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Essa não é a primeira vez que o humorista investe no mercado. Em março, Whindersson também lançou uma linha de roupas de cânhamo
Com o crescimento do uso da cannabis medicinal no Brasil, várias marcas estão embarcando neste mercado. E parece que os famosos também. Recentemente, o humorista Whindersson Nunes lançou a sua primeira marca de CBD (canabidiol).
A chamada WhinCBD chegará em agosto e terá cinco produtos destinados ao tratamento de condições como epilepsia, autismo, insônia, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção), ansiedade e dores musculares.
“Decidi ingressar neste mercado porque pude conhecer de perto como esses tratamentos podem transformar vidas, especialmente em condições como epilepsia e autismo”, disse Whindersson Nunes em divulgação.
Além dos produtos, a marca também vai ajudar na indicação de médicos prescritores, uma vez que os produtos só podem ser comprados mediante a receita.
Produtos importados
Os produtos serão importados de forma individual por cada pessoa através da resolução 660. Contudo, a marca afirma que também tem um compromisso com as associações de pacientes para “educar e quebrar estigmas”.
“Acreditamos no potencial do mercado para melhorar a qualidade de vida de milhares de pacientes”, declarou o humorista.
Os planos ainda envolvem expandir a marca para a Europa e lançar novos produtos em breve.
Marca de roupas
Essa não é a primeira vez que Whindersson Nunes investe neste mercado. Em março deste ano, o humorista também lançou uma linha de roupas feitas de cânhamo. Trata-se da derivação da cannabis bastante usada como insumo para a indústria têxtil.
A marca, que já produzia roupas urbanas e básicas, entrou em um novo mercado unindo sustentabilidade, transformação e geração de empregos através de projetos sociais.
https://cannalize.com.br/whindersson-nunes-lanca-marca-de-cbd/ CBD pode ser usado em pessoas com doenças cardíacas?Se a maconha não pode, como fica o tratamento de alguém que precisa da cannabis medicinal? Entenda
Se você pesquisar, provavelmente vai ver várias notícias sobre o uso da maconha e o aumento no risco de doenças cardíacas. E de fato, a maconha pode não ser uma boa opção para quem tem problemas do coração.
Mas o que fazer quando um paciente cardíaco recebe uma indicação para usar o CBD (canabidiol) para alguma outra condição?
Para entender sobre esse assunto, conversamos com o cardiologista Heder Leite que nos explicou melhor sobre o que pode e o que não pode.
A relação da maconha e o coração
De acordo com um estudo apresentado na reunião anual do American College of Cardiology de 2023, o uso diário de maconha pode aumentar o risco de desenvolvimento de DAC (Doença Arterial Coronariana).
Também chamada de aterosclerose, trata-se de uma condição causada pelo acúmulo de placas nas paredes das artérias que fornecem sangue ao coração.
Parece que os consumidores diários de maconha tinham 34% mais chances de serem diagnosticados com DAC do que aqueles que nunca haviam experimentado o consumo adulto da planta.
Efeitos no corpo
Isso porque o THC (tetrahidrocanabinol), principal substância que gera a “alta” da maconha, pode aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial em cada uso. A fumaça também pode ser tóxica, assim como a do cigarro, de acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos Estados Unidos.
O Dr. Heder Leite ainda complementa que a ilegalidade também é outro fator de risco. “Sendo uma substância de uso ilegal, é passível de efeitos indesejáveis e imprevisíveis devido à não uniformidade em sua produção”, acrescenta.
Mas isso não quer dizer que o THC é um vilão. Vários remédios levam a substância, que também pode ser efetiva no tratamento de dores e inflamações. O problema está na quantidade.
“Quando administrado em doses altas, pode desencadear arritmias cardíacas e dependendo da situação basal do paciente, esta condição pode ser até fatal.”, explica o médico.
Mas e o CBD nessa história?
A cannabis medicinal tem chamado atenção no Brasil e no mundo por causa da sua eficácia sem muitos efeitos colaterais.
Por causa da sua ação no Sistema Endocanabinoide, que está presente em quase todo o organismo, os medicamentos feitos com a planta podem ser usados para uma série de condições médicas, que vão desde ansiedade e depressão, a dores crônicas e Parkinson.
De acordo com o cardiologista, o CBD pode ser sim usado por pessoas com condições cardíacas, desde que estáveis e com o aval do seu médico. “Isso requer que o paciente tenha seus exames periódicos em dia que comprovem que a sua doença de base esteja controlada.” Acrescenta.
O médico ainda explica que isso não serve apenas para o uso do canabidiol, mas para qualquer medicação.
Interação medicamentosa
Por outro lado, acrescentar mais um remédio, mesmo que para o tratamento de outra condição, também pode trazer algumas ressalvas aos pacientes devido às interações medicamentosas.
O cardiologista explica que acrescentar o CBD pode interferir na ação de outras medicações que são usadas em pacientes com doenças cardíacas, aumentando os seus efeitos, o que consequentemente, aumenta também os efeitos colaterais.
No caso de hipertensão arterial controlada, por exemplo, em que o paciente utiliza uma ou até duas medicações hipertensivas, o canabidiol não irá causar efeitos indesejáveis.
Contudo, em casos mais complexos, como cardiopatias dilatadas com ou sem arritmias, devem ter o uso do CBD acompanhado de forma mais cautelosa.
A substância ainda pode aumentar o efeito das estatinas (usadas no tratamento do colesterol) e de anticoagulantes, como a varfarina.
O CBD pode tratar problemas cardíacos?
Embora existam alguns estudos, o médico explica que não há nenhuma evidência sustentável de que o uso do canabidiol possa ajudar em alguma condição cardíaca. Embora possa trazer pequenos benefícios.
“Observa-se, na prática clínica, que, em alguns casos específicos, conseguimos reduzir a dose de determinadas drogas devido ao fato de o CBD potencializar o efeito dessas substâncias. Observamos essa situação nos casos de hipertensos leves, em parte pelo efeito sedativo do canabidiol, reduzindo sintomas de ansiedade, que é um componente significativo na gênese e na manutenção da hipertensão arterial.”, explica.
Contudo, o Dr. Heder acrescenta que ainda assim, não está indicado em substituição a nenhum tipo de tratamento já estabelecido para doenças cardíacas.
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https://cannalize.com.br/cbd-doencas-cardiacas-maconha-thc/ THC pode estar ligado a longevidade em pacientes com câncerO estudo percebeu que pacientes paliativos que utilizaram o composto da cannabis vivam mais que os demais
De acordo com um novo estudo divulgado em março, o uso de cannabis medicinal está associado à longevidade em pacientes paliativos com câncer avançado. A pesquisa feita na Alemanha, ainda mostrou que houve uma melhora também na qualidade de vida.
Publicado na revista Medical Cannabis and Cannabinoids, os pesquisadores investigaram as propriedades do THC (Tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha.
Parece que o uso diário de 5 mg de THC oral pode estar associado ao aumento do tempo de vida em mais de 9 mil pacientes que vivem de cuidados paliativos, ou seja, pessoas que têm uma expectativa de viver apenas mais alguns dias ou meses.
Resultados
O uso diário de 4,7 mg da substância foi associado a um aumento significativo de tempo de sobrevivência. Mas doses menores não apresentaram o mesmo resultado.
Os pesquisadores perceberam um prolongamento médio de 15 dias. O tempo de sobrevivência de 25 dias foi aumentado para 40 dias com uma dose diária de THC.
“Além da mera sobrevivência, os pacientes [tratados] com THC tornam-se mais ativos mental e fisicamente. (…) O aumento da atividade e a melhoria da qualidade de vida podem permitir aos pacientes renovar o contacto social com familiares e amigos e resolver assuntos essenciais antes de morrer.” Escreveram.
Leia também: Mãe de três filhos usa cannabis para metástase “Eu nem lembro que tenho câncer”
O estudo teve um resultado bastante parecido com outra pesquisa publicada em 2021, quando mostrou que a substância da cannabis estava associada à longevidade de pacientes em hospícios alemães com 75 anos.
A cannabis pode ajudar pessoas com câncer?
Vários estudos sobre cannabis para o tratamento de câncer são feitos em todo o mundo com resultados promissores. Um estudo australiano, também divulgado esse ano, por exemplo, mostrou que o extrato de cannabis foi eficaz para matar células cancerígenas.
Segundo outro estudo alemão feito em 2021, o CBD (canabidiol) foi capaz de matar células tumorais de ratos em apenas três dias.
O assunto ainda ganhou repercussão nos EUA depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos. Eles receberam altas doses de THC.
Sem contar que os produtos de cannabis já são recomendados hoje para conter os efeitos colaterais da quimioterapia. Há até um remédio vendido em outros países feitos com um THC sintético chamado Dronabinol.
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https://cannalize.com.br/thc-pode-estar-ligado-a-longevidade-em-pacientes-com-cancer/ Tramal X Cannabis: É possível substituir?Conheça as vantagens e desvantagens da cannabis e do tramal para a saúde e se é possivel trocar um pelo outro
Já usou o Tramal alguma vez na vida? O cloridrato de tramadol é um opioide indicado para aliviar dores de intensidade moderadas a grave. Mas a cannabis também é bastante utilizada no tratamento de dores. Por isso, será que a troca é possível?
Conversamos com o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, que nos ajudou a entender melhor quais são as vantagens e desvantagens de cada um.
O que é o tramal
Vamos começar com o Tramal. O remédio é um analgésico que pertence à classe dos opioides. Criado na década de 1960 seu papel é agir no Sistema Nervoso Central, mais especificamente em células nervosas da medula espinhal do cérebro.
No mercado desde 1977, o medicamento possui uma estrutura parecida com a morfina, embora a sua potência seja 10 vezes menor.
O nome Tramal é apenas uma marca, por isso é possível encontrar o cloridrato de tramadol em versões genéricas também.
As suas principais indicações são:
- Dor pós operatória;
- Dor oncológica;
- Traumas;
- Infarto;
- Dor neuropática;
- Dores crônicas, como fibromialgia, osteoartrite, dores na lombar e artrite reumatoide.
De acordo com o médico, o remédio é considerado um “opioide mais fraco”, portanto, é capaz de atuar bem no alívio das dores com um potencial menor de dependência, em comparação com outros opioides.
Outra vantagem do medicamento é a versatilidade, ou seja, é possível encontrá-lo em comprimidos e solução oral em qualquer farmácia a um preço que varia de R$110,00 a R$170,00 dependendo da dosagem e mediante a uma receita médica.
Malefícios do tramadol
O problema é que o remédio também possui algumas desvantagens que é preciso considerar.
A primeira delas, é o potencial de dependência. Apesar de ser menor em comparação com outros opioides, ele ainda existe. Tanto é que a recomendação é que o medicamento seja utilizado apenas em casos refratários, ou seja, quando a utilização de outros remédios não funcionam.
Entre os efeitos colaterais estão:
- Sudorese;
- Baixa energia;
- Dor de cabeça;
- Sonolência;
- Cansaço;
- Tontura;
- Baixa energia;
- Constipação;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Tontura;
- Boca Seca.
O uso crônico também pode desencadear:
- Depressão;
- Ansiedade;
- Euforia;
- Insônia;
- Agitação;
- Apatia.
O uso prolongado precisa ser monitorado de perto. O medicamento também não deve ser usado por pessoas com doenças renais ou hepáticas, grávidas; crianças com menos de 12 anos ou misturar com álcool.
Também é importante que não misture outros remédios, como Paracetamol, Sertralina, Zolpidem e Alprazolam.
E a cannabis medicinal?
O uso da cannabis cresceu bastante no Brasil. Hoje, não é difícil encontrar histórias de pessoas que tratam condições como fibromialgia, artrite e problemas reumatológicos com produtos feitos com a planta.
Leia também: Cannabis ajuda paciente com fibromialgia ‘eu voltei a ser quem eu era’
Diferente do Tramal, que trabalha através de receptores opioides, a cannabis trabalha através de receptores endocanabinoides, que estão presentes em boa parte do organismo, inclusive no sistema nervoso central.
Por outro lado, o diretor médico explica que a cannabis é mais segura que o Tramal porque não há receptores endocanabinoides nas células tronco. “Ou seja, não é possível uma parada respiratória no consumo em maiores quantidades, diferente aos opioides que tem os receptores abundantes”, acrescenta.
Melhoras além da dor
Outro ponto importante que o médico destaca do tratamento com a cannabis, são as melhoras além da dor. Além da ação analgésica, a cannabis ainda ajuda em outras condições do corpo, restaurando a qualidade de vida.
Isso porque o Sistema Endocanabinoide ajuda a equilibrar a homeostase, ou seja, a regulação de uma variedade de funções do corpo. Por isso, uma pessoa que se trata com cannabis pode apresentar melhoras também na depressão, ansiedade e insônia, por exemplo.
Malefícios do tratamento com cannabis
De acordo com o médico Rafael Pessoa, o lado ruim está na falta de estudos mais robustos, que ainda estão em desenvolvimento. Embora o resultado nos pacientes seja ótimo, é necessário mais evidências científicas.
Por outro lado, a cannabis também possui menos efeitos colaterais que o cloridrato de tramadol, há pacientes que relatam não sentir nada. Por ser uma substância bem aceita pelo organismo, os produtos de cannabis podem causar sono, fome, náuseas e em alguns casos, diarreia.
Já os produtos contendo THC (tetrahidrocanabinol), composto que gera os efeitos psicoativos da cannabis, os efeitos podem ser um pouco maiores, como tontura, boca seca, ansiedade.
Dificuldade de acesso
O acesso ao tratamento com cannabis medicinal também não é tão simples.
Atualmente, é possível comprar produtos de cannabis de duas formas: A primeira é através da importação. Mas para comprar, é necessário ter uma receita médica e uma autorização excepcional emitida pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Ou então, é possível comprar nas farmácias também. Aqui, a receita precisa ser de controle especial, ou seja, aquela azulzinha ou a amarela. Mas os produtos não estão em todas as prateleiras das drogarias.
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https://cannalize.com.br/tramal-x-cannabis-e-possivel-substituir/ Cannabis chama atenção em feira de autismoO evento mostrou que os pacientes estão interessados em cannabis medicinal. Contudo, falta informação é o principal impasse
No último final de semana, a Expo TEA (Exposição Internacional sobre Autismo) esteve na Expo Center Norte, na capital de São Paulo e reuniu centenas de empresas, iniciativas, pacientes e interessados na luta pela inclusão de crianças com o espectro.
E sim, a cannabis medicinal esteve presente. A planta foi o tema central de diversos stands espalhados pela feira que destacaram o uso dos produtos como complemento no tratamento multidisciplinar de crianças e adultos com o transtorno.
O CBD (canabidiol) é conhecido por amenizar sintomas como irritabilidade, hiperatividade, e agressividade. Além de não mostrar efeitos colaterais significativos.
Não só ele, mas também o temido THC(tetrahidrocabinol). Apesar de promover a famosa “alta” da maconha, a substância também possui propriedades medicinais que podem ser úteis para uma variedade de condições médicas.
Tratamento cada vez mais popular
Mais que se informar, os visitantes pareciam interessados no tratamento, principalmente com o aumento de pessoas falando sobre o assunto nas redes sociais e na TV.
Na feira não se via quem fosse contra o uso da cannabis. Tanto, que os vários stands de associações ou empresas focadas no tratamento com CBD, estavam sempre cheios de pessoas querendo saber mais.
De acordo com a Cristiana, fundadora da Associação Be Hemp, os pacientes até conhecem o tratamento, mas não sabem como acessar os médicos ou como comprar os produtos.
“As pessoas parecem conhecer mais sobre cannabis que os médicos que passaram pelo nosso stand. É necessário que mais profissionais entendam sobre terapia Canabinoide”, ressalta.
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https://cannalize.com.br/cannabis-feira-autismo-expo/ Tópicos são a porta de entrada da cannabis para idososPara vencer o receio dos mais velhos em relação ao uso da cannabis medicinal, muitas empresas dos EUA têm focado na educação por meio de cremes e pomadas
Em países em que os produtos de cannabis são mais comuns, os tópicos estão cada vez mais em alta. Desde celebridades que usam bálsamos para aliviar as dores nos pés até atletas profissionais que estreiam sua própria linha de produtos para massagem muscular.
O fato é que os produtos transdérmicos infundidos com canabinoides parecem estar em toda parte.Mas não são apenas os millennials e a elite de Hollywood que aderem ao movimento.
E parece que um número crescente de idosos também recorre a medicamentos tópicos, muitas vezes procurando alívio às condições debilitantes que afetam quase 54 milhões de adultos americanos: a artrite.
Uso dos tópicos
A doença causa dores, inchaço e rigidez nas articulações e nos músculos.
Tradicionalmente tratada com uma combinação de medicamentos, incluindo esteroides e opiáceos, os idosos acabam sofrendo de outro mal: os temidos efeitos colaterais.
No entanto, a cannabis tem se tornado uma alternativa mais popular e viável através de cremes e loções infundidos que são eficazes porque funcionam de forma simples:
Quando os canabinoides, substâncias produzidas pela cannabis, se ligam à rede de receptores do Sistema Endocanabinoide da pele, funcionam de forma rápida. E o melhor: sem a necessidade de entrar na corrente sanguínea.
Isso significa que as pessoas que utilizam tópicos infundidos com o THC (tetrahidrocanabinol), por exemplo, a substância que gera o famoso “barato” da maconha, não sentirão um efeito na mente – apenas alívio localizado.
O que a ciência diz
Embora as pesquisas sobre a eficácia dos tópicos seja limitada, os resultados até agora são promissores. Um estudo de 2015 publicado no European Journal of Pain, por exemplo, descobriu que, quando aplicado em ratos com articulações artríticas, o CBD (canabidiol) ofereceu alívio.
Outro estudo realizado em 2017 em ratos com osteoartrite (o tipo mais comum de artrite, em que a cartilagem óssea se decompõe ao longo do tempo) concluiu que o CBD previne a dor e os danos nos nervos.
Os cientistas também exploram evidências que concluem que os próprios receptores CB2 (canal do corpo por onde a cannabis atua), podem ser responsáveis pela regulação da inflamação – um dos principais problemas causados pela artrite.
Tópicos como porta de entrada
O idoso médio nos Estados Unidos toma cerca de cinco medicamentos prescritos diariamente, o que despertou uma preocupação sobre as interações entre os remédios, efeitos colaterais e o potencial de abuso, fazendo com que muitos procurem outro caminho.
E como muitas pessoas ainda têm o estereótipo na mente de “ficar chapados por fumar ou comer cannabis”, podem se sentir mais seguros com o uso de um bálsamo de cannabis.
Os tópicos oferecem uma maneira de explorar as propriedades da cannabis ao mesmo tempo que eliminam o medo de que a vovó e o vovô fiquem muito tontos.
Dificuldades reais
Karen Rumics Averill é uma empresária de 63 anos de Oregon que começou a fazer seus próprios tópicos com infusão de cannabis há alguns anos para ajudar o marido. Ele sofria de um tipo grave de artrite chamada espondilite anquilosante, também conhecida como “síndrome das costas curvadas”.
“Ele recebeu inicialmente uma injeção, estava recebendo o dobro da dose normalmente necessária”, disse Averill. “Então, (os médicos) prescreveram Oxycontin e Vicodin e, de repente, um dia, às duas da manhã, estávamos indo às pressas para o pronto-socorro por causa de uma úlcera hemorrágica.”
Averill acredita que os medicamentos prescritos ao marido estavam na verdade piorando sua condição. Por isso, começou a experimentar a cannabis utilizando subprodutos de cepas indica de primeira linha para infundir em óleo de coco, criando um tópico com infusão de THC.
“A minha tia de 94 anos começou a usar para tratar a artrite. Ela me ligou ontem e disse que funciona muito bem!” Comentou.
Trazendo Idosos para a Cannabis
Para muitos dentro da indústria da cannabis, um dos maiores desafios é fornecer informações precisas ao público em geral.
Depois de receber telefonemas e mais telefonemas de idosos perguntando sobre seu produto transdérmico, uma empresa norte-americana chamada NanoSphere Health Sciences, por exemplo, decidiu que precisava se concentrar, não em levar seus produtos aos idosos, mas em trazer os idosos até eles.
“Muitas vezes, a maneira como um idoso recebe nosso produto é porque uma sobrinha ou sobrinho, neta, filho ou filha entrou, comprou o produto para eles e disse que eles precisavam usá-lo, em vez de eles realmente entrarem o dispensário e comprando o produto por conta própria”, disse Crystal Colwell, diretora de marketing da NanoSphere.
Colwell lembra que houve um caso em que uma mulher tinha artrite tão grave nas mãos que não conseguia abri-las totalmente.
“Uma de suas coisas favoritas é escrever cartas e notas manuscritas. Ela começou a usar NanoSerum nas mãos e usou uma vez por dia durante um mês e depois do primeiro mês ela conseguiu abrir a mão e segurar uma caneta ou lápis novamente. Em um período de dois meses, ela conseguiu escrever notas manuscritas novamente.”
Leia também: Pesquisa brasileira vai testar a cannabis em pacientes com osteoartrite
O diretor de marketing acrescenta que, embora leve tempo para desmantelar toda a desinformação sobre a maconha e as formas como ela pode ser consumida, os tópicos oferecem uma introdução não ameaçadora a um medicamento que pode fazer toda a diferença.
“Muitos equívocos que os idosos têm é que a única altura em que se pode obter alívio da cannabis é fumando-a ou ingerindo-a como alimento”, disse ela. “Depois que eles aprendem que existem aplicações alternativas, eles ficam intrigados e isso os faz pensar.”
Texto adaptado do portal CannabisNow
https://cannalize.com.br/topicos-sao-a-porta-de-entrada-da-cannabis-para-idosos/ Cannabis na Esclerose Múltipla é mesmo uma boa opção?A terapia canabinoide é um tema relativamente novo que ainda está sob investigação. Mas será que já temos todas as respostas quando falamos sobre esclerose múltipla?
O uso da cannabis medicinal na esclerose múltipla é frequentemente discutido no tratamento sintomático e preventivo. Mas o que ninguém fala é que alguns cuidados devem ser tomados quanto à indicação do uso na forma oral.
Sintomas como comprometimento cognitivo, fadiga e alterações do humor, depressão e ideação suicida, por exemplo, devem sempre ser avaliados.
Mas isso não quer dizer que a cannabis não possa ser utilizada para tratar a doença. Há até remédios comercializados para tratar a condição, como o chamado Nabiximols. Trata-se de um preparado comercial utilizado em vários países com indicação específica para espasticidade na esclerose múltipla.
Leia também: Nabiximol Spray: o que é, para que serve e como comprar
O interessante é que ele contém THC e CBD, na proporção 1:1. Ou seja, tem a mesma quantidade de canabidiol quanto de tetrahidrocanabinol, a famosa substância que gera a alta da maconha.
Estudos mostraram que o Naximbols se mostrou eficaz nas escalas de auto avaliação no uso por até 15 semanas. Após um ano, os resultados ainda indicaram uma melhora nas escalas objetivas de mensuração da espasticidade.
Resultados que sugerem que essa opção terapêutica pode ser utilizada nos pacientes com esclerose múltipla.
Mas…
Por outro lado, na dor neuropática ou central, os estudos foram realizados por períodos curtos. Por isso, não há uma certeza que o remédio funcione.
Ainda assim, é importante lembrar que o Nabiximols, e outros produtos com extrato de cannabis, apresentaram resultados conflitantes.
Embora não seja possível concluir de forma definitiva quanto à sua eficácia, os dados sugerem que esta pode ser uma opção terapêutica em pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais.
No tratamento dos tremores e da disfunção vesical, por exemplo, o uso de preparos orais de CBD THC ainda estão sendo avaliados.
Conclusão: o CBD e o THC podem ser utilizados nas espasticidade seguidor da esclerose múltipla, sempre observando riscos e benefícios da sua indicação.
Sobre as nossas colunas
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https://cannalize.com.br/cannabis-esclerose-multipla-naximbol-estudos/ A descoberta de ser crônicoO impacto de ter uma doença para o resto da vida
O ano é 2013 e lá estava eu, conquistando meu diagnóstico de fibromialgia.
Conquistando porque, para chegar até ele, foram gastos anos, energia, dinheiro, consultas com dezenas de especialistas e incontáveis exames – permeados por medos, dúvidas, angústias, culpa, dor.
Meu nome é Lívia, tenho fibromialgia, 34 anos e estarei com você nesta coluna pelos próximos meses.
Por aqui, vamos falar sobre saúde, dor, cannabis e estilo de vida. Penso ser importante me apresentar para dar um pouco de contexto para as informações e reflexões que vou compartilhar daqui para frente.
Uma dor solitária
Sinto dor desde criança. Ela sempre esteve presente e, até receber meu diagnóstico, eu achava que sentir dor o tempo inteiro era normal.
Estudei e me formei farmacêutica-bioquímica na Universidade de São Paulo, mas apenas trabalhando na indústria tomei conhecimento sobre a fibromialgia.
Na época, acompanhava reações adversas a medicamentos e os relatos de pacientes “fibromiálgicos” sempre ficavam para o fim da fila.
Isso porque tendiam a ser mais longos, com narrações detalhadas do sofrimento envolvido não só em lidar com os efeitos colaterais do tratamento, mas também com todos os sintomas característicos da doença.
Só anos depois compreendi que esses relatos eram, provavelmente, frutos de anos de invisibilidade e solidão.
A tal da fibromialgia
A fibromialgia, caso você não saiba, é uma síndrome dolorosa crônica com origem no sistema nervoso central, em um processo que torna o organismo mais sensível a estímulos, incluindo a dor. Além dela, existem sintomas como fadiga, distúrbios de sono e vários outros que vêm e vão.
Foi através dos detalhes daquelas narrativas que percebi que sim, o que eu sentia tinha nome e endereço, e era fibromialgia – mas os desafios da jornada até o diagnóstico ficam para outro momento.
Em resumo, eu era “nova demais, sorridente demais e ativa demais” para ter mais uma doença crônica, ainda mais fibromialgia.
Alguns anos antes, tinha recebido o diagnóstico de uma doença autoimune da tireoide, porém muito comum em mulheres e de tratamento bastante simples.
Lembro de ficar impactada com a ideia de precisar “tomar remédio para sempre”, mas logo percebi que aquilo não traria grandes consequências para minha vida.
Mas com a fibromialgia não… com ela foi diferente.
Um filme passou pela minha cabeça com as inúmeras vezes em que me senti fraca. Em que achei que não era capaz, que era inferior às outras pessoas. Situações em que me senti culpada por não conseguir acompanhar uma festa, uma viagem, um passeio, um trabalho.
Quanto choro, quanta dor, física e emocional, eu teria me poupado se tivesse recebido esse diagnóstico antes?
Descobrir-se crônico leva você, conscientemente ou não, a mergulhar em um universo paralelo que só outros crônicos são capazes de compreender.
As frustrações do dia-a-dia; a descoberta de um novo eu, com novos hábitos, novos ritmos, novas prioridades e novos sonhos; a redefinição de expectativas; as pessoas que se aproximam e as que vão embora.
Ser crônico significa atenção constante, respeito constante, presença constante, cuidado constante.
E cuidado constante significa tratamento contínuo. Com o uso de substâncias ou não, o tratamento nunca termina. Ele se transforma necessariamente em um estilo de vida.
Cannabis como tratamento
E é aí que a cannabis se encaixa tão bem: uma abordagem completa, que considera o ser humano em sua totalidade e oferece a possibilidade de atuação em múltiplos sintomas ao mesmo tempo.
E o melhor de tudo, com poucos efeitos colaterais.
No próximo artigo, vou falar com mais detalhes sobre o grande potencial terapêutico da cannabis em síndromes crônicas, como a fibromialgia, em especial pelo fato de ainda não existirem opções realmente satisfatórias no controle dos sintomas.
A gente se vê por lá.
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https://cannalize.com.br/a-descoberta-de-ser-cronico/ De bem com a fibro: uma história com a cannabis medicinalA influenciadora Lívia Teixeira fala sobre fibromialgia e como a cannabis foi importante para o tratamento ‘Sinto que estou cumprindo com papel social’
Atualmente, Lívia Teixeira é o que chamamos de influenciadora. Com mais de 50 mil seguidores, ela fala sobre o uso da cannabis e principalmente sobre a sua relação com a fibromialgia, doença que precisou enfrentar a vida inteira.
Se antes era vencida por causa das dores, hoje pode encarar a vida de uma forma totalmente diferente, sem muitas limitações, medos ou preocupações com os sintomas.
Parte disso se deu por causa do uso da cannabis. A sua experiência compartilhada nas redes ajudou não só os seus seguidores, mas até a sua família, que utiliza o óleo para tratar condições como autismo e síndrome do pânico.
Sem diagnóstico
Desde que se entende como gente, Teixeira viveu com dores. Mas o problema era que ninguém conseguia lhe dar um diagnóstico preciso. Isso porque a condição não é totalmente compreendida, o que gera um preconceito que pode vir dos próprios profissionais de saúde.
“Eu trabalhei na indústria farmacêutica com um paciente com fibromialgia. Vendo os relatos, ouvindo pessoas falando sobre os sintomas, eu fui percebendo o que eu tinha. E foi a partir desses relatos que eu fui atrás do diagnóstico. Foi muito difícil, demorou anos, mas eu já sabia o que eu tinha”, comenta.
Até hoje não se sabe ao certo o que causa a fibromialgia. Caracterizada principalmente por fortes dores em todo o corpo, pode estar relacionada a fatores do sistema nervoso.
Leia também: Tratando fibro com cannabis, paciente diz ‘toco até bateria’
No Brasil, a condição atinge cerca de 3% da população, principalmente mulheres. Infelizmente, Lívia foi uma delas. “Eu sempre tive que conviver com as dores. Mas quando estava na faculdade, em uma rotina um pouco mais intensa, isso começou a ficar muito debilitante”, acrescenta.
A farmacêutica ainda descobriu que tinha tireoidite, uma doença hormonal que também resultava em dores pelo corpo.
Nada parecia ser suficiente
A influencer mudou seus hábitos alimentares, diminuiu o açúcar, parou de comer glúten e comidas industrializadas. Passou a cuidar do sono e até a fazer atividade física moderada para não entrar em crise. Ainda assim, parecia não ser o suficiente.
A farmacêutica se sentia mal até quando estava com os amigos. Se por acaso se esforçava demais, as dores aumentavam e ela tinha receio de estragar os passeios. Quando não aguentava mais, se sentia culpada por fazer todos os seus amigos voltarem mais cedo.
“Ficava confuso para as pessoas, porque eu não estava sangrando, estava com a mesma cara. Era difícil para entenderem o que eu estava passando”, acrescenta.
Precisamos falar sobre fibromialgia
Foi por causa da dificuldade em ter um diagnóstico, que Lívia Teixeira resolveu que precisava falar sobre o assunto.
Há 10 anos, a condição era relativamente nova, até mesmo para a classe médica. A farmacêutica precisava pesquisar artigos em inglês e explorar diversos tipos de terapias para tentar encontrar um alívio.
A princípio, os seus vídeos eram meramente informativos. A influencer queria que as pessoas soubessem que a doença existia e quais eram os principais sinais. Mas com o passar do tempo, foi se abrindo e falando mais sobre a sua relação com a doença.
Leia tambem: Cannabis ajuda paciente com fibromialgia ‘eu voltei a ser quem eu era’
“Foi ficando pessoal ao longo do tempo e hoje em dia eu falo um pouco mais sobre a relação com a dor, com as pessoas de forma mais subjetiva”, acrescenta.
Cannabis como tratamento
A maconha nunca foi um obstáculo para Lívia Teixeira, que já havia utilizado a erva em alguns momentos da sua vida. Mas nunca passou pela sua cabeça que a planta poderia servir de remédio também.
Só foi depois que começou a compartilhar informações sobre a fibromialgia nas redes sociais, que soube sobre as propriedades medicinais da cannabis. “ Comecei a receber perguntas sobre o uso do CBD (canabidiol) até começar a receber produtos das marcas para testar”, comenta.
Foi aí que a farmacêutica foi estudar de fato sobre o assunto. Embora testasse produtos para as marcas e associações, o seu tratamento só começou de fato, à partir da Cannect, onde ela tinha um profissional que a acompanhava durante todo o processo.
As dores e os demais sintomas finalmente estavam diminuindo, o que surpreendeu a influencer. Agora, tinha mais controle sobre a dor e mais qualidade de vida.
Tratando um transtorno de ansiedade
Foi nesse processo que Lívia também percebeu que tinha um transtorno de ansiedade. “Na minha cabeça, eu sempre fui muito ansiosa, mas nos últimos anos, fui entendendo realmente como um transtorno”, comenta.
Embora o Brasil seja o país mais ansioso do mundo, a população ainda não tem consciência do seu estado. De acordo com um censo feito pelo DataFolha em 2022, três em cada 10 brasileiros se sentem ansiosos e têm problemas com sono. Ainda assim, apenas 7% da população avalia a sua saúde mental como ruim ou péssima.
No caso da farmacêutica, assim como na fibromialgia, a cannabis também foi essencial para tratar as crises ansiosas. “É muito bom para fibromialgia, mas é surreal de bom para ansiedade”, comenta.
A longo prazo, o sono e a fadiga também foram outras áreas marcantes que melhoraram na vida da Lívia.
Uma nova vida
Hoje, a influencer comenta que as melhorias trouxeram mais confiança para passar o dia fora e até viajar, pois pode controlar os sintomas da fibromialgia e da ansiedade sem precisar ir para o hospital.
“Quando eu tenho crise, eu converso com o médico e consigo ajustar a dose. Você não consegue fazer isso com um medicamento alopático. (…) com a cannabis, você consegue ter flexibilidade, gerenciar melhor o seu tratamento.” Diz.
A cannabis pode ajudar em várias condições, porque atua no chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema presente em quase todo o organismo ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do corpo.
De forma bem simplificada, se uma pessoa está com dor, por exemplo, os chamados canabinoides, como o CBD e o THC (tetrahidrocanabinol) sinalizam que algo está errado e que precisa ser corrigido.
Leia também: Paciente com fibromialgia abandona remédios depois da cannabis ‘não precisava mais’
“Quando me dá alguma crise, como uma gummie ou tomo o óleo e fico bem, eu tenho um recurso para me ajudar. Então eu fico mais leve, mais segura, mais saudável. Me sinto mais livre para fazer as coisas. O que mais me conforta é saber que eu posso combater a ansiedade e a fibromialgia”. Completa.
Influenciando família e o mundo
Hoje, Lívia também é uma influenciadora canábica. Começou a pesquisar, fazer cursos sobre o assunto, a entender as esferas políticas e culturais ao redor da planta e não demorou muito para que tivesse um impulso ativista.
Embora tenha perdido alguns seguidores no começo, a farmacêutica não se arrepende de ter levantado a pauta. “Recebo mensagem de gente falando que eu ajudei a perder o preconceito sobre maconha para o filho delas”, acrescenta.
Lívia influenciou o uso da cannabis medicinal não só para os seus seguidores, mas também para sua família. Atualmente, o seu irmão também utiliza o tratamento para tratar o TEA (Transtorno de Espectro Autista).
O óleo feito da planta ajuda pacientes autistas a amenizar os sintomas, como agressividade, insônia e ansiedade. “ O meu irmão teve uma melhora social muito boa”, acrescenta.
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https://cannalize.com.br/influencer-fibromialgia-historias-reais-cannabis/ Bióloga trata o Alzheimer do pai com cannabisForam apenas duas semanas para que os resultados do tratamento começassem a aparecer
Imagina você esquecer tudo sobre a sua vida aos poucos. De repente já não se lembra mais da sua casa, da sua família e começa até perder a noção de tempo e espaço. Morador de Campos de Goytacazes, no Rio de Janeiro, essa era a vida do seu Ivan, 80 diagnosticado com Alzheimer.
De acordo com a filha, Bruna Athaide, o diagnóstico veio em setembro do ano passado, mas a família já desconfiava da sua condição. O seu Ivan levantava no meio da noite para ir para a sua loja, que tinha no centro da cidade. Também passou a falar sozinho e não dormia quase nada.
Mas parece que desde janeiro deste ano, as coisas começaram a mudar. De repente o aposentado já passou a dormir a noite inteira, estava mais calmo e passou até a se lembrar de coisas que tinha se esquecido.
E parte dessa melhora veio de um único remédio: a cannabis.
O diagnóstico
No começo, Bruna Athaide não esperava que o pai tivesse Alzheimer. A princípio, a bióloga pensou que o esquecimento era consequência da idade, mas o problema é que outros sintomas também passaram a acontecer.
O seu Ivan não parava quieto, sequer se concentrava na televisão ou algum outro tipo de passatempo. Começou a ver coisas, ter alucinações e não reconhecia a própria casa em que morou a vida toda.
Por isso, o diagnóstico no ano passado foi certeiro. Além de ressonâncias e tomografias, o idoso também fez um teste neuropsicológico para não ter dúvidas de que era Alzheimer.
A condição é a doença neurodegenerativa mais comum dentre as demências e pode danificar as funções cerebrais, como perda de memória e linguagem. Mas ainda não se sabe o que provoca essa deterioração.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 50 milhões de pessoas são diagnosticadas com demência em todo o mundo. E a estimativa é de que 152 milhões de pessoas serão afetadas até 2050.
E tem tratamento para Alzheimer?
Infelizmente, a doença não tem cura e o tratamento medicamentoso serve apenas para retardar os sintomas. Há até remédios em fase experimental que sugerem controlar a doença, mas nada muito concreto.
Antes da cannabis, o seu Ivan tomava algumas medicações para acalmá-lo das alucinações e para conseguir dormir, mas parece que isso não ajudava muito.
Ao ver o uso da cannabis para Alzheimer em grupos que participava, Bruna resolveu conversar com a médica responsável pelo seu pai. Com a prescrição em mãos, a filha não pensou duas vezes.
Melhoras com a cannabis
Não precisou nem de um mês para a família perceber a melhora. Em duas semanas, o idoso já tinha um outro comportamento.
“Só depois da cannabis que a gente foi ter noites de sono inteiras. Hoje ele dorme seis da noite e vai até o outro dia, dorme bem. Também acalmou. A gente consegue ver que ele está muito mais calmo, mais tranquilo, graças a Deus.” comenta.
Bruna conta que antes, o pai já não reconhecia mais a casa em que morava, por isso, queria ir embora a qualquer custo. Brigava, batia o pé e ficava parado no portão até tarde querendo sair.
Segundo a bióloga, hoje ele já senta e espera para passear de carro no fim de tarde, principalmente para buscar a sua neta, filha de Bruna.
“Tem dias que ela consegue brincar com ele, mas até pouco tempo ele não estava lembrando mais dela. Mas agora ele tá. Tanto que ele até fala: ‘vamos buscar a florzinha?’’, lembra a filha.
Atualmente, já há pesquisas que mostram os benefícios da cannabis para a condição, como um estudo realizado em 2016 pelo Centro de Saúde Mental da Universidade de Tel-Aviv, em Israel.
Os pesquisadores mostraram que o óleo de cannabis é uma opção segura e promissora para o tratamento de demências, auxiliando na diminuição de seus sintomas.
Considerando as importantes alterações comportamentais decorrentes da doença, os compostos da cannabis poderiam auxiliar na diminuição da ansiedade, agressividade e depressão entre os pacientes, resultando em uma melhora na qualidade de vida dos mesmos.
Cannabis pelo SUS
Apesar dos efeitos benéficos, o tratamento com cannabis medicinal não é barato. Cada seringa para o seu Ivan, custa mais de 200,00 ao mês. Dinheiro que é suprido pela família todos os meses, mas que aperta as contas também.
Por isso, Bruna pretende entrar com uma ação pela Defensoria Pública para que o estado possa custear o óleo de cannabis.
Processo que é praticamente igual às ações de fornecimento de medicamentos pelo governo de modo geral.
Leia também: O SUS é obrigado a pagar o meu tratamento com cannabis?
Medida que ficou ainda mais fácil depois do entendimento do Superior Tribunal Federal (STF) em março de 2020.
Pela maioria dos votos, o STF destacou que é constitucional o fornecimento pelo estado, em caráter excepcional, de medicamentos de alto custo que não constam na lista do SUS.
Por outro lado, você tem que praticamente provar que a cannabis é a única solução para o seu caso.
“Já devia fazer parte do SUS, pois as pessoas estão cada vez mais aderindo, mas não tem condições de manter a medicação. (…) Quantos autistas poderiam estar usando, quantas pessoas por aí poderiam usar para uma série de doenças, mas não usam porque não tem condição”, conclui.
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https://cannalize.com.br/biologa-alzheimer-pai-cannabis-a-melhora/ Cinco tipos de dores que a cannabis pode tratarA cannabis possui efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes, que podem ser úteis para tratar dores de várias doenças
Independente da condição médica, conviver com as dores é sempre a pior parte. Ela paralisa, trás desconfortos, diminui a qualidade de vida e está ali para lembrar o quanto pode incapacitar alguém.
Não é à toa, que há uma infinidade de anti-inflamatórios, analgésicos, relaxantes musculares e até anestésicos para, ao menos, diminuir os incômodos causados pelas dores.
Por outro lado, ela também está ali para alertar que há algo errado com o corpo e que precisa de atenção. Por isso, tratar a dor pela “raiz do problema” é a melhor forma de conter as dores. E a cannabis pode ajudar nisso.
Como a cannabis funciona?
Antes de falarmos quais são as dores que os produtos de cannabis podem auxiliar, é necessário entender como a planta funciona e como pode ser útil como tratamento.
Ela trabalha através do chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema molecular que está presente em praticamente todo o organismo. O seu trabalho é regular a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Se uma pessoa está com febre, por exemplo, o sistema envia os chamados endocanabinoides, moléculas que sinalizam que algo não está certo e precisa ser regulado. As substâncias são produzidas pelo próprio organismo, mas também podem ser obtidas por meio de plantas, como a cannabis.
O famoso CBD (canabidiol) é um fitocanabinoide, que possui propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e até neuroprotetoras bastante úteis para tratar as dores. E não só ele, mas também vários outros fitocanabinoides presentes na cannabis.
Dores que podem ser tratadas com a cannabis
Dito isso, vamos mostrar algumas condições em que a cannabis pode ser útil para não só amenizar as dores, mas em muitas vezes, até tratar o problema.
Fibromialgia
Trata-se de uma doença crônica e sem cura, caracterizada principalmente por dores fortes por todo o corpo, além de outros sintomas. Por vezes, a fibromialgia está relacionada a fatores emocionais, como ansiedade, depressão e estresse. Outras vezes, pode ser ocasionada por fatores do sistema nervoso.
No Brasil, ela atinge cerca de 3% da população, isso significa quase 7 milhões de brasileiros, principalmente mulheres de 35 a 44 anos.
A cannabis pode agir diretamente em um receptor no do nosso corpo chamado CB2, que influencia o Sistema Nervoso Central, auxiliando no equilíbrio dos comandos do organismo a nível celular.
As substâncias da planta interagem com os endocanabinoides do nosso próprio corpo para a sintonia. O que de certa forma, tem a capacidade de auxiliar a sensibilidade excessiva que ocasiona a fibromialgia. Assim, reduzindo as dores.
Leia os relatos dos pacientes: Cannabis ajuda paciente com fibromialgia ‘eu voltei a ser quem eu era’
Dores de dente
Segundo um estudo publicado na revista odontológica “Evidence-Based Dentistry”, o CBD é eficaz no tratamento de dores de dente agudas.Trata-se de uma pesquisa de nível avançado na qual os cientistas escolhem aleatoriamente quais medicações serão distribuídas entre os voluntários.
O estudo mostrou que após uma hora, as dores foram reduzidas em 50% no grupo que recebeu 10mg. Após duas horas, a redução foi de 73% em pacientes que receberam 20mg.
Já em comparação com o placebo, o canabidiol apresentou resultados 33% mais significativos dentro do objetivo do teste.
Cólicas e endometriose
A cannabis já se provou um tratamento efetivo e cada vez mais prescrito por ginecologistas.
As pacientes relatam uma melhora não só nas dores, mas também na depressão, ansiedade e até a redução do uso de medicamentos convencionais, o que inclui opioides e contraceptivos orais, que geram uma série de efeitos colaterais.
De acordo com um estudo feito pelo Laboratório de Neurofarmacologia da Universidade Pompeu Fabra, na Espanha, o THC (tetraidrocanabinol) foi capaz de aliviar as dores e até limitar o desenvolvimento dos cistos causados pela doença.
Enxaqueca
Conforme pesquisas foram feitas com o decorrer dos anos, muitos sugerem que a eficácia da cannabis no alívio da enxaqueca pode estar conectada aos fitocanabinoides encontrados na planta, principalmente os mais conhecidos, como o CBD e o THC.
Tanto um quanto o outro ativam os receptores CB1 e CB2 do Sistema Endocanabinoide do organismo, inibindo as respostas do sistema trigeminovascular (neurônios no nervo trigêmeo que inervam os vasos sanguíneos cerebrais).
Ou seja, os fitocanabinoides podem restringir a inflamação que causa as dores que acompanham a enxaqueca.
Além disso, outros pesquisadores sugerem que a cannabis tem poder analgésico sobre condições relacionadas a dores neuropáticas crônicas resistentes a outros tratamentos para o alívio dos sintomas.
Dores em pacientes com câncer
De acordo com um estudo feito no Canadá, produtos à base de cannabis com proporções semelhantes de CBD e THC podem reduzir dores causadas por câncer.
A pesquisa realizada na Universidade de McGill, em Montreal, mostrou que a cannabis pode ser uma opção satisfatória quando os tratamentos com drogas convencionais não mostram resultados.
Segundo a pesquisa, nos três primeiros meses, houve uma redução de 41,3% da dor. A intensidade também diminuiu quase 32%.
Leia os relatos dos pacientes: Mãe de três filhos usa cannabis para metástase ‘Eu nem lembro que tenho câncer’
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https://cannalize.com.br/cinco-tipos-de-dores-que-a-cannabis-pode-tratar/ TDPM: A cannabis pode ajudar no tratamento?Produtos feitos de cannabis podem ser usados para uma variedade de sintomas causados pela TDPM, tanto físicos quanto psíquicos
Se você menstrua, já deve conhecer de perto a tal da TPM (Tensão Pré-Menstrual), não é mesmo? Mas já ouviu falar da forma mais grave da síndrome? Chamada de TDPM (Transtorno Disfórico Pré-Menstrual), pode ser ainda pior e trazer consequências.
De acordo com a AMB (Associação Médica Brasileira), 75% a 80% das pessoas que menstruam podem ter TPM, mas parte desse número (3% a 8%) pode se desenvolver de forma mais profunda.
A TDPM possui uma lista extensa de sintomas, que são mais intensos e numerosos que a TPM comum. Reações que podem interferir na vida das pessoas e até dificultar tarefas simples do dia a dia.
A lista de sintomas é enorme e inclui tanto sintomas físicos quanto psíquicos, como:
- Inchaço;
- Aumento do volume abdominal;
- Dor nas mamas;
- Dor de cabeça;
- Ansiedade;
- Irritabilidade;
- Falta de energia;
- Nervos à flor da pele;
- Ideação suicida;
- Depressão;
- Alterações no sono, como insônia ou dormir demais;
- Alterações no apetite (comer comidas calóricas ou comer muito).
Todos são sintomas que acontecem antes da menstruação. Mas no caso da TDPM, desenvolvem-se de forma muito mais intensa e podem trazer problemas no cotidiano de forma bastante negativa.
As causas da condição ainda não são totalmente esclarecidas. A única coisa que se sabe é que está relacionada aos hormônios, mais necessariamente à flutuação daqueles que são ligados ao ovário, como o estrogênio e a progesterona.
A hipótese é que os hormônios atuem no cérebro e acabem mexendo com neurotransmissores que causam alterações emocionais. Mas ainda são necessários mais estudos para saber se esse é o caso.
Diagnóstico de TDPM
Para saber se uma pessoa que menstrua tem TDPM, não é necessário realizar exames, mas uma anamnese. Ou seja, uma espécie de entrevista pelo médico para entender se o paciente possui a condição.
No caso da TPM, por exemplo, o diagnóstico é feito quando a pessoa possui de um a quatro sintomas, que se desenvolvem de forma leve e moderada. Já no caso do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, é preciso ter pelo menos, cinco sintomas que se desenvolvem de forma intensa.
Sendo ao menos um deles um sintoma psíquico, como tensão, instabilidade afetiva, ansiedade ou depressão.
Tratamento da TDPM
Já o tratamento da TDPM é individual e varia de acordo com a necessidade da pessoa que menstrua. Mas, no geral, é feito para tratar os sintomas, ajudando a estabilizar o humor e trazer qualidade de vida.
Assim como para TPM e cólicas, alterações na rotina no período pré-menstrual, atividades físicas e mudanças na alimentação, são alternativas usadas para amenizar as reações causadas também pela Tensão Disfórico Pré-Menstrual.
Outras medidas também podem ser de grande ajuda, como psicoterapia e medicamentos, que servirão tanto para controlar os hormônios relacionados à menstruação, quanto controlar o humor, como ansiolíticos e antidepressivos.
Tratamento com cannabis
A cannabis é um tratamento que vem se destacando ao longo dos anos. Principalmente pelo seu amplo uso em uma variedade de condições médicas.
Isso porque a cannabis atua através do chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema presente no corpo inteiro que ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do organismo, como fome, humor, sistema nervoso e até imunológico.
O nosso corpo produz os chamados endocanabinoides, que através de receptores, que sinalizam que algo precisa ser restaurado.
Felizmente, a cannabis também possui substâncias como estas, que podem auxiliar os nossos.
Uso da cannabis na TDPM
Por atuar também no Sistema Endocanabinoide, os fitocanabinoides da cannabis ajudam a estabilizar vários sintomas físicos e emocionais do transtorno, como insônia, dores nas articulações, irritabilidade, ansiedade e depressão.
De acordo com a ginecologista e prescritora de cannabis, Ana Paula Carvalho, produtos feitos de cannabis tem o poder de aliviar a maioria dos sintomas e até evitar antidepressivos e analgésicos mais nocivos.
Na literatura, não há muitos estudos sobre o assunto, embora há registros do uso da cannabis para o tratamento de cólicas e TPM há 2.000 A.C. As egípcias utilizavam a planta para tratar a tristeza e o mau humor, o que sugere que fosse uma espécie de tratamento para TPM.
Por outro lado, há várias pesquisas que mostram os benefícios da cannabis para os sintomas relacionados à condição. Como no tratamento de insônia, depressão, ansiedade e até no controle do apetite.
A ciência também descobriu que muitos receptores endocanabinoides estão presentes no Sistema Reprodutor Feminino. Por isso, a cannabis tem ajudado a amenizar as cólicas e até tratar a endometriose.
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https://cannalize.com.br/tdpm-a-cannabis-pode-ajudar-no-tratamento/ CBD é melhor que tratamentos convencionais para crack, segundo estudoA pesquisa brasileira foi feita em 73 pacientes divididos entre aqueles que tomaram CBD e os remédios convencionais
Segundo um novo estudo pioneiro feito no Brasil, o tratamento de usuários de crack com o CBD (canabidiol) tem melhores resultados na redução de dependência que medicamentos convencionais usados nos Caps AD (Centros Psicossociais de Álcool e Drogas).
A pesquisa foi realizada pela UNB (Universidade de Brasília) e publicada na revista International Journal Health and Addiction. Feita com 73 usuários escolhidos por sorteio, os voluntários foram distribuídos em dois grupos:
37 deles ficaram no grupo de controle, enquanto 36, no grupo do CBD. O primeiro grupo foi tratado com remédios convencionais para dependência, como o antidepressivo fluoxetina, o ansiolítico clonazepam e até um estabilizador de humor.
Já o segundo grupo, recebeu um óleo de canabidiol de 50 mg/ml sem THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera a famosa “alta” da maconha.
Como o estudo foi feito
Ambos os grupos, também receberam placebos para não identificarem que de fato estavam tomando. Estudo conhecido como duplo-cego, em que nem os pacientes e nem os pesquisadores sabem o que o voluntário ingeriu.
Sendo assim, os pacientes apareciam uma vez por semana durante dez semanas, para receber os kits com as medicações e responder aos questionários sobre o uso de crack e outras drogas. Também passaram por uma equipe psicossocial e pelo médico.
Além de fazer teste toxicológico de urina, que foi analisado pelo Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF.
Segundo a coordenadora do estudo, Andrea Gallassi, o objetivo da pesquisa clínica fora do ambiente hospitalar tinha um propósito: reproduzir a situação de vida de muitas pessoas que são dependentes e vivem em condições precárias.
Redução maior no uso de crack
De acordo com os resultados do estudo, o CBD pode até atenuar os sintomas primários observados pelos voluntários, como falta de apetite e a sensação de saúde debilitada.
Por outro lado, o canabidiol também mostrou uma eficiência maior na redução do uso de crack, além de menos efeitos adversos em comparação com o primeiro grupo.
Outros estudos
Mas esta não é a primeira vez que um estudo mostra os benefícios da cannabis para dependentes. Segundo uma pesquisa feita em 2019, o canabidiol pode ajudar na luta para vencer os vícios em drogas.
O teste clínico foi feito em dependência de heroína em três situações diferentes: logo em seguida ao uso do CBD, um dia após e uma semana depois.
Os resultados nos três cenários foram os mesmos: os dependentes químicos sentiram menos necessidade de consumir a heroína que antes, comparados aos que receberam o medicamento falso.
O estudo mostrou outro resultado positivo: os participantes também estavam mais calmos e menos ansiosos.A descoberta ainda precisa de mais estudos para entender se o efeito pode ser permanente ou se permite recaídas.
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https://cannalize.com.br/cbd-melhor-tratamentos-convencionais-crack/ Cannabis ajuda paciente com fibromialgia ‘eu voltei a ser quem eu era’Após experimentar a cannabis como tratamento, a paciente até esquece que tem fibromialgia. Isso a fez uma defensora da planta como remédio
Flora Maria Pinheiro Britto, de 38 anos, tem um óleo de cannabis guardado na gaveta da cabeceira que nem se lembrava mais. Não que o produto não funcionasse, pelo contrário. Funcionou tão bem que hoje ela nem usa tanto.
A verdade é que o óleo foi fundamental para a mulher, que precisa conviver com as dores da fibromialgia e administrar os remédios de forma meramente paliativa.
Hoje, quando escuta algum assunto sobre a condição, Flora aproveita todas as oportunidades para contar a sua história e mostrar o quanto a planta foi importante para mudar a sua qualidade de vida.
Doença para a vida toda
A fibromialgia é uma condição crônica e sem cura, caracterizada principalmente por dores fortes por todo o corpo, além de outros sintomas.
Por muitas vezes, está relacionada a fatores emocionais, como ansiedade, depressão e estresse. Outras vezes, pode ser ocasionada por fatores do sistema nervoso.
Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a condição atinge pelo menos 2,5% da população brasileira e pode atrapalhar tarefas simples do dia a dia.
“Eu ainda conseguia trabalhar, eu fazia as minhas coisas. Mas era muito difícil, a cabeça doía, as pernas, os braços, tudo. E quando eu ficava no período menstrual, era muito pior. Eu não saía da cama, tinha dores horríveis”, acrescenta Flora.
Cannabis como tratamento
A mulher descobriu a condição quando tinha 25 anos, mas só passou a utilizar o óleo de cannabis há pouco mais de dois anos. Flora soube que a cannabis poderia ajudar através de uma amiga que utilizava o óleo para ajudar no tratamento de seu filho autista.
Por usar de forma recreativa, ela não teve nenhum preconceito e resolveu experimentar. “Eu sei que não é aquele milagre de início, mas eu posso dizer que foi um efeito milagroso que eu senti. Quando eu percebi, eu já não estava com dor nenhuma mais. As vezes eu falava, ‘peraí, eu tomei hoje? não, não tomei’. Porque eu não estava sentindo nada.” acrescenta.
Leia também: ‘Nada é milagroso, mas parece que no caso do meu filho foi’
Para se ter uma ideia, hoje ela não usa mais nenhum medicamento para tratar a fibromialgia. Segundo Flora Maria, a cannabis é utilizada apenas quando bate a TPM (tensão pré-menstrual) e o corpo está mais sensível.
Bastaram dois meses para que a mulher sentisse o seu corpo diferente, principalmente no sono e na disposição para fazer as coisas dentro de casa. “Mudei da água para o vinho, eu voltei a ser quem eu era. Às vezes eu nem lembro que tenho fibromialgia “, diz.
Indicando para todo mundo
A mulher embarcou na fundação de uma associação em São Paulo ao lado da amiga que falou sobre o óleo. Foram atrás de questões burocráticas, judiciais e até de habeas corpus para produzir o óleo de forma legal.
Hoje, a instituição não existe mais. No lugar, há uma clínica de tratamento canábico. Mas o fim da associação não a impediu de continuar falando sobre os benefícios da cannabis. Hoje, sempre comenta sobre a sua experiência quando houve falar sobre fibromialgia.
E não só para tratar a condição. Flora indicou a cannabis para a mãe, para amigos e até para o parceiro que sofria com dores e insônia. Ensina sobre as propriedades medicinais da cannabis e até onde comprar os produtos feitos da planta.
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https://cannalize.com.br/fibromialgia-cannabis-dores/ Pessoas com dengue podem tomar CBD?Com o surto de dengue em todo o país, pacientes que dependem da cannabis medicinal podem ficar com dúvidas sobre o assunto
Desde que o surto de dengue voltou a acontecer no Brasil neste ano, mais de 2 milhões de pessoas já foram infectadas. Segundo dados do Ministério da Saúde, o país também registrou mais de 600 mortes.
Este é o maior número de já registrado em toda a série histórica desde 2000. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, a estimativa é que o país chegue a 4,2 milhões de casos até o fim do ano.
A doença é causada por um vírus transmitido pelo mosquito fêmea do Aedes aegypti. Seus principais sintomas são febre alta, dores musculares, dores de cabeça, náuseas, vômitos, dores atrás dos olhos e manchas vermelhas, embora também possa ser assintomática.
Contudo, há uma série de medicamentos que devem ser evitados quando há suspeita de dengue. Será que a cannabis medicinal entra neste grupo?
Deve-se interromper o tratamento com cannabis?
Para entender se o CBD (canabidiol) é contraindicado ou não, é preciso saber o porquê alguns remédios não podem ser utilizados. A explicação é que as classes de medicamentos salicilatos anti-inflamatórios não esteroidais, interferem no funcionamento das plaquetas de sangue.
Isso favorece o aparecimento de sangramentos e complicações em pacientes com dengue, como hemorragias, por exemplo.
De acordo com o hematologista Cristiano de Abreu Fernandes, não há nada na literatura que indique uma contra-indicação ao uso de cannabis em pessoas com a doença. Contudo, ele alerta que é necessário ter uma certa atenção.
Leia também: CBD e Anticoagulantes: Entenda a interação entre os dois
Principalmente quando falamos da dengue grave, também chamada de dengue hemorrágica. Trata-se do agravamento da doença, caracterizada por uma queda acentuada das plaquetas, que pode causar complicações graves, incluindo a falência de múltiplos órgãos.
“É imprescindível ter bom senso e não ofertar produtos de cannabis para quem estiver com Dengue Hemorrágica”, acrescenta.
Por isso, caso suspeite de estar com a doença, converse com o seu médico para entender se é preciso interromper o tratamento.
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https://cannalize.com.br/dengue-cbd-cannabis-medicinal-hemorragica-grave/ Paciente substitui remédios pela cannabis ‘eu gostaria que todo o brasileiro tivesse esse direito’
Depois de utilizar mais de 10 remédios para controlar as dores, Bianca encontrou qualidade de vida na cannabis medicinal
Bianca Brancaglion, de 25 anos, sempre teve uma sensibilidade grande à dor, mas os médicos nunca souberam quais eram as causas. Até ela ficar internada por crises agudas que a levavam ao desmaio.
As dores afetavam todo o seu corpo e não a deixavam sequer se mexer direito. Para tentar conter as crises, Bianca passou por medicações pesadas, como o tramal, morfina, quetamina, metadona e até fentanil.
“Eu cheguei num ponto de precisar tomar quase 100 mg por dia de metadona, um remédio mais forte que a morfina”, acrescenta.
Tentativa de tratamento
O seu diagnóstico foi de fibromialgia, mas os médicos também descobriram algumas outras condições reumatológicas que intensificam ainda mais as dores.
Como por exemplo, uma displasia congênita no quadril direito, que se espalhou para a lombar. Trata-se de um defeito congênito nos ossos que não se desenvolveram de forma correta e consequentemente, causam dores.
Leia também: Fibromialgia e Cannabis: tratamento, benefícios e estudos
Ao todo, Bianca precisou utilizar 14 remédios diferentes. Alguns, apenas para conter os efeitos colaterais do outro, como medicações psiquiátricos. Ainda assim, a jovem não tinha qualidade de vida.
Os remédios também mexeram com o seu pâncreas e o seu fígado. Em apenas quatro anos de tratamento, ela expeliu cerca de 20 pedras, além de retirar mais 12 através de uma cirurgia.
“Os remédios estavam desgastando tanto o corpo dela, que o médico disse que ela tinha só seis meses de tratamento. Se continuasse assim, a primeira coisa que teria que fazer era colocá-la na lista de transplante de fígado”, comenta o seu noivo Kaique Araújo, 25.
A cannabis como tratamento
O uso da cannabis aconteceu primeiro pelo seu noivo. Depois de uma crise forte de ansiedade, Kaique passou a tomar remédios como o escitalopram para ajudar no alívio da condição, mas parece que nada era o bastante.
Até ele experimentar o famoso baseado. “Fiquei tão bem. Passei um final de ano super tranquilo, sempre fui muito acelerado e me ajudou”, acrescenta.
Mudanças que foram notadas até pela noiva. “Antes ele era um Kaique, depois do óleo é outro totalmente diferente, e pra melhor”, ressalta.
Bianca queria se sentir bem também. Por isso, o casal começou a pesquisar um pouco mais sobre o uso da cannabis como tratamento.
Não demorou muito para que eles se inscrevessem no curso da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e aprendessem um pouco mais sobre a ação das substâncias da planta no organismo.
O curso começou na zona leste de São Paulo, na paróquia do famoso Padre Ticão. Mas cresceu e hoje, tem edições on-line que ensinam sobre cannabis para milhares de pessoas no país.
Em busca do óleo ideal
Bianca e Kaique também fizeram outros cursos, buscaram associações e começaram a seguir influencers que falavam sobre o assunto para aprender mais sobre as propriedades da cannabis.
Até conseguirem os seus primeiros óleos feitos da planta. Começaram a utilizar o extrato, depois migraram para o óleo que passou a ser comercializado nas farmácias, produtos de associações e óleo importado.
Ao contrário do que muitos pensam, os produtos de cannabis não são todos iguais. Alguns contém mais CBD (canabidiol), outros mais THC (tetrahidrocanabinol) ou outras substâncias presentes na cannabis.
Isso, sem contar a concentração do produto, que varia. A forma que o organismo do paciente recebe e absorve a medicação também é única.
Por isso, chegar a uma dose ideal leva tempo. No caso de Bianca, não foi diferente. Ela conta que demorou um ano até encontrar um tratamento que funcionasse para ela de forma adequada.
Melhoras visíveis
Depois de encontrar a dosagem certa, a retirada das outras medicações foi gradual. Aos poucos foi deixando os medicamentos e hoje só utiliza dois remédios, mas que busca o desmame.
Se antes, ficava boa parte do seu tempo na cama, hoje tem mais disposição para se movimentar. Bianca precisava utilizar uma bengala para se apoiar por causa da dor e da tontura. Embora ainda utilize, o uso é menos frequente.
Mudou a minha vida, eu sou outra pessoa.”, acrescenta. “Usei medicamentos para pessoas de oncologia terminal, mas foi um óleo que salvou a minha vida”.
Preconceito
Apesar dos benefícios, o casal ainda precisa lidar com o preconceito. Kaique conta que chegou a discutir com um médico por causa da cannabis. O pai de Bianca também parece ser resistente ao tratamento, mesmo vendo as melhoras da filha.
A mãe de seu noivo também se recusa a utilizar a cannabis que poderia ajudá-la no tratamento contra um câncer.
Preconceito que Bianca enfrentou até no trabalho. Mesmo mostrando o laudo e as suas receitas de cannabis, quase testou positivo para drogas em um exame toxicológico exigido pela empresa. “Eles não sabem como agir com um paciente que utiliza a cannabis”, comenta.
Mesmo enfrentando o preconceito, o casal busca o famoso salvo-conduto, ou seja, uma habeas corpus judicial para plantar cannabis sem ser preso por isso. A ideia é plantar em casa e produzir o próprio remédio.
“Eu gostaria que todo o brasileiro tivesse esse direito, que seja distribuído pelo SUS, que todos nós consigamos vencer essa luta”, conclui.
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https://cannalize.com.br/cannabis-dores-historias-reais-fibromialgia/ Cannabis medicinal em SP estará disponível em até 45 diasEmpresa que fornecerá o canabidiol já iniciou a produção dos produtos que chegarão ao SUS em maio
Segundo a secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a cannabis estará disponível no SUS (Sistema Único de Saúde) em até 45 dias. A confirmação aconteceu durante reunião do Grupo de Trabalho Canabidiol realizada na terça-feira (5), de forma remota.
A expectativa é de que a partir da segunda quinzena de maio, os pacientes com síndrome de Lennox Gastaut, Síndrome de Dravet e Esclerose Tuberosa, doenças que apresentam as mais graves crises de epilepsia, possam retirá-lo nas Farmácias de Medicamentos Especializados do Estado.
A Secretaria Estadual de Saúde prometeu publicar nas próximas semanas o protocolo clínico e as diretrizes terapêuticas que irão nortear o trabalho dos médicos, garantindo o direito e o acesso dos pacientes ao tratamento com o canabidiol.
A empresa que fornecerá o canabidiol é a Ease Labs Pharma, empresa brasileira pioneira no setor e fabricante do produto vencedor na licitação que inclui o Canabidiol no SUS em São Paulo em janeiro de 2024.
Valor reduzido
Para receber o canabidiol, o paciente deve residir no estado de São Paulo e ser acompanhado por instituições de saúde estaduais, com documentos médicos e receituário devidamente preenchido e assinado por profissional devidamente habilitado.
O deputado Caio França, autor da lei, destacou que este modelo de regulamentação e os protocolos implementados em São Paulo servirão de referência para diversos outros estados e municípios do País, que estão acompanhando de perto todos os movimentos do Legislativo e Executivo paulistas.
“Estamos inovando em diversas frentes. Esse é apenas o começo de um trabalho, pois temos um longo caminho a ser percorrido. A regulamentação não se encerra após a publicação do texto final com as normas, diretrizes e procedimentos porque o governo entende e está decidido a continuar estudando e incorporando novos estudos que possam surgir a qualquer momento”, assegurou.
A proposta vencedora foi fechada no valor de R$0,045 por mg da substância, a concorrência gerou ao estado uma possível redução no custo de aproximadamente R$480 milhões. “A Ease Labs já tem produzida uma quantidade relevante de produto para abastecer qualquer volume solicitado pela SES de forma imediata”, conclui Palhares.
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https://cannalize.com.br/cannabis-sus-sao-paulo-45-dias/ Mulheres cuidam mais da saúde bucal, mas sofrem com mais problemasEmbora haja um paradoxo entre sexos, a cannabis medicinal pode ser uma aliada para alguns problemas relacionados aos cuidados com a saúde bucal
De acordo com um estudo publicado em 2021 pela revista de Saúde da USP, as mulheres tendem a cuidar mais da saúde bucal que os homens. A pesquisa ainda diz que pessoas do sexo masculino só buscam atendimento quando o problema já está grave.
Pelo o que os pesquisadores constataram, isso tem uma explicação: as mulheres são mais vaidosas se tratando da aparência, o que inclui o sorriso.
A dentista Poliana Contrucci ainda complementa que as mulheres não só cuidam mais da saúde bucal como demonstram mais interesse em aderir aos tratamentos propostos e mudanças de comportamento na área.
Paradoxo
Por outro lado, mesmo que as mulheres cuidem mais da saúde bucal, pesquisas realizadas ao longo dos anos, revelam que elas tendem a ter mais problemas bucais, causados por alterações hormonais ao longo da vida.
O que consequentemente deixa a cavidade oral mais suscetível a diversos problemas.
A Dra Contrucci também acrescenta que isso acontece porque as mulheres apresentam mais problemas relacionados à ansiedade, bruxismo e dores crônicas. “Sinto que isto se deve ao fato de as mulheres serem mais sobrecarregadas em suas demandas familiares”, diz.
Cannabis como tratamento
Seja homem ou mulher, a cannabis pode ser um importante auxiliar para ajudar a controlar tanto as dores quanto as inflamações contra condições como o bruxismo, por exemplo.
“A Cannabis proporciona a possibilidade de promover saúde e não apenas de tratar doenças e acaba sendo uma ferramenta preventiva de promoção não só da saúde bucal como do sistema como um todo.” complementa a dentista.
Isso porque ela atua no chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que funciona à nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do organismo.
O que inclui o sistema nervoso e o sistema imunológico do corpo, reduzindo as inflamações e as dores.
Mesmo contra o câncer
Quando falamos sobre câncer de boca, a dentista ressalta que a condição pode ser causada principalmente por causa do tabagismo.
Tumor que, inclusive, é mais frequente entre os homens acima dos 40, segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer). Contudo, a cannabis também pode ser uma solução complementar.
“Podemos usar os produtos a base de cannabis para auxiliar na diminuição do uso de tabaco além de termos o auxílio através da modulação do sistema endocanabinoide e, desta forma promover uma homeostase, ou seja, um equilíbrio funcional do sistema em geral”, conclui.
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https://cannalize.com.br/saude-bucal-cannabis-mulheres/ Diclofenaco X cannabis: É possível substituir?Entenda como a cannabis pode ser uma alternativa ao diclofenaco para tratar dores e inflamações e seus benefícios
O uso de produtos de cannabis tem crescido no Brasil. De acordo com o último levantamento da Kaya Mind, mais de 430 mil pessoas já utilizam produtos derivados da planta para o tratamento das mais variadas condições médicas. Inclusive dores e inflamações.
A terapia canabinoide ficou conhecida principalmente por proporcionar pouquíssimos efeitos colaterais sem causar dependência. Além do mais, pode ser usada por um grupo maior de pacientes que muitos medicamentos como o diclofenaco não podem.
Por isso, será que é possível substituir o remédio pela cannabis? Conversamos com um especialista em cannabis para entender melhor.
Mas para que serve o Diclofenaco?
Disponível nas farmácias há 40 anos, o diclofenaco é um remédio utilizado para tratar inflamações, dores leves e moderadas, além de ter uma ação antiemética. Embora só deva ser utilizado com prescrição médica.
De acordo com o especialista em clínica médica com foco em medicina canabinoide, Mário Grieco, o diclofenaco pertence ao grupo dos anti-inflamatórios não esteroides. O seu trabalho é bloquear a síntese de prostaglandinas, ou seja, o remédio não permite que pequenos sinais químicos promovam dores e inflamações.
No geral, o remédio pode ser utilizado para o tratamento de condições como:
- Cólicas renal, biliar e menstrual;
- Artrite;
- Gota;
- Dores articulares;
- Distensões;
- Dores pós-operatórias;
- Dores nas costas, no ombro e no cotovelo;
- Infecções de ouvido, nariz e garganta.
Leia também: Fluoxetina X cannabis: é possível substituir?
Problemas
Contudo, o remédio tão popular pode trazer alguns problemas, que podem ser sentidos por uma grande quantidade de pessoas.
A recomendação é que o medicamento só deve ser utilizado por um curto período de tempo, por exemplo, pois o uso constante pode causar uma série de efeitos adversos. O ideal é que o tempo de medicação dure entre 5 a 14 dias.
O medicamento também deve ser evitado quando:
- Há suspeita de dengue;
- Pacientes em crises de asma, urticária e rinite;
- Grávidas;
- Pessoas com úlceras no estômago ou no intestino;
- Pacientes com sangramento ou perfuração nos dois órgãos;
- Pacientes com insuficiência hepática, renal ou cardíaca grave.
O remédio também não é indicado para menores de 14 anos, pessoas com doenças graves no sistema gastrointestinal e insuficientes cardíacos.
Isso, sem contar com os efeitos adversos. Entre os efeitos colaterais mais comuns estão:
- Dor de cabeça;
- Vertigem;
- Náuseas e vômitos;
- Perda de apetite;
- Dor abdominal;
- Vermelhidão na pele;
- Flatulência.
E isso não é tudo. Também há a possibilidade de ocasionar palpitações, dores no peito, dor no estômago, problemas no fígado entre outras complicações.
O médico especialista ainda cita uma pesquisa publicada na European Heart Journal, que mostrou que o diclofenaco elevou o risco de parada cardíaca em 51% bem como o risco de enfarte em mais de 31%. Por isso deve ser evitado por pessoas com doenças do coração.
O estudo ainda mostrou que todos os anti-inflamatórios aumentam o risco de problemas cardíacos.
Cannabis como opção ao diclofenaco
A cannabis vem se mostrando um potente remédio mais natural e com poucos efeitos colaterais. Diversos estudos demonstram a sua ação tanto na dor quanto na inflamação de formas diferentes dos medicamentos tradicionais.
Isso foi demonstrado em um estudo de 2016, que concluiu que a cannabis pode ser uma alternativa eficaz para o tratamento da inflamação crônica.
Em países onde a cannabis é mais acessível, como nos EUA, alguns atletas já trocaram o anti-inflamatórios como o Ibuprofeno, por exemplo, pelo CBD (canabidiol) para tratar dores musculares.
O depoimento do ciclista Andrew Talansky sobre o tratamento com a terapia canábica, por exemplo, viralizou e virou assunto da imprensa por um tempo.
Leia também: Cannabis X Dramin: Pode ser substituído?
De acordo com o Dr. Mário Grieco, a cannabis tem a mesma ação anti-inflamatória que o diclofenaco, mas com a vantagem de ter mínimos efeitos colaterais e poder ser utilizada em pacientes cardíacos e até crianças.
“Sem dúvidas a cannabis pode e deve ser substituída pelo diclofenaco”, ressalta.
Como funciona
Diferente dos anti-inflamatórios convencionais, a cannabis atua no Sistema Endocanabinoide, um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase.
Isto é, o equilíbrio de várias funções do organismo, como fome, humor, sono, sistema imunológico, nervoso e claro, na modulação da dor e da inflamação.
Quando algo não funciona de forma regular, o próprio corpo produz canabinoides, que através de sinalizadores, ajuda a restaurar a homeostase.
O ponto chave é que a cannabis também possui as substâncias, que atuam de forma similar às nossas. O CBD, por exemplo, é um canabinoide. Por isso a cannabis funciona tão bem sem causar tantos efeitos adversos.
E não só o canabidiol, mas também o THC (tetraidrocanabinol), canabinoide conhecido por gerar os efeitos alucinógenos da temida maconha. Embora estigmatizada, a substância também é um anti-inflamatório potente.
Os neurotransmissores ativados pelo THC , por exemplo, podem inibir a incidência de aterosclerose, isto é, o acúmulo de gorduras nas artérias. Assim como outros canabinoides menores, como o CBC, CBDa, CBG, CBN e THCa.
Efeitos colaterais
Embora seja uma opção mais natural, a cannabis também possui efeitos colaterais, como sonolência, tontura e ganho de peso. Produtos feitos com o THC podem trazer uma variedade ainda maior, como boca seca e alteração da cognição.
Por outro lado, os efeitos não são recorrentes e há um vasto número de pacientes que relatam não sentir nada.
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https://cannalize.com.br/diclofenaco-x-cannabis-e-possivel-substituir/ Carnaval 2024: Posso beber durante o meu tratamento com CBD?Conversamos com um médico especialista para entender se dá para beber e usar cannabis medicinal durante o carnaval
O Carnaval chegou e eu aposto que você já garantiu a sua melhor fantasia para pular nos bloquinhos, não é mesmo? Mas calma, se você está em um tratamento com a cannabis medicinal, é melhor tomar algumas precauções em relação ao álcool.
Talvez não seja uma boa misturar bebida com cannabis, eu te explico o porquê. Conversamos com o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, que nos ajudou a entender melhor essa história.
Quem vai ser metabolizado primeiro?
Pessoa explica que, tanto o álcool quanto os produtos derivados da cannabis precisam ser metabolizados pelo fígado, mas o problema é que o órgão é um só. Dessa forma, há uma competição para ver quem será metabolizado primeiro.
Consequentemente, prejudica a ingestão das duas substâncias. A metabolização, nada mais é do que a absorção de compostos pelo corpo até a eliminação. Uma vez que o corpo não metaboliza de forma correta, a substância permanece no organismo por mais tempo.
Por isso, antes de cair na folia do carnaval, é necessário considerar se você quer potencializar os efeitos adversos, tanto do álcool quanto da cannabis.
No caso do óleo de CBD, ou até da maconha, é possível que aumente a sonolência e a diarreia, por exemplo. Já no caso das bebidas alcoólicas, mais ressaca.
Então, o que fazer?
O diretor médico explica que a melhor alternativa é conversar com o seu médico para entender qual o melhor caminho. Ele pode suspender o óleo para um dia eventual que você quiser encher a cara, por exemplo, o que pode amenizar os efeitos colaterais.
Contudo, há tratamentos que não podem ser interrompidos, por isso, antes de planejar os se vai beber ou não no carnaval, é importante conversar com um profissional.
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https://cannalize.com.br/carnaval-cbd-alcool/ Como saber se um óleo de CBD é de qualidade?Antes de começar um tratamento com cannabis, veja o que você precisa saber para garantir um produto de qualidade
O uso de produtos de cannabis tem crescido no Brasil. De acordo com o último levantamento da Kaya Mind, mais de 430 mil pessoas utilizam a planta como tratamento para uma série de condições médicas.
Os produtos que são vendidos nas farmácias, através de importação, de associações e até por produtores locais. O que pode influenciar diretamente no preço. Atualmente, variam de R$90 até R$3 mil.
O valor também muda de acordo com a infinidade de produtos disponíveis. Eles são feitos com a planta inteira ou compostos isolados, com concentrações diferentes, e podem mudar até a maneira que serão utilizados.
Leia também: Quanto custa o tratamento com cannabis medicinal?
Além do óleo, hoje já é possível encontrar gummies, pomadas, cremes e muitas outras formas de utilização. Mas como garantir a qualidade?
Abaixo, vamos dar algumas dicas do que é preciso saber antes de comprar o seu produto:
Opte por vias seguras
De acordo com as resoluções vigentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), há produtos autorizados para a compra nas farmácias e também para a importação.
Embora produtores regionais tenham um preço mais em conta, não há testes de qualidade e nem porcentagens de CBD (canabidiol) e THC (tetrahidrocanabinol) garantidos, o que pode ser arriscado.
Uma opção pode ser os importados. Engana-se quem pensa que são mais caros, na verdade, eles são mais baratos que aqueles nas prateleiras das drogarias, por exemplo.
Verifique o COA
Se ainda estiver inseguro quanto à compra dos produtos industrializados, verifique o COA (Certificado de Análise). Trata-se de um documento oficial que prova que o produto passou por um minucioso processo de verificação.
Ele geralmente é feito por um laboratório terceiro que faz vários testes para garantir que a medicação está seguindo as normas de qualidade estabelecidas.
A sigla COA vem de Certificate Of Analysis, que vem principalmente dos Estados Unidos. Ele verifica ainda se os produtos estão dentro dos requisitos federais e estaduais.
Como a maioria dos produtos que chegam ao Brasil são de lá, os termos costumam vir em inglês, já que foram aprovados no país fabricante.
Mas que associação é essa?
Se prefere comprar de associações, a dica é procurar entidades sérias e de preferência, com autorização para cultivar.
Ou então, procure instituições que tenham convênio com universidades. Nestes casos, os produtos são enviados para testes de qualidade no campus antes de chegar nas mãos do paciente.
Na dúvida, consulte um médico
Caso ainda não saiba por onde comprar ou até o que comprar, consulte um médico prescritor, que poderá te orientar de forma correta. Principalmente para indicar qual o melhor produto para a sua condição.
Embora você também possa falar com o seu médico sobre cannabis, o ideal é procurar um médico que entenda sobre o assunto, que terá mais propriedade para te orientar quanto ao uso e te indicar um produto de qualidade.
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https://cannalize.com.br/como-saber-se-um-oleo-de-cbd-e-de-qualidade/ Cannabis X Escitalopram: É possível substituir?Saiba os prós e contras e quando é possível substituir ou acrescentar a cannabis no tratamento
O uso de produtos à base de cannabis vem crescendo ao longo dos anos no Brasil, principalmente para condições da mente.
De acordo com um levantamento da Kaya Mind, a ansiedade é a patologia mais procurada para o tratamento. Por isso, será que ela pode substituir medicações convencionais como o escitalopram?
Conversamos com o psiquiatra João Victor Lorenzetti que nos ajudou a entender melhor se a troca é possível.
O que é o escitalopram?
Mas antes de falarmos sobre cannabis, o que você sabe sobre o escitalopram?
Trata-se de um antidepressivo bastante conhecido, utilizado para transtornos psiquiátricos, como depressão, síndrome do pânico e ansiedade.
O remédio está no mercado há mais de 20 anos e só pode ser comprado através de uma receita de controle especial, válida por 30 dias. Mesmo assim, é bem popular. Para se ter uma ideia, foram vendidos mais de 15 milhões de caixas só em 2021.
De acordo com o psiquiatra, antidepressivos como este, atuam diretamente nos sistemas das monoaminas, estimulando a transmissão de serotonina, bloqueando a recaptação da mesma.
Pertencente à classe dos ISRS (Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina), o seu papel é impedir a retirada de serotonina do cérebro, substância conhecida como “hormônio da felicidade”.
Uma vez que o composto permanece disponível por mais tempo, o bem estar do paciente melhora.
Por outro lado, o produto contém efeitos colaterais, que vão desde coriza até arritmia, veja:
- Aumento ou diminuição do apetite;
- Aumento do suor;
- Dores musculares e nas articulações;
- Aumento de peso;
- Cansaço;
- Febre;
- Disúrbios sexuais;
- Alteração do ritmo cardíaco, como arritmias;
- Náusea;
- Dor de cabeça;
- Nariz entupido com coriza (sinusite;
- Ansiedade;
- Inquietude;
- Sonhos anormais;
- Dificuldades para dormir;
- Sonolência diurna;
- Tonturas;
- Bocejos;
- Tremores;
- Diarreia;
- Constipação;
- Vômitos;
- Boca seca.
Além disso, o medicamento é contraindicado para alguns tipos de pacientes com histórico de arritmia cardíaca e gravidez.
E a cannabis?
Apesar de também influenciar a serotonina, o psiquiatra explica que a cannabis trabalha de forma diferente, através do chamado Sistema Endocanabinoide. Trata-se um sistema que regula a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do organismo.
Através dos chamados canabinoides, como o CBD (canabidiol), por exemplo, a cannabis pode modular substâncias como a anandamida e 2-araquidonilglicerol, e por consequência, também modula-se, em menor grau, as monoaminas (serotonina, dopamina, noradrenalina).
Substituição
Por outro lado, o médico explica que a troca não é substituível para a grande maioria dos casos. A cannabis é associada como adjuvante ao tratamento, permitindo algumas vezes a diminuição e até mesmo desprescrição para alguns quadros, mas não é via de regra.
“Cada caso deve ser avaliado individualmente e em processo controlado”, acrescenta.
E o acompanhamento médico não é por acaso. Há o risco de acontecer uma interação entre a cannabis e o escitalopram, que podem aumentar os efeitos e ser perigoso.
Mas com o acompanhamento certo, a interação pode resultar em uma sinergia, o que aumenta o nível do escitalopram e pode favorecer a diminuição de doses, ou permitindo efeito satisfatório em doses subterapêuticas.
Cannabis X Escitalopram
O psiquiatra também explica que, no final, a cannabis é uma opção por causa do baixo nível de efeitos colaterais. O ponto negativo das medicações psiquiátricas é o perfil de efeito colateral, que pode variar de composto para composto.
“Pensando no escitalopram, costuma ser mais baixo que outros antidepressivos da mesma classe, entretanto ainda é comum a disfunção sexual, sintomas gastrointestinais, insônia ou sedação leve”, acrescenta.
Sintomas que podem variar de organismo para organismo em intensidade e apresentação.
No geral, a cannabis medicinal não apresenta estes efeitos colaterais, exceto em alguns raros casos os sintomas gastrointestinais. Entretanto podem apresentar outros, geralmente mais brandos e toleráveis em comparação ao tratamento medicamentoso tradicional.
Consulte um médico
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https://cannalize.com.br/cannabis-x-escitalopram-e-possivel-substituir/ Cannabis ajuda pacientes com TEPT a dormir melhor, segundo estudoOs resultados preliminares foram publicados recentemente e mostram o que outros estudos sobre o assunto já evidenciaram
De acordo com um novo estudo realizado nos Estados Unidos, a cannabis pode ajudar pacientes com TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) a dormir melhor e até diminuir os pesadelos.
Os efeitos foram observados em voluntários entre 30 e 70 dias após o início do tratamento. Os participantes relataram um aumento nas horas dormidas e até na qualidade do sono, o que consequentemente melhorou a saúde mental dos pacientes.
O Transtorno de Estresse Pós-Traumático é um tipo de ansiedade extrema que afeta de 15% a 20% das pessoas que passam por algum tipo de abalo e/ou trauma.
O TEPT é também um transtorno mental que carrega vários outros problemas, como depressão, ansiedade potencializada e até comportamentos suicidas. Pacientes com o distúrbio, tendem a buscar ajuda apenas dois anos depois do ocorrido.
A pesquisa ainda mostrou que a cannabis também foi útil para diminuir a quantidade de pesadelos por noite.
Outros estudos
Os resultados preliminares da pesquisa foram publicados na revista Medical Cannabis and Cannabinoids e mostraram o que outros estudos pelo mundo já haviam demonstrado.
Como por exemplo, uma metanálise feita em 2015 e publicada no American Journal of Health-System Pharmacy. a pesquisa mostrou que militares veteranos que usam cannabis para tratar TEPT tiveram uma diminuição na gravidade dos sintomas da condição, como a redução da ansiedade, estresse e insônia.
Outra pesquisa de 2014 também mostrou os benefícios. Os cientistas compararam pacientes que utilizaram a planta e os que não utilizaram, chegando à conclusão de que aqueles que consumiram a planta medicinal, tiveram uma redução de 75% maior, em comparação com o outro grupo.
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https://cannalize.com.br/tept-estudo-sono/ Vereador propõe carteirinha de cannabis para pacientesDe acordo com a proposta, o intuito do projeto é trazer mais segurança jurídica para pacientes que utilizam a cannabis medicinal
Nesta terça-feira (5), o vereador de Goiânia, Lucas Kitão (PSD) propôs um projeto de lei inusitado: a criação de uma carteirinha para pacientes que utilizam a cannabis medicinal como tratamento.
De acordo com o vereador, o objetivo é identificar pacientes que utilizam a cannabis como tratamento e promover mais segurança jurídica, o que pode prevenir problemas relacionados ao uso.
Caso aprovado, o documento deverá conter o nome completo do paciente, número de identificação, nome do médico responsável,a data de validade e até o número do medicamento utilizado pelo site da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Garante aos usuários legais um meio seguro e confiável de comprovar seu status e acesso a tratamentos necessários e auxilia na conscientização da sociedade sobre a importância da cannabis medicinal”, argumenta o vereador ao portal Mais Goiás.
Consulte um profissional
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https://cannalize.com.br/vereador-propoe-carteirinha-de-cannabis-para-pacientes-2/ Canabidiol, um aliado de respeito contra a epilepsiaDesde os primeiros estudos com a cannabis, nos anos 80, a epilepsia foi a primeira condição a responder positivamente a este tratamento.
A epilepsia é uma perigosa condição de saúde, que afeta cerca de 3 milhões de brasileiros, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A maioria dos pacientes são afetados na infância, nos primeiros 10 anos de vida, o que é mais preocupante.
Deste número, cerca de 700.000 pessoas têm epilepsia refratária, ou seja, resistente a medicamentos convencionais.
Este distúrbio é caracterizado por crises convulsivas imprevisíveis, causadas por recorrentes e desordenadas descargas neuronais.
Apesar de se popularizar há pouco tempo, a cannabis já era estudada no Brasil desde a década de 1980, e a epilepsia foi a primeira condição a responder positivamente a este tratamento.
Tal eficácia foi descoberta através dos estudos do químico orgânico Raphael Mechoulam, associado a uma equipe de cientistas brasileiros liderados pelo professor Elisaldo Carlini, da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).
Em um cenário duplo-cego, os pesquisadores testaram pacientes epiléticos e voluntários saudáveis, aplicando canabidiol ou placebo durante 135 dias, e submetendo os pacientes a exames clínicos e laboratoriais a cada 15 ou 30 dias.
No trabalho, o professor descobriu o potencial anticonvulsivante do CBD com resultados significativos. “Ficamos felizes em notar que, de fato, eles não tinham convulsões enquanto estavam tomando o canabidiol”, disse o próprio Mechoulam, em um documentário biográfico chamado “O Cientista”, lançado em 2015.
De lá pra cá, a regulação da cannabis medicinal no Brasil se deu a passos lentos, mas principalmente marcada pela luta de uma mãe que viu no canabidiol (CBD) a única alternativa para conter as crises epilépticas da sua filha.
Atualmente, 50 mil pacientes de epilepsia devem ser atendidos com canabidiol no país.
Evidências Científicas
Hoje, a cannabis medicinal é conhecida por ser uma das poucas opções que realmente ajudam a tratar a epilepsia refratária. Tanto para controlar as crises, quanto para acalmar o paciente e melhorar a sua qualidade do sono.
Se você está vendo este texto, provavelmente deve ter baixado nosso e-book exclusivo sobre epilepsia e cannabis, reunindo os principais estudos que respaldam o uso do canabidiol no tratamento da epilepsia. Se não baixou, aproveite, é grátis!
Outra evidência científica é de 2019, num estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos, Holanda, Polônia e Reino Unido, que avaliou pacientes da Síndrome de Lennox-Gastaut, um tipo de epilepsia refratária que causa graves convulsões em crianças.
O estudo constatou que, após a intervenção terapêutica com cannabis, a melhora da condição geral de saúde foi relatada por 88% dos pacientes/cuidadores.
Cannabis no SUS
Tal condição e tratamento são tão familiares aos cientistas que já motivam legislações de saúde pública. É o caso da sanção da Lei Estadual nº 17.618, de 31/01/23, que institui a política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos à base de CBD (canabidiol), em caráter excepcional, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em São Paulo.
Na ocasião, o próprio governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) compartilhou um testemunho: “Meu sobrinho ganhou qualidade de vida quando começou a usar o canabidiol. Isso me motivou a assinar a sanção”, contou. “Deus sabe a fortaleza e resiliência que os pais destas crianças devem ter para enfrentar este desafio.”
https://cannalize.com.br/canabidiol-um-aliado-de-respeito-contra-a-epilepsia/ Hempflex: o que é, para que serve e como comprarCom tantos produtos feitos com a cannabis até hoje, é difícil entender a diferença de cada um. Você sabe para que servem os extratos da Hempflex?
O uso de produtos à base de cannabis no Brasil tem crescido consideravelmente. Eles são usados para uma variedade de condições médicas, que vão desde crises epilépticas a dores crônicas.
Por isso, apesar de ser extraído da mesma planta, os produtos são diferentes e variam de acordo com as substâncias que serão usadas, a condição que será tratada e até a concentração do óleo.
Hoje, vamos falar sobre o Hempflex, uma rede de produtos feitos com a planta que é vendido no Brasil via importação.
Leia também: O CBD pode cortar o efeito de algum medicamento?
O que é o Hempflex?
Trata-se de uma linha de produtos desenvolvida por uma empresa canadense. Os óleos são feitos com o CBD (Canabidiol), uma das substância mais estudadas da cannabis usada para a fabricação de remédios.
O THC (Tetrahidrocanabinol), substância encontrada na maconha, também está presente em alguns produtos.
A mistura dos dois componentes são importantes para gerar o chamado efeito entourage ou efeito comitiva, ou seja, juntos eles podem potencializar os efeitos do óleo do que quando usados de forma isolada.
Para que serve o Hempflex?
É importante ressaltar que óleos à base de cannabis não são feitos para uma condição específica, mas podem ser utilizados para o tratamento de uma série de doenças indicadas pelo médico.
A linha de produtos Hempflex, por exemplo, possui uma variedade de concentrações que são administradas de várias formas diferentes.
Embora o uso mais convencional seja através do óleo, a linha também possui produtos que podem ser úteis para condições específicas, como pomadas, sprays e cápsulas.
A marca possui produtos quantidades de miligramas diferentes, que vão de 100mg de cannabis a 3000mg.
Entenda para que serve cada concentração. Lembrando que é possível tratar a mesma doença com taxas diferentes de canabinoides, por isso você vai encontrar na lista abaixo doenças iguais, mas relacionadas a produtos diferentes.
Menos de 0,3% de THC
Produtos feitos com menos de 0,3% de THC normalmente são úteis para o tratamento de condições como:
- Dores Crônicas
- Fibromialgia
- Insônia
- Ansiedade
- TDAH
- Autismo
- Epilepsia
- Entre outras.
Mais THC
Há situações em que produtos com mais de 0,3% de THC também podem ser úteis, como:
- Dor Crônica
- Fibromialgia
- Dor Lombar
- Enxaqueca
- Artrite/Osteoartrose
- Náuseas/Vômitos
- Anorexia
- Esclerose Múltipla
- Tourette
- Parkinson
- Alzheimer
- Dermatites
- Psoríase
- Doença Crohn
Você também pode se interessar: Mirtazapina X Cannabis: É possível substituir?
CBD isolado
A Hempflex também possui na sua linha os produtos com CBD isolado, que não contém nada da planta além do canabidiol puro na fórmula, que pode servir para:
- Insônia
- Ansiedade
- TEPT – Transtorno de estresse pós-traumático
- TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
Full-Spectrum
Alguns produtos da linha são Full-Spectrum, ou seja, feitos com a planta inteira e que, por isso, contém todos seus compostos químicos. Ao contrário do óleo isolado, ele contém o THC, mas também outros componentes presentes na cannabis, como os terpenos e os flavonoides.
Broad Spectrum
Os produtos Broad-Spectrum são bem parecidos com a opção acima. Eles também contêm todos os elementos da planta, mas sem o THC.
Isso pode ser útil para pacientes com condições médicas que precisam de todas as substâncias da planta, mas não podem consumir o THC.
Contudo…
É importante ressaltar que cada tratamento é único. Por isso, é possível que o médico indique o tratamento para patologias ou com concentrações diferentes das listadas acima.
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Como comprar
Os produtos da linha Hemepflex podem ser adquiridos através da importação de produtos à base de cannabis, autorizado no Brasil desde 2015 pela Resolução 660 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
É necessário deixar claro que o paciente vai precisar de uma autorização da agência e uma receita médica para fazer a importação.
O preço do Hempflex vai variar de acordo com a condição tratada.
Como os óleos não tratam um problema específico, é possível encontrar também opções mais em conta, que podem melhor se adequar a sua condição tratada.
Atualmente há várias importadoras que fazem todo o trabalho, desde achar um médico à logística do produto até a sua casa, como a Cannect.
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https://cannalize.com.br/hempflex-o-que-e-para-que-serve-e-como-comprar/ Domperidona: O que é, indicações e efeitos colateraisSem dúvidas você já sentiu algum enjoo depois de comer ou beber algo, seja em um curto ou longo período e já procurou medicamentos para amenizá-los. Mas você já ouviu falar do Domperidona?
Esse medicamento, basicamente, é usado para tratar a má digestão, a náusea e os vômitos de adultos e crianças, por períodos inferiores a uma semana.
Ele pode ser encontrado em genérico, está disponível sob a forma de comprimidos ou suspensão oral e pode ser comprado em farmácias, conforme a apresentação da receita médica.
Apesar de ser um medicamento seguro e com baixo potencial de provocar de efeitos adversos, a domperidona pode estar associada a um risco aumentado de arritmias cardíacas graves, principalmente quando são usadas doses diárias acima de 30 mg ou quando o fármaco é utilizado em pacientes com mais de 60 anos.
Com isso, podemos concluir que esse medicamento deve ser usado de forma segura e com acompanhamento médico.
Ações e indicações
A domperidona é um medicamento com ação antidopaminérgica, pois ele age impedindo a ligação do neurotransmissor dopamina ao seus receptores D2.
Essa interferência entre a ligação da dopamina aos receptores D2 pode causar os seguintes efeitos:
- Aumento da peristalse do esôfago: Acelerando a passagem dos alimentos em direção ao estômago.
- Aumento da pressão do esfíncter inferior do esôfago: Diminuindo o risco de refluxo gastroesofágico.
- Aumento da motilidade gástrica e do duodeno: Acelerando o esvaziamento do estômago.
- Ação antiemética: Diminuindo as náuseas e vômitos.
- Aumento da secreção de prolactina: O hormônio responsável pela produção de leite.
- Bloqueia os efeitos adversos dos medicamentos à base de dopamina, como a levodopa (L-dopa) e bromocriptina
Leia também: 5 remédios que podem ser substituídos pela cannabis
Portanto, considerando os efeitos descritos acima, a domperidona costuma ser indicada nas seguintes situações clínicas:
- Tratamento das náuseas e vômitos;
- Refluxo gastroesofágico;
- Azia;
- Gastroparesia;
- Distensão abdominal;
- Excesso de gases;
- Dispepsia;
- Indução da lactação em mulheres com problemas para produzir leite;
- Controle dos sintomas adversos do tratamento da doença de Parkinson.
Mas existem efeitos colaterais?
Quando se trata de efeitos colaterais, os mais comuns que podem ocorrer durante o tratamento com domperidona são os seguintes:
- Diminuição do apetite sexual;
- Dor de cabeça;
- Sonolência;
- Inquietação;
- Diarreia;
- Erupção cutânea;
- Coceira;
- Aumento e sensibilidade das mamas;
- Ausência de menstruação;
- Dor nas mamas;
- Fraqueza muscular.
Contraindicações
A preocupação da maioria das pessoas diante de um medicamento são os seus efeitos colaterais, por isso é sempre bom saber quais são as contraindicações.
No caso da domperidona não deve ser consumido por pacientes com as seguintes características:
- História de alergia a qualquer um dos componentes da fórmula;
- Alterações no eletrocardiograma;
- Doenças cardíacas;
- Hemorragia gastrointestinal;
- Insuficiência hepática moderada a grave;
- Existência de prolactinoma;
Mesmo que seguros em animais, não existem estudos em humanos que atestem a segurança da domperidona durante a gravidez.
Contudo, o seu uso deve ser evitado em gestantes. Pelo mesmo motivo, o uso durante a amamentação também é desaconselhado.
Devido ao risco de arritmias cardíacas, este medicamento deve ser utilizado com cuidado por pessoas com mais de 60 anos.
Como tomar
Essa medicação deve ser tomada 15 a 30 minutos antes das refeições e, caso seja necessário, antes de dormir.
Para adultos e adolescentes com peso superior a 35 Kg, é recomendada a dose de 10 mg, 3 vezes ao dia, por via oral, não devendo passar da dose máxima de 40 mg.
Em bebês e crianças com menos de 12 anos ou com um peso inferior a 35 Kg, a dose recomendada é de 0,25 mL/kg de peso corporal, até 3 vezes por dia, por via oral.
Cannabis medicinal como substituto
Assim como o domperidona, a cannabis também possui uma ação antiemética, ou seja, substância que também ajuda a aliviar sintomas de náuseas e vômitos.
Além do mais, a cannabis produz efeitos colaterais bem menores que o medicamento. Há até quem não sinta nenhuma mudança.
Eles variam entre sonolência, alteração no apetite, boca seca e em alguns casos, até diarreia.
Outra curiosidade é que estas substâncias são muito bem aceitas pelo organismo. Por isso, é praticamente impossível ter uma overdose.
Diferenças da cannabis medicinal e o Domperidona
Por outro lado, a cannabis não é um tratamento sintomático como o domperidona, mas ajuda a reequilibrar a homeostase, ou seja, o regular de regular de várias funções do corpo.
A cannabis funciona através do Sistema Endocanabinoide, que funciona a nível celular, é responsável por estabelecer uma comunicação entre o cérebro e os processos do organismo, trazendo um equilíbrio aos níveis de substâncias do corpo.
Ele manda os endocanabinodes, substâncias produzidas pelo próprio organismo, para os receptores que funcionam como sinalizadores para as mudanças.
Isso mostra que a cannabis também trata outras condições, como fome, humor e até o sono.
Por isso, se as náuseas e os vômitos forem por alguma outra doença, como dores crônicas, Fibromialgia ou problemas no fígado, a cannabis pode tratar todas elas.
De forma bem mais natural, a planta não vai amenizar os sintomas, mas vai até a raiz do problema.
Conte com a gente
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https://cannalize.com.br/domperidona-o-que-e-acoes-e-indicacoes-efeitos/ Sibutramina: O que é, para que serve, benefícios e efeitosCom certeza você já ouviu falar sobre a obesidade e possíveis tratamentos a respeito. Mas você conhece a sibutramina? Sabe para que serve?
A sibutramina é um medicamento usado para tratar a obesidade, principalmente em casos extremos em que os pacientes já estão tendo prejuízos na saúde.
Na maioria é usado na forma de cápsulas e pode ser comprado nas farmácias convencionais em forma de genérico, mediante apresentação de receita médica.
O preço deste medicamento tem um valor que pode variar entre 25 e 60 reais, dependendo do nome comercial e da quantidade de cápsulas, por exemplo.
Mas afinal, para que serve sibutramina?
Esse medicamento é indicado para o tratamento de pessoas com obesidade, que estão fazendo acompanhamento com um nutricionista ou um endocrinologista, por exemplo.
A sibutramina age de forma eficaz, aumentando a sensação de saciedade, fazendo com que a pessoa ingira menos alimentos, e aumentando a termogênese, o que também contribui para diminuir o peso.
Como é que a sibutramina ajuda a emagrecer?
Basicamente, a sibutramina age inibindo a recaptação dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina, a nível cerebral, fazendo com que estas substâncias permaneçam em maior quantidade e tempo a estimular os neurônios.
Como foi dito, esse processo leva a uma sensação de saciedade e aumentando o metabolismo, o que leva à perda de peso.
No entanto, existem vários estudos que comprovam que ao interromper o uso da sibutramina, algumas pessoas voltam ao peso anterior com grande facilidade e algumas podem até engordar mais, ultrapassando o peso anterior.
Leia também: Estudo: cannabis não provoca obesidade e pode ajudar a perder peso
O aumento de concentração de neurotransmissores também exerce um efeito vasoconstritor causando o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, aumentando o risco de ocorrência de ataque cardíaco ou AVC.
Por esse motivo, antes de decidir tomar o medicamento, o ideal é estar consciente dos riscos que ele tem para a saúde e procurar por acompanhamento médico durante todo o tratamento.
Existem efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais mais comuns deste medicamento são:
- Boca seca;
- Obstipação intestinal;
- Dor de cabeça;
- Insônique (ocorre numa frequência de 10 a 20% dos casos);
- Aumento de pressão arterial e frequência dos batimentos cardíacos;
- Formigamentos;
- Dor em região lombar;
- Náusea;
- Aumento do suor;
- Modificação do paladar;
- Alterações da visão.
Em alguns casos houve um número maior de casos de infecção de ouvido, sinusite e resfriado comum entre pacientes usuários do medicamento em relação a usuários de placebo.
Contraindicações
Assim como diversos outros medicamentos, a sibutramina também é contraindicada em alguns casos.
Pessoas que sofrem de alguma doença no coração ou descontrole na pressão arterial. No caso delas, o melhor a se fazer é uma dieta balanceada e atividade física, ao invés do uso deste medicamento.
Pessoas que fumam também devem evitar o medicamento, uma vez que o tabagismo é um fator de risco para doenças cardiovasculares.
Como deve ser tomado?
Isso serve para aqueles que já foram autorizados pelos médicos a usarem o medicamento.
A dose inicial recomendada é de 1 cápsula de 10 mg por dia, consumida por via oral, pela manhã, com ou sem alimentos. Caso a pessoa não perca pelo menos 2 kg nas primeiras 4 semanas de tratamento, talvez seja necessário aumentar a dose para 15 mg.
Importante destacar, que o tratamento deve ser descontinuado em pessoas que não respondam à terapia de perda de peso após 4 semanas com dose diária de 15 mg.
A duração desse tratamento não deve exceder um período de 2 anos.
A cannabis ajuda a emagrecer?
Há também outras opçõesp ara quem quer perder peso. E não, não estamos falando sobreo indivíduo começar a fumar maconha.
A cannabis medicinal tem se destaca no Brasil e no mundo como uma ajuda natural e com poucos efeitos colaterais para uma série de condições médicas.
Apesar de parecer contraditório, já que a cannabis promove a famosa “larica”, a planta também possui propriedades regulatórias que ajudam a equilibrar várias moléculas do organismo. Inclusive aquelas que regulam a fome.
O canabidiol (CBD), por exemplo, pode influenciar o controle do apetite, ingestão e o balanço energético. Sabendo disso, é possível usar a substância ao nosso favor.
Um metabolismo mais acelerado pelo CBD, por exemplo, pode ajudar o corpo a queimar mais gorduras.
Mesmo o canabidiol ajudando a queimar as células de gordura de forma mais rápido, é importante lembrar que a cannabis não faz todo o trabalho sozinha.
É preciso fazer exercícios e ter uma dieta saudável. O máximo que a planta pode fazer por você é potencializar os efeitos.
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https://cannalize.com.br/sibutramina-o-que-e-para-que-serve-beneficios/ Nabiximol Spray: o que é, para que serve e como comprarPequenas borrifadas embaixo da língua podem ajudar pessoas até doenças neuromotoras graves.
Se você está lendo isso é porque sabe que a cannabis tem uma série de propriedades terapêuticas que podem ajudar a tratar várias doenças.
No entanto, como em qualquer outro remédio, há fórmulas específicas para cada condição. Isso ajuda a tratar com uma maior eficácia e precisão.
Como o Nabiximol, por exemplo. Um medicamento à base de cannabis indicado para o tratamento de esclerose múltipla.
Talvez você o conheça pelo nome Sativex, adotado pelo Reino Unido, ou então, como Mevatyl, adotado pelo Brasil. Mas todos são a mesma coisa.
Este foi o primeiro remédio legal feito à base de cannabis no mundo. Lançado no Canadá em 2005, foi produzido pela GW Pharmaceuticals e distribuído pela Bayer.
O nome Nabiximol foi adotado para referir-se a medicamentos à base de plantas com concentração de canabinoides, embora as pessoas se refiram apenas ao Sativex.
Composição
Ele é feito com proporções de CBD (canabidiol) e THC (tetraidrocanabinol) praticamente iguais. Para quem não sabe, os dois compostos extraídos da cannabis são chamados de canabinoides.
Os canabinoides funcionam a nível celular e são a “fórmula mágica” das propriedades terapêuticas da planta.
Apesar do canabidiol ser mais usado em medicamentos e o THC possuir os efeitos alucinógenos da planta, os dois juntos formam uma combinação mais potente e ideal para tratar a esclerose múltipla.
Diferente de remédios convencionais, que contém uma série de efeitos colaterais, as reações adversas do medicamento se resumem a sonolência, fadiga e náuseas.
Como funciona
O nosso corpo também produz canabinoides, eles ajudam a regular a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções, como o sono, a fome, o humor, sistema nervoso e sistema imunológico.
Eles trabalham através de um sistema chamado Sistema Endocanabinoide, que possui receptores por todo o organismo.
Estes receptores sinalizam quando algo não vai bem, é aí que entra a ação dos canabinoides. É por isso que a cannabis ajuda a tratar tantas doenças.
O Nabixmol atua em alguns sintomas da Esclerose Múltipla, ajudando a relaxar os músculos contraídos, e na função motora.
Isso porque o remédio age diretamente em um receptor chamado CB2, que influencia o Sistema Nervoso.
Os seus efeitos anti-inflamatórios também podem ser um supressor imunológico.
Isso porque quando o receptor é ativado, ele gera um efeito estabilizador nos canais que influenciam as respostas inflamatórias.
É importante lembrar que o remédio não cura, mas ajuda a tratar os sintomas.
Para que serve Nabiximol
Doenças neuromotoras não tem cura. Por isso, o que resta é o tratamento dos sintomas para garantir uma qualidade de vida.
Um estudo publicado em 2018 na revista The Lancet Neurology mostrou que o remédio pode ser de grande ajuda para doenças neuromotoras.
A pesquisa, realizada na Itália, testou o spray e também placebos em 60 voluntários, e mostrou que o remédio pode ser de grande ajuda até mesmo para organismos que são resistentes a remédios convencionais para dor e espasticidade.
Uma boa solução para pessoas que possuem doenças neuromotoras mais agressivas, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), que acometeu o britânico Stephen Hawking, por exemplo.
Como comprar
Assim como o remédio foi o primeiro medicamento à base de cannabis legal no Reino Unido, ele também foi o primeiro e único aprovado aqui no Brasil.
Depois da resolução 327/19 entrar em vigor em março de 2020, produtos à base da planta também foram permitidos, como o Canabidiol Prati-Donaduzzi nas farmácias.
No entanto, o Mevatyl é o único considerado um remédio. Ele deve ser importado em um processo um pouco complicado, que envolve uma autorização especial da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) e uma série de requisitos.
Entenda mais sobre o processo de importação aqui.
Quanto custa o Nabiximol?
O Naximbol Spray, mais conhecido como Mevatyl, não é tão simples de se achar. Com novos produtos mais baratos no mercado, o medicamento está presente em pouquíssimas farmácias, mas que também pedem a retenção da receita.
Já o valor, varia de três a quatro mil reais, dependendo da drogaria. O ICMS ainda pode variar de acordo com o estado que será enviado.
Outros tipos de uso
Além da esclerose, médicos têm indicado o Nabiximol também para o tratamento complementar de câncer, dores crônicas, náuseas e até para tratar dependência química.
Um estudo mostrou que a concentração controlada do THC poderia servir de “substituto”, à vontade de consumir a maconha, por exemplo.
Para se ter uma ideia, o cigarro da planta tem 10 a 15 mg de THC. Já a concentração do Nabiximol não passa de 2,7 miligramas.
Os mais de 60 voluntários da pesquisa que não receberam o placebo, tiveram uma diminuição significativa em relação a dependência.
Embora o estudo precise de mais pesquisa, a resposta foi esperançosa. Mas isso é tema para outro artigo.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/nabiximol-spray-o-que-e-para-que-serve-e-como-comprar/ Menopausa: Cannabis pode ajudar a amenizar os sintomasCada vez mais mulheres têm usado a cannabis medicinal para aliviar os sintomas da menopausa. Mas como exatamente isso funciona?
Depois dos 40 anos as mulheres precisam passar por mais uma etapa de mudanças no corpo: a menopausa. Aqui os hormônios estão a mil. Mudanças de humor, cansaço, suor excessivo, tudo pode acontecer nesta fase.
Essa é uma etapa da vida da mulher onde alguns hormônios femininos, como progesterona e estrogênio param de ser produzidos pelos ovários, o que também leva ao fim natural da menstruação.
Além da longa lista de sintomas, a somatização de várias sensações pode provocar ansiedade ou depressão.
Infelizmente não é uma etapa que se pode pular, toda mulher vai passar querendo ou não. Contudo, compostos da cannabis, como o CBD (canabidiol) pode ser uma forte aliada na diminuição dos sintomas.
Reposição hormonal
Esse período também afeta várias partes da vida da mulher, que podem comprometer até a sua relação com o parceiro.
Por causa da queda drástica dos níveis de estrogênio, por exemplo, até o sexo pode ser doloroso. Entre as suas muitas funções, o hormônio é responsável por manter as paredes vaginais lubrificas e elásticas. Motivo pelo qual gera até a ardência na menopausa.
Dessa forma, a terapia de reposição hormonal é uma alternativa para aliviar sintomas como estes, além de ajudar a aliviar ondas de calor e mudanlas de humor.
A reposição hormonal também vai ajudar a dminnuir o risco de câncer no endométrio e na mama, além de derrame e infarto.
Mais mulheres estão usando a cannabis
A cannabis na ginecologia é cada vez mais popular. Segundo um estudo feito nos Estados Unidos, o número de mulheres utilizando ou que pretendem usar a cannabis para amenizar os efeitos da menopausa aumentou bastante.
A pesquisa feita ao norte da Califórnia, contou com 232 mulheres com uma idade média de 55 anos. 27% delas relataram estar usando o método alternativo e 10% mostraram interesse na cannabis.
As que mais usaram os compostos da cannabis, como o CBD, foram aquelas que tinham ondas de calor e suor noturno, causado pela mudança dos hormônios.
A pesquisa foi apresentada na Reunião Anual Virtual da NAMS (Sociedade Norte-Americana de Menopausa) e trouxe um novo olhar sobre novos métodos para o tratamento da condição.
Como a cannabis funciona na menopausa
As mudanças por todo o organismo também podem ser um sinal de que o Sistema Endocanabinoide está desregulado.
É ele quem ajuda a manter o equilíbrio de várias funções do corpo, como fome, sono, humor, imunidade, dor, memória e até a temperatura corporal.
Ele funciona através de receptores, que sinalizam quando algo não está bem. Então, os canabinoides são enviados para estabilizar as funções.
Se alguém está com febre, por exemplo, é o sistema endocanabinoide que ajuda a regular a temperatura do corpo.
A cannabis também possui canabinoides, que dentro do nosso organismo, eles podem interagir com os receptores de maneira bem similar aos nossos, como um complemento. Por isso, substâncias como o CBD ajudam a melhorar o humor na menopausa.
Leia também: O CBD demora quanto tempo para fazer efeito?
Um dos canabinodes da planta mais conhecidos é o canabidiol. Ele não causa os efeitos alucinógenos da cannabis e pode ser usado em doses altas.
Os seus efeitos colaterais também são bem menores que os medicamentos usados para tratar condições causadas pela menopausa.
No entanto, não é só o CBD que ajuda. Outros canabinoides, como o THC (tetra-tetraidrocanabinol), conhecido por dar o “barato” da cannabis, também podem ser úteis, tanto interagir com os receptores, quanto para um efeito sinérgico junto ao canabidiol.
Efeitos positivos da cannabis na menopausa:
Hormônios: Os canabinoides presentes na planta podem agir no nosso cérebro. Eles auxiliam na regularização da mensagem enviada para as glândulas que produzem os hormônios.
Recentemente, estudos também observaram que a cannabis influência no hipocampo, uma parte que também desempenha um grande papel no controle dos hormônios. Além de promover um fluxo sanguíneo maior no cérebro.
Milhares de mulheres já perceberam os benefícios, tanto, que atualmente, alguns produtos à base de cannabis medicinal são feitos pensando na saúde feminina.
Ansiedade: Muita gente já está usando a cannabis para tratar a ansiedade, até aqui no Brasil.
Estudos clínicos e também em animais sobre a eficácia do canabidiol para o tratamento da ansiedade são feitos em vários países, inclusive o Brasil.
Um exemplo é um estudo realizado aqui em 2012 onde mostrou que o canabidiol tem propriedades ansiolíticas.
Outra pesquisa clínica feita em 2004 mostrou o efeito ansiolítico do CBD altera algumas atividades na região do cérebro que controla processos emocionais, no sistema límbico e paralímbico.
Depressão: diversos estudos já mostraram que a cannabis medicinal pode ser um forte aliado para o tratamento da condição.
Sem contar que a cannabis pode ter efeitos mais imediatos que remédios comuns justamente porque ele não trata apenas os sintomas, mas ajudar a reequilibrar o sistema endocanabinoide.
Distúrbios do sono: Uma vez que o sistema endocanabinoide também regula o sono, a cannabis também pode ajudar.
Os canabinoides elevam a biodisponibilidade de um neurotransmissor chamado, serotonina, que regula alguns processos do corpo, sendo o sono um deles.
Os canabinoides influenciam também em vários outros neurotransmissores, como a anandamida, dopamina, endorfina entre muitos mais que controlam a fome, o sono, humor, memória e por aí vai.
Outra vantagem da cannabis medicinal é que ao invés de usar vários remédios, a cannabis pode ser a solução para todos estes sintomas.
Quais são os efeitos colaterais do canabidiol?
Tanto o CBD quanto o THC também possuem efeitos colaterais. Contudo, são bem leves. Óleos feitos com canabidiol por exemplo, podem causar, na maioria das vezes, em sonolência e alteração do apetite.
Já os produtos com THC podem trazer um pouco mais de efeitos, como tontura, boca seca, ansiedade e insônia.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
O preço dos produtos de cannabis, como o óleo de canabidiol, variam de acordo com o produto recomendado pelo médico.
Converse com o seu ginecologista ou, se precisar de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/menopausa-sintomas-cannabis-canabidiol/ Rivotril X Cannabis: é possível substituir? Efeitos e ComparativosA cannabis já se mostrou eficaz para o tratamento de várias condições. Por isso, ela tem a capacidade de substituir remédios controlados como o Rivotril?
Mais conhecido como Rivotril, o clonazepam é um medicamento que pode ser utilizado para tratar várias condições, como transtornos psicológicos, espasmos e até crises epilépticas.
Isso porque ele tem uma ação de anticonvulsivante e relaxante muscular.
Propriedades que podem ser encontradas em fitofármacos à base de cannabis também. Então qual a diferença? Primeiro vamos entender os dois.
Rivotril
O Rivotril é usado para tratar ansiedade, transtornos de humor, síndrome do pânico, outras síndromes psicóticas, além de outras condições.
De uso contínuo, é um dos remédios mais consumidos no Brasil e já foi o segundo medicamento mais comprado por alguns anos consecutivos.
Uma curiosidade é que o Rivotril é o nome de uma marca, o seu nome fármaco é clonazepam.
Segundo o Sistema Nacional de Produtos controlados da Anvisa, em 2015 a marca chegou a um número de 37,9 milhões em vendas.
O mais assombroso é que o remédio só pode ser comercializado com receita médica, por isso, há uma parcela de responsabilidade por parte dos profissionais da saúde.
Rivotril efeitos colaterais do Rivotril
O Rivotril carrega uma série de efeitos colaterais, que podem ser até perigosos. Eles podem atingir até 5% dos pacientes. Tais como:
- Sonolência e lentificação;
- Cansaço;
- Diminuição da capacidade motora;
- Dor de cabeça;
- Infecção das vias aéreas superiores;
- Gripe ou tosse;
- Vertigem ou otite;
- Irritabilidade;
- Insônia ou distúrbios do sono;
- Perda de equilíbrio;
- Náuseas;
- Incoordenação dos movimentos;
- Sensação de cabeça leve;
- Sinusite, Bronquite ou Rinite;
- Problemas de concentração;
- Reações alérgicas;
- Puberdade precoce quando administrado para crianças;
- Amnésia;
- Alucinações;
- Histeria;
- Alterações da libido;
- Insônia;
- Psicose;
- Despersonalização;
- Disforia;
- Instabilidade emocional;
- Desinibição orgânica;
- Inquietação;
- Confusão desorientação.
- Agressividade;
- Agitação e nervosismo;
- Ansiedade,
- Hipotonia, dor ou fraqueza muscular;
- Tontura;
- Ataxia são frequentes e geralmente transitórias;
- Dificuldade para articular a fala;
- Movimento anormal dos olhos;
- Pode haver aumento das crises convulsivas em alguns casos de epilepsia.
- Perda da voz;
- Movimentos descoordenados de braços e pernas;
- Tremor e perda de força de um lado do corpo;
- Falta de energia;
- Formigamento;
- Alteração da sensibilidade nas extremidades;
- Visão dupla;
- Palpitações;
- Dor torácica;
- Insuficiência cardíaca, incluindo parada cardíaca.
- Congestão pulmonar e nasal;
- Hipersecreção;
- Falta de ar;
- Aumento da produção de saliva;
- Secreção brônquica em lactentes e crianças;
- Perda ou aumento do apetite;
- Língua saburrosa;
- Constipação ou diarreia;
- Boca seca;
- Incontinência fecal;
- Gastrite ou inflamação gastrointestinal;
- Aumento do fígado;
- Gengivas doloridas ou dor de dente;
- Dor abdominal;
- Urticária, coceira e erupção cutânea;
- Perda de cabelo ou crescimento anormal de pelos;
- Inchaço na face e tornozelo;
- Dor nas costas ou na nuca;
- Deslocamentos e tensões;
- Dificuldade para urinar, retenção urinária ou até infecção;
- Cólicas menstruais e diminuição de interesse sexual;
- Fadiga frequente;
- Embora raro, também pode acontecer a diminuição do número de plaquetas, glóbulos brancos e até anemia;
- Ganho ou perda de peso;
- Infecção viral.
Apesar de ser usado em adultos e crianças, o Rivotril pode causar dependência física e até psicológica. E os sintomas de abstinência não são bons.
Fora as contra indicações. Pessoas com um histórico de alergias a remédios anticonvulsivantes, ansiolíticos ou qualquer remédio que cause inibição no sistema nervoso, devem passar longe.
Ele também deve ser evitado por pessoas com doenças graves de pulmão, fígado, que tenha intolerância a galactose ou deficiência de lactase e até por pacientes com glaucoma agudo.
O Rivotril também não pode ser usado por pessoas com sinais de depressão ou com pensamentos suicidas. O Álcool ou drogas também podem comprometer a eficácia do remédio.
Benefícios da cannabis para crises convulsivas
Desde 2015, quando a cannabis terapêutica foi aprovada no país, muita gente começou a aderir ao tratamento alternativo, e o número só cresce.
Segundo a Coordenação de Controle e Comércio Internacional de Produtos Controlados (Cocic), foram mais de 5.100 solicitações de importação só até o mês de junho, 4.314 a mais que o ano todo de 2015, quando as importações começaram a acontecer.
Sobretudo para o tratamento da Epilepsia Refratária, conhecida por ser resistente a medicamentos.
Isso porque a cannabis tem o que chamamos de canabinoides. Estas pequenas substâncias também são produzidas pelo nosso organismo e são elas que ajudam a restaurar muitas funções do corpo.
Quando administramos a cannabis, os canabinoides da planta podem agir como os nossos. Por isso, eles podem ir para o Sistema Nervoso Central (SNC) modulando as funções neurológicas.
Leia também: O preconceito faz com que as pessoas prefiram dar Rivotril ao filho do que canabidiol
Um canabinoide produzido pela cannabis sativa, chamado canabidiol (CBD), por exemplo, é capaz de controlar as descargas dos neurotransmissores, o que consequentemente pode reduzir tanto a intensidade das crises como a frequências delas.
Efeitos colaterais
Há casos de pacientes que relatam uma melhora já nas primeiras semanas, com uma redução cada vez menor de convulsões.
Outra vantagem é que os remédios à base de cannabis têm menos efeitos colaterais, há até quem não sinta nenhuma mudança.
Contudo, eles variam entre náuseas, diarreia, sonolência e até vômitos. Uma lista bem menor que o Rivotril, não?
Remédios à base de cannabis também não geram dependência. Eles são feitos com uma medida certa de canabinoides que não é a mesma da maconha.
Outra curiosidade é que estas substâncias são muito bem aceitas pelo organismo. Por isso, é praticamente impossível ter uma overdose.
A cannabis pode substituir o Rivotril?
Se a cannabis é um tratamento mais vantajoso, então será que ela pode substituir o clonazepam?
Conversamos com a neurologista Denise Lutf Pedra da Sociedade Brasileira de Estudos da Cannabis (Sbec), que nos ajudou a entender um pouquinho mais sobre o assunto.
A primeira coisa que ela alerta é que a cannabis não é um tratamento sintomático como o Rivotril. Isso quer dizer que ele não tenta amenizar os sintomas.
“Quando usamos remédios, principalmente para dores crônicas, o que estamos fazendo é um controle de sintomas e não tratando especificamente a doença em si.”
Mas então qual o papel da cannabis?
Segundo a médica, o seu trabalho é reequilibrar o Sistema Endocanabinoide, que está prejudicando algumas funções do organismo.
Este sistema é encontrado em várias partes do corpo e ajuda a equilibrar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções. É ele envia os canabinoides através do organismo, que ajudam a regular a fome, o humor, a sistema imunológico, e muito mais.
Leia também: Fluoxetina X cannabis: é possível substituir?
Os canabinoides da cannabis exercem uma função bem parecida com os nossos, funcionam como uma espécie de reforço que direto ao ponto, na raiz do problema.
O processo de substituição é lento
Produtos de cannabis devem ser usados junto com o remédio. Portanto, pode-se tomar canabidiol junto com Rivotril.
A neurologista ainda acrescenta que não se trata de trocar um medicamento pelo outro, mas passar por um longo processo de adaptação.
O fitofármaco não tem uma dose específica. Por isso, provavelmente, o médico vai indicar uma dose bem baixa.
Caso não faça muita diferença, ele vai ir aumentando até alcançar uma resposta terapêutica aceitável.
Depois que a cannabis começar a trazer resultados, o Rivotril será retirado aos poucos.
“Quando falamos da Cannabis, estamos falando de uma substância que tem baixíssimo índice de efeito colateral, não são efeitos colaterais graves como estas outras drogas, principalmente as controladas. Uma substância, que independente de tratar um sintoma, está fazendo um reequilíbrio neste organismo, onde você vai tratar várias coisas, como transtornos de ansiedade, dor e etc.”
O uso de antidepressivos também pode ser feito junto à cannabis.
IMPORTANTE: todo este processo, desde a escolha do tratamento alternativo até a retirada do Rivotril, deve ser acompanhada por um médico.
Posso utilizar Rivotril com cannabis/maconha?
Agora, falando sobre o uso adulto, a mistura do Tetrahidrocanabinol (THC) junto ao remédio pode não ser bom. O componente é o responsável pelas reações psicotrópicas da cannabis.
Os canabinoides, (mesmo o canabidiol), inibem a atividade das enzimas CYP, que pode resultar na diminuição dos efeitos de alguns remédios. Entre eles, o Rivotril.
Isso pode resultar na não metabolização do Rivotril, o que pode causar o aumento da dosagem do medicamento. Segundo o médico-cirurgião Rafael Pessoa, as consequências podem ser refeitos colaterais do Rivotril ainda maiores e até a intoxicação.
A maconha faz mais mal que o Rivotril?
Não vamos mentir, a maconha pode trazer problemas para a saúde das pessoas. No cérebro, a maconha afeta o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção do tempo, por um curto período em que o indivíduo está fumando, além da memória.
Porém, cabe ao paciente comparar o que é pior: os efeitos colaterais do Rivotril ou da maconha. (Mas como dito acima, usados separadamente, claro).
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além disso, pode te auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/rivotril-x-cannabis-e-possivel-substituir-efeitos-e-comparativos/ O CBD demora quanto tempo para fazer efeito?O canabidiol é um extrato da cannabis que pode ser uma ótima solução para o tratamento de diversas condições. Mas você sabe quanto tempo o CBD leva para fazer efeito?
Se você perguntar para uma pessoa que usa óleo de canabidiol(CBD) quais os benefícios da cannabis, com certeza ela vai citar a rapidez dos efeitos.
Melhoras que a curto prazo, podem aparecer em questão de minutos e a longo prazo, podem ser vistas no dia seguinte, em alguns dias ou em alguns meses, mas sempre de maneira rápida. Principalmente quando comparado aos tratamentos convencionais.
Os efeitos positivos do canabinoides pode depender de uma série de fatores, como a concentração, a dose, a frequência e a forma em que o canabidiol é ingerido. Existem vários métodos de administração de CBD que vão desde comida, inalação e uso tópico.
No entanto, é preciso lembrar que cada organismo é único, então assim como vitaminas, alimentos e remédios, a administração da cannabis vai ocorrer de forma diferente para cada um.
Sistema Endocanabinoide
É importante ressaltar que o efeito do canabidiol no corpo se dá através do Sistema Endocanabinoide, presente em várias partes do organismo, como sistema nervoso e sistema imunológico.
Através de receptores, as células chamadas canabinoides ajudam a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções. A cannabis também possui canabinoides, que podem servir de reforço aos nossos.
O CBD possui vários efeitos positivos, como efeitos relaxantes, ansiolíticos anticonvulsiovos e neuroprotetores, por isso ela serve de ajuda para várias condições.
Leia mais: Por quanto tempo o CBD permanece no organismo?
Já os efeitos negativos, são os efeitos colaterais, que podem acontecer como em qualquer outro remédio. Mas não são muitos, se resumem em sonolência, alteração no apetite e até diarreia.
Absorção sublingual
Este método é o mais conhecido e o segundo mais rápido. Ele consiste em colocar o número de gotas prescritas pelos médicos embaixo da língua e deixá-las ali entre 60 a 90 segundos.
Assim, ele é absorvido pela membrana mucosa da boca, aquela parte mais mole que fica sobre a língua.
Você deve estar se perguntando o porquê não se deve engolir. A resposta é simples, o sistema digestivo e de metabolização do fígado podem acabar com muitos dos compostos ativos.
Ele demora até 30 minutos para fazer efeito.
O medicamento de CBD é feito com uma concentração certa, se o corpo não absorve, pode não resultar no efeito esperado.
Ingestão
Mas ao contrário do que se pensa, os produtos de canabidiol podem sim ser ingeridos.
Embora os efeitos apareçam de forma mais lenta, o óleo de CBD pode ser incluído em alimentos ou simplesmente engolindo diretamente as gotas.
Aqui, o processo de absorção do organismo vai ser mais demorado, de 30 minutos a uma hora, mais ou menos.
Embora possa ser ingerido com o estômago vazio, o mais recomendável é que a barriga esteja cheia, para que as enzimas não reduzam demais a potência do CBD durante a digestão.
A lista de comestíveis que envolvem CBD pode ser interminável, pois o canabidiol vai na salada, como azeite, na manteiga, chocolate e até em balas de goma.
Fizemos um artigo apenas sobre comestíveis para você explorar.
Há também a ingestão por cápsulas, como fazemos com vitaminas ou alguns medicamentos, onde passa direto pelo sistema digestivo até o fígado, quando é metabolizado.
Essa é uma boa solução para que a potência do CBD não seja muito comprometida.
Leia também: Principais dúvidas na hora de tomar CBD
Inalação
A maneira mais rápida de obter os efeitos do canabidiol é inalando. Seja através do fumo ou da vaporização, ele entra diretamente nas correntes sanguíneas, através dos pulmões.
Isso provoca uma resposta imediata no organismo, que pode gerar efeitos nos minutos seguintes ou até meia hora depois.
A parte ruim é que o método inalado também pode causar irritação no sistema respiratório. Tudo vai depender do organismo de cada um.
Também é a forma mais aceita pelo corpo. Cerca de quatro vezes mais absorvido que os demais métodos.
A chamada biodisponibilidade permite alcançar os efeitos esperados do canabidiol com uma quantidade muito menor da substância.
No entanto, este também é o método mais problemático. Por causa do Tetrahidrocanabinol (THC), o componente da cannabis que gera efeitos alucinógenos, vaporizar ou fumar CBD no Brasil ainda é um tabu.
Tópico
Os cremes, loções e pomadas de CBD não são novidades. O que talvez você não saiba, é que eles também podem ser úteis da mesma forma dos outros métodos para tratar alguma condição.
Embora os efeitos demorem mais para acontecer, eles também são mais duradouros.
Outro lado bom é que você pode aplicá-lo diretamente onde está a dor ou o problema. Eles são absorvidos pelas células que ficam próximas da pele muito antes de serem absorvidas pela corrente sanguínea.
Mas em todos os casos, os efeitos mais significativos, principalmente quando falamos de condições da mente, demoram algum dia para fazer efeito.
Como saber que o CBD está fazendo efeito?
Aqui é a parte mais fácil, embora os primeiros usos sejam sutis . Você pode se sentir mais relaxado, mais calmo e o fim das dores em questão de minutos, dependendo do método.
Se for para tratar convulsões, as crises podem ir diminuindo em questão de dias ou meses.
É importante lembrar também que a introdução da cannabis medicinal é feita de maneira gradual, devidamente orientada por um médico.
Se por acaso você não sentir efeito nenhum, isso pode ser um sinal para aumentar a dosagem. Se ainda persistir, talvez o canabinoide precisa ser mudado também, tudo vai depender da reação do corpo.
Contudo, lembre-se de consultar um médico antes de comprar ou utilizar alguma solução de CBD ou outro canabinoide. Isso vale para dosagens e o método de administração.
Ah, e não se preocupe! O Canabidiol não é psicoativo, então não terá um efeito rebote.
Quanto tempo demora o tratamento com canabidiol?
O tempo do tratamento com CBD pode variar de acordo com a condição tratada. Em patologias crônicas, por exemplo, o uso contínuo pode ser indeterminado.
Em problemas pontuais, como inflamações e dores, o tempo também vai variar de acordo com a resposta do organismo de cada um.
Assim como em vários tratamentos, a resposta deve ser avaliada por quatro semanas. Caso não haja uma melhora significativa, é importante voltar ao médico.
Leia também: Quanto custa o tratamento com cannabis medicinal?
As receitas de cannabis são de produtos controlados, por isso, só duram 30 dias. Então lembre-se de renová-las sempre que for comprar novamente.
É importante lembrar também também que para os remédios vendidos nas farmácias, é necessário ter uma receita azul ou amarela.
O tempo de duração de um frasco de canabdiol vai variar de acordo com a dosagem indicada pelo médico e o a quantidade de ml do frasco. Mas não se preocupe, o profissional irá calcular quantos produtos serão necessários para o seu tratamento.
Qual o melhor horário para tomar CBD?
Isso vai depender da condição tratada. Se estiver tomando o CBD para insônia, por exemplo, é importante utilizar antes de dormir.
Contudo, converse com o médico ou dentista, que irá te esclarecer quais os horários que você deverá utilizar os produtos da planta .
Mas é importante que os produtos de canabidiol sejam administrados sempre após comer.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/o-cbd-demora-quanto-tempo-para-fazer-efeito/ CBD (Canabidiol): O que é, Efeitos, Benefícios e Consumo – Guia CompletoA Cannabis é uma planta que possui cerca de 500 compostos químicos, dos quais, pelo menos, 140 são canabinoides como o canabidiol. Mas por que se fala tanto no CBD?
Além do uso em cosméticos e em suplementos alimentares, o CBD (Canabidiol) ficou muito conhecido por auxiliar no tratamento de epilepsia, Parkinson, Dores Crônicas e outras doenças, agindo de forma terapêutica.
Durante o artigo, iremos entender para que serve o canabidiol, os efeitos causados pelo ativo, como e onde comprar o componente e possíveis benefícios medicinais.
O que é CBD (canabidiol)?
A planta cannabis divide-se em cannabis sativa, cannabis ruderalis e cannabis indica. Estas plantas contêm vários tipos de compostos químicos, como o componente, que é categorizado no grupo dos chamados canabinoides.
A molécula é um dos canabinoides mais conhecidos encontrado na cannabis. Ele chega a representar mais de 40% dos extratos da planta. Ele está mais presente na cannabis sativa, mais especificamente na subespécie chamada cânhamo.
Mas qual é a brisa da substância? Diferente do principal canabinoide psicoativo da maconha responsável pelo “barato”, o tetraidrocanabinol (THC), o canabidiol não produz euforia, mas é capaz de suavizar os efeitos alucinógenos do THC e manter a função terapêutica e medicinal.
Dessa forma, o CBD é uma substância que pode gerar efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e muito mais. Por isso, têm ganhado um espaço bem significativo na mídia, debates, consultórios médicos e laboratórios.
Ele pode ser encontrado junto com outros canaboniodes e substâncias da planta, ou também sozinho.
Todos os tipos de canabidiol
Um extrato de CBD pode ser isolado, com outros canabinoides e até com outros componentes da planta. Um exemplo é o full-spectrum.
Full-Spectrum
Também conhecido como extrato da planta inteira, ele pode ser extraído da planta cannabis de forma natural, através da prensa quente, prensa fria, máquina de CO2, álcool cereal ou até através do butano.
Contudo, ele também contém tudo que há na planta, como terpenos e flavonoides e ácidos, tudo o que tem valor terapêutico próprio e ajuda a criar o que conhecemos como efeito entourage.
Quando extraído de forma natural, o canabidiol ainda mantém traços de THC, que pode variar dependendo da plantação e termos legais de cada região.
Um fator que não muda é que é impossível isolar de forma natural o CBD do THC. Mas é exatamente esse fator que proporciona ações conjuntas, que por muitas vezes, os tornam mais eficazes que separados.
CBD Broad Spectrum
O broad-spectrum é praticamente igual ao Full-spectrum, a única diferença é que o THC é removido.
Normalmente os extratos de broad-spectrum são fabricados de maneira semelhante ao full-spectrum, mas com uma etapa adicional. Existem alguns processos diferentes que são usados para produzir o broad-spectrum.
Um deles é começar com o isolado e depois ir adicionando outros canabinoides benéficos (menos o THC), terpenos e flavonoides.
Outro jeito de produzi-lo é através de um processo exclusivo que de remove o THC do full-spectrum. Ao Remover quantidades do canabinoide (como os 0.3% permitidos), restará um produto que pode ser usado sem medo por qualquer pessoa sem ter efeitos intoxicantes em seu sistema.
Canabidiol Isolado
O CBD isolado é 99% puro. Durante o seu processo de extração, tudo que é encontrado na planta cannabis deve ser removido incluindo quaisquer vestígios de THC, terpenos, ceras, óleos, clorofila e todos os outros. O que deve sobrar é o composto puro e nada mais.
No entanto, esse processo só é possível em laboratório.
Um famoso estudo publicado na Frontiers avaliou o tratamento em pacientes que utilizam o full spectrum e o isolado .
Para os pacientes que utilizaram o óleo de Cannabis puro (full spectrum), a dose relatada para lidar com o tratamento é 4 vezes menor ao puro.
Ou seja, o extrato da planta inteira tem o mesmo efeito do CBD puro, mas requer doses muito menores para exercer estes efeitos, o que acaba também diminuindo os possíveis efeitos colaterais.
Canabinoide Sintético
Os canabinoides sintéticos são produtos químicos feitos pelo homem, que são borrifados em matéria vegetal seca e picada, para em seguida serem, fumadas ou vendidas como líquidos.
O composto sintetizado é um desafio para os pesquisadores e entusiastas. Até o momento, todos os testes feitos com o canabidiol artificial manipulado em laboratório passou longe de atingir os mesmos resultados do CBD full spectrum num mesmo intervalo de tempo.
Também conhecidos como incenso de ervas ou líquido, esses produtos químicos são chamados de canabinoides porque são semelhantes aos produtos encontrados na planta.
Há até um medicamento feito com canabinoide sintético no mercado, o Dronabinol. Também conhecido como Marinol, trata-se de uma versão sintética do tetraidrocanabinol feito em laboratório para substituir o canabinoide natural encontrado na planta cannabis.
Para que serve?
O componente, seja da forma mais tradicional em gotas ou não, pode auxiliar e muito no tratamento de diversas doenças. Ele age de forma sincrônica com receptores do nosso organismos e dessa forma, pode agir no combate a dor e inflamações, nos problemas de saúde mental e neurológicos.
Também podemos associar o uso do canabidiol na função de contrapor alguns efeitos do THC. O composto, quando extraído de forma natural, contém traços de THC, e isso é extremamente importante para o uso do medicamento, já que a combinação desses canabinoides potencializam seus próprios efeitos terapêuticos.
Por isso, têm função complementar e potencializadora quando age juntamente com outros ativos da Cannabis.
Quais são os efeitos no corpo humano?
O CBD é um canabinoide da planta Cannabis que se parece muito com endocanabinoides produzidos pelo corpo naturalmente. E é exatamente nesse sistema interno que os canabinoides interagem com o organismo.
Existem algumas considerações sobre o fato de algumas doenças e sintomas ruins afetarem o Sistema Endocanabinoide.
Dessa forma, quando canabinoides interagem com receptores do nosso corpo, produzem efeitos capazes de suavizar dores e gerar sensações de auxílio no tratamento de doenças.
O THC é uma das substâncias que possuem afinidade com os receptores CB1 e CB2 e os ativa. Por exemplo, o efeito de “barato” acontece por causa da ativação do CB1 pelo THC.
Já o Canabidiol possui pouca afinidade com os receptores canabinoides do cérebro, mas é um antagonista deles.
Isso quer dizer que, quando ele se liga aos receptores, ocupa o espaço sem ativá-los, reduzindo efeitos do THC e podendo agir de forma terapêutica contra dores, distúrbios mentais e inflamações.
Qual a sua interação com o Sistema Endocanabinoide?
A molécula interage com o corpo através do Sistema Endocanabinoide,um sistema sinalizador que é responsável por regular uma variedade de funções.
O sistema endocanabinoide é constituído por dois receptores canabinoides: tipo 1 (CB1) e tipo 2 (CB2).
O sistema conta com alguns receptores espalhados por todo o organismo e que está envolvido em alguns processos fisiológicos, como o controle de:
- Dores;
- Apetite;
- Humor;
- Memória;
- Resposta imunológica;
- Sono.
A composição química do canabinoide é semelhante ao endocanabinoide produzido naturalmente em nosso corpo.
É através do nosso sistema que recebemos os efeitos das substâncias, tanto os terapêuticos, quanto os psicoativos.
Portanto, é através dos canabinoides endógenos que estão relacionados com ações anti-inflamatória e inibitória das convulsões epiléticas. São eles:
- anandamida (N-araquidonoitenolamina)
- 2-araquidonoiglicerol.
Estes endocanabinoides ligam-se e ativam os receptores CB1 e CB2. Eles funcionam com uma defesa natural do organismo, regulando nosso organismo e sendo produzidos pelo próprio organismo de forma natural.
Receptores Canabinoides
Os receptores canabinoides CB1 são interligados junto à proteína G, uma das mais abundantes no cérebro.
Estes receptores estão acoplados nas pré-sinapses do sistema nervoso central e periférico. São responsáveis por sensações de bem-estar, memória, concentração, percepção sensorial e temporal e pela coordenação de movimentos.
Os recetores canabinoides CB2 estão nas células imunitárias e nos tecidos periféricos.
Os CB2 estão relacionados com ações anti-inflamatória e imunossupressora e são responsáveis por direcionar a libertação de vários neurotransmissores.
Os canabinoides produzidos internamente e o canabinoides dos quais podemos fazer uso são capazes de se ligarem aos receptores do nosso corpo.
Quando os ativos se ligam aos receptores, esses canabinoides são capazes de produzir uma vasta gama de efeitos fisiológicos, podendo afetar desde pressão do sangue até resposta à dor, memória e apetite.
CBD x THC: quais são as diferenças?
- O canabidiol não é psicoativo
Por ter uma afinidade baixa com nossos receptores CB1 e CB2, o componente não apresenta comportamento psicoativo.
Ele não provoca efeitos alucinógenos e ainda carrega potencial em reduzir o efeito psicoativo do THC. Além disso, o compsto não vicia.
- O THC é psicoativo
O THC é o canabinoide mais conhecido quando se pensa em consumo recreativo de maconha. Ele é responsável pelo efeito alucinógeno causado ao consumir a maconha.
Este efeito acontece quando associamos o uso da maconha ativando através do THC os receptores CB1 do nosso corpo..
- O CBD é encontrado de forma abundante na planta de Cânhamo
A composição do cânhamo têm como canabinoide predominante o composto, tornando-se fonte ideal do canabidiol.
Por definição, a concentração de THC no cânhamo não passa de 0,3%.
- O THC é encontrado de forma abundante na planta Cannabis
O THC é abundante na maconha, enquanto o cânhamo tem muito mais CBD do que THC.
A maconha é geralmente cultivada com o objetivo de maximizar sua concentração de THC. Ela é manipulada com o objetivo específico de aumentar a concentração de THC e produzir efeitos psicoativos mais fortes.
A concentração de THC na maconha apresenta o mínimo de 3%, porém a média hoje é cerca de 12% de THC.
Outras considerações
Além disso, podemos considerar que a ação dos componentes nos endocanabinoides são distintas.
Na prática, o receptor CB1 é encontrado principalmente nos neurônios e células gliais em várias partes do cérebro. Já o receptor CB2, é encontrado principalmente no sistema imune.
Enquanto os efeitos eufóricos do THC são causados pela sua ativação dos receptores CB1, o CBD tem uma afinidade muito baixa com esses receptores (até 100 vezes menos que o THC) e quando se liga a eles produz pouco ou nenhum efeito.
Existem algumas evidências de que o canabidiol age em outros sistemas de sinalização cerebral, e que isso pode ser fator relevante para seus efeitos terapêuticos.
Efeito Entourage
Dentre os componentes químicos presentes na Cannabis, conhecemos alguns grupos , tais como os:
- Canabinoides: como por exemplo o THC e canabidiol;
- Terpenos: responsáveis pelo cheiro característico da planta;
- Flavonoides, responsáveis pelo sabor característico e coloração.
É exatamente a combinação desses componentes agindo no corpo humano que produz um efeito conhecido como efeito entourage.
Também conhecido como efeito comitiva, é um termo original de um pesquisador Israelense chamado Simmom Ben-Shabat. Ele traduz um fenômeno que ocorre no sistema endocanabinoide, a ação de diferentes “ligantes” em conjunto.
O termo é de origem francesa, e em português poderia ser traduzido como “comitiva”.
O efeito que acontece quando existe o consumo dos químicos em conjunto, como uma comitiva, é muito mais eficaz do que se isolarmos um ou dois desses ativos e usarmos numa fórmula. É o famoso “juntos somos mais fortes”.
O termo “efeito entourage” foi usado para descrever uma interação positiva que ocorre na fisiologia do organismo entre o endocanabinoide “2-AG” e derivados dessa molécula.
Essa interação pode potencializar os efeitos do endocanabinoide 2-AG em seu receptor, aumentando os efeitos sedativos e analgésicos..
É por isso que os pacientes costumam preferir consumir a forma natural da cannabis para uso terapêutico.
Quais os benefícios do canabidiol
1.Efeito neuroprotetor do CBD (anticonvulsivantes)
A molécula ganhou relevância nos estudos médicos e discussões na mídia e laboratórios por sua eficácia na redução de convulsões causadas por epilepsia refratária.
O compsto é estudado como um potencial neuroprotetor, protegendo células nervosas de se funcionarem fora do ritmo adequado.
O processo de “exercício” dessas células deve ocorrer naturalmente e de forma moderada, mas é exatamente esse exercício celular em excesso que ocorre na epilepsia, causando os espasmos e convulsões.
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine descobriu que fazer a ingestão de canabidiol cortava drasticamente a frequência de convulsões na maioria dos pacientes
O THC também possuem efeito neuroprotetor e esse fator é crucial no tratamento da epilepsia, já que quando utilizado em conjunto com o componente em sua forma natural produz o efeito entourage que falamos a pouco e aumenta a eficácia do tratamento.
Todos esses efeitos causados pelo composto também podem auxiliar da mesma forma no tratamento de doenças como o Alzheimer, AVC, Parkinson e Esclerose múltipla.
2.Efeito anti-inflamatório
O CBD tem propriedades anti-inflamatórias, demonstrando potencial para o tratamento de diversas doenças inflamatórias.
Um artigo publicado pelo colunista Graham Averill na revista “Outside” tem como título “ Why athletes are ditching ibuprofen for CBD”, ou seja, “Por que os atletas estão trocando o anti-inflamatótio ibuprofeno pela cannabis”.
Neste artigo, Graham relata experiências de muitos ciclistas e triatletas que têm optado pelo uso do componente ao invés do anti-inflamatório para o tratamento de dores musculares.
Esse efeito foi observado tanto com o compsto isolado como em sua forma totalmente natural. Porém, quando foi comparado a eficácia entre as duas formas, concluiu-se que a cepa de cannabis rica em canabidiol é um anti-inflamatório superior ao isolado.
A inflamação crônica é um ponto comum entre muitas doenças, como câncer, diabetes, doenças autoimunes, problemas digestivos e problemas hormonais. Como um anti-inflamatório natural, o componente pode ajudar a aliviar e combater a inflamação crônica.
3.Efeito analgésico
Aqui temos um fator curioso. O THC é o canabidiol famoso por gerar o efeito analgésico e o CBD, quando de forma isolada, não capaz de possuir efeitos analgésicos.
Porém, quando utilizado em conjunto com o THC, o componente é capaz de potencializar os efeitos do THC no combate a dor.
O canabidiol e o THC em conjunto são mais eficazes do que o THC isolado no tratamento da dor. Aqui voltamos a ver evidências do efeito entourage.
Na prática, os ativos aumentam a capacidade do usuário em tolerar a dor, servindo de grande valia inclusive para pessoas que precisam passar pela quimioterapia, diagnosticados com fibromialgia, entre outros tratamentos.
4.Efeito anti-psicótico do CBD
A maconha é famosa por produzir efeitos psicóticos. Além disso, sabemos que a maconha é totalmente contraindicada para pessoas que têm predisposição à Síndrome do Pânico, distúrbios mentais e risco de psicose.
Isso ocorre porque a maconha possui um canabinoide chamado THC, responsável por causar esses efeitos alucinógenos.
Quando olhamos de forma isolada, a substância não produz efeitos alucinógenos e psicoativos.
Esses efeitos alucinógenos são causados pelo THC, enquanto o canabidiol pode até reduzir esses efeitos. Por isso, já existem casos de pacientes com sintomas psicóticos sendo tratados com cannabis.
Por isso, é imprescindível a prescrição de um médico que irá dosar os traços de THC e o uso do composto da forma correta. Dessa forma, estimula-se o efeito entourage e controla-se o consumo do THC.
5.Efeito anti-tumoral
Existem estudos que demonstram a eficácia do CBD em produzir efeitos de redução de tumores, diminuição do crescimento tumoral e inibição da metástase em animais e células.
Em países onde a cannabis é mais abrangente, os canabinoides já são usados para tratamentos para dor, náusea e aumento do apetite em pacientes com câncer e em tratamento de quimioterapia.
As terapias com o composto podem complementar o tratamento do câncer. O canabidiol pode ajudar as pessoas com câncer por estimular o apetite, aliviar a dor e aliviar náuseas.
Esses efeitos podem ocorrer devido aos efeitos antioxidante e anti-inflamatório.
Porém, estudos realizados tanto com THC como CBD mostram resultados divergentes. Há pesquisas que apontam os canabinoides como supressores dos tumores, outros apontam que a ação anti-inflamatória bloqueia o sistema de resposta do corpo ao câncer.
Dessa forma, o mais correto seria aguardar por novas evidências científicas e consultar um médico ao considerar usar o composto no tratamento de doenças tumorais.
6.Efeito ansiolítico do CBD
Respostas corporais, como a frequência cardíaca, que indicam estresse e ansiedade, podem ser reduzidos com o uso do canabidiol de forma terapêutica.
Por isso, em alguns ensaios clínicos, o componente reduziu a ansiedade em pacientes com ansiedade social. Esses efeitos parecem ser mediados por alterações na sinalização do receptor 1A de serotonina.
Existe um estudo bem completo sobre a relação entre a molécula e ansiedade. Nele, foram analisados pessoas que têm medo de falar em público, e que se sentiam menos ansiosas e desconfortáveis sobre a fobia depois de tomar cannabis.
Quem pode usar o Canabidiol?
Trata-se de um tratamento natural com poucos efeitos colaterais. Segundo o cirurgião Rafael Pessoa, não há contra indicações ao CBD em específico.
Contudo, o THC é outra história. Pessoas ansiosas ou com hipertensão, por exemplo, precisam ter atenção na hora de utilizar o Tetrahidrocanabinol.
Na dúvida, é melhor buscar a orientação de um médico antes de usar.
O CBD é extraído do cânhamo ou da cannabis?
É importante entender a diferença entre o cânhamo e maconha. As duas são plantas do mesmo gênero, a planta cannabis Sativa. Logo, a substância por ser extraída tanto da Cannabis, quanto do Cânhamo.
O cânhamo é cultivado por suas sementes, fibras e caule. O cultivo da planta garante que a planta não terá galhos e também quase não há flores. Isso ocorre porque o foco do crescimento é apenas o tronco para obtenção de fibras.
A maconha é cultivada principalmente para a produção de THC, ativo mais famoso da Cannabis por causa de suas propriedades alucinógenas.
A maconha contém altos níveis de THC e o cânhamo praticamente não apresenta THC em sua composição (no máximo, 0,3%).
Em contrapartida, o Cânhamo contém alto teor de canabidiol, fazendo com que tenha a partir dela a extração para o uso da cannabis de forma medicinal
Para ser um produto legalizado, o CBD precisa vir de uma fonte com menos de 0,3% de THC, segundo a orientação internacional da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).
Como consumir?
O composto é comumente encontrado na forma de óleo com conta gotas ou como líquido para ser usado em dispositivos vaporizadores. É desta forma que os pacientes costumam usar de forma medicinal.
Porém, ele também pode ser encontrado em sprays, suplementos, cápsulas, tinturas, cosméticos, cremes, alimentos e muitos outros para variados fins.
1. Óleo de CBD: As gotas do óleo devem ser aplicadas embaixo da língua para uma rápida absorção na dose recomendada pelo médico. Este é o método mais prático;
2. Vaporizador: Através do vaporizador, o calor ajuda a ativar os canabinoides, que ao ser inalado, rapidamente atinge a corrente sanguínea. Esta forma não prejudica o pulmão;
3. Comprimido: Existe a possibilidade de transformar em comprimido ou cápsulas em laboratório. Sendo assim, para esses casos, o consumo é feito igual como o de qualquer outro remédio e os seus efeitos são um pouco mais lentos;
4. Fumo: Esse é o método mais rápido em seus efeitos pois a substância vai direto para a corrente sanguínea através dos pulmões. Algumas pesquisas apontam que a maneira ideal de usar é fumando um cigarro feito com misturas de componentes da Cannabis dosados em laboratório, evitando o THC. O problema é a queima de materiais e a inalação da fumaça que acaba sendo prejudicial à saúde pulmonar.
O uso do canabidiol é permitido no Brasil?
Sim, pode tomar CBD no Brasil. Porém, o componente é classificado como um produto de uso controlado, ou seja, a autorização da importação do medicamento está condicionada a uma prescrição médica.
O cultivo da planta Cannabis sativa é considerado ilegal no Brasil. Contudo, o uso medicinal é permitido através das resoluções que permitem a importação e a compra nas farmácias.
Algumas ONGs são autorizadas a produzir o óleo de cannabis no Brasil. Isso deixa o produto mais barato e acessível, mas ainda é bem limitado e burocrático.
Como e onde comprar o CBD no Brasil
Existem quatro formas de conseguir cannabis no Brasil de forma legal:
1. Importação Excepcional
Apenas pessoas com laudos e receitas médicas podem comprar o medicamento. O paciente precisa solicitar a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uma autorização excepcional através de um formulário.
A ANVISA disponibiliza uma área em seu site exclusiva para importação do CBD, com um cadastro para pessoas físicas. O cadastro exige diversos documentos e informações, como:
-
Receita médica;
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Laudo médico;
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Declaração de responsabilidade.
Depois que o cadastro é aprovado, a importação pode ser realizada importando a quantidade total de uma vez só ou fracionado.
A importação pode ser feita por remessa expressa, registro do licenciamento de Importação ou por bagagem acompanhada. Para todos os casos, é sempre necessário apresentar a receita médica e a autorização da ANVISA.
Essa autorização de importação dura um ano e pode ser renovada sempre que necessário.
No Brasil, também já existem ONG’s (organizações não governamentais) que conseguiram na justiça o direito de produção de medicamentos a base de canabidiol e também a venda do óleo.
2. Programa de Acessos
Existem programas de acesso que tornam o componente disponível para o paciente antes de sua autorização e lançamento comercial no país.
Em alguns casos, também existem programas destinados a conectar pessoas necessitadas sem condições de obter o medicamento com empresas capazes de doar e patrocinar o medicamento para o paciente necessitado.
Alguns opções via programas de acesso:
- a) Acesso Compassivo;
- b) Acesso Named Patient;
- c) Acesso expandido.
3. Compra de medicamentos registrados
A terceira forma de conseguir comprar cannabis medicinal no Brasil é através de medicamentos registrados.
Existem dois medicamentos registrados e legalizados no Brasil. São eles:
- Mevatyl: o medicamento é um spray de uso oral composto por THC e CBD. Indicado para tratar os sintomas de pacientes adultos que apresentam espasmos de moderados a graves, por causa da esclerose múltipla, o mevatyl é o primeiro medicamento a base da cannabis liberado para o comércio em farmácias no Brasil.
- Epidiolex: o medicamento é uma formulação farmacêutica prescrita da substância derivada de plantas de maconha altamente purificada para o tratamento de convulsões associadas à síndrome de Lennox-Gastaut ou à síndrome de Dravet.
4. Farmácias
No final de 2019 a Anvisa aprovou uma resolução que permitiu a venda de produtos à base de cannabis nas drogarias. A RDC 327 autorizou a compra de produtos derivados da planta apenas com receita médica.
Contudo, para vender, as empresas também precisam de uma autorização da agência. Até agora, quase vinte produtos foram aprovados, e a expectativa é que esse número aumente.
Quanto custa o canabidiol?
O preço varia de R$200,00 a R$3.000,00. Tudo vai depender da concentração do óleo e da condição tratada.
Se for importado, é necessário considerar também o valor do frete, que não custa menos de R$100,00
Contraindicações do CBD
Não é recomendado consumir como terapia médica sem a aprovação de um médico, já que o canabinoide pode gerar:
- Queda de pressão;
- Tontura;
- Sonolência;
- Boca seca;
- Inibição do metabolismo.
Por isso, é necessário seguir orientações médicas de dosagem exata para fazer uso do medicamento. Se ainda tiver dúvidas, clique aqui.
Além disso, os remédios são de forma geral contraindicados para:
- Pessoas com hipersensibilidade a canabinoides ou a qualquer um dos excipientes da formulação do medicamento;
- Com qualquer histórico pessoal ou familiar de esquizofrenia ou de outra doença psicótica; histórico de transtorno de personalidade grave ou outros transtornos psiquiátricos graves;
- Mulheres grávidas sem orientação médica.
Conclusão
O Canabidiol é uma substância que não reproduz os efeitos colaterais da maconha (sua planta de origem de extração).
Estudos sugerem que o CBD pode ajudar pacientes de diversas doenças através da sua potencial ação terapêutica e efeito entourage quando combinado com traços de THC e produzir efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, e auxiliar no tratamento de doenças como fibromialgia e epilepsia refratária, reduzindo os episódios de convulsão.
Com a prescrição de qualquer médico, já é possível usar o canabidiol e o THC desde março de 2016. O número de pacientes cadastrados para importação de canabidiol triplicou de lá pra cá.
Porém, apesar de conseguirmos consumir de forma medicinal no Brasil, pudemos ver durante o artigo que os processos e legislação para seu uso é muito burocrático.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.