Em NY, Cannabis Day vira dia bom para o marketing canábico

Comemorado no dia 20 de abril, a data faz alusão ao símbolo numérico 4:20, e o que era conhecido como data de protesto se tornou celebração patrocinada

Piquenique 4/20 no Prospect Park, no Brooklyn. Foto: Adrienne Grunwald/ NY Times – Reprodução

Com informações do The New York Times

Quem tem mais experiência na cultura canábica deve conhecer o Cannabis Day, ou dia da cannabis, comemorado no dia 20 de abril.

A data, que escrita seguindo o padrão norte americano fica 4/20, vem da alusão ao símbolo numérico da maconha, o 4:20. Sua origem remonta à década de 70 quando, segundo a lenda, um grupo de estudantes californianos se reuniam diariamente às 16h20 para fumar maconha.

Antes da legalização no estado de Nova York, o dia 20 de abril era conhecido como uma data de protesto contra a proibição da cannabis. 

Mas, desde que o estado legalizou a erva, em 2021, os protestos diminuíram e, segundo uma reportagem do jornal The New York Times, um número crescente de grandes celebrações toma conta da cidade e, de acordo com a reportagem, contam até com patrocinadores da marca, chamando a atenção de usuários e entusiastas.

“Nova York parece ultrapassar a California” 

Em entrevista ao The New York Times, o produtor de eventos Justin Page, disse que Nova York parecia estar ultrapassando a Califórnia como o principal destino para os entusiastas da cannabis em 20/04.

Page acredita que isso se deve por causa do crescimento de marcas estabelecidas e do mercado amplamente indomável da cidade. 

Mas nem todos os eventos são focados no consumo de cannabis. Em um evento no Brooklyn, um dispensário deu aulas de cultivo e serviu pizza, enquanto outro transmitiu os playoffs da NBA e servindo asas de frango.

Ironicamente, um podcast chamado “Hot Ones”, famoso por também servir frango frito durante as entrevistas, abriu mão das iguarias em troca de dabs, ou seja, um método de consumo de cannabis em plataformas de vidro.

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Ao ar livre, ciclistas e praticantes de yoga se reuniram para praticar suas atividades físicas nos parques da cidade, como o Central Park e Prospect Park, no Brooklyn. Turistas entrevistados que se identificam como afro-latinos disseram “é legal não ser preso por gostar disso”.