Entenda como a cannabis pode ser uma alternativa ao diclofenaco para tratar dores e inflamações e seus benefícios
O uso de produtos de cannabis tem crescido no Brasil. De acordo com o último levantamento da Kaya Mind, mais de 430 mil pessoas já utilizam produtos derivados da planta para o tratamento das mais variadas condições médicas. Inclusive dores e inflamações.
A terapia canabinoide ficou conhecida principalmente por proporcionar pouquíssimos efeitos colaterais sem causar dependência. Além do mais, pode ser usada por um grupo maior de pacientes que muitos medicamentos como o diclofenaco não podem.
Por isso, será que é possível substituir o remédio pela cannabis? Conversamos com um especialista em cannabis para entender melhor.
Disponível nas farmácias há 40 anos, o diclofenaco é um remédio utilizado para tratar inflamações, dores leves e moderadas, além de ter uma ação antiemética. Embora só deva ser utilizado com prescrição médica.
De acordo com o especialista em clínica médica com foco em medicina canabinoide, Mário Grieco, o diclofenaco pertence ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroides. O seu trabalho é bloquear a síntese de prostaglandinas, ou seja, o remédio não permite que pequenos sinais químicos promovam dores e inflamações.
No geral, o remédio pode ser utilizado para o tratamento de condições como:
Contudo, o remédio tão popular pode trazer alguns problemas, que podem ser sentidos por uma grande quantidade de pessoas.
A recomendação é que o medicamento só deve ser utilizado por um curto período de tempo, por exemplo, pois o uso constante pode causar uma série de efeitos adversos. O ideal é que o tempo de medicação dure entre 5 a 14 dias.
O medicamento também deve ser evitado quando:
O remédio também não é indicado para menores de 14 anos, pessoas com doenças graves no sistema gastrointestinal e insuficientes cardíacos.
Isso, sem contar com os efeitos adversos. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão:
E isso não é tudo. Também há a possibilidade de ocasionar palpitações, dores no peito, dor no estômago, problemas no fígado entre outras complicações.
O médico especialista ainda cita uma pesquisa publicada na European Heart Journal, que mostrou que o diclofenaco elevou o risco de parada cardíaca em 51% bem como o risco de enfarte em mais de 31%. Por isso deve ser evitado por pessoas com doenças do coração.
O estudo ainda mostrou que todos os anti-inflamatórios aumentam o risco de problemas cardíacos.
A cannabis vem se mostrando um potente remédio mais natural e com poucos efeitos colaterais. Diversos estudos demonstram a sua ação tanto na dor quanto na inflamação de formas diferentes dos medicamentos tradicionais.
Isso foi demonstrado em um estudo de 2016, que concluiu que a cannabis pode ser uma alternativa eficaz para o tratamento da inflamação crônica.
Em países onde a cannabis é mais acessível, como nos EUA, alguns atletas já trocaram o anti-inflamatórios como o Ibuprofeno, por exemplo, pelo CBD (canabidiol) para tratar dores musculares.
O depoimento do ciclista Andrew Talansky sobre o tratamento com a terapia canábica, por exemplo, viralizou e virou assunto da imprensa por um tempo.
De acordo com o Dr. Mário Grieco, a cannabis tem a mesma ação anti-inflamatória que o diclofenaco, mas com a vantagem de ter mínimos efeitos colaterais e poder ser utilizada em pacientes cardíacos e até crianças.
“Sem dúvidas a cannabis pode e deve ser substituída pelo diclofenaco”, ressalta.
Diferente dos anti-inflamatórios convencionais, a cannabis atua no Sistema Endocanabinoide, um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase.
Isto é, o equilíbrio de várias funções do organismo, como fome, humor, sono, sistema imunológico, nervoso e claro, na modulação da dor e da inflamação.
Quando algo não funciona de forma regular, o próprio corpo produz canabinoides, que através de sinalizadores, ajuda a restaurar a homeostase.
O ponto chave é que a cannabis também possui as substâncias, que atuam de forma similar às nossas. O CBD, por exemplo, é um canabinoide. Por isso a cannabis funciona tão bem sem causar tantos efeitos adversos.
E não só o canabidiol, mas também o THC (tetraidrocanabinol), canabinoide conhecido por gerar os efeitos alucinógenos da temida maconha. Embora estigmatizada, a substância também é um anti-inflamatório potente.
Os neurotransmissores ativados pelo THC , por exemplo, podem inibir a incidência de aterosclerose, isto é, o acúmulo de gorduras nas artérias. Assim como outros canabinoides menores, como o CBC, CBDa, CBG, CBN e THCa.
Embora seja uma opção mais natural, a cannabis também possui efeitos colaterais, como sonolência, tontura e ganho de peso. Produtos feitos com o THC podem trazer uma variedade ainda maior, como boca seca e alteração da cognição.
Por outro lado, os efeitos não são recorrentes e há um vasto número de pacientes que relatam não sentir nada.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde achar um prescritor até o processo de importação do produto.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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