“A cannabis é muito mais do que um beck” diz Bruno Peloy, personal Mahamudra

“A cannabis é muito mais do que um beck” diz Bruno Peloy, personal Mahamudra

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Bruno Peloy, influenciador do meio fitness, começou a fazer o uso medicinal da cannabis para melhorar o rendimento e a recuperação muscular.

 

A cannabis está cada vez mais inserida no esporte. Com o acesso às informações e o surgimento de produtos capazes de auxiliar os atletas, a erva pode virar “parte da rotina” dessas pessoas. 

Bruno Peloy, personal e um dos fundadores da Mahamudra Brasil, é um exemplo disso. Ele começou a utilizar compostos feitos à base da planta para melhorar a sua performance e ajudar na recuperação dos músculos. 

Em conversa com a Cannalize, Bruno contou um pouco sobre a sua vida e a experiência com a cannabis. 

Mahamudra 

A prática faz parte da vida do Bruno. Em 2013, junto com os seus sócios Cesar Curti e Rodrigo Lima, ele decidiu fundar a Mahamudra Brasil, um treinamento focado em tornar a vida das pessoas mais puras, orgânicas e reais possível. 

Um dos principais diferenciais é a realização dos treinos ao ar livre, o que permite um contato maior dos participantes com a natureza.  

O estilo mistura a intensidade com o relaxamento, e prega muito mais do que somente se exercitar fisicamente. 

Vai também da sua alimentação, dos líquidos que você ingere, vícios e hábitos. O treino vem para reconfigurar a pessoa e mostrar que existe uma nova visão, uma missão de mudanças”, comenta Peloy. 

Contato com a erva

O personal conta que conheceu a cannabis com 16 anos de idade, e desde essa época buscou saber mais sobre o assunto. Tempos depois, passou por uma experiência de cultivo com a planta. 

Mesmo com uma relação de longa data com a erva, foi apenas neste ano, há cerca de dois meses, que Bruno começou a fazer o uso medicinal. 

“Eu conheci os óleos este ano, estou utilizando o CBD e o Canna River, que é o princípio do THC. Aos poucos, fui diminuindo o consumo de outros medicamentos e passei a usar os óleos terapêuticos”, relata. 

A cannabis no esporte

A cannabis pode auxiliar os esportistas em diversas áreas, como na performance, nos hábitos diários e na recuperação muscular

Isso se deve às suas propriedades medicinais e a capacidade dela interagir com o corpo, através do Sistema Endocanabinoide, responsável por regular funções básicas do organismo. 

O Canabidiol (CBD), um dos compostos produzido pela planta, é o mais utilizado no meio esportivo, por apresentar capacidades ansiolíticas, anti-inflamatórias, anti depressivas e antioxidantes. 

Devido a essas propriedades, o CBD se tornou uma ótima opção para a recuperação da fadiga e dos danos musculares gerados nos exercícios, com a capacidade de substituir os remédios anti-inflamatórios, que apresentam muitos efeitos colaterais para o corpo humano. 

Apesar das restrições, a erva está cada vez mais aceita no cenário esportivo. As Olimpíadas de Tóquio, realizadas em 2021, foram um marco para isso. Ela foi a primeira edição dos jogos em que o CBD não foi considerado proibido

Melhoras esportivas 

 

 

Mesmo com pouco tempo de uso, a cannabis já traz efeitos positivos para o influenciador, principalmente no âmbito esportivo. 

Os produtos ajudam em uma rotina que, muitas vezes, é bem exaustiva. Bruno costuma acordar às quatro horas da manhã e realiza até dois treinos por dia. 

“Os exercícios começam cedo, às vezes são intensos de corrida, sobrecarga, treinos Mahamudra, então eu preciso ter uma boa recuperação e um descanso. O Canabidiol (CBD) entrou perfeitamente nisso”, ressalta Peloy. 

A planta também tem capacidade de substituir os suplementos usados nos famosos “pré-treinos”. 

Segundo ele, os compostos “dão o gás necessário, deixam com uma atenção e uma disposição a mais para realizar o treinamento”. 

Preconceito 

Naturalmente, por falta de informações e uma cultura enraizada, ainda existem muitas oposições sobre a utilização da cannabis para os fins esportivos. 

Alguns estigmas, como o de que “o maconheiro não serve para o esporte”, ajudam a firmar esse preconceito. 

Para Bruno Peloy, apesar da constante evolução sobre o tema, a erva ainda enfrenta dificuldades de se firmar no meio. 

“O preconceito ainda é grande, vejo que muita gente não abriu a mente, não busca  conhecimento sobre o assunto. Esse é o momento de quebrar os paradigmas, abrir a cabeça das pessoas”, afirma o personal. 

Futuro 

O esportista enxerga a cannabis como essencial para o futuro do esporte, não só para os profissionais, como também para quem realiza práticas de forma amadora. 

Um dos principais motivos é o fato do composto ser natural, livre de químicas, diferente do que acontece com os produtos convencionais. 

“Com certeza fará parte da rotina. Quem tem o estilo de vida mais terapêutico, vai perceber que a cannabis vai ser essencial no dia a dia. Todos os atletas devem buscar esses meios orgânicos, sem química”, complementa Bruno. 

 

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