A grande vantagem da cannabis é que ela também produz canabinoides. Embora suas funções na planta sejam para proteger do sol e de pragas, eles podem facilmente interagir com o nosso organismo, como uma espécie de reforço para os nossos próprios canabinoides.
O famoso CBD (canabidiol) e o THC (tetraidrocanabinol) também são canabinoides, que possuem propriedades terapêuticas juntos ou isoladamente.
Por isso, a biodisponibilidade da cannabis é alta. É isso também o que a diferencia de outros medicamentos e a torna mais potente.
Outras influências
Outro fator chamado Efeito Entourage também influencia na maior potência da cannabis no corpo. Quando se mistura elementos, como CBD e THC, por exemplo, há a possibilidade de um aumentar o efeito do outro.
A biodisponibilidade pode estar relacionada também aos terpenos. Encontrados na planta, são menos conhecidos que os canabinoides, mas também exercem uma função importante, principalmente quando misturados a outras substâncias que potencializam os resultados.
Até o fato de comer ou não pode influenciar. Um estudo feito em 2012 com os canabinoides, mostrou que consumir a cannabis com o estômago cheio pode resultar em uma biodisponibilidade maior que em jejum.
Diferença da biodisponibilidade da cannabis
Embora a cannabis tenha uma biodisponibilidade alta, há fatores que podem influenciar na sua absorção. O modo com o que ela é extraída e administrada também modifica o tempo que ela demora para ter efeito, mas isso é assunto de outro artigo.
Fumo
Vamos começar com o cigarro de maconha, que tem uma alta concentração de THC. Embora gere efeitos mais rápidos, pois entra nos pulmões e depois diretamente na corrente sanguínea, a sua biodisponibilidade pode variar.
Primeiro que 30% do canabinoide é perdido durante a porílise, ou seja, quando exposto a altas temperaturas da queima do cigarro. Fatores como o tempo de cada tragada, a duração do cigarro também podem influenciar a perda do THC, restando de 30% a pouco mais de 50%.
Vaporização
Os vaporizadores têm menos efeitos prejudiciais e também uma maior biodisponibilidade. Um estudo realizado em 2016 testou a erva com cinco marcas diferentes, e constatou que a biodisponibilidade do CBD e do THC juntos, foram de 50% a 80%.
Inalação
Os inaladores produzem uma pureza ainda maior que os vaporizadores e também são ainda mais biodisponíveis, principalmente porque conseguem transmitir um “valor” de THC ou CBD de forma mais precisa, sem a destruição de parte dos seus compostos.
Tópico
As propriedades terapêuticas dos cremes acontecem com o contato da pele, onde são absorvidos pelas células da superfície e consequentemente para as correntes circulatórias. Embora mais utilizados para a estética, eles também liberam CBD e THC para ajudar no tratamento de doenças.
O interessante aqui é que a biodisponibilidade do THC não produz a famosa “brisa”.
Oral
As comidas que levam THC ou CBD talvez são as que menos carregam biodisponibilidade, que gera em torno de 4% a 20%. Isso porque elas precisam percorrer todo o sistema digestivo e o fígado.
A ingestão de THC, por exemplo, embora bastante absorvidas pelo intestino delgado, tem uma biodisponibilidade média de 6%. Não só ele como também o CBD, que pode causar disso, já foram inventadas várias formas de aumentar essa biodisponibilidade, como a junção de alguns ácidos graxos chamados triglicerídeos.
A junção entre uma refeição com os ácidos antes de ingerir a cápsula ou a comida de CBD, pode melhorar a absorção, por exemplo.
Sublinguais
A aplicação sublingual é caracterizada por colocar o produto embaixo da língua por alguns minutos. Para quem utiliza a cannabis medicinal, talvez essa seja a forma mais comum de se utilizar a cannabis.
Por não ser engolida de imediato, ela não passa pelo sistema digestivo e nem pelo fígado, o que pode causar uma maior biodisponibilidade. No entanto, ela beira entre 15% a 25%.
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https://cannalize.com.br/o-que-e-biodisponibilidade-entenda-relacao-com-a-cannabis/ CBGA: O que é e quais são seus benefícios?Conhecido como “mãe” dos outros canabinoides, o ácido canabigerólico tem efeitos medicinais
O CBGA (ácido canabigerólico) é um fitocanabinoide fundamental para o surgimento dos demais componentes da planta.
Isso pode ser explicado porque o CBGA é encontrado na fase inicial da reação que produz as três principais linhas de canabinoides da planta: THCA (ácido tetra-hidrocanabinolico), CBDA (ácido canabidiolico) e CBCA (ácido canabicromenico).
Pensando nas características biológicas destes ácidos, ao passar pelo processo de descarboxilação (quando são aquecidos), eles se transformam, respectivamente, em THC (tetrahidrocanabinol), CBD (canabidiol) e CBG (canabicromeno), embora este último seja encontrado em pequenas quantidades na maioria das cepas de cannabis.
Neste texto falaremos mais especificamente sobre a formação do CBGA, características e propriedades medicinais.
O que é CBGA?
A descoberta do ácido canabigerólico herda do descobrimento do CBG (canabigerol), há mais de 50 anos. Na época, um grupo de cientistas israelenses isolaram essa substância para estudos e concluíram que ela poderia interagir com o organismo humano.
Anos depois, pesquisadores japoneses chegaram à conclusão de que o canabigerol é gerado a partir de um ácido, no caso o canabigerólico.
Contudo, mesmo após essas informações, poucas pesquisas foram feitas em outros lugares do mundo para entender os efeitos medicinais do componente. O principal motivo é sua baixa quantidade após o crescimento da planta, resultando em menos chance de conseguir fazer testes positivos.
Para que serve o CBGA?
Como citado acima, existem poucos estudos aprofundados sobre o CBGA. Porém, alguns resultados prévios podem ser usados de espelho para o futuro.
Conheça três exemplos de condições de saúde que podem ser tratadas com o fitocanabinoide:
Metabolismo
De acordo com um estudo realizado em Napoli, na Itália indicou que o CBGA pode auxiliar pacientes que buscam um metabolismo mais saudável.
Segundo os pesquisadores, o uso da substância mãe da cannabis melhora a forma pela qual o organismo absorve a gordura e a glicose.
Câncer de colo
Já resultados publicados na revista científica PubMed sugerem que o CBGA pode auxiliar pacientes com câncer de colo.
Para chegar nessa conclusão, os pesquisadores analisaram os efeitos citotóxicos (quando algumas células destroem outras células através de substâncias nocivas) da substância e descobriram que ela eliminou as células cancerígenas.
Síndrome de Dravet
Um estudo realizado por farmacologistas da Universidade de Sydney relatou que o CBGA e mais dois tipos de canabinoides ácidos reduziram as convulsões em roedores com síndrome de Dravet, um tipo raro de epilepsia infantil.
Como o CBGA pode ser encontrado?
O ácido-canabigerólico deve ser extraído antes que ocorra a descarboxilação, processo natural (ou artificial, a depender da colheita) que praticamente faz com que ele deixe de existir. Portanto, para usufruir deste canabinoide é necessário que a extração seja feita em plantas de cânhamo mais jovens.
O cânhamo tende a conter mais CBGA do que as linhagens de cannabis que contêm níveis mais altos de THC.
É importante ressaltar que mais pesquisas ainda precisam ser feitas sobre os riscos, benefícios e métodos de consumo desse composto. O ideal é consultar um profissional de saúde antes de utilizar qualquer produto medicinal à base de cannabis.
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https://cannalize.com.br/cbga-o-que-e-beneficios-e-efeitos/ CBN: O que é, Benefícios e EfeitosO CBN não é visto em tantas quantidades como o CBD e o THC na cannabis. Contudo, ainda assim, possui propriedades medicinais importantes
Se você já leu ou ouviu um pouco sobre as propriedades medicinais da cannabis, provavelmente já está familiarizado com os canabinoides mais populares, o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol).
Mas esses não são os únicos produzidos pela planta. Existem também canabinoides menores, como o CBG (canabigerol), o CBN (canabinol) e outros mais de 90 tipos, que servem para uma série de condições também.
Mas o que é o CBN na cananbis? Para que serve? O composto pode auxiliar em tratamentos de algumas doenças, desde infecções causadas por bactérias até inflamações graves.
Essas substâncias, encontradas especificamente em plantas cannabis, podem ser muito diferentes entre si, quando se trata de efeitos e benefícios medicinais. Então, se você quer conhecer melhor sobre como cada um pode afetar o corpo humano, o ideal é aprender sobre os diferentes canabinoides.
Quais os benefícios e efeitos do CBN?
O CBN é um composto que não causa intoxicação e nem os efeitos da maconha. Ele surge após o envelhecimento do THC na planta, quanto mais antiga, maior é a quantidade de CBN.
Embora isso possa ser um problema para alguns, outros procuram a cannabis mais envelhecida para aproveitar os efeitos do CBN.
Aqui estão alguns dos benefícios desse composto, que ainda estão sendo estudados. É importante destacar que as pesquisas atuais sobre esse canabinoide e seus efeitos no corpo humano, são poucas.
- Anti-bacteriano: estudos sobre o canabinol descobriram que pode ser um agente anti-bacteriano. Em ambientes de laboratório o canabinol
- foi testado sobre as cepas de MRSA (bactéria que se tornou resistente a vários antibióticos). Os Pesquisadores descobriram que esse canabinoide é um forte agente anti-bacteriano contra essas cepas resistentes. Talvez no futuro, veremos o CBN sendo usado para combater infecções bacterianas que nossos antibióticos comuns não conseguem.
- Neuroprotetor: O CBN também pode ser um poderoso neuroprotetor. Em um estudo com roedores, os pesquisadores usaram o canabinoide como um tratamento para o autismo e descobriram que era capaz de retardar o surgimento da doença. Embora os estudos em humanos ainda precisam ser feitos, isso sugere que o canabinol pode ser uma ferramenta poderosa na luta contra o autismo e outras condições neurodegenerativas.
- Estimulador do apetite: em estudos feitos em camundongos, esse composto gerou mais fome nos roedores, sugerindo que poderia ser um estimulante eficaz. Como alguns evitam o THC, por ter efeitos intoxicantes, o CBN poderia oferecer uma alternativa para aqueles que procuram aumentar o apetite.
- Glaucoma: Esse canabinoide também pode ajudar aqueles que sofrem com glaucoma. Um estudo realizado em roedores mostrou que esse composto reduz a pressão intra-ocular, o maior fator de risco para o glaucoma. Ainda assim, as pesquisas estão em estágio inicial e o canabinol ainda não demonstrou ser superior a outros medicamentos para glaucoma. São necessárias mais pesquisas para sabermos se os canabinoides podem ser eficientes a ponto de substituir outros tratamentos convencionais.
- Anti Inflamatório: O CBN também pode ser um agente anti-inflamatório capaz de ajudar aqueles que sofrem de artrite reumatoide (é uma doença autoimune, com causa ainda desconhecida). Em um estudo feito com roedores, o canabinol mostrou que pode reduzir artrites.
Quais são as diferenças entre o CBN e o CBD?
Apesar dos dois compostos serem produzidos pela mesma planta, possuem efeitos distintos. Enquanto o CBN é conhecido por seus efeitos “sedativos”, o CBD possui propriedades relaxantes.
O canabidiol também é conhecido por conter a fome de leve, enquanto o canabinol estimula a fome.
Enquanto o CBN é mais recomendado para glaucoma, o CBD é mais voltado para quem tem convulsão.
Equívocos sobre o CBN
Se você já leu sobre esse canabinoide antes, talvez tenha ficado surpreso ao não ver ”insônia” na lista sobre os benefícios medicinais acima. O canabinoide é frequentemente elogiado como um super sedativo, mas a sua reputação pode enganar.
Apesar de não existirem muitas pesquisas sobre os seus efeitos sedativos (ou a falta dele), um estudo feito em humanos analisou estes efeitos nos anos 1970. Embora essa descoberta tenha sido pequena, nenhum dos entrevistados relatou que o uso de CBN os fazia sentir sono.
Então por que muitos dizem que é sedativo?
Bem, existem duas possíveis razões, e ambas levam de volta a uma fonte: pessoas notaram que a cannabis mais velha (com alto nível de CBN) causou sono nelas e supunham que fosse o CBN.
Primeiro, pode ser que a cominação de CBN e THC seja o que realmente causa efeitos sedativos. Isso graças ao efeito entourage, que potencializa os efeitos combinados da cannabis.
Os pesquisadores ainda testaram o canabinoide isoladamente, alé do CBN com o THC e o THC isolado. Enquanto o THC causava sono sozinho, a combinação dos dois produzia níveis ainda mais altos de sonolência.
Portanto, talvez aqueles que usam cannabis com alto teor de CBN que também contém THC, tenham notado os efeitos sinergéticos e assumido que o efeito seja atribuído apenas ao canabinol.
Mas mesmo sem a conexão com THC, pode existir outros fatores que causam sedação na cannabis com CBN mais alto.
”O CBN puro não é particularmente sedativo.” explica o principal pesquisador e neurologista de cannabis, Dr. Ethan Russo em uma entrevista “mas normalmente é encontrado na cannabis envelhecida, em que os monoterpenos (encontrados em óleos essenciais) evaporam deixando os sesquiterpenos (terpenos da planta) oxigenados mais sedativos.”
Em outras palavras, a cannabis mais antiga, rica em CBN, também é rica em terpenos sedativos. Esses terpenos poderiam explicar os efeitos sedativos ao invés do canabinol.
Embora esse composto possa não ser sedativo por si só, é possível tirar vantagens de seus efeitos sinergéticos com o THC para induzir ao sono que procura.
Outro equívoco sobre esse canabinoide é que produtos com altos níveis do canabinoide serão sempre inebriantes. A
pesar de o CBN por si só não ser intoxicante ele pode realmente aumentar os efeitos eufóricos do THC. Se você está procurando por vantagens dos benefícios de CBN, o ideal é procurar usar produtos que não contém muito THC.
Como encontrar o CBN
Embora não seja abundante em plantas de cannabis frescas, ele geralmente pode ser encontrado em cannabis antigas que foram expostas a muito oxigênio.
O canabinol é conhecido por estar presente nas plantas mais velhas, no entanto, é mais encontrado em cannabis antiga que foram expostas a muito oxigênio.
Ainda assim, deixar a cannabis ao ar livre pode não ser a maneira mais eficiente de obter esse composto.
As marcas estão começando a oferecer produtos com canabinol isolado, geralmente em forma de tinturas ou comestíveis. Esses produtos puros em CBN é um ótimo caminho para testar se esse canabinoide é útil para o seu uso ou não.
Cada vez mais o composto é explorado pelos seus valores medicinais, o CBN tem o potencial de se tornar mais comum e aparecer em óleos, tinturas e cápsulas. E de fato, algumas pequenas empresas já estão avançando nos estudos de CBN.
Inicialmente, muitas cannabis contém menos de 1% de CBN, mas elas estão em outras cepas por aí com mais CBN do que outras.
Qualquer pessoa que queira desenvolver CBN através da cannabis antiga, deve procurar cultivadores conhecidos por possuir maior teor de canabinol, como Strawberry Haze, Jorge’s Diamonds, A-Dub, Amsterdam Flame, entre outros.
Alguns entusiastas de CBN tem notado que os efeitos sedativos dos canabinoides são mais forte quando consumidos com alimentos. Mas essa possibilidade ainda esta sendo estudada mais a fundo.
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Referências:
https://cannalize.com.br/cbn-o-que-e-beneficios-e-efeitos/ Tudo Sobre Maconha: o que é, quais os tipos e legislaçãoVocê já se perguntou por que a maconha é uma planta tão polêmica? A erva mais popular do mundo é amada ou odiada pelas pessoas.
Enquanto muitos consideram uma dor de cabeça por conta vício no uso recreativo, outros consideram uma bênção por suas propriedades medicinais.
Mas o que de fato é a maconha?
Primeiro que maconha é um nome popular, o nome científico é cannabis sativa. Ela faz parte do gênero de plantas cannabis, que aparece em três espécies: cannabis sativa, cannabis indica e a cannabis ruderalis.
Por causa do uso mais comum da sativa, associamos a palavra maconha a cannabis em geral. Vale ressaltar que há também inúmeros cruzamentos da planta com outras espécies.
A maconha é conhecida e usada há mais de mil anos para tratar a saúde. Também foi muito utilizada na época industrial, por conta da sua fibra, na fabricação de tecidos, papéis, cordas e até combustíveis.
No período colonial, pelo menos aqui no Brasil, a erva era incentivada, tanto que no final do século 19, era recomendada por médicos para tratar bronquite, asma e insônia.
No entanto, em 1930, influenciado pelos Estados Unidos, que havia adotado uma política antidrogas, o uso da maconha começou a ser reprimido.
Segundo muitos antropólogos, esta proibição se deu pelo preconceito racial, já que muitos negros haviam desenvolvido o hábito de fumar maconha.
Tipos de maconha
Há vários tipos de cannabis, que além da aparência e do cheiro, podem ter algumas modificações nos níveis de canabinoides e terpenos.
Vou te explicar melhor: O tipo da planta mais comum no Brasil é a sativa, certo? Dela vem subespécies bastante conhecidas, como o cânhamo e a famosa maconha.
Estas subespécies, por sua vez, também podem sofrer variações de diferentes tipos. Isso acontece de acordo com o lugar, a cultura e os cruzamentos genéticos.
Espécie VS Strains
As culturas, o clima e até mesmo a maneira em que as pessoas cultivavam a cannabis modificaram a planta criando as famosas cepas de raças e locais.
As famosas sativa, a indica e a cannabis ruderalis são espécies, que se diferem por suas formas e características.
Já as cepas indicam a linhagem da planta, efeitos específicos ou até aromas marcantes. Tanto que são vendidas de acordo com a preferência do consumidor.
Quais os efeitos da maconha?
Fumar maconha não causa só o relaxamento do corpo, mas também uma série de outros sintomas, como sonolência, angústia, olhos vermelhos e principalmente fome, a famosa larica.
Isso porque o THC também pode desencadear um surto de um hormônio chamado grelina, mais conhecido como hormônio da fome.
O hormônio geralmente é ativado quando o estômago está vazio, enviando uma mensagem para o cérebro dizendo que é hora de comer.
É também o tetrahidrocanabinol que dá a sensação de “barato”, fazendo com que o cérebro libere dopamina, o hormônio que dá a sensação de bem-estar.
Ele é parecido com a anandamida, que regula o nosso humor, sono, memória e apetite.
Efeitos ambíguos
No cérebro a maconha afeta também o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção do tempo, por um curto período em que o indivíduo está fumando.
Por isso, é muito importante que o indivíduo não dirija depois de consumir a maconha.
Uma coisa curiosa é que os efeitos são ambíguos, enquanto alguns sentem sonolência e diminuição da atividade motora, muitos tem uma reação contrária, sentirão euforia e intensificação dos movimentos. Sempre vai depender do indivíduo e da quantidade que ele ingere.
Quanto tempo dura uma brisa?
O tempo pode variar de acordo com cada indivíduo também.
Mas geralmente os efeitos aparecem até uma hora depois do fumo e podem se prolongar até 12 horas.
Já os efeitos no pensamento e na coordenação podem demorar até 24 horas, e a memória de curta duração pode durar semanas.
Efeitos na memória
Sim, a maconha pode prejudicar a memória. Efeito que acontece durante o uso, mas se a droga é consumida todos os dias, pode até reter informações.
Mas a memória pode voltar se ficar sem usar a substância em até sete dias, a maioria dos efeitos prejudiciais da maconha não são permanentes.
Outro efeito da maconha é a “falsa memória”. Um estudo realizado na Holanda pelo professor de psicofarmacologia Johannes Ramaekers, da Maastricht University, descobriu que pessoas que fumam maconha podem desenvolver ideias que pensem ser lembranças.
A suspeita é a ativação dos receptores no hipocampo, é como se fosse uma central da memória. O que pode produzir fragmentação do pensamento, desconexão de associações e aumento na distração.
Como ela funciona
No organismo, ela atua graças ao que chamamos de “receptores canabinoides”, que ficam nas membranas celulares que todos os mamíferos têm. Os principais receptores são chamados de CB1 e CB2. O primeiro é responsável pela absorção dos canabinoides por todo o corpo humano e o segundo, para o sistema nervoso e imune.
Dos mais de 120 canabinoides já estudados presentes na maconha, os mais famosos são o tetraidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), que dentro do sistema endocanabinoide do corpo, podem influenciar na dor, no apetite, na memória, sono e resposta imunológica.
Isso, porque eles são semelhantes aos canabinoides produzidos pelo nosso próprio organismo para controlar estas funções.
THC
A maior diferença entre o THC e o CBD é o efeito alucinógeno. O THC é o principal composto usado no uso recreativo, que causa o efeito psicoativo. Isso porque ele ativa o receptor CB1 que consequentemente gera efeitos no cérebro e no sistema nervoso.
Como eles se conectam a receptores diferentes, os efeitos de remédios também pode variar.
CBD
Já o CBD atua no CB2. Ele incentiva os receptores naturais do corpo a produzir os próprios canabinoides, o que ajuda no equilíbrio funcional do nosso organismo. Por isso, o CBD é muito utilizado na fabricação de remédios. Além de diminuir os efeitos do THC, ele não vicia.
É importante lembrar que não precisamos descartar o THC completamente, pois ele também já mostrou ter propriedades positivas na fabricação de medicamentos. Hoje há até remédios que são utilizadas em conjunto ao CBD, potencializando seu efeito.
Existem outras substâncias na cannabis que possuem benefícios ainda estudados, como terpenos, flavonoides e outros canabinoides, como o tetrahidrocanabivarina (THCV),o canabigerol (CBG), entre outros.
Consumo
No Brasil, a maconha ainda é ilegal para o uso recreativo de acordo com a Lei antidrogas de 2006. A pena pode variar de advertências, medidas educativas e prestação de serviço.
Contudo, não há um parâmetro específico para dizer quantas gramas é considerado consumo próprio ou tráfico, sempre vai depender da interpretação do juiz.
Mas se você pensa que as pessoas só fumam a erva, está enganado. Hoje o uso recreativo é mais responsável e também mais criativo. Os consumidores buscam maximizar os benefícios e diminuir os efeitos negativos.
Veja seis exemplos de como as pessoas utilizam ao redor do mundo:
- Como chá. Assim como no chá de camomila o chá de maconha tem o efeito relaxante e calmante. No entanto, como o THC não é solúvel, é necessário acrescentar algum tipo de gordura, como manteiga.
- Na comida. Outra maneira de se consumir a cannabis, e que tem se tornado popular, principalmente para pessoas com dores crônicas, é adicioná-la na comida. Muitos fazem manteiga de maconha para acrescentar em qualquer receita. Em alguns países, já há chocolates, pirulitos cookies e até pipoca de maconha.
- Extrato. Este tipo de consumo é mais usado para tratamento, ele consiste na retirada das substâncias medicinais e é usado oralmente, colocando gotas de baixo da língua ou acrescentando na comida.
- Vaporizando. Este método é para aqueles que já consumiam os cigarros de maconha, mas agora estão mais conscientes. O segredo, aqui é que a cannabis não entra em combustão, mas é cozida. Isto elimina até 95% da fumaça produzida.
- Uso tópico. Acredite ou não, mas também é possível fazer pomada com maconha. Ela é geralmente usada para tratar queimaduras, dores musculares, inflamações de atletas e até no tratamento de câncer. Diferente dos outros métodos, este não causa efeitos alucinógenos, apesar de ser rico em THC.
- Suco. Como se fosse uma bebida detox, o suco de maconha é para aqueles mais preocupados com a saúde, pois é possível aproveitar de todos os seus benefícios terapêuticos sem se preocupar com os níveis de THC, pois, este só é liberado quando aquecido.
Moderação
Mas atenção, apesar de tantos benefícios, o uso abusivo pode trazer consequências ruins. O pensamento que muita gente tem é que, por se tratar de um produto natural, pode ser consumido em grandes quantidades, o que não é verdade.
Usada de maneira irresponsável ela pode ser prejudicial a curto e a longo prazo.
A maconha causa vício?
Não vou mentir para você, a maconha pode sim causar dependência, se consumida em grandes quantidades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificação da planta para induzir à dependência está entre leve e moderada.
Isso quer dizer que se alguém consumir em grandes doses e por muito tempo, pode sim levar a um tipo de dependência, mas certamente não é maior que álcool ou heroína. Dificilmente haverá uma busca desenfreada por maconha.
Não há estudos que afirmam de forma clara o porquê a planta vicia, quais são os mecanismos que levam a dependência. Mas o que se sabe é que a porcentagem de pessoas que ficam dependentes varia de 5% a 8%, uma porcentagem baixa se você for comparar com outras drogas como o cigarro, por exemplo.
No entanto, os sintomas de abstinência não passam de irritabilidade, falta de apetite e insônia.
Overdose de maconha
Foi descoberto em 1988 que para ter uma overdose o indivíduo precisa consumir cerca de 680 kg de maconha em no máximo 15 minutos, o que equivale a mais ou menos de 20 mil a 40 mil cigarros da erva.
Por isso é praticamente impossível morrer por uma overdose de maconha.
Outro fator é que a maconha tem os benditos canabinoides, por isso, o corpo absorve melhor.
No entanto, é importante lembrar que o exagero é perigoso. Você pode não morrer, mas as consequências são sérias.
Consumir uma quantidade maior do que o corpo pode aguentar pode levar a vômitos, náuseas, ansiedade paranoia e uma série de outras reações indesejáveis.
Redução de danos
Quando falamos sobre vício em substâncias, a primeira coisa que vem à sua cabeça são as clínicas de reabilitação, certo?
Estas instituições usam a abstinência e o isolamento como método central, combinado a atividades religiosas ou trabalho. Mas isso nem sempre dá certo. Até agora, os estudos sobre a efetividade do tratamento não são suficientes.
Contudo, há outras soluções para combater a dependência de forma mais eficaz, além de garantir a integridade do paciente, como a redução de danos.
Ao contrário do que muitos pensam, a redução de danos não é uma “tendência nova”, mas um conjunto de estratégias para minimizar os efeitos das drogas.
Ela pode incluir métodos que podem não estar diretamente ligados às substâncias, mas também ao cenário ao redor do tema.
“Maconhistas”
Há alguns grupos, conhecidos como “maconhistas”, que defendem a produção própria da maconha como uma forma de redução de danos. Isso garante um produto mais seguro, pois não é misturado com outras substância e é feito em um lugar conhecido pelo consumidor.
O movimento também não descarta o acompanhamento médico e social feito na redução de danos.
A maconha prensada, por exemplo, pode conter metais pesados, contaminantes e compostos que podem se agravar ainda mais quando entram em combustão.
O uso medicinal
Primeiro é importante ressaltar que a maconha não cura doenças. Há grandes estudos médicos e várias indicações para o tratamento de diversas enfermidades, em que é relatado uma melhora significativa nos quadros clínicos.
No entanto, infelizmente, não é a cura.
Mesmo a maconha recreativa sendo diferente da maconha medicinal, ela gera efeitos colaterais como qualquer outro remédio, que podem variar de secura na boca, aumento do apetite, palpitações entre outros.
Mas os efeitos mudam de acordo com o tipo de medicamento e a dosagem.
Apesar dos estudos sobre a planta serem relativamente novos, já foram descobertos mais de 400 compostos, responsáveis pelos efeitos psicoativos e medicinais.
Com isso, sementes da planta são modificadas para conter apenas certos componentes, de acordo com a sua finalidade.
As suas células são geneticamente modificadas e o seu genoma pode ser alterado, fazendo a planta produzir as moléculas desejadas.
É possível mudar até para a preferência dos consumidores, aumentando ou abaixando o nível das substâncias para mudar o gosto, o cheiro, a intensidade.
História
Em 2021 foi feita uma análise dos genomas de 110 plantas de todo o mundo e foi descoberto que a cannabis foi domesticada pela primeira vez no que hoje é o noroeste da China, há cerca de 12 mil anos.
Esta descoberta confirma a cannabis como uma das plantas cultivadas mais antigas da história.
Acredita-se que a domesticação original da cultura tenha sido o resultado dos muitos usos de muitas partes da planta.
As evidências coletadas em vários sítios arqueológicos de todo o mundo mostram que a cannabis / cânhamo (que possui níveis baixos de THC) tem sido usada para muitas coisas, como:
- Fibras para roupas;
- Armas;
- Comida;
- Óleo;
- Medicamentos;
- Em alguns casos até mesmo como uma ferramenta espiritual e religiosa.
Embora a planta tenha uma longa história na cultura humana, o acesso à cannabis ainda é bastante restrito, sendo necessárias pesquisas para descobrir a data de domesticação da cultura com suas dificuldades.
Crime
Influenciado pelos países que proibiram a cannabis, em 1921, a primeira lei de controle de drogas surgiu no Brasil.
Ela penalizava apenas a venda de cocaína, ópio e derivados, mas em 1932 a cannabis indica foi incluída, e seis anos depois, o Ato Fiscal da Maconha, abrangeu a cannabis sativa também, exceto para o uso medicinal.
Mas, no dia 4 de novembro de 1964, no início da ditadura militar, a simples posse de cannabis foi classificada como crime.
O aumento de encarceramento pode estar relacionado a subjetividade da lei, pois cabe ao juiz julgar se a pessoa é traficante ou usuário.
No último relatório da realizado pelo Infopen em junho de 2019 revelou que mais de 170 mil pessoas estão presas por porte de drogas, um aumento de 508% só no estado de São Paulo.
Apesar do número crescente de prisões, o tráfico de maconha não acaba. Segundo um levantamento feito pela câmara dos deputados em 2016, pelo menos mais de cem hectares da planta são descobertos todos os anos no Brasil, isso desde a década de 1990.
Legislação do uso adulto
Uso pessoal
A maconha para o uso adulto ainda é proibido no Brasil, mesmo para uso pessoal. De acordo com o artigo 28 da Lei 343/2006, as penas para quem possuir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, podem variar de advertência a prestação de serviços comunitários.
Ainda assim, é a principal droga ilícita mais consumida no país.
Para se ter uma ideia, 7% da população já usou maconha alguma vez na vida, o que representa 8 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Política de Álcool e outras Drogas.
Narcotráfico
Ainda segundo a lei de 2006, o artigo 34 diz que é crime fabricar, distribuir, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar, possuir guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente maconha ou qualquer tipo de maquinário destinado a fabricação, preparação ou transformação de drogas.
Por isso, muitos pacientes, mesmo com o aval da justiça para cultivar medicinalmente, evitam plantar ao ar livre, mas dentro de casa com luzes de LED ou o sol da janela.
Quando é considerado tráfico pelo juiz, as consequências são mais severas. Segundo o código penal, a pena é de 5 a 15 anos de reclusão, que pode ser cumprido em regime semi-aberto.
O tráfico de drogas lidera ranking de prisões no Brasil há um tempo. Só em 2019, a incidência de crimes de tráfico de drogas era de 163,2 mil, de acordo com Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias realizado todos os anos.
Legislação medicinal
O uso medicinal é legalizado graças a duas resoluções vigentes.
A RDC 327/19 autorizou a venda de produtos à base de cannabis nas farmácias mediante a prescrição médica. Contudo, os produtos precisam ser autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Já a Resolução 335/15, que foi atualizada pela RDC 660/22, permite a importação de produtos derivados da planta. Contudo, o processo é um pouco mais burocrático.
É necessário, por exemplo, uma autorização excepcional da Anvisa, além do laudo médico do paciente e um termo de responsabilidade. Saiba mais sobre isso aqui.
Atualmente há também projetos de lei como a proposta sobre o cultivo e produção de produtos medicinais em tramitação no Brasil.
https://cannalize.com.br/tudo-sobre-maconha-o-que-e-quais-os-tipos-e-legislacao/ Cannabis Medicinal: Como essa planta pode ajudar no tratamento de doenças?Discussões acerca do uso medicinal da Cannabis, popularmente conhecida como maconha, não são novas. Com o avanço de estudos e pesquisas, as descobertas sobre seus benefícios em tratamentos de doenças tem se tornado cada vez mais comum.
O incentivo à pesquisa e o abandono de preconceitos se fazem cada vez mais necessários frente aos já comprovados benefícios da planta no tratamento de doenças crônicas, tais como: Alzheimer,Epilepsia e Câncer.
A planta cannabis por si só já é uma espécie única, mas pode ser dividida em 3 tipos, que são:
Sendo a segunda a mais comum dentre elas.
Quando seca, configura uma das drogas psicoativas mais populares do mundo, cujo uso recreativo é autorizado em países como Uruguai, Canadá e alguns estados dos EUA.
Cannabis e suas propriedades medicinais
Conforme os debates quanto a legalização da maconha e de seu uso medicinal crescem, a curiosidade quanto às suas propriedades terapêuticas aumenta proporcionalmente.
De acordo com diversos estudo sobre a planta cannabis, ela possui mais de 400 componentes, muitos deles com propriedades ainda desconhecidas pela ciência.
Dentre essas substâncias, as mais conhecidas e importantes são o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), responsáveis pela maioria de seus efeitos terapêuticos.
Ambos interagem diretamente com o sistema endocanabinóide, porém de maneiras significativamente distintas.
CBD vs THC
Enquanto o tetrahidrocanabinol é a principal substância com efeitos intoxicantes da maconha, responsável pelos efeitos alucinógenos de seu uso, o canabidiol, componente mais abundante na planta, não possui efeito alucinógenos mas e é associado à diversas propriedades medicinais, relaxantes e curativas.
Também por esse motivo, o CBD tem sido o principal objeto de estudo por cientistas de todo o mundo.
É justamente a interação entre estes e outros canabinoides que gera o chamado Efeito Entourage, termo cunhado pelo pesquisador Simmom Ben-Shabat.
Trata-se do nome dado à ação combinatória de diferentes elementos químicos no organismo, resultando em um efeito maior que os elementos separados.
Segundo estudos, a maconha já era utilizada para o tratamento da dor há 2.900 anos a.C. [2] Porém sua aplicação baseava-se apenas no conhecimento empírico.
Hoje, no entanto, já existem ferramentas suficientes para investigar a ação dos ativos da cannabis no organismo, bem como testar e comprovar cientificamente as suas propriedades medicinais.
Uso medicinal da cannabis no tratamento de doenças
Diversos estudos apontam para os efeitos positivos dos canabinóides sobre o organismo. Um dos mais recentes, realizado pelo Departamento de Farmácia, da Universidade de Ciências Médicas da Macedônia, mostra que o canabidiol pode ajudar a reduzir dores crônicas e a reduzir a inflamação do organismo. [3]
Dentre outras aplicações possíveis para o componente estão:
Depressão: Em animais, o efeito do canabidiol mostrou-se semelhante ao dos antidepressivos, por conta de sua capacidade de atuar sobre os receptores de serotonina. [4]
Câncer: A administração de medicamentos à base de canabidiol pode ajudar a reduzir as dores, náuseas e vômitos, efeitos colaterais comuns durante a quimioterapia. [5]
Acne: Estudos apontam que o canabidiol pode auxiliar no tratamento da acne, por conta de suas propriedades anti-inflamatórias. [6]
Coração: O canabidiol atua como um potente antioxidante, reduzindo o chamado estresse oxidativo e, consequentemente, diminuindo os danos ao sistema cardiovascular. [7]
Cérebro: Diversos estudos apontam para a capacidade neuroprotetora do canabidiol, auxiliando no tratamento de distúrbios neurológicos, como a epilepsia, melhorando a qualidade de vida de pacientes com Parkinson e diminuindo a neurodegeneração decorrente do Alzheimer. [8]
Epilepsia: Uma das atribuições da cannabis medicinal de maior destaque é no tratamento da epilepsia e das crises convulsivas refratárias, resistentes à abordagem medicamentosa tradicional.
Neste caso, o CBD mostra-se altamente eficaz, reduzindo a frequência e a duração das crises de maneira segura e com poucos efeitos colaterais. [9]
Dor crônica: A planta cannabis é milenarmente utilizada no tratamento de dores crônicas.
Segundo estudos, os nervos periféricos, responsáveis pela sensação de dor, possuem uma grande quantidade de receptores sensíveis aos canabinóides, ajudando a diminuir a dor e a inflamação. [10]
Uso veterinário: Animais com problemas neurológicos, imunológicos, dermatológicos, em tratamento quimioterápico, entre outros, também podem se beneficiar do tratamento com CBD, já que o sistema endocanabinóide é difundido em todo o reino animal. [11]
Uso preventivo: Há evidências de que a cannabis medicinal pode não somente auxiliar no tratamento de doenças como também preveni-las.
A lista inclui doenças cardiovasculares, depressão, doenças imunológicas, câncer, glaucoma, esclerose múltipla, Parkinson, Alzheimer, entre outras. [12]
Como obter o canabidiol
Existem países, por sua vez, onde o uso da maconha é liberado apenas e somente para fins terapêuticos. O Brasil entrou para essa lista em 2015.
Aqui, para ter acesso ao medicamento, além da prescrição médica, o paciente deveria obter a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importação.
Ou então comprar o único medicamento disponível nas farmácias que custa mais de dois mil reais.
Há também outras opções mais em conta, como associações, que cobram valores menores ou dependendo das condições da família disponibilizam de graça; ou até mesmo cultivadores locais.
Essa última opção é um pouco arriscada, pois não há uma garantia de qualidade e nem do produto em si.
Legislação
Com os crescentes estudos comprovando sua eficácia e a cobrança por menos burocracia na aquisição de medicamentos a base de cannabis, foi-se necessário rever as decisões quanto a venda e o cultivo da planta em território nacional.
Assim, desde o dia 3 de dezembro de 2019 a Anvisa autorizou a aquisição de “produtos à base de cannabis”, que ainda não englobam a classe dos medicamentos, mas produtos.
Eles só devem ser comprados em farmácias sob prescrição médica, sendo vedada a sua manipulação.
O prazo de vigor é de 90 dias à partir da publicação da decisão do Diário Oficial, por isso, a nova legislação entrou em março, com a primeira aprovação de produto em abril.
Agora, pesquisadores e entusiastas da maconha medicinal lutam pela descriminalização do cultivo em território nacional.
Segundo os especialistas, a geografia brasileira oferece condições favoráveis para o plantio de cannabis em larga escala, o que baratearia os medicamentos, diminuindo a burocracia e facilitando sua aquisição.
Por outro lado, parte da população acredita que o plantio da cannabis para fins medicinais e científicos no Brasil abriria margem para o tráfego e para a dependência de drogas ilegais.
Contudo, diversos estudos mostram que o canabidiol não causa dependência química e seu uso mostra-se eficaz no tratamento e controle de diversas doenças.
Há até uma lei tramitando na Câmara dos deputados para o cultivo medicinal e industrial. O projeto de Lei 399/2015 está causando polêmica tanto entre apoiadores quando contrários.
Conheça o Sistema Endocanabinoide
O corpo humano é um complexo cheio de sistemas interdependentes que, juntos, garantem o funcionamento adequado e saudável de todo o organismo.
Alguns desses sistemas são mais conhecidos, como o digestivo, respiratório, reprodutor e cardiovascular. Outros, no entanto, ainda não fazem parte do conhecimento da maioria da população, o que não reduz sua importância.
O sistema endocanabinoide foi descoberto na década de 90, por cientistas que estudavam o THC e seus efeitos no organismo.
Curiosamente, este sistema está presente em todos os seres humanos, ainda que estes jamais tenham tido qualquer contato com a maconha.
Hoje, sabe-se que ele contribui e regula algumas funções centrais do corpo, como o sono, humor, apetite, memória, fertilidade, entre outros.
O ECS é uma coleção de receptores e enzimas que funcionam como sinalizadores entre células e os processos do organismo.
Os endocanabinoides e seus receptores estão incorporados em todas as membranas celulares do corpo, no cérebro, nos órgãos, nos tecidos conjuntivos, nas glândulas e nas células imunológicas.
Quer saber mais? Veja tudo sobre o Sistema Endocanabinóide.
Receptores CB1 e CB2
Pesquisadores identificaram dois receptores canabinóides, o CB1 e o CB2. O primeiro é amplamente encontrado no sistema nervoso central e é especialmente estimulado pelo THC.
O segundo, por sua vez, é encontrado no sistema imunológico e é ativado principalmente pelo CBD.
Algumas células contém ambos os receptores, cada um deles ligado a diferentes funções, porém com o mesmo objetivo: manter o organismo em equilíbrio, apesar das variações do ambiente externo.
Pesquisas mostram que o ECS está diretamente relacionado a algumas das funções mais importantes do organismo, como memória, aprendizado, apetite, metabolismo, controle da dor, estresse, sono, humor, imunidade, entre outros.
Isso explica muito sobre como a cannabis medicinal exerce forte influência sobre o organismo e os muitos benefícios já comprovados da cannabis medicinal para a saúde.
Tipos de uso
A cannabis medicinal pode ser comercializada e utilizada de diversas maneiras. A mais comum é por inalação (fumada), comumente recreativo, o qual proporciona um efeito mais rápido e intenso sobre o organismo, com potencial psicoativo.
Para fins medicinais, o mais comum é que a planta seja utilizada através de vaporização, o que poderia intensificar suas propriedades terapêuticas.
Outras administrações comuns são por via oral, através de pílulas com óleo de cannabis encapsulado, absorção pela mucosa oral ou anal.
Contudo, é possível encontrar produtos à base de cannabis medicinal sob a forma de pomadas, tabletes, folhas sublinguais, cremes, soros, além dos comprimidos e medicamentos produzidos em laboratório.
Existem efeitos colaterais para o canabidiol?
Assim como qualquer outro medicamento, os produtos à base de cannabis medicinal podem, sim, apresentar efeitos colaterais, variando de acordo com o organismo e sensibilidade de cada paciente.
Contudo, estudos apontam que mesmo em doses elevadas, os possíveis efeitos colaterais são brandos e não causam complicações adicionais. Dentre os efeitos temporários que podem ocorrer estão:
- Aumento da frequência cardíaca;
- Boca seca;
- Aumento excessivo do apetite;
- Vermelhidão nos olhos;
- Diminuição no tempo de reação;
A fim de evitar quaisquer chances de dependência química, a Anvisa limita a quantidade que cada paciente pode adquirir.
Neste sentido, vale a pena enfatizar que todos os estudos consideram óleos e medicamentos produzidos à base de cannabis, logo, acender cigarros de maconha é absolutamente contestável e desaconselhado.
Como importar o canabidiol?
Importar cannabis para uso medicinal ainda é um processo longo e burocrático, cujas barreiras muitas vezes se iniciam dentro do consultório médico.
Isso porque o primeiro passo para iniciar um tratamento à base de CBD e/ou THC é conseguir a receita médica de um profissional legalmente capacitado e habilitado.
Feito isso o paciente ou seu representante deve enviar o receituário para a Anvisa, que pode autorizar ou negar o pedido conforme análise.
Desde o dia 02 de outubro de 2019, todos os pedidos de autorização para importação ou compra de produtos à base de cannabis são feitos, exclusivamente, pelo Portal de Serviços do Governo Federal.
Confira o passo a passo, formulários e maiores informações clicando aqui.
https://cannalize.com.br/cannabis-medicinal-tratamento-doencas/