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Alguns dados recém divulgados mostram o ex-presidente dos Estados Unidos admitindo que a maconha não era um problema
De acordo com o New York Times, dois anos depois que o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, declarou guerra às drogas em 1971, confessou que a maconha não era “particularmente perigosa”.
Durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca em março de 1973, entre um pequeno grupo de assessores, Nixon confessou que a erva não era tão perigosa assim e ainda manifestou preocupação com as punições duras que os americanos enfrentavam.
“As penalidades devem ser proporcionais ao crime”, disse na época. Segundo o que foi divulgado, ainda chamou de “ridícula” uma sentença de um caso em que uma pessoa havia sido condenada há 30 anos de prisão.
Gravação secreta
As falas do ex-presidente estadunidense foram adquiridas através de um sistema de gravação secreto, em que os áudios ficaram armazenados em fitas reveladas recentemente.
O pensamento de Nixon a respeito da maconha, surpreendeu boa parte dos norte-americanos, uma vez que ele foi o responsável pelo sistema de classificação de drogas e colocou a maconha ao lado da cocaína e do ecstasy.
Ao longo dos anos, a Lista de Drogas foi responsável por levar milhões à prisão por uso de maconha, principalmente os negros.
Mudanças
Segundo o historiador da Universidade de Rice, Douglas Brinkley ao New York Times, os comentários reforçam o que outras evidências já sugeriram: que a guerra às drogas era apenas uma estratégia para minar os seus oponentes políticos e não a sua filosofia pessoal.
“Isso reforça Nixon como um operador político maquiavélico”, disse Brinkley. Ainda acrescentou que o ex-presidente “desumanizou os usuários de drogas porque era de seu interesse político fazê-lo”.
Independente de como foi a história, as coisas começaram a mudar nos últimos anos. Em 2022, o presidente Joe Biden anunciou um perdão nacional para os condenados por porte de maconha.
E em maio deste ano, o governo ainda propôs a reclassificação da maconha para uma lista mais branda.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/em-audios-nixon-diz-que-a-maconha-nao-era-perigosa/ Professora relata o uso da cannabis na esclerose ‘me ajuda nas crises’Mesmo antes de descobrir a esclerose múltipla, Gabriella sempre usou a cannabis. O uso passou a ser mais significante quando ela passou a ver como um tratamento
Hoje, Gabriella Zara, de 34 anos, está com parte do rosto paralizado, mas isso não a impede de falar. Inclusive, mal vê a hora da perícia do INSS para voltar a dar aulas em uma escola em São Paulo, cidade onde mora.
Há quatro anos a professora descobriu que tinha esclerose múltipla, condição autoimune que afeta o sistema nervoso. Mas parece que ela não se preocupa muito, pois tem uma arma-chave, que segundo Gabriella, faz toda a diferença: a cannabis.
“Você não tem ideia de como ajuda, parece que segura as crises”, ressalta.
Descobrindo a esclerose múltipla
Mãe de dois filhos, Gabriella Zara conta que a doença se manifestou pela primeira vez em 2017. Começou com um formigamento no pé que subiu para a perna e de repente, se viu muito doente.
Mas o diagnóstico não foi fácil. Os médicos diziam que era síndrome do pânico ou qualquer outro problema psicológico, mas não cogitavam uma doença autoimune. A professora precisou brigar até conseguir uma ressonância magnética para evidenciar o que ela já pensava.
Leia também: Dificuldades atuais de quem precisa plantar o próprio remédio legalmente
Isso porque a doença é considerada rara. Segundo o Ministério da Saúde, a condição afeta nove pessoas a cada 100 mil habitantes, por isso, os profissionais da saúde vão pensar em vários outros problemas até chegar na doença.
Mas Gabriella era estudiosa, sabia dos seus sintomas. Embora a condição seja mais conhecida por causar espasmos, também causa uma série de outros sinais, como tremores, formigamento, perda do equilíbrio, paralisia, tontura e até problemas para controlar a bexiga.
Uma doença sem cura
A doença afeta o sistema imunológico do corpo, atacando por engano os tecidos no sistema nervoso central, principalmente o cérebro e a medula espinhal. O próprio organismo ataca a mielina, uma substância gordurosa que forma uma capa protetora e isolante sobre as fibras nervosas.
Além disso, o dano pode se espalhar da mielina para as fibras nervosas. O prejuízo interrompe ou distorce o impulso dos nervos no sistema nervoso. Através disso, pode ocorrer uma variedade de sintomas, como os descritos acima.
Infelizmente a esclerose múltipla não tem cura e pode ser progressiva, fazendo com que o paciente vá perdendo o controle das próprias funções aos poucos. Na professora, está em um estágio remitente recorrente, ou seja, a doença vai e volta. Os sintomas aparecem, mas logo passam.
Tratando a esclerose com cannabis
A professora faz uso da maconha desde os 14 anos, quando conheceu o seu primeiro namorado, pai do seu primeiro filho. Desde então, não parou de fumar.
Contudo, segundo Gabriella, a primeira vez que ela ficou muito mal foi quando parou de usar a maconha. Durante os quatro meses que interrompeu o uso da planta, os sintomas afloraram de forma rápida. De repente, a professora já não conseguia segurar o xixi e o cocô.
Por isso, resolveu importar o óleo feito de cannabis. “Quando eu pinguei o óleo na minha boca, eu senti um chã na cabeça. A minha recuperação foi muito rápida”, acrescenta. “A planta me dá a sustentação de um corticoide, e o corticoide é uma bomba”.
Leia também: 50% dos canadenses com Esclerose Múltipla estão usando cannabis, diz estudo
Neste último surto, em que o seu rosto ficou parcialmente paralisado, a professora conta que não sentiu praticamente nada. “Essa crise foi mais branda, eu não senti tontura, não senti formigar nada. Pegou o rosto, mas eu estava em um momento muito feliz, eu estava nas alturas”, complementa.
Atualmente, Gabriella espera a chegada de mais um frasco de óleo feito da planta. Enquanto isso, vaporiza flores cultivadas por amigos.
A cannabis realmente ajuda a tratar a doença?
A cannabis já é usada para tratar esclerose múltipla. Tanto que no Brasil, já há até um remédio nas farmácias feito com o THC (tetrahidrocanabinol). O composto é responsável pelo famoso “barato” da maconha.
Isso porque a planta pode aliviar muito muitos sintomas relacionados à esclerose múltipla. Os efeitos antiinflamatórios dos chamados canabinoides, como o CBD (canabidiol) e do THC, estão relacionados às suas habilidade de ser um supressor imunológico.
Para entender melhor, é necessário saber que o corpo possui o Sistema Endocanabinoide. Presente em quase todo o organismo, ele é responsável pela homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Através de canabinoides, produzidos pelo próprio corpo, eles sinalizam aos receptores que algo está errado e precisa ser corrigido. A grande vantagem da cannabis é que a planta também possui essas substâncias, que funcionam de forma semelhante.
Essa característica se dá quando o receptor canabinoide é ativado, gerando um efeito estabilizador sobre os canais de voltagem que influenciam a resposta inflamatória. No caso de transtorno autoimune, isso pode ser benéfico na diminuição do avanço da doença.
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https://cannalize.com.br/professora-cannabis-esclerose-multipla-crises/ Trump muda o tom e defende a legalização da maconhaO ex-presidente dos Estados Unidos ainda acrescentou que ninguém deve ser preso por fumar maconha na Flórida, estado onde mora
Neste sábado (31), o candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que é favorável à uma emenda que legalize o uso recreativo da cannabis na Flórida, estado em que mora.
Em novembro, será feito um um referendo constitucional sobre o assunto, junto às eleições presidenciais do país norte-americano. “Na Flórida, assim como em outros estados que o aprovaram, uma quantidade de maconha por pessoa será autorizada para os adultos”, escreveu o ex-presidente em sua rede social, Truth Social.
A legalização da maconha é um tema discutido há um tempo nos Estados Unidos, que possui 24 estados que permitem o uso recreativo e outros 14 que ainda autorizaram o uso medicinal.
Uma legalização limitada
Donald Trump ainda acrescentou que ninguém deveria ser classificado como delinquente na Flórida por algo que é legal em vários outros estados. “Não precisamos desperdiçar vidas e esbanjar dólares dos contribuintes em deter adultos por posse de quantidades de maconha para consumo pessoal”, acrescentou.
Contudo, ainda instou a aplicação de uma lei para impedir o uso de cannabis em público. Segundo ele, é uma forma de que “não seja por toda parte, como acontece em tantas cidades governadas pelos democratas”.
Segundo as últimas pesquisas, a maioria do eleitorado com menos de 50 anos é favorável à legalização da maconha.
Mudança de posição
Durante a sua campanha presidencial em 2016, Trump disse que deixaria o assunto da maconha nas mãos das autoridades locais. Mas ao chegar na Casa Branca, esteve mais discreto sobre o assunto e chegou a apoiar posições mais duras sobre o tema.
Em 2018 o ex-presidente ainda revogou a política federal de tolerância, adotada por Barack Obama, em relação ao uso recreativo da maconha.
Leia também: Qual é a posição de Kamala Harris sobre cannabis?
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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/trump-muda-o-tom-e-defende-a-legalizacao-da-maconha/ Psicose induzida por cannabis é rara, segundo estudoDe acordo com a pesquisa, estima-se que apenas 0,5% das pessoas que consomem maconha desenvolvem algum episódio pscótico
O consumo de cannabis raramente desencadeia episódios de psicose aguda em pessoas que não têm um transtorno psiquiátrico preexistente, de acordo com os resultados de uma meta-análise publicada na revista Nature: Mental Health.
Uma equipe de pesquisadores da Suíça e do Reino Unido revisou a relação entre o uso de maconha e os sintomas psicóticos associados à cannabis em 162 estudos envolvendo mais de 210.000 consumidores de cannabis.
Nem 1%
Os pesquisadores relataram que o risco de psicose “parece mais amplificado em indivíduos vulneráveis”, particularmente aqueles com “problemas de saúde mental preexistentes”, como Transtorno Bipolar.
Em contraste, eles reconheceram, “Nem o início precoce do uso de cannabis nem o uso de alta frequência de cannabis ou o tipo preferido de cannabis (cepas) foram associados.”
No geral, eles estimaram que 0,5% daqueles que consomem maconha podem experimentar um episódio psicótico durante a vida. Essa porcentagem reflete estimativas publicadas em um estudo anterior, envolvendo 233.000 consumidores europeus de maconha.
Leia também: Canabidiol pode reduzir sintomas de psicose
Os autores desse estudo concluíram : “As taxas de observadas aqui são comparáveis às taxas de outras psicoses induzidas por drogas, como a psicose associada ao álcool (em torno de 0,4% a 0,7%).”
As descobertas dos estudos refutam alegações de que a exposição à maconha é um gatilho frequente para psicose e outros transtornos de saúde mental.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/psicose-estudo-maconha-condicoes-mentais/ Cannabis: Uma planta de conexãoTodas as religiões carregam algo em comum em relação à planta: uma conexão com o divino
“Cannabis e Religião: Conheça mais sobre esse uso da planta” é uma das manchetes que mais li durante a pesquisa para escrever esse artigo.
Todas as religiões carregam algo em comum em relação à planta: uma ritualística e a conexão com o divino, mas pouco se fala do potencial de bem-estar social que a planta trouxe para as comunidades ancestrais em que seu uso era amplamente difundido.
Dentro das mais variadas fés (rastafarianismo, hinduísmo, cristianismo copta, alguns cultos afro, entre outros), a cannabis sempre foi vista como uma planta de poder.
Através da defumação coletiva ou de rituais para inalação, a planta exerce seu potencial total. Conectando membros iniciados em uma única força, abre caminhos dentro do inconsciente, facilitando o processo de introspecção e de questionamento do status quo do indivíduo, promovendo discussões sobre como aquele grupo poderia progredir como sociedade.
Saúde física, mental e espiritual
É inegável o papel que a religião ainda exerce na vida do ser humano. Tendo um papel educativo, as religiões influenciam a maneira como um povo cuida de sua saúde física, mental e espiritual.
Ironicamente, a maconha é uma das diversas plantas de poder com potencial para equilibrar o indivíduo nessas três áreas que são os pilares para uma boa saúde mental.
Desde muitos anos antes de Cristo, a cannabis já exercia um papel relevante nas sociedades que seu uso era amplamente conhecido. A “doença” era vista como algo com raiz espiritual, e somente a medicina da floresta juntamente de cantos e ritos curariam o indivíduo.
Através do potencial anti-inflamatório, analgésico, antiemético, ansiolítico, entre outros que estão sendo estudados neste exato momento, diversos emplastos, chás e banhos eram utilizados por curandeiros a fim de remover as influências negativas causadas por maus espíritos, trazendo bem-estar físico.
Por meio das defumações, os maus espíritos eram afastados trazendo o ambiente perfeito para a consagração da planta.
Uma planta de conexão
Seja por meio do bang ou do uso inalado, o potencial psicoativo da planta é trazido ao usuário e através de meditações, cânticos e outros ritos, os membros do culto (normalmente, iniciados) usufruem da introspecção para uma conexão com alguma divindade, e através de processos meditativos alcança bem-estar mental.
Sociedades espiritualizadas tendem a ser mais felizes, o suporte social, a tradição, o senso de propósito e pertencimento fazem com que os membros do culto estejam mais presentes no atual momento (mindfulness), promovendo bem-estar espiritual e também um bem-estar social, aliado às práticas citadas.
O bem-estar social começa com o bem-estar do indivíduo e, assim como a espiritualidade, a terapia com cannabis resgata a qualidade de vida de seus usuários.
O adoecimento físico pode ter diversas raízes, e desde a pandemia de COVID-19, cada vez mais resgatamos a importância de uma boa saúde mental para diminuir certos riscos.
Com o acompanhamento e práticas corretas, podemos alcançar o equilíbrio dentro dos três pilares da saúde mental e a cannabis tem um papel fundamental, se usada de maneira responsável.
Referências:
https://www.frontiersin.org/journals/psychology/articles/10.3389/fpsyg.2019.01525/full
https://link.springer.com/chapter/10.1007/978-981-99-3493-5_2
https://chopra.com/blogs/personal-growth/the-correlation-between-spirituality-and-happiness
https://kayamind.com/cannabis-e-religiao/
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22742944/
https://www.leafly.com/news/cannabis-101/cannabis-a-gift-from-the-ancient-gods
https://wheresweed.com/blog/culture/2020/aug/cannabis-religion-a-history-of-weed-spirituality
https://cannalize.com.br/bem-estar-canabico/ Proposta pretende ‘perdoar’ condenados com 40g de maconhaO argumento dos autores é que o STF descriminalizou o uso próprio e estabeleceu limites que podem anistiar condenados por posse de maconha
A Câmara dos Deputados analisa um novo Projeto de Lei que quer anistiar pessoas que foram acusadas ou condenadas por uso de até 40 gramas de maconha ou que foram pegas com até seis plantas de cannabis.
De autoria da deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) junto a outros autores, o PL pretende beneficiar pessoas que foram presas por uma conduta que não é mais considerada um crime.
No começo de julho, o STF (Supremo Tribunal Federal) descriminalizou o porte de maconha para uso próprio e ainda estabeleceu um limite de 40g ou seis plantas fêmeas para diferenciar o traficante do usuário.
Leia mais sobre isso: Quatro pontos para entender a decisão do STF
Neste momento, a proposta será analisada, em caráter conclusivo, por duas comissões, a de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, e também a Comissão de Constituição e Justiça.
Para virar lei, o Projeto de Lei ainda precisa ser votada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/proposta-maconha-anistia-stf/ Qual é a posição de Kamala Harris sobre cannabis?Será que Kamal Harris irá de fato disputar a presidência dos Estados Unidos? Se sim, quais são as suas posições sobre temas relacionados à cannabis?
Com o presidente dos EUA, Joe Biden, se afastando da corrida presidencial e apoiando a vice-presidente Kamala Harris, sua possível candidatura para a eleição de 2024 contra Donald Trump chama a atenção para sua posição em várias questões, incluindo a maconha.
Após o anúncio de Joe Biden no domingo de que ele não buscará a reeleição, os democratas estão rapidamente criando estratégias para manter o controle da presidência.
Horas após seu anúncio, vários democratas endossaram a vice-presidente Kamala Harris, impulsionando-a para a vanguarda dos potenciais indicados, acompanhados por um aumento nas doações.
Kamala será a escolhida?
Cerca de 4 mil delegados democratas se reunirão em Chicago de 19 a 22 de agosto para selecionar o indicado do partido.
Embora muitos estejam comprometidos com Biden nas primárias deste ano, ele não pode escolher diretamente o indicado. Harris precisa do apoio de 1.969 dos 3.936 delegados para garantir a indicação na convenção de agosto.
Mercado em movimento
Mesmo que a cannabis possa não ser uma questão central na campanha presidencial, o setor está em um momento decisivo.
Isso porque Biden iniciou uma revisão para reclassificar a cannabis da Tabela I para a Tabela III da Lei de Substâncias Controladas, o que aliviaria a carga tributária sobre as empresas e colocaria a planta em uma categoria com substâncias menos perigosas.
Portanto, entender a evolução da posição de Harris, ajuda a esclarecer sua posição passada e as razões por trás de seu apoio atual à reforma da cannabis, bem como o que podemos esperar dela em uma possível campanha presidencial.
Posições de Kamala no passado
Enquanto Harris se opôs a uma iniciativa de votação da Califórnia em 2010 para legalizar a maconha, em 2015, ela pediu o fim da proibição federal da maconha medicinal durante a Convenção Estadual Democrata.
No entanto, quando os californianos votaram para legalizar a maconha recreativa em 2016, a então Procuradora Geral Harris não se posicionou.
Durante seu mandato como promotora distrital em São Francisco, mais de 1.900 indivíduos foram condenados por delitos de cannabis.
Po outro lado, alguns relatórios indicam que a maioria dos apreendidos por posse menor não enfrentou prisão. Apenas alguns indivíduos foram presos por crimes relacionados à cannabis sob a administração de Harris.
Mudança
A mudança de Harris em direção ao apoio à legalização coincidiu com uma mudança em seu papel profissional.
Essa evolução em sua postura pode ser devido a vários fatores, como um crescente reconhecimento da necessidade de legalização ou uma adaptação ao crescente apoio público à legalização da maconha em todo o país .
Na verdade, embora inicialmente não fosse uma defensora da reforma da cannabis, Harris mudou recentemente sua posição, apoiando ativamente a legalização e copatrocinando diversas reformas propostas nos últimos anos, como o SAFE Banking Act, o Marijuana Justice Act e o MORE Act.
Em 2019, durante uma entrevista ao The Breakfast Club, Harris expressou seu apoio à legalização da cannabis e mencionou que fumou cannabis na faculdade.
A CNN informou em 2019 que, em seu livro lançado naquele ano, Harris defendeu a legalização da maconha e a eliminação de delitos não violentos relacionados ao uso da erva.
Ações feitas até agora
Com a recente revisão de Biden sobre o reclassificação da cannabis, Harris pediu ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos e ao Departamento de Justiça que reclassificassem a planta como menos perigosa que a heroína, chamando a classificação atual de “absurda e injusta”.
Em março, Kamala Harris declarou : “Ninguém deveria ir para a cadeia por fumar maconha”, durante uma discussão com o rapper Fat Joe e outros que foram perdoados por condenações por maconha. Ela enfatizou que “muitas pessoas foram presas por simples posse de maconha”.
Embora Harris inicialmente não tivesse uma forte posição pró-reforma sobre a cannabis, ela mudou sua posição.
Desde então, apoiando publicamente a legalização, compartilhando suas próprias experiências com a cannabis e copatrocinando projetos de lei para ajudar a indústria, além de abordar a guerra contra as drogas.
Texto traduzido da Forbes
https://cannalize.com.br/qual-e-a-posicao-de-kamala-harris-em-relacao-a-cannabis/ Joe Biden diz que ‘é hora de corrigir erros históricos sobre maconha’O presidente norte-americano tuitou a fala ontem e disse que está garantindo que ninguém vá para a prisão por posse ou uso de maconha
I'm making sure no one goes to jail for mere use or possession of marijuana, and their records should be expunged.
It’s time we right those historic wrongs.
— President Biden (@POTUS) July 17, 2024
Nesta quarta-feira (17) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, escreveu em seu perfil do X (antigo Twitter) que é hora de “corrigir erros históricos” sobre a prisão por uso de maconha.
Segundo o post, ele irá se certificar que ninguém vá para a cadeia por posse ou uso de maconha.
Até agora, vários estados norte-americanos já liberaram o uso da cannabis, tanto para fins medicinais quanto recreativos. Por outro lado, as restrições para o porte e a quantidade variam de acordo com a legislação de cada lugar. Assim como o cultivo doméstico.
Muitos analisaram a fala como uma forma de reforçar o apoio dos eleitores sobre as eleições que estão por vir.
Reclassificação da maconha
Em maio, o governo propôs a reclassificação da maconha para uma lista com drogas de baixo risco, além de permitir o uso medicinal à nível federal.
A ideia era rebaixar a cannabis da lista I de Substâncias Controladas para a lista III. Ou seja, a cannabis teria uma classificação mais branda e estaria ao lado de substâncias como codeína e cetamina.
Em um vídeo divulgado na época, o presidente também disse que ninguém deveria estar na prisão por usar ou possuir maconha. “Muitas vidas foram alteradas devido a uma abordagem equivocada em relação à maconha e me comprometi a corrigir esses erros”, afirmou.
https://cannalize.com.br/biden-maconha-prisao-x/ 69% dos brasileiros são contra a descriminalização da maconhaA pesquisa mostrou um resultado bastante parecido com outro levantamento feito em março.
De acordo com uma nova pesquisa realizada pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) no começo do mês, mais da metade dos brasileiros é contra a descriminalização do porte de maconha.
Divulgada pelo colunista do O Globo Lauro Jardim neste domingo (14), a pesquisa entrevistou cerca de duas mil pessoas com 16 anos ou mais em 129 municípios do país entre os dias 4 e 8 de julho.
Segundo os dados coletados, apenas 24% da população é a favor da descriminalização da maconha, contra 69% que não são.
De acordo com a pesquisa, a maioria dos eleitores, tanto do Lula quanto do Bolsonaro, são contra a descriminalização, com 60% e 81% de pessoas contrárias, respectivamente.
Decisão do STF
No final de junho, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por maioria pela descriminalização da maconha para uso pessoal e ainda estabeleceu uma quantidade de 40g para diferenciar usuário de traficante.
Por isso, o IPEC também perguntou a opinião dos entrevistados sobre essa decisão. Como esperado, a resposta foi bem parecida: 67% desaprovam a descriminalização contra 27% que apoiaram a votação.
Sobre o pensamento de que a descriminalização da maconha para uso pessoal pode aumentar o tráfico de drogas, 57% concordam totalmente e 11% concordam em parte.
Desaprovação continua crescendo
Em março, o DataFolha também fez uma pesquisa sobre a descriminalização da maconha e teve um desfecho parecido. 67% afirmaram ser contra, resposta que foi 6% maior desde o ano passado.
A pesquisa de março ainda mostrou uma queda em pessoas que apoiam a descriminalização. Enquanto em setembro de 2023 eram 36%, em março deste ano o número caiu para 31%.
Quer entender como a terapia canabinoide vai ajudar na sua saúde? Clique aqui e fale com um especialista!
https://cannalize.com.br/69-dos-brasileiros-sao-contra-a-descriminalizacao-da-maconha/ Deputado quer proibir o uso da maconha em lugares públicosDe acordo com o deputado alagoano, o objetivo é “proteger a população dos efeitos nocivos que o uso traz”.
Após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que descriminalizou a maconha, o deputado estadual Alexandre Ayres (MDB), apresentou um projeto de lei para proibir o uso em locais públicos ou privados em Alagoas.
A proposta 997/2024 altera a lei nº 7.233, de 20 de janeiro de 2011 e proíbe não só o uso de cannabis e seus derivados, como cigarros ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco.
A proibição abrange praticamente tudo: edifícios públicos, estabelecimentos comerciais, e de prestação de serviço, transporte público, instituições de ensino, hospitais, unidades de saúde, bares e restaurantes.
O Projeto de Lei ainda precisa percorrer um longo caminho para a sanção.
Justificativa
De acordo com o texto, o uso só poderá ser liberado em estabelecimentos específicos e destinados ao consumo no local.
Na justificativa, o deputado explicou que o objetivo é “proteger a saúde da população dos efeitos nocivos que o uso traz”.
“Apresentamos esse projeto para tornar o consumo mais rigoroso e proibir o uso da droga em ambientes coletivos. A maconha, mesmo utilizada em pequenas quantidades, pode causar diversos problemas de saúde, tanto físicos quanto psicóticos, além de transtornos neurológicos”, explicou Ayres.
Decisão do STF
No final de junho o STF decidiu por maioria pela descriminalização do porte de maconha. Ainda estabeleceu uma quantidade mínima para diferenciar o usuário do traficante de 40 mg.
A decisão mudou o status da maconha de “crime” para “infração”. Ou seja, ainda não se pode usar maconha em qualquer situação, porém, ao invés de responder criminalmente, o indivíduo terá que se responsabilizar de forma administrativa. Como pagar uma multa, por exemplo.
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https://cannalize.com.br/maconha-alagoas-proibicao-locais-publicos/ Maconha no trânsito: O que mudou com a decisão do STF?Desde que os magistrados decidiram que o porte de maconha não era mais crime, questões como cannabis no trânsito vieram à tona
Depois que o STF (Superior Tribunal Federal) votou por maioria pela descriminalização da maconha, muitas dúvidas surgiram. A maior delas foi o que de fato mudou na prática com a decisão.
A descriminalização fez com que o porte de maconha deixasse de ser um crime e passasse a ser uma infração. Como fumar em ambiente fechado, por exemplo.
Por outro lado, ela não está legalizada, por isso, não dá para fumar por aí livremente. A polícia ainda pode te parar e confiscar a maconha e você também responderá em um processo administrativo.
E sim, fumar no trânsito ainda é uma infração bem grave. Dependendo do caso, você ainda pode ser preso.
O que diz a lei?
De acordo com o artigo 165 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro), dirigir sob influência de álcool ou de qualquer substância psicoativa que cause dependência constitui infração gravíssima com pena de multa e até a suspensão da carteira por um ano.
Dependendo do caso, não só a carteira, mas até o veículo pode ser retido.
Leia também: Habeas Corpus X autorização de cultivo: Quais as diferenças?
O artigo 306 do código de trânsito ainda diz que conduzir um veículo com as capacidades psicomotoras alteradas por álcool ou qualquer outra substância psicoativa, pode até causar detenção de seis meses a três anos.
Isso sem contar com multa e suspensão ou ainda, a proibição de dirigir novamente.
Como saber se a pessoa está alterada?
Primeiro que o simples ato de fumar, seja maconha ou qualquer outro tipo de cigarro, é passível de multa. O CTB diz que as mãos devem ficar apenas no volante, exceto quando for mudar a marcha ou acionar algum equipamento do veículo.
Contudo, caso suspeitem que você usou alguma substância, também podem te parar. Mas, diferente do bafômetro, que consegue medir a quantidade de álcool ingerida, as substâncias psicoativas precisam de um exame clínico para a confirmação.
Ah, e se negar a fazer os testes também é configurado como infração gravíssima.
Atualmente há até um “drogrômetro” em fase de testes. Trata-se de um aparelho que detecta a presença de drogas através da amostra de saliva. Mecanismo que já é utilizado em países como Austrália, Nova Zelândia e Inglaterra.
A maconha atrapalha na direção?
Que o THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato”, pode influenciar a mente, não é novidade. Por outro lado, as pesquisas sobre o cannabis e direção ainda são bastante limitadas.
Mas as que existem dizem que sim. Como por exemplo, um estudo feito pela universidade canadense Dalhousie em Halifax, que analisou acidentes envolvendo 50 mil pessoas por todo o mundo.
Publicada no British Medical Journal, ela concluiu que motoristas que usam a maconha até três horas antes de dirigir, têm o dobro de chances de se envolver em acidentes.
Ainda assim, os resultados por “consumo leve” não foram conclusivos.
Efeitos
Quando a cannabis é consumida, o cérebro libera dopamina, um tipo de hormônio que gera uma sensação de bem-estar. E é por isso que o consumidor fica feliz, relaxado, sonolento, com fome e não se lembra de muita coisa.
A sonolência por si só, já seria um fator de risco para quem dirige. Mas a maconha também afeta o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção de tempo por um curto período, o que pode ser perigoso.
Leia também: A ação da maconha no cérebro
Por outro lado, segundo um relatório americano publicado em 2017, os consumidores de maconha tendem a ter mais cuidado na hora de dirigir. No teste, voluntários receberam doses de maconha e álcool antes de entrar em um simulador de direção.
Os resultados mostraram uma alerta maior das pessoas que utilizavam maconha. Elas tinham mais cautela na estrada, se distanciaram mais dos outros veículos e andavam em velocidades menores por mais tempo, além de respeitar os limites de velocidade.
Mas a resposta definitiva é: melhor não arriscar.
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https://cannalize.com.br/maconha-no-transito-o-que-mudou-com-a-decisao-do-stf/ Ewé Igbó: A ancestralidade da cannabis é a maconhaA medicina negra que coexistiu com a medicina científica branca foi perseguida, garantindo um monopólio e condenando o saber milenar sobre plantas medicinais
Uma discussão que está sempre presente nas rodas de amigos, mas acredito que em todo o setor é sobre qual seria o termo correto para podermos nos referenciar a essa plantinha sagrada.
Lá fora, esse debate é muito quente, inclusive com um livro recentemente publicado, que joga mais gasolina no assunto e traz fortemente o racismo presente na palavra “marijuana”.
Por isso, atuar no setor de cannabis medicinal no Brasil é uma tarefa árdua por dois motivos:
O primeiro é a atualização em tempo real sobre a terapêutica, afinal estamos na vanguarda desse movimento. O segundo é o preconceito dos setores mais conservadores da sociedade.
Maconha ou cannabis?
Aqui no Brasil não é diferente. Toda vez que a grande mídia vai falar sobre tráfico de drogas, a palavra maconha estampa o noticiário e ecoa da boca dos jornalistas.
Quando falamos dos benefícios medicinais e como ela pode contribuir com a melhora da qualidade de vida da população, parece que o anjo da cannabis toca o coração desses que têm a grande missão de reportar em tempo real os avanços não só da ciência, mas questionar como a sociedade tem evoluído.
Dentro de mim, ecoa apenas uma questão: por que é tão difícil associar que maconha e cannabis são a mesma coisa? Essa não é uma discussão sobre terminologia correta e sim sobre o racismo estrutural tão presente na sociedade brasileira.
Muito antes da dita cannabis
Primeiramente, é preciso relembrar que a primeira descrição nos moldes que hoje a ciência utiliza, foi cunhada em 1753 por Carolus Linnaeus, que trouxe a nomenclatura Cannabis sativa L. Mas a planta já era utilizada há pelo menos, 8000 anos a.C.
Sua origem remonta ao sul da Ásia, mais especificamente à China e através de mercadores e navegantes se espalhou para a Europa, Oriente Médio e África. Aqui no Brasil, a plantinha chegou através dos escravos traficados pelos europeus.
Os primeiros registros da cannabis aqui no Brasil são de 1549. Dentro de bonecas amarradas em suas vestes, povos pretos escravizados traziam sementes da planta sagrada muito utilizada não só em rituais religiosos do povo Bantu e Iorubá, mas também como ferramenta terapêutica. Registros remontam mais de 400 “receitas” para cura e magia.
Ao longo de 524 anos de história, Ewè Igbó, maconha ou cânhamo-verdadeiro, esteve presente no dia-a-dia do povo brasileiro. Dentro das rodas de samba, nos clubes diambistas e até mesmo dentro do candomblé é possível encontrar referências a essa erva, normalmente relacionada ao Orixá Esù
Proibição
Ao mesmo tempo que todas essas manifestações culturais foram perseguidas pela política higienista, a planta também foi perseguida.
Leis como a “Pito de Pango” foram publicadas para evitar uma “contaminação” das camadas mais “abastadas” e brancas da sociedade colonial e imperial. Não faltam relatos históricos sobre a perseguição sofrida pela população negra durante toda a construção do ideal de nação.
Com o fim da escravidão e os avanços europeus no campo da ciência ocidental na segunda metade do século XIX, não houveram muitas mudanças, pois agora a política higienista utilizava do argumento científico para perseguir e invalidar o que veio de África.
A medicina negra que coexistiu com a medicina científica branca foi perseguida, garantindo um monopólio e condenando o saber milenar sobre plantas medicinais e suas utilizações empregado por mães e pais de santo no processo de cura não só de seus filhos, mas de uma população que foi e ainda é perseguida de maneira velada.
O que antes era visto como uma cura, foi perseguido e punido sobre a alcunha de feitiçaria, magia negra e macumba.
A atuação no mercado hoje
A criação de mecanismos seculares por meio do Estado, garantiu que apenas médicos clínicos e sanitaristas regulamentados pelo mesmo pudessem aplicar meios curativos à população, extinguindo o cargo de curandeiro.
O potencial terapêutico da planta sempre foi conhecido, porém o eugenismo presente em nossa sociedade teve um papel fundamental para demonizar tudo o que veio de África, como seus termos, estilo de vida e sua própria existência.
Ao longo de 136 anos após a libertação dos escravos, ainda enfrentamos diversos desafios como sociedade para o fim do racismo estrutural. A ciência teve um papel fundamental na construção do mesmo e hoje, ela tem o dever de corrigir os erros do passado, afinal um homem que conhece de sua história evita sua própria desgraça.
Nós, como trabalhadores do setor da cannabis, somos ferramentas ativas nessa batalha, não só de descriminalização, mas também de regulamentação, para garantir acesso a todo um povo que foi punido apenas por viverem suas crenças e costumes.
Apropriar-se do termo maconha é resgatar a ancestralidade de cura envolvida nessa planta milenar que não só esteve presente em toda a história da humanidade mas que também auxilia na resolução de seus problemas.
Referências:
SAAD, Sylvia de Oliveira. Rituais de cura e encantamento: uma visão etnobotânica do Candomblé. In: Estudos Interdisciplinares em Etnobotânica. São Paulo: SciELO – Editora UNESP, 2021. Disponível em: https://books.scielo.org/id/xtmmc/pdf/saad-9786556302973-06.pdf. Acesso em: 16 jun. 2024.
História e ancestralidade: o uso da maconha pelos negros no Brasil. Elástica, 2021. Disponível em: https://elastica.abril.com.br/especiais/maconha-negros-historia-ancestralidade-cannabis. Acesso em: 16 jun. 2024.
Cannabis ou Maconha? Entenda as diferenças. Cannalize, 2021. Disponível em: https://cannalize.com.br/cannabis-ou-maconha-livro/. Acesso em: 16 jun. 2024.
https://cannalize.com.br/ewe-igbo-a-ancestralidade-da-cannabis-e-a-maconha/ Quatro pontos para entender a decisão do STFSaiba o que muda na prática após a decisão de descriminalização da maconha pelo STF
Nesta semana, o STF (Superior Tribunal Federal) determinou por maioria pela descriminalização da maconha. O voto controverso do ministro Dias Toffoli foi essencial para a decisão histórica.
O ministro havia falado a favor da descriminalização na sessão da semana passada, mas o seu voto foi entendido como uma negativa. Na tarde de ontem (25), Toffoli esclareceu o seu posicionamento e somou à maioria pela descriminalização da maconha.
Mas na prática, o que muda? Selecionamos quatro pontos para você entender melhor sobre a decisão.
#Ponto 1
O que estava em julgamento?
A princípio, o que estava em julgamento era a descriminalização de todas as drogas, mas os ministros acharam por bem restringir apenas ao porte de maconha.
O processo pedia a inconstitucionalidade do artigo 28 da lei 11.343/2006 da Lei de Drogas, que considera crime guardar, transportar, adquirir e transportar drogas para consumo pessoal e prevê penas de serviços à comunidade.
Com a decisão de descriminalização, os ministros entenderam que o uso de maconha não é mais considerado crime perante a lei. Por outro lado, ainda pode ser passível de algum tipo de sanção civil ou administrativa.
A maioria do STF também entendeu que é inconstitucional a lei não definir os critérios objetivos para diferenciar o usuário do traficante .
#Ponto 2
O uso de cannabis não está legalizado
Como visto acima, a descriminalização não é a mesma coisa que a legalização. Por isso, a maconha continua sendo ilegal e as pessoas ainda poderão ser abordadas pela polícia na rua.
A diferença é que agora o usuário não responderá criminalmente, mas de forma administrativa, assim como uma infração de trânsito, jogar papel no chão ou fumar em lugares proibidos.
A punição para esses casos é advertência ou assistir a cursos.
#Ponto 3
Como será a diferença entre usuário e traficante?
Atualmente, não há uma quantidade específica que diferencie traficante de usuário. Cabe à justiça definir cada caso. O problema, que inclusive foi debatido nas sessões do STF, é que sem a padronização, as pessoas são presas por quantidades diferentes.
Principalmente negros. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper, 31 mil pessoas pardas e pretas foram enquadradas como traficantes em situações semelhantes àquelas que brancos foram tratados como usuários no Brasil.
Por isso, nas próximas sessões os ministros irão definir uma quantidade para diferenciar o usuário do traficante. Até o momento, cinco deles já sugeriram uma quantia para essa diferença, de 60 gramas ou seis plantas fêmeas.
Leia também: Cannabis: qual a diferença entre despenalização, descriminalização e legalização?
Entre eles estão os magistrados Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber. Já os ministros Cristiano Zanin e Kássio Nunes Marques, fixaram uma quantidade menor, de 10 gramas apenas.
Para Edson Fachin, o Congresso Nacional deve definir a quantidade. Já Dias Toffoli defende que essa deva ser uma decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
#Ponto 4
A decisão não é instantânea
Como ainda faltam algumas questões técnicas para acertar, como definir a quantidade considerada tráfico, por exemplo, a decisão não é instantânea.
É estimado uns bons longos meses pela frente para definir todos os parâmetros para a medida começar a valer. Para se ter uma ideia, o prazo é de 18 meses.
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https://cannalize.com.br/decisao-stf-descriminalizacao-maconha/ Mercado mundial de maconha legal já movimenta R$175 biDos países legalizados ou com estados que permitem a maconha, os EUA e o Canadá continuam levando a maior parte dessa bolada
De acordo com um levantamento da BDSA, uma empresa americana de dados de cannabis, o mercado global de maconha legal já movimenta cerca de R$175 bilhões por ano.
De acordo com o relatório publicado em 2023, a tendência é que esse número aumente ainda mais, com uma expectativa de R$300 bilhões anualmente até 2027.
Os principais players continuam sendo os Estados Unidos e o Canadá. Os demais países devem movimentar aproximadamente R$35 bilhões nos próximos três anos. Parte dessa remessa pode ser da Alemanha, que está consolidando um mercado forte.
“Os novos mercados de uso adulto na Alemanha e no México são os principais impulsionadores do crescimento global, e espera-se que os atuais programas limitados de cannabis medicinal se expandam, principalmente na União Europeia e na América Latina”, escreveram no levantamento.
Leia também: 82% dos cultivos de cannabis são para fins medicinais
A cannabis é a droga ilícita mais consumida no mundo, com cerca de 150 milhões de consumidores. Quase 3% da população mundial, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
E o Brasil?
Por outro lado, segundo um levantamento divulgado pelo DataFolha em março deste ano, 67% dos brasileiros afirmam ser contra a descriminalização da maconha para o uso pessoal.
Número que cresceu 6% desde 2023. Consequentemente, a pesquisa ainda mostrou que o apoio à descriminalização também diminuiu. Em setembro do ano passado, 36% da população era a favor, mas o número caiu para 31%.
2% não sabem dizer.
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https://cannalize.com.br/mercado-mundial-de-maconha-legal-ja-movimenta-r175-bi/ EUA perdoa mais de 175 mil condenados por posse de maconhaO estado de Maryland tem o uso recreativo liberado desde o ano passado, mas o governador sentiu que precisava corrigir “erros históricos”
Na noite deste domingo (16) o governador de Maryland, nos Estados Unidos, anunciou que irá perdoar mais de 175 mil condenados por acusações de posse de maconha. Segundo o Washington Post, o governador Wes Moore irá emitir o perdão na manhã desta segunda (17).
Os indultos também serão aplicados para pessoas que tiveram alguma pena pelo crime, mas já morreram.
“Serão perdoadas todas as acusações de contravenção por posse de maconha que o judiciário de Maryland puder localizar no sistema eletrônico de registros judiciais do estado, junto com todas as acusações de contravenção e apetrechos vinculados ao uso ou posse de maconha”, disse a reportagem do Washington Post.
Em entrevista, o governador disse que essa é uma medida para “corrigir erros históricos”. Para ele, para criar um crescimento econômico inclusivo é necessário “remover barreiras” que dificultam principalmente negros.
Leia também: Joe Biden perdoa condenados por posse e uso de maconha
Os indultos serão feitos no do mesmo dia do Juneteenth, um feriado que comemora o fim da escravidão nos Estados Unidos. Embora o perdão seja para qualquer pessoa condenada por posse, os negros são a parte mais afetada pela criminalização.
Para além da emenda constitucional
A emenda constitucional sobre a legalização da cannabis recreativa foi aprovada pelos eleitores de Maryland em 2022 e entrou em vigor um ano depois. Ela aprovou o uso e posse por pessoas com 21 anos ou mais. Mas parece que o perdão foi um bônus.
Agora, espera-se que os dispensários do estado gerem mais de US$30 bilhões em vendas neste ano, de acordo com uma estimativa do MJBiz.
Atualmente, cerca de 27 estados já legalizaram o uso adulto da maconha. Outros 38 permitem apenas o uso medicinal.
Mas em abril deste ano, o governo de Joe Biden reclassificou a maconha como uma substância de risco menor. Antes, a planta era classificada na lista I e estava ao lado de drogas como heroína e ecstasy.
Hoje na Classe III, a cannabis está classificada como uma substância controlada e é equivalente a medicamentos prescritos.
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https://cannalize.com.br/eua-perdoa-mais-de-175-mil-condenados-por-posse-de-maconha/ Governo dos EUA propõe a reclassificação da maconha
O objetivo é colocar a maconha na lista de substâncias mais brandas, ao lado de drogas como cetamina e codeína
Nesta quinta-feira (16) o governo de Joe Biden, nos Estados Unidos, propôs a reclassificação da maconha para uma lista com drogas de baixo risco. A mudança histórica pode alterar regras que valem há mais de 50 anos.
Em um vídeo divulgado, o presidente disse que ninguém deveria estar na prisão por usar ou possuir maconha. “Muitas vidas foram alteradas devido a uma abordagem equivocada em relação à maconha e me comprometi a corrigir esses erros”, afirmou.
De acordo com a CSA, sigla em inglês para Lei de Substâncias Controladas, desde a década de 1970 a maconha está na Lista I de substâncias controladas, junto à heroína, o ecstasy e o LSD.
A proposta é mudar a maconha para a Lista III, uma classificação mais branda. Aqui, a cannabis seria considerada uma droga de dependência moderada a baixa e estaria ao lado de substâncias como cetamina e analgésicos que possuem codeína.
Leia também: Cannabis pode reduzir uso de opioides, segundo estudo
Por outro lado, a maconha será considerada uma substância controlada até que o processo seja concluído. Ainda será necessário um período de consulta pública e possivelmente até audiência perante a um juiz.
Enquanto a mudança em nível federal não acontece, os estados criam suas próprias leis sobre o tema. Até agora, dos 50 estados norte-americanos, 24 já legalizaram o uso recreativo e 38 o uso medicinal.
Ainda tem dúvidas sobre o uso terapêutico? Tire suas dúvidas sobre cannabis medicinal!
https://cannalize.com.br/governo-dos-eua-propoe-a-reclassificacao-da-maconha/ Senado paraguaio quer revisar leis sobre o uso de maconhaVisto que o Paraguai é o maior produtor de maconha da América do Sul, objetivo é eliminar a clandestinidade através da legalização.
Com informações de senado.gov.py
Na última terça-feira (23), o senado paraguaio iniciou uma mesa de trabalho para revisar uma lei nacional que reprime o tráfico de drogas.
A iniciativa partiu de uma reunião extraordinária convocada pela Comissão de Prevenção, Combate ao Tráfico de Drogas e Crimes Conexos, presidida pelo senador Sérgio Rojas.
O objetivo pautado na reunião era de analisar a regulamentação integral da cannabis para uso medicinal, industrial e pessoal mas, segundo a imprensa oficial do senado paraguaio, o senador ressaltou que seu objetivo é legalizar a maconha para eliminar a clandestinidade.
“O debate é amplo e aberto, a ideia é tirar uma conclusão geral”, enfatizou o senador.
Visto que o Paraguai é provavelmente o maior produtor de maconha da América do Sul, o parlamentar alega que realizar uma reunião com os setores industrial, medicinal e recreativo deve transformar a cannabis em um fator de desenvolvimento para o Paraguai, em termos de impostos e exportações.
Atualmente, há cinco projetos de lei apresentados sobre o tema, sendo três no Senado e dois na Câmara dos Deputados. Além disso, o país já cultiva cannabis industrial não psicoativa para a produção de medicamentos.
https://cannalize.com.br/senado-paraguaio-quer-revisar-leis-sobre-o-uso-de-maconha/ Joe Biden volta a defender a maconha para conquistar os jovensO movimento de mudanças sobre cannabis, é uma visto como uma forma de recuperar apoio, principalmente dos mais jovens
Ao que parece, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está prestes a promover o maior relaxamento na lei federal de cannabis dos últimos tempos. Movimento que é visto pela campanha como uma forma de recuperar o apoio dos mais jovens.
O democrata, que sempre se destacou um apoiador na guerra às drogas, têm mostrado uma postura pró-cannabis desde que foi eleito. Tanto que perdoou condenados federais por posse de cannabis em 2022.
Agora, o presidente entrou para a história ao ser o primeiro a defender um afrouxamento na regulação federal de maconha, durante um evento que aconteceu em março. ao fim do discurso, Biden foi recebido por aplausos de seus colegas de partido e destacou:
“A revisar a classificação federal da maconha e expurgar milhares de condenações por mera posse, porque ninguém deve ser preso simplesmente por usar ou ter isso em seu registro”.
Mais estadunidenses defendem a legalização da maconha
Por outro lado, a posição mais incisiva também pode estar relacionada ao número maior de cidadãos apoiando a legalização. De acordo com uma pesquisa realizada em outubro do ano passado, 70% dos americanos acreditam que o uso de maconha deva ser legalizado.
Número que é quase o dobro de 10 anos atrás, quando apenas 34% da população era a favor do uso recreativo.
Hoje, o uso adulto da maconha é legal em 24 estados e o uso medicinal, em outros 12 deles. Por outro lado, uma mudança federal exige a aprovação do Congresso e isso ainda está longe de acontecer.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/joe-biden-volta-a-defender-a-maconha-para-conquistar-os-jovens/ Após descriminalização, mapa alemão mostra onde o uso recreativo é permitidoUm desenvolvedor alemão se dedicou a produzir um mapa em software livre mostrando onde pode – e onde não pode – consumir maconha livremente naquele país
Com informações de Canna Reporter e Correio Braziliense
A última segunda-feira (1) ficou marcada pelo início da descriminalização da maconha na Alemanha. A partir desta data. maiores de 18 anos podem portar até 25 gramas de cannabis em público e cultivar até três plantas em casa.
As restrições de consumo são voltadas para horários e regiões. Por exemplo, pessoas não poderão fumar maconha perto de escolas, centros desportivos ou em “zonas de pedestres” entre as 7h00 e as 20h00.
Pensando nisso, um desenvolvedor de software anônimo resolveu literalmente mapear as distâncias mencionadas na lei e o que isso significaria. “Nunca tinha criado um mapa assim, por isso acabou por ser um projeto interessante”, disse o dev ao portal português CannaReporter.
O mapa chama-se BubatzKarte e é baseado em dados públicos do OpenStreetMap, o que significa que todos podem sugerir alterações, como um projeto de software livre. As distâncias para proibição do consumo de canábis em espaços públicos são visualizadas em vermelho.
O desenvolvedor disse que desde que a lei foi aprovada, o número de utilizadores diários do BubatzKarte tem aumentado para 50.000 a 100.000 utilizadores por dia.
No intuito de proteger as crianças e menores de idade, a lei alemã menciona “Sichtweite” (que em Português significa visibilidade), ou seja, o consumo também é proibido se for visível a uma distância de até 100 metros de locais como escolas e centros desportivos.
O desenvolvedor alemão diz que esta é “pelo menos uma maneira de ver se algum local relevante conhecido está a uma distância de 100 metros. Mesmo limitando a utilidade do mapa, ainda assim é útil ter uma ideia do que observar e ter em conta”.
https://cannalize.com.br/mapa-cannabis-alemanha/ Cresce número de brasileiros contra a descriminalização da maconhaO número de pessoas que se dizem contrárias ao porte de maconha para o uso pessoal cresceu em todos os cenários
De acordo com um levantamento divulgado pelo Datafolha neste final de semana (23), 67% dos brasileiros afirmam ser contra a descriminalização do porte de maconha para o uso pessoal.
Número que tem crescido desde o ano passado, quando a média de pessoas contrárias era 6% menor.
Consequentemente, a pesquisa também mostrou uma queda de pessoas que apoiam a descriminalização. Em setembro do ano passado, por exemplo, 36% da população era a favor, mas o número caiu para 31%.
No levantamento atual, 2% não souberam responder.
Julgamento do STF
A enquete foi feita com mais de duas mil pessoas maiores de 16 anos nos dias 19 e 20 de março em 147 municípios do país, com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A pergunta feita aos entrevistados foi elaborada com base no julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que analisa a descriminalização do porte de maconha. A questão foi a seguinte:
“ O STF está julgando um caso que pode descriminalizar, ou seja, deixar de tratar como crime, a posse de pequenas quantidades de maconha. Na sua opinião, portar uma pequena quantidade de maconha deveria deixar de ser crime ou não?”
Segundo o levantamento, parece que a posição contrária à descriminalização cresceu entre jovens de 16 a 24 anos. De 46% de opositores, o número cresceu para 55%.
Cenário maior entre pretos e pardos
A maioria das pessoas pardas e pretas também não defendem o porte de maconha para uso pessoal. Entre aqueles que se definem como pardos, por exemplo, 64% dizem ser contra a descriminalização
Entre os entrevistados que se reconhecem como pretos, o número ainda é maior, com 72% contrários.
Outros cenários, como entre o grupo de pessoas mais escolarizadas, o número de pessoas contra o porte de maconha cresceu de 53% no ano passado para 68% neste ano,
Petistas e Bolsonaristas
Daqueles que se identificam como bolsonaristas, 76% afirmam ser contra a descriminalização e apenas 22% se consideram favoráveis. 1% ainda não souberam responder.
Entre os petistas,o número de pessoas contra o porte de maconha, também é maioria. São 59% contra 39% que aprovam.
Em relação àqueles que se consideram neutros em relação aos dois grupos políticos, 69% não apoiam a descriminalização e apenas 29% querem.
Enquanto isso, o julgamento no STF segue com o placar de cinco votos a favor e três contrários.Falta apenas mais um voto para que o porte pessoal de maconha não seja crime.
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https://cannalize.com.br/maconha-descriminalizacao-datafolha/ Doação de órgãos por consumidores de maconha não apresenta riscos, segundo estudoSegundo a pesquisa, os órgãos de pessoas que utilizaram a maconha podem ser doados sem complicações para quem vai receber
Um novo estudo financiado pelo governo estadunidense examinou os possíveis riscos da doação de órgãos por consumidores de maconha.
Segundo a pesquisa, não foi encontrada nenhuma indicação de que o uso recente aumente a probabilidade de complicações significativas no ano após um transplante.
Ainda assim, muitos prestadores de cuidados de saúde continuem a restringir os transplantes aos consumidores de cannabis.
Sem risco aos pulmões
O estudo analisou as taxas de infecções, fracassos de transplantes e mortes entre os receptores, e sugere que os órgãos de dadores com histórico de consumo recente de maconha não representam riscos infecciosos significativos no período inicial pós-transplante.
Mesmo ao avaliar apenas receptores de pulmão, não houve nenhuma associação entre o uso de maconha por doadores e o risco de infecção pós-transplante.
“Apesar da preocupação de que a exposição do doador à maconha aumente o risco de infecção, nosso estudo descobriu que o histórico de uso de maconha do doador não apresentou ameças respiratórias, risco de infecção bacteriana ou fúngica e nem a falha do enxerto ou morte pós-transplante”, escreveram os autores.
Receio
À medida que mais estados legalizaram a maconha, as taxas relatadas de consumo entre adultos também aumentaram, observa o novo estudo, publicado no final do mês passado no American Journal of Transplantation.
“É provável que uma proporção crescente de doadores de órgãos falecidos também tenha um histórico de uso de maconha”, afirma, “embora esta métrica não tenha sido relatada especificamente”.
Os pesquisadores afirmam que as infecções são a principal preocupação. Descobertas anteriores, por exemplo, mostram que as próprias folhas de maconha podem estar contaminadas com bactérias e fungos potencialmente perigosos.
Dessa forma, a maconha inalada tem sido associada a certas infecções entre receptores de transplantes, enquanto surtos bacterianos também têm sido associados ao uso de maconha entre a população não transplantada.
O que ficou menos claro é se os órgãos de usuários de maconha poderiam representar riscos para os receptores de transplantes.
“O objetivo do nosso estudo”, escreveram os autores, “é caracterizar melhor os riscos de infecção que o uso de maconha entre doadores falecidos de órgãos pode representar para os receptores”.
Como o estudo foi feito
Conduzido por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, da Universidade da Califórnia em São Francisco, da Universidade Temple e do Programa de Doadores Gift of Life, o estudo analisou dados de três centros de transplante na Filadélfia.
Incluiu transplantes entre 1º de janeiro de 2015 e 30 de junho de 2016 envolvendo órgãos adquiridos pelo programa Gift of Life. A pesquisa foi financiada pelos Institutos Nacionais de Saúde, Centros de Controle e Prevenção de Doenças e Programa de Subsídios para Pesquisa Inovadora da Transplant Foundation.
Os transplantes foram definidos como provenientes de um usuário recente de maconha, caso um exame toxicológico mostrassse a presença de THC (tetraihdrocanabinol) ou se um parente próximo ou um informante do doador relatasse que o falecido tinha um histórico de uso de cannabis nos últimos 12 meses.
Analisando dados de centenas de transplantes de órgãos, os pesquisadores avaliaram três resultados primários: se os exames dos próprios doadores tiveram resultado positivo para infecção bacteriana ou fúngica, se os receptores de órgãos desenvolveram novas infecções bacterianas ou fúngicas invasivas e se o transplante resultou na falha do enxerto ou na morte do receptor.
Para cada resultado, não encontraram aumento significativo no risco envolvendo doadores com histórico de uso recente de cannabis.
https://cannalize.com.br/estudo-maconha-doacao-orgaos/ Comissão de Justiça do Senado aprova PEC que proíbe o porte de drogasA proposta ainda precisa percorrer um longo caminho para de fato fazer parte da Constituição. A aprovação foi uma resposta ao julgamento do STF
Nesta quarta-feira (13) a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que criminaliza o porte de drogas. Agora, a pauta segue para votação do plenário, mas ainda não há uma data.
A aprovação da PEC é uma reação ao STF (Supremo Tribunal Federal), que voltou a discutir a descriminalização do porte de maconha na semana passada (6). A votação está em cinco favoráveis contra três contrários.
Com mais um voto favorável, o STF pode descriminalizar o porte e o uso de maconha.
Como anda a PEC
De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC é diferente, ela pretende inserir no artigo 5º da Constituição a proibição da posse ou porte de qualquer tipo de entorpecente.
A aprovação de ontem ocorreu de forma simbólica, ou seja, não houve a contagem nominal de votos. Apenas os senadores Humberto Costa (PT-PE), Fabiano Contarato (PT-ES) e Jaques Wagner (PT-BA) foram contra.
Durante a discussão, o relator do projeto, o político Efraim Filho (União -PB), citou a votação do STF e ainda afirmou que o assunto é de competência do Congresso e não do Judiciário.
Já o senador Contrato rebateu as críticas e disse que o maior número de pessoas presas por tráfico são negras e pobres. “Nós temos aqui que um branco no Brasil, para ser definido como traficante, ele tem que ter 80% de substância a mais que um negro. É o Estado criminalizando a pobreza, criminalizando a cor da pele”, disse.
Enquanto isso, o STF está há um voto para descriminalizar o porte de maconha. O julgamento foi interrompido após pedido de vista do ministro Dias Toffoli e também não tem data para ser retomado.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/comissao-de-justica-do-senado-aprova-pec-que-proibe-o-porte-de-drogas/ STF: Placar para descriminalizar a maconha para uso pessoal está em 5 a 3O STF retomou as discussões nesta quarta-feira. Ministros André Mendonça e Nunes Marques foram contrários à proposta
Nesta quarta-feira (06), o STF (Supremo Tribunal Federal) retomou o julgamento que pode descriminalizar o porte de maconha para uso próprio. Porém, a votação ainda não foi dada como vencida, pois a maioria dos votos (seis) ainda não foi atingida.
Até o momento a votação está com 5 votos favoráveis à descriminalização, contra 3 contrários. O julgamento foi interrompido após pedido de vista do ministro Dias Toffoli.
O objetivo da audiência é julgar se o Artigo 28 da Lei Antidrogas sobre o porte e o transporte de maconha para consumo pessoal é constitucional ou não.
Antes do início das atividades, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso alertou que neste momento a Corte não está discutindo a descriminalização da maconha, mas sim a descriminalização do uso pessoal.
A ideia é decidir qual quantidade passará a ser considerada permitida para uso individual – diferenciando assim, do tráfico de drogas.
Primeiro debate do ano
Mais dois ministros declararam seu voto nesta quarta-feira. O primeiro a votar foi André Mendonça, que pediu vista na sessão anterior, ainda no ano passado.
Mendonça votou contra a proposta, declarando que o Artigo é constitucional. De acordo com o ministro, cabe ao legislativo diferenciar um indivíduo que fuma maconha de um traficante, por exemplo.
“Quem vai conduzir para a delegacia? Quem vai aplicar a pena? Na prática, nós estamos liberando o uso da maconha”, questionou. Ele também afirmou que o consumo da planta aumentou em países que legalizaram o uso adulto.
Em seguida, o ministro Nunes Marques acompanhou o voto anterior e também foi contrário à inconstitucionalidade do Artigo. Ele afirmou que espera por um modelo ideal de descriminalização no futuro, mas neste momento, o maior compromisso é com as famílias brasileiras.
“A resposta da família pobre que tem um filho viciado, ainda que em drogas leves, sempre será a mesma: que é ilícito”, ressaltou ao ministro dizendo que essa medida manterá as pessoas longe da criminalidade e do vício.
Sessões anteriores
A discussão sobre descriminalizar o consumo pessoal da maconha já foi interrompido diversas vezes.
Seis ministros já haviam declarado o voto antes da sessão de hoje: Gilmar Mendes (relator da proposta), Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber que votaram a favor. Apenas o ministro Cristiano Zanin votou contra.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/stf-descriminalizacao-maconha/ Alemanha aprova projeto de legalização da maconhaO parlamento da Alemanha aprovou oficialmente um projeto de lei para legalizar a maconha e até o cutlivo em todo o país
Nesta semana, o parlamento da Alemanha votou e aprovou o projeto de lei que legalizou a posse e o cultivo doméstico de cannabis, além de autorizar clubes sociais a distribuir maconha aos membros.
A proposta ainda precisa ir para uma câmara legislativa separada, contudo, os seus membros não vão poder impedir que a reforma seja promulgada.
Mas parece que a regulamentação vai demorar um pouco. Embora os apoiadores tenham dito que a legalização entraria em vigor em abril, se fosse promulgada, há novas questões sobre esse cronograma.
Isso porque o parlamento pode submeter a legislação a um “comitê de mediação” para abordar as implicações da lei relacionadas com a justiça criminal, o que pode significar vários meses de discussão adicional.
Combate ao mercado paralelo
A votação em plenário ocorre semanas depois de os líderes do chamado governo de coalizão da Alemanha anunciarem que chegaram a um acordo final sobre o projeto de legalização.
O Ministro da Saúde, Karl Lauterbach, que há meses lidera o governo no plano da cannabis, disse antes da votação em plenário que o país está “alterando fundamentalmente a nossa política de controlo da cannabis, a fim de combater o mercado negro”.
“O segundo objetivo é uma proteção melhor para as crianças e jovens”, disse apontando para as elevadas taxas de consumo entre jovens. Ainda complementou que a proposta de legalização é uma “modernização urgentemente necessária da nossa política sobre a cannabis”.
Kirsten Kappert-Gonthe, do Partido Verde, chamou o atual sistema de criminalização de “absurdo”, dizendo que a proibição criou uma situação em que “crianças e jovens no nosso país podem facilmente obter cannabis em cada esquina” devido à falta de regulamentos que o o mercado legal, em contraste, será instituído.
Kristine Lütke, legisladora de um dos partidos do país, disse que a legalização “fortalece a liberdade individual na Alemanha”.
“Hoje um capítulo chega ao fim e um novo começa”, disse ela. “Estamos falando de uma virada histórica. Estamos votando por uma mudança de paradigma na política alemã sobre cannabis.”
Sob a legalização, “os consumidores sabem de onde vem a cannabis, quanto têm, quanto contém e sabem que não está misturada com substâncias prejudiciais à saúde – drogas muito mais perigosas”, disse Lütke.
Contrários
Os alemães apoiam a legalização, mas apenas por uma margem estreita, de acordo com uma nova sondagem. 47% apoiam a reforma, em comparação com42% que são contra, e outros 11% indecisos, segunndo a pesquisa do YouGov.
Os membros da aliança de centro-direita, por exemplo, opuseram-se fortemente à reforma. A legisladora Simone Bourchardt, por exemplo, argumentou que a legalização “seria um fardo adicional” para o “sistema de saúde sobrecarregado” do país, apontando para a “deficiência das capacidades cognitivas” da maconha.
Numa reunião em dezembro, o ministro da saúde respondeu a perguntas dos membros, alguns dos quais se opõem à legalização. Em vários pontos, ele rebateu os legisladores que sugeriram que a nova lei enviaria a mensagem errada aos jovens e levaria ao aumento do consumo por menores, dizendo que os seus argumentos “deturpavam” a legislação.
Críticas
Foi realizado recentemente uma audiência no Comitê de Saúde, na qual os oponentes criticaram alguns elementos da proposta.
O órgão também ouviu uma proposta política concorrente da União, uma aliança política da União Democrata Cristã e da União Social Cristã, que não legalizaria a maconha, mas em vez disso “melhoraria a proteção à saúde e fortaleceria a educação, a prevenção e a pesquisa”. Kappert-Gonther disse na época.
O ministro da Saúde respondeu às primeiras críticas ao projeto de lei por parte de grupos médicos e responsáveis pela aplicação da lei, enfatizando que a reforma seria associada a uma “grande campanha” para educar o público sobre os riscos do consumo de cannabis.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/alemanha-legalizacao-maconha/ Maconha na adolescência não está associado a piores resultados educacionais, segundo estudoPesquisadores realizaram um estudo de coorte com milhares de indivíduos
O consumo de álcool na adolescência está associado a um menor nível de escolaridade na idade adulta, enquanto o uso de maconha não, segundo um novo estudo publicado na BMC Public Health.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores de três universidades finlandesas investigaram associações entre o uso de álcool e cannabis por adolescentes e o subsequente nível de escolaridade em uma coorte de mais de 7.700 indivíduos.
A análise dos dados obtidos a partir de um estudo multidisciplinar de coorte de nascimentos, do registro nacional de educação e questionários que os participantes receberam durante o estudo de campo revelou que o uso frequente de álcool durante a adolescência foi associado a piores resultados educacionais aos 33 anos de idade.
Sem ligação com a maconha
Já o consumo de maconha ao longo da vida até os 16 anos não teve ligação com o nível de escolaridade na idade adulta, após o ajuste dos fatores de confusão.
Segundo os autores, quando as variáveis foram controladas, o uso de cannabis “não foi associado de forma estatisticamente significativa a menores probabilidades de escolaridade universitária”.
“Neste grande estudo de coorte de nascimentos com acompanhamento de 17 anos, idade mais jovem na primeira intoxicação, maior frequência de intoxicação por álcool e alta tolerância ao álcool autorrelatada aos 15/16 anos de idade foram associadas a piores resultados educacionais na idade de 33 anos. Estas associações adversas foram evidentes independentemente de uma série de potenciais fatores de confusão, tais como problemas comportamentais/emocionais aos 7/8 anos de idade e nível de escolaridade dos pais. A associação entre o uso de cannabis ao londo da vida dos adolescentes e o nível de escolaridade na idade adulta não foi mais estatisticamente significativa após o ajuste para possíveis fatores de confusão, incluindo o uso de álcool”, escreveram no artigo.
A conclusão do estudo é de que avaliações da idade da primeira embriaguez alcoólica, alta tolerância ao álcool autorrelatada e frequência de intoxicação por álcool durante a adolescência devem ser incluídas na implementação de estratégias de triagem destinadas a identificar adolescentes em risco de problemas sociais subsequentes.
O uso de maconha durante a adolescência também não é um fator de risco para o desenvolvimento de psicose na idade adulta, segundo descobertas anteriores.
Um estudo publicado em 2022 no Journal of Abnormal Psychology não encontrou evidências de um efeito da cannabis no psicoticismo ou em qualquer uma de suas facetas em modelos de controle de cogêmeos que compararam o gêmeo que usa mais maconha com o gêmeo que usa menos.
“Embora o uso e o transtorno por uso de cannabis estejam consistentemente associados ao aumento do risco de psicose, os presentes resultados sugerem que essa associação é provavelmente atribuível a confundimentos familiares, e não a um efeito causal da exposição à cannabis”, escreveram os pesquisadores da Associação Americana de Psicologia.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/estudo-maconha-adolescencia-smokebuddies/ 4,3% da população mundial consome maconha, segundo relatório da ONUCerca de 219 milhões de pessoas no mundo fazem uso da planta e a tendência é que o número aumente, segundo o relatório
A maconha continua a ser a droga mais consumida em todo o mundo e seu consumo segue aumentando, segundo o último “Relatório Mundial sobre Drogas” das Nações Unidas.
O levantamento evidencia mais uma vez a ineficácia da política proibicionista, revelando níveis sem precedentes de oferta e consumo de substâncias ilícitas.
“O uso de drogas continua alto em todo o mundo. Em 2021, 1 em cada 17 pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos no mundo tinha consumido uma droga nos últimos 12 meses. O número estimado de usuários cresceu de 240 milhões em 2011 para 296 milhões em 2021 (5,8 por cento da população mundial com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos). Este é um aumento de 23 por cento, em parte devido ao crescimento populacional”, afirma o documento.
De acordo com o relatório, os dados reportados pelos próprios consumidores de substâncias sugerem uma mudança recente para plataformas de redes sociais para a compra de drogas, especialmente cannabis, cocaína e “ecstasy”.
Números em crescimento
Os dados mostram que a maconha ainda é a droga mais consumida no mundo, com uma estimativa de 219 milhões de consumidores (4,3% da população adulta mundial) em 2021. Além disso, segundo o relatório, esse número está subindo — enquanto a proporção de mulheres que consomem cannabis também está aumentando.
“O consumo da droga está a aumentar e, embora a nível mundial os consumidores de cannabis sejam maioritariamente homens (cerca de 70 por cento), a divisão entre gêneros está a diminuir em algumas sub-regiões; as mulheres representam 42% dos usuários de cannabis na América do Norte”, afirma a ONU em sua publicação.
Considerando que a maconha é uma planta com inúmeras propriedades medicinais, apontadas por estudos e relatos de caso em todo o mundo — o que ensejou inclusive sua reclassificação pela ONU para uma lista que reconhece seu valor medicinal — não é uma surpresa que ela seja muito mais consumida que outras substâncias.
Segundo o levantamento, em 2021, estima-se que 36 milhões de pessoas consumiram anfetaminas, 22 milhões consumiram cocaína e 20 milhões consumiram substâncias do tipo “ecstasy” no último ano.
Contudo, os opioides continuam a ser o grupo de substâncias que mais contribui para os danos graves relacionados às drogas, “incluindo as overdoses fatais”. “Estima-se que 60 milhões de pessoas consumiram opioides não medicinais em 2021, 31,5 milhões das quais consumiram opiáceos (principalmente heroína)”, afirma o relatório.
Opioides são a principal causa de morte
Ainda de acordo com o documento, os opioides continuam a ser a principal causa de morte por overdose. “Os opioides foram responsáveis por quase 70 por cento das 128.000 mortes atribuídas a distúrbios relacionados com o consumo de drogas em 2019”, aponta o relatório.
O documento ainda destaca que os distúrbios causados pelos opioides representaram a maioria: “71 por cento dos 18 milhões de anos saudáveis de vida perdidos devido a morte prematura e incapacidade em 2019”.
Segundo o relatório, a principal substância causadora de transtorno por uso de droga comunicada pelos usuários varia de acordo com a região, sendo que “na maior parte da Europa e na maior parte das sub-regiões da Ásia, os opiáceos são a droga principal mais frequente das pessoas em tratamento da toxicodependência, enquanto na América Latina é a cocaína, em partes de África é a cannabis, e no Leste e Sudeste Asiático é a metanfetamina”.
As estimativas da ONU também sugerem um aumento no número de pessoas que consomem substâncias injetáveis.
“Estima-se que 13,2 milhões de pessoas consumiam drogas injetáveis em 2021. Esta estimativa é 18 por cento superior à de 2020 (11,2 milhões). Este aumento deve-se às novas estimativas disponíveis nos Estados Unidos e em alguns outros países. A Europa Oriental (1,3 por cento da população adulta) e a América do Norte (1,0 por cento) continuam a ser as duas sub-regiões com a maior prevalência estimada de pessoas que injetam drogas e, em termos absolutos, a América do Norte tem agora o maior número de indivíduos que relatam injetar drogas”, diz o relatório.
A ONU alerta que o risco de contrair HIV é 35 vezes maior para quem injeta substâncias, apontando para uma estimativa global de que 12% (1,6 milhão) das pessoas que injetam drogas vivem com o vírus.
O número de portadores de HIV poderia ser muito inferior se mais países abandonassem as políticas ultrapassadas de proibição e passassem a se preocupar mais com a saúde da população, adotando a legalização das drogas e estratégias de redução de danos, como a distribuição de seringas e a disponibilização de locais para consumo seguro.
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https://cannalize.com.br/maconha-onu-relatorio-populacao-crescimento/ Uso pessoal ou tráfico: É necessário definir uma quantidade?Para além da descriminalização das drogas, o tema é discutido pelo STF e, dependendo do que seja definido, pode soltar mais de 50% de indivíduos condenados por tráfico
A votação para a descriminalização das drogas pelo STF (Superior Tribunal Federal) tem causado polêmica nos últimos dias. O assunto se tornou uma esperança para os que buscam uma decisão favorável e indignação para aqueles que não gostam da ideia.
Na última quinta-feira (24), o placar mudou para 5 votos a favor do uso pessoal e apenas um contrário, mas ainda não é o suficiente para uma decisão definitiva.
Contudo, defendendo ou não, pouco se tem falado de outra questão que também é discutida junto à pauta: a quantidade de substâncias que podem ser consideradas ou não como tráfico.
Atualmente, cabe ao juiz de da ação decidir, com base em cada caso, o que é ou não considerado tráfico.
Os ministros analisam qual é a quantidade limite para ser considerado uso pessoal. Enquanto uns sugerem até 100g, outros são mais conservadores, defendendo 25g por pessoa.
Por que isso é importante?
De acordo com um levantamento do IPEA (Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada), um terço das condenações que envolvem maconha, por exemplo, não informam a quantidade da droga apreendida.
Das 20 mil sentenças em primeira instância registradas no primeiro semestre de 2019, 7 mil não informaram com quantas gramas o indivíduo foi preso. O número ainda sobe para 45% quando falamos de cocaína.
Caso o STF chegue a um consenso sobre a quantidade considerada para o uso pessoal, o número de condenados pode mudar. De acordo com os dados do IPEA, se a posse de 100g de maconha for descriminalizada, por exemplo, até 51% dos condenados por tráfico podem sair da cadeia.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/uso-pessoal-ou-trafico-e-necessario-definir-uma-quantidade/ Maconha gera US$3 bi em impostos nos EUA. E se fosse o Brasil?Os dados gerados nos Estados Unidos, referem-se somente ao uso adulto, sem contar com o uso medicinal. Mas e se fosse aqui?
Entre junho de 2021 até junho do ano seguinte, os governos de 11 estados dos EUA arrecadaram quase US$3 bi em impostos com a cannabis, o que daria aproximadamente 14 bilhões de reais.
Isso, sem contar o uso medicinal.
Os dados são do Centro de Estudos Tributários do Urban Institute e da Brookings, com base no excise tax, um imposto específico para produtos como cigarros e álcool.
A Califórnia é o estado que mais arrecada dinheiro com o imposto em termos absolutos, somando US$774 milhões (ou quase R$4 bi em reais).
Dinheiro que é utilizado para bancar desde a manutenção de escolas e rodovias até programas de prevenção ao abuso de substâncias e reparação da guerra às drogas.
E se a maconha fosse legalizada no Brasil?
De acordo com uma pesquisa realizada em 2022 pela empresa de inteligência de mercado canábico, Kaya Mind, o governo poderia arrecadar R$8 bi em tributos de cannabis apenas nos quatro primeiros anos de legalização.
O cálculo levou em conta todas as formas de consumo, como a cannabis medicinal, do cânhamo industrial e o uso adulto da maconha.
Mas essa não é a primeira vez que a estimativa é feita. De acordo com outro levantamento feito pelo economista Newton Marques, do Corecon (Conselho Regional de Economia), o país poderia faturar entre R$10,73 bi a R$12,9 bi em impostos.
Ela poderia ser tributada como é o cigarro, por exemplo, o que geraria até cinco tributos federais como:
- Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ);
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);
- Contribuição para os Programas PIS/Pasep e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Isso sem contar com os tributos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicações (ICMS).
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https://cannalize.com.br/maconha-gera-us3-bi-em-impostos-nos-eua-e-se-fosse-o-brasil/ Descriminalização no STF: 1 voto a favor e 1 voto contraAté agora, seis ministros já votaram a pauta, que teve apenas um voto contra. Será necessário apenas mais um voto para uma decisão definitiva.
Nesta quinta-feira (24), o STF (Superior Tribunal de Justiça) voltou a discutir sobre a descriminalização da maconha no Brasil e dois deles deram o seu voto.
Quem falou primeiro, foi o ministro Cristiano Zanin que votou contra. Segundo ele, a descriminalização “pode agravar o uso de drogas no Brasil”. Por outro lado, propôs uma quantidade fixa de 25 gramas ou seis plantas fêmeas para diferenciar o usuário do traficante.
Já a ministra Rosa Weber adiantou o seu voto e, diferente de Zanin, defendeu a descriminalização da maconha seguindo o voto do relator Gilmar Mendes. Para a presidente do STF, esta é uma forma de assegurar a saúde e segurança do usuário.
“Visitei vários presídios e vi, principalmente mulheres e adolescentes presas por tráfico”, acrescentou.
Os ministros André Mendonça, Luiz Fux e Nunes Marques fizeram um pedido de vista.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/descriminalizacao-no-stf-1-voto-a-favor-e-1-voto-contra/ Alemanha volta a falar sobre legalização da maconhaNão é de hoje que o país discute o assunto. Caso seja aprovado, o país pode se tornar um dos mais liberais da Europa
Nesta quarta-feira (16), o governo alemão propôs um projeto de lei para legalizar o uso adulto da maconha. A ideia é que seja legal comprar ou portar até 25 gramas da erva após os 18 anos.
A proposta ainda possibilita o cultivo pessoal de até três plantas para consumo próprio, além da criação de associações sem fins lucrativos com até 500 membros, que poderão cultivar de forma coletiva.
A ideia é regular a atividade de “Cannabis Social Clubs” que poderão fornecer uma quantidade específica de maconha por mês para os fregueses, com uma quantidade diferenciada para jovens de 18 a 21 anos.
Por outro lado, o consumo deverá ser feito fora dos estabelecimentos e longe de escolas, parques infantis ou clubes esportivos.
Na frente da Europa
Caso seja aprovada, a Alemanha terá uma das leis mais liberais da Europa, segundo os passos de Malta e Luxemburgo, que aprovaram legislações semelhantes em 2021 e em 2023 respectivamente.
O país europeu já havia divulgado planos para a legalização da maconha. Em abril deste ano, por exemplo, o ministro da Agricultura da Alemanha, Cem Ozdemir, confirmou que o uso recreativo seria regularizado até o final de 2023.
Contudo, após uma conversa com a União Europeia, o país voltou atrás. Mas parece que o país está determinado a legalizar o uso da maconha.
O projeto de lei apresentado hoje ainda precisa ser debatido e votado pelo parlamento para virar lei.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/alemanha-volta-a-falar-sobre-legalizacao-da-maconha/ Consumo excessivo de álcool entre adolescentes diminui com legalização da maconhaUm estudo publicado no Jornal Internacional de Política de Drogas descobriu que o consumo excessivo de álcool entre adolescentes tende a diminuir após a aprovação das leis de uso adulto de cannabis
Um estudo que analisou dados da Pesquisa Nacional sobre Uso de Drogas e Saúde dos Estados Unidos entre 2008 e 2019 sugere que houve declínio no consumo excessivo de álcool por pessoas na faixa etária de 12 e 20 anos após a aprovação das leis estaduais de uso adulto de maconha no país.
O consumo excessivo de álcool é prevalente nos Estados Unidos (EUA). Em 2019, aproximadamente um em cada quatro estadunidenses com 12 anos ou mais relataram consumo excessivo de álcool no mês anterior, definido como cinco bebidas para homens ou quatro bebidas para mulheres por sessão, de acordo com o Instituto Nacional sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo.
O consumo excessivo está associado a resultados adversos agudos, como acidentes com veículos motorizados e mortes no trânsito, exposição ao sistema jurídico criminal e baixo desempenho acadêmico, além de doença hepática relacionada e outros transtornos que podem levar à morte.
Resultados
Os pesquisadores descobriram que, entre 2008 e 2019, o consumo excessivo de álcool diminuiu em geral entre pessoas de 12 a 20 anos (17,54% para 11,08%) e entre 21 e 30 anos (43,66% para 40,22%).
Porém, aumentou entre pessoas de 31 anos ou mais: 28,11% a 33,34% entre pessoas de 31 a 40 anos; 25,48% a 28,32% na faixa etária de 41 a 50 anos; e 13,28% a 16,75% entre aqueles com 51 anos ou mais.
Os pesquisadores observam que “as evidências atuais sobre a associação entre leis de cannabis e consumo excessivo de álcool permanecem limitadas a dados de alguns estados, pequenas amostras de estudo e um estudo nacional anterior dos EUA usando dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco Comportamentais (BRFSS)” e que o estudo “baseia-se na literatura existente, usando dados nacionalmente representativos para investigar os efeitos potenciais da mudança no cenário das políticas de cannabis em todas as faixas etárias, usando uma medida abrangente das políticas estaduais de álcool para controlar as diferenças nos contextos estaduais”.
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https://cannalize.com.br/consumo-excessivo-de-alcool-entre-adolescentes-diminui-com-legalizacao-da-maconha/ Prensado: O que é, como é feito, diferenças e riscosEmbora ilegais, os prensados de maconha são bem populares no país. Mas o que você sabe sobre eles?
Trata-se da forma mais comum de se achar maconha no Brasil. Embora a Lei de Drogas proíba o uso recreativo, a erva sempre foi parte da realidade de boa parte dos brasileiros.
De acordo com um levantamento da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a maconha é a droga ilícita mais utilizada no Brasil. Pelo menos 7,7% da população já utilizou a erva em algum momento da vida.
Mas e o prensado?Já parou para pensar de onde ele vem ou como é feito? Ou até o motivo para se prensar a maconha?
O que é e qual a diferença da maconha?
Prensar a cannabis nada mais é do que uma forma de diminuir o volume. Isso ajuda a manuseá-la, transportá-la e guardá-la de forma mais fácil.
Por outro lado, há vários problemas relacionados ao método, como a falta de higiene na produção, principalmente quando falamos em algo ilícito.
Podem ser feitos de qualquer strain (cepas) de cannabis, portanto, não há uma espécie definida ou uma flor. Contudo, por causa da ilegalidade, quase nunca é possível saber de fato a sua origem.
Perda de substâncias
Ao contrário do que muita gente pensa, os efeitos da cannabis estão principalmente nas flores e não nas folhas. É lá que estão os chamados canabinoides, como o CBD (canabidiol), bastante usado em remédios e o THC (Tetrahidrocanabinol), responsável pelo “barato” da maconha.
Além dos canabinoides, a planta também possui outras substâncias, que influenciam no gosto e até no cheiro, como os terpenos e flavonoides, e a mistura dos compostos pode ainda potencializar os efeitos da cannabis.
Contudo, quando a flor é prensada, ela pode perder muitas dessas propriedades, o que pode diminuir a qualidade do produto. O cheiro, por exemplo, não é nada parecido com o aroma das flores.
Como o prensado é feito?
A forma de produzir varia de acordo com a fazenda e o produtor. Mas o processo é basicamente o mesmo da maconha convencional.
A produção pode ter muitas etapas. Mas de maneira bem resumida, quando as flores são colhidas e secas, os agricultores separam as folhas e os caules, então o “bud” já pode ser usado no “beck”.
Mas como estamos falando sobre o prensado, há ainda uma fase a mais.
As flores são “amassadas” geralmente dentro de uma caixa de metal, que em seguida, recebem as “pisadas” dos produtores para nivelar e diminuir o volume. Então, a prensa é feita com alguma ferramenta que sirva para a função.
O que a lei diz sobre o prensado?
De acordo com a Lei de Drogas de 2006, o uso recreativo da maconha (seja ela prensada ou de qualquer outra forma) é despenalizado no Brasil. Isso quer dizer que a cannabis ainda é uma droga ilícita e a prática ainda continua enquadrada na lei como um crime.
Contudo, a pessoa acusada não é mais punida com a restrição da liberdade, ou seja, com a cadeia. Mas ainda há algum tipo de pena, como multa ou advertência.
A maconha continua criminalizada, mas, uma vez comprovado o uso individual, as penas se resumem a advertências, à prestação de serviços ou a medidas educativas. E nada de cadeia!
O que esbarra na despenalização e causa indignação em várias pessoas, é a interpretação sobre o que é o não uso pessoal. O que mantém a maconha como o principal alvo de prisão por tráfico de drogas.
Em 2015 foi criada uma resolução para o uso medicinal e até agora, é a única forma de utilizar a planta legalmente.
De onde vem o prensado do Brasil?
Toneladas de tabletes de maconha são apreendidos todos os anos e a pena pode resultar em até 15 anos de prisão para flagrante, de acordo com a Lei de Combate de Tráfico de Drogas de 2006.
Ainda assim, a erva não deixa de aparecer por aqui. Até 2019, por exemplo, o Brasil tinha aproximadamente três milhões e meio de potenciais consumidores da maconha.
A erva geralmente é exportada de forma ilegal de países que fazem fronteira com o Brasil, como Bolívia, Colômbia e do Paraguai.
Riscos da ilegalidade
Como a maconha é ilegal, não existem “padrões de qualidade” na hora de fabricar e nem muita higiene. Não são poucos os casos de análises que mostram pedaços de inseto, mofo, bolor, terra e até fezes de animais.
Esmagar as flores também ajuda no processo de decomposição, fermentação o que resulta no aparecimento de fungos, que podem gerar impurezas.
Isso, sem contar com os níveis de canabinoides que também são um mistério, pois as moléculas podem mudar de acordo com a semente plantada, como é cultivada e até na forma de armazenamento.
E nem preciso dizer que isso pode trazer problemas para a saúde do usuário, não é mesmo?
Presença de amônia nos prensados
Outro problema é a amônia presente em boa parte dos tabletes. Trata-se de uma substância que pode ser tóxica para os humanos. Uma vez queimada no processo de combustão do “baseado”, pode causar irritação na pele, nos olhos e no trato respiratório.
Não, os fazendeiros não fazem xixi nas plantas. Na verdade, a substância aparece por causa de vários fatores, como a decomposição, a fermentação, a umidade e o ambiente, que ajudam na formação do hidróxido de amônio.
Diferença para o Skunk e Haxixe
O skunk, também chamado de “supermaconha”, é uma forma de maconha muito mais forte que o prensado, ou seja, com mais concentração de THC. Além de utilizar não só a Cannabis Sativa, mas a Indica também.
Já quando falamos de Haxixe, a extração muda muito. Enquanto o THC da maconha é retirado das flores secas, o haxixe é extraído dos chamados tricomas, aquela pequena cobertura branca da planta que parece pelo.
Na verdade, elas são pequenas glândulas, que também são conhecidas como “keifs” ou “hash”. E é onde está a maior concentração do canabinoide também.
Flores de cannabis também são medicinais
Se você utiliza para relaxar, diminuir dores, aguçar as ideias ou acalmar a mente, saiba que este também é um uso medicinal bastante utilizado por causa dos resultados imediatos.
Mas é importante saber exatamente o que está consumindo, por isso, trocar por flores é essencial. Melhor ainda se for de maneira legal.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/prensado-o-que-e-como-e-feito-diferencas-e-riscos/ É verdade que a maconha pode piorar o resfriado?Há algumas crenças populares de que a cannabis pode piorar e outras que dizem até que pode ajudar na recuperação. Mas será que há alguma verdade nisso tudo?
Talvez você já tenha ouvido falar que a maconha pode piorar a tosse e que fumar resfriado faz mal, não é mesmo?
Essa é uma crença popular que tem se espalhado ao longo dos anos, inclusive no Brasil. Por outro lado, há também rumores de que ela possa ser um santo remédio para quem está gripado.
Mas será que há um fundo de verdade em alguma destas suposições? A cannabis pode mesmo piorar ou melhorar o resfriamento?
Conversamos com um médico especialista em cannabis medicinal que nos ajudou a entender melhor.
A culpa é da fumaça
De acordo com o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, não há nenhuma evidência científica que a maconha ajude ou atrapalhe a gripe.
Contudo, o boato de que ela piora, não é totalmente infundado. Uma vez que a garganta já está irritada por causa do vírus da gripe, a fumaça do cigarro de maconha pode atrapalhar a recuperação.
Fumaça que também pode ser ocasionada pelo cigarro, diga-se de passagem.
Segundo o diretor médico, qualquer fumaça é ruim para os pulmões e quando o paciente já está com as vias respiratórias comprometidas, a condição pode se agravar.
“A fumaça também prejudica o sistema de defesa, o que pode resultar em mais infecções respiratórias”, acrescenta.
Dessa forma, fumar é o problema.
Leia também: A maconha pode ajudar a criatividade?
Vaporizar seria uma solução?
Ainda segundo o diretor médico da Cannect, sem dúvidas o chamado vape pode ser uma solução para substituir os efeitos da fumaça, embora o ideal seja suspender a utilização da cannabis por vias aéreas.
MAS, é importante ressaltar que os chamados vapes são proibidos no país.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, de acordo com a Resolução 46, de 28 de agosto de 2009.
Óleo de CBD para resfriado
Se por um lado inalar seja um problema, talvez o óleo de CBD (canabidiol) possa ser uma solução.
Como dito, não existam evidências científicas de que o CBD é eficaz para tratar resfriados, há algumas propriedades da cannabis que podem ser úteis no combate ao vírus da gripe.
Como por exemplo, a ação anti-inflamatória do canabidiol, que pode ser útil para desinflamar a garganta. Ou então, o reforço do sistema imunológico, através do chamado Sistema Endocanabinoide. Já falamos sobre ele aqui.
Contudo, a gripe, tosse e resfriado podem ser combatidos com medicações comuns e comprovadas cientificamente, então não gaste seu óleo com uma simples gripe!
Leia mais sobre isso: Cannabis para o tratamento de gripe e resfriados
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/e-verdade-que-a-maconha-pode-piorar-o-resfriado/ Por que fumar maconha dá vontade de rir?Já se perguntou por que as pessoas dão risadas quando estão com “chapadas”?
Já viu aquela pessoa descontraída que começa a rir como uma boba quando fuma um? Ou então, você já foi aquela pessoa que deu várias gargalhadas quando a maconha bateu?
Alguns tipos de maconha tendem a deixar as pessoas mais relaxadas e criativas. Principalmente nas primeiras experiências com a planta. Mas talvez você nunca tenha pensado sobre o que provoca todas essas as reações.
Já falamos aqui sobre o que acontece no nosso cérebro quando há o efeito da larica, ou o que provoca os olhos vermelhos e até a ciência por trás da “bad trip”. Mas e a risada? Você sabe porque há a sensação da lombra?
Leia também: Redução de danos: O que é e como funciona
O que exatamente é a risada?
Antes de falarmos sobre o humor canábico, você já se perguntou o porquê as pessoas dão risadas? De acordo com Robert Provine em seu livro “Riso: Uma Investigação Científica”, há um propósito comunicativo ao riso, uma resposta ao humor.
Apesar de parecer uma coisa simples, ele envolve várias partes do cérebro, como memória, linguagem, lógica, interpretação auditiva e até as funções motoras. Até hoje, os cientistas não conseguiram entender quais são as razões concretas que produzem o riso.
O fato é que não há exatamente uma explicação específica, mas uma coisa é certa: ela é fundamental para fortalecer o sistema imunológico e reduzir as tensões, pois libera a dopamina e serotonina, hormônios importantes para o bem estar. Um dos motivos para dar uma boa risada.
Por que as pessoas dão risadas quando fumam maconha?
Primeiro, que a cannabis influencia o humor. Se você acompanha os nossos textos, já deve saber sobre o Sistema Endocanabinoide. Caso ainda não, trata-se de um sistema presente no organismo que ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, a regulação de várias funções do corpo.
Através de substâncias chamadas endocanabinoides, ele pode influenciar o sistema nervoso, o sono, a fome e, claro, o humor.
A cannabis também possui compostos parecidos, chamados de fitocanabinoides. No nosso corpo, eles funcionam de maneira parecida e ajudam na regulação do organismo.
O THC (tetrahidrocanabinol), por exemplo, composto que gera o famoso “barato”, aumenta a liberação de dopamina no cérebro, que aumenta a sensação de prazer resultando no bom humor e risadas.
De acordo um estudo feito em 2018, exames de ressonância magnética demonstraram que o humor é processado nos lobos frontal e temporal do córtex cerebral. Lugar por onde a cannabis também atua.
Outros estudos mostram que a cannabis estimula o fluxo sanguíneo para estas áreas do cérebro. Por isso, a planta pode ser um grande estimulante de humor, auxiliando na liberação de dopamina.
Relaxamento
Outro motivo é o de que a maconha também tende a deixar as pessoas mais relaxadas. Não é à toa que ela é usada como tratamento para condições como estresse, ansiedade e insônia.
Embora não esteja diretamente ligado ao riso, quando uma pessoa está mais “à vontade” e entre amigos, ela tende a expressar mais o humor. Inclusive, a descontração pode ser um santo remédio para sintonizar com a sensação de prazer e promover qualidade de vida.
Por outro lado, não é todo mundo que dá risada depois de fumar maconha. Isso porque a erva funciona de maneira individual para cada um. Enquanto algumas são mais sensíveis ao THC, por exemplo, outras precisam de doses maiores para ficarem chapadas.
Outra questão que também influencia é a cepa escolhida, também conhecida como strain. Algumas variedades têm mais substâncias que podem levar ao relaxamento/riso, enquanto outras, não.
Razão pela qual os remédios feitos com a planta, precisam de um acompanhamento de perto e levam tempo até achar uma dose ideal.
Você também pode querer ler: Posso fumar maconha e usar o óleo de CBD ao mesmo tempo?
Socialização
Como dito acima, a risada também pode ser uma forma de socialização em um momento descontraído.
É o Sistema Endocanabinoide, por exemplo, que regula neurotransmissores como serotonina e dopamina, substâncias que fazem você se sentir melhor.
Sem contar que o cérebro humano também possui os chamados “neurônios espelhos”. Isso é o que nos faz bocejar quando vemos alguém bocejando, por exemplo. No caso do riso é a mesma coisa.
No momento da descontração, olhar para uma pessoa que está rindo pode provocar o riso na gente também.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/por-que-fumar-maconha-da-vontade-de-rir/ Posso fumar maconha e usar o óleo de CBD ao mesmo tempo?O tratamento à base de cannabis gera muitas dúvidas, sobretudo sobre o uso junto com outras substâncias. Por isso, será que pode misturar o óleo com a maconha?
O uso da cannabis medicinal tem crescido de forma exponencial no Brasil Hoje, os brasileiros utilizam desde o tratamento de crises epilépticas até a dores de cabeça.
Por outro lado, a maconha também é a droga ilícita mais consumida no país. Por isso, é bem possível que o óleo seja administrado junto ao fumo em alguns casos.
Então, será que tem problema usar as duas formas juntas?
Leia também: Você sabe o que fazer em uma “bad trip”?
Diferença entre as duas substâncias
A maconha tem predominância de THC (Tetrahidrocanabinol), composto que gera a famosa alta.
Apesar de ser uma substância psicodélica, ela não é uma vilã. Em muitos casos é utilizada para o tratamento de condições como dores crônicas, espasticidade e Alzheimer.
Por outro lado, a maioria dos remédios são feitos com uma quantidade maior de CBD (Canabidiol), que interage no organismo de forma diferente.
Por isso, os remédios feitos com o CBD costumam não “chapar” ninguém.
Então posso fumar no meu tratamento com CBD?
De acordo com o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, o uso em conjunto não muda muita coisa. A cannabis não é um tratamento para um problema específico, mas ela pode atuar em todo o corpo.
Em alguns casos, o uso fumado pode até ser útil, pois ao contrário do óleo, atua de forma imediata. Ideal para crises, espasmos e dores fortes que precisam de resultados rápidos.
Por outro lado, como no caso do cigarro de nicotina, a combustão do fumo é prejudicial para os pulmões. Sem contar que o THC também pode agravar algumas situações, como ansiedade, por exemplo. Por isso, fique atento.
Alguns médicos até recomendam a vaporização da cannabis para efeitos mais rápidos. Mas nada de colocar o óleo dentro do vape, essa vaporização é feita com flores de CBD em vaporizadores específicos para isso.
É importante lembrar, que as flores foram proibidas por uma portaria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), portanto, não é possível mais usar o método. Isso sem contar que os famosos cigarros eletrônicos sempre foram proibidos.
E não, não há nenhuma brisa ou sensação em fumar CBD. Até porque os efeitos da maconha estão principalmente no THC.
Uso conjunto para parar de fumar
Não vamos nos enganar, a maconha também também pode causar dependência. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o abuso da planta em forma de cigarro pode causar vício leve ou moderado.
No entanto, o óleo de CBD também pode ser a solução. Há até estudos que mostram isso. A pesquisa publicada na revista The Lancet em 2020, por exemplo, conduziu testes com 48 pessoas que fizeram o uso recreativo por quatro semanas.
Os voluntários foram divididos em quatro grupos que tomaram doses diferentes do óleo de canabidiol.
Desde a segunda fase, os cientistas divulgaram que não houve nenhum efeito colateral e foi comprovado que o possível remédio é seguro.
Uma empresa de cannabis até lançou cigarros de CBD para quem quer parar de fumar nicotina. Produto que fez sucesso até mesmo no Brasil.
Benefícios do canabidol
O CBD serve para uma série de condições médicas. Isso porque ele atua no chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Através dos chamados canabinoides, ele sinaliza que algo está errado e precisa ser corrigido. A cannabis também possui canabinoides, que atuam de forma semelhante aos nossos.
Você também pode se interessar: Você sabia que dá pra transformar CBD em THC?
O canabidiol, por exemplo, possui efeitos analgésicos, neuroprotetores e anti-inflamatórios, que podem trabalhar na raiz do problema.
Por trabalhar com substâncias que o corpo também produz, a cannabis é bem aceita pelo organismo. Dessa forma, os efeitos colaterais são mínomos, como sonolência, náuseas e diarreia. Há pacientes que não sentem nada.
O CBD é legal desde 2015, quando as importções passaram a ser reguladas pela Anvisa. Dois anos depois, a agência também permitiu a venda nas farmácias.
Em ambos os casos, só é possível adquirir os produtos á base de cannabis com uma prescrição. Se o produto for importado, ainda será necessário uma “autorização excepcional de importação” emitida pelo órgão.
Consulte um médico
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e inclusive, indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/posso-fumar-maconha-e-usar-o-oleo-de-cbd-ao-mesmo-tempo/ Bad Trip bateu: Você sabe o que fazer?Todo mundo já teve aquela sensação ruim depois de alguns tragos, mas o que fazer quando isso acontece?
A maconha ajuda muita gente a relaxar, a ficar mais focado e até a aguçar a criatividade. Por outro lado, ela também pode trazer algumas consequências, como a larica e a famosa “bad trip”, ou simplesmente “bad”.
Já falamos aqui sobre a larica, mas agora, vamos falar sobre essa sensação estranha que acontece depois da brisa.
Para saber se você está tendo uma bad trip, basta olhar os sinais. Os sintomas são um misto de sentimentos, como ansiedade, medo, tremores, confusão, enjoo, pânico e até delírio, que podem acontecer depois do fumo da maconha.
Mas você sabe o que fazer quando isso acontece com você ou com alguém próximo?
Leia também: Conheça cinco temperos usados na cozinha que possuem características psicodélicas
Por que isso acontece?
É importante ressaltar que isso não é exclusivo da cannabis, ela pode acontecer em qualquer substância psicoativa.
Apesar de cada um ter uma experiência diferente, os efeitos colaterais da “bad trip” são bem parecidos. Dependendo da quantidade ingerida e até do organismo, ela pode ser leve ou intensa.
O tempo de duração também vai depender de cada um e podem durara cerca de três a seis horas, se for inalada ou ingerida.
Traduzido ao pé da letra como “viagem ruim”, a bad trip é como um misto de sentimentos, que pode gerar medo, ansiedade, terror, apreensão, incômodo, desgaste mental, tonturas, tremores e até pânico.
De acordo com a médica e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria Ana Hounie, há uma alta liberação de dopamina no cérebro, o que causa a ansiedade.
O tempo de duração da bad trip vai depender do organismo do consumidor.
Multifatorial
Por outro lado, ela é multifatorial, ou seja, o estado emocional da pessoa também pode influenciar. Se uma pessoa já está ansiosa, por exemplo, a cannabis pode agravar ainda mais o problema.
Isso acontece porque as substâncias da cannabis não afetam apenas a mente, mas outras partes do corpo, como o sistema nervoso.
O que pode inclusive, despertar sintomas mais graves em pessoas com predisposição para esquizofrenia e paranoia.
Mas você
O que fazer e como sair de uma situação como esta?
A primeira coisa a fazer é manter a calma. Foque no fato de que os efeitos são temporários, que vai passar. Ache um lugar onde possa ficar tranquilo, beba uma água e espere. Lembre-se que a bad trip vai passar e vai ficar tudo bem.
Se possível, beba um suco ou coma doce, isso vai aumentar o nível de açúcar no sangue e ajudar no efeito de “moleza”.
Se for acostumado a beber café, uma xícara pode te ajudar a acalmar, mas caso não tome sempre, não tome, pois isso pode agravar a situação.
Por último, tente se distrair um pouco. Vá para um lugar aberto, observe as coisas ao seu redor. Algumas pessoas conseguem ouvir música, assistir TV e conversar, mas para outros, isso pode atrapalhar ainda mais.
A médica psiquiatra ainda acrescenta que, se for muito grave, é necessário ir ao hospital e ser medicado por profissional adequado.
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O que fazer se alguém estiver em uma “bad trip”?
Por outro lado, a “bad” também pode atingir o coleguinha, que pode não saber o que fazer. Mas você pode ajudar.
Primeiro, tente mostrar de que está ali apoiando ele, mas cuidado para não deixá-lo sufocado. Ofereça algo para comer ou beber e até pergunte se deseja ir para outro lugar.
É importante também que você perceba se a sua presença está o deixando desconfortável, pergunte se ele quer ficar sozinho.
Redução de danos
É sempre bom lembrar que, apesar de natural, a cannabis também pode ser prejudicial se for mal administrada.
Embora não exista sequelas, a bad trip pode ser parecida com um ataque de pânico, o oque pode agrvar a ansiedade das pessoas.
Por isso,separamos algumas dicas que podem não só ser úteis para prevenir e até se livrar uma “bad trip” como a reduzir os danos que ela causa:
- A primeira coisa a se fazer é se conhecer. Uma vez que você tem uma noção do seu estado mental (e porque não físico), você começa a entender se é o momento apropriado ou não para utilizar alguma substância. Isso é essencial para entender se as suas emoções podem interagir com a droga. Se possível, faça um planejamento de uso.
- A maconha ainda é ilícita no país e portanto, nem sempre é possível identificar a procedência. Não saber o que tem dentro também pode ser um fator e por isso, procure consumir um “baseado de qualidade”.
- Conheça também o seu histórico familiar. É importante entender se há algum fator de risco que possa desencadear algo mais sério. Pessoas com predisposição à esquizofrenia, por exemplo, devem ficar longe do cigarro de maconha.
- Se estiver tomando algum tipo de remédio, é importante ficar distante por um tempo, pois há o risco de interações medicamentosas, o que pode agravar os efeitos colaterais, tanto da “bad” quanto do remédio em questão.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/voce-sabe-o-que-fazer-em-uma-bad-trip/ Sertralina X Maconha: Há alguma interação?
Usar maconha e tomar remédios é um tema que gera dúvidas em muita gente, principalmente se tratando de antidepressivos.
A sertralina é um dos antidepressivos mais usados no país, principalmente para tratar ansiedade. Atualmente, mais de 2 milhões de pessoas utilizam o remédio, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Tanto que o medicamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De modo geral, ele ajuda a aumentar a ação da serotonina, mais conhecida como “hormônio da felicidade”.
Mas quem toma sertralina pode fumar maconha?
Sobre a Sertralina
Antes de tudo, é importante entender um pouco mais sobre o remédio.
A sertralina é um medicamento feito para tratar depressão com ou não sintomas de ansiedade. No entanto, ele também pode ser usado para tratar síndrome do pânico, transtorno de estresse pós-traumático,Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), TPM e a própria ansiedade.
Diferente de outros antidepressivos, a sertralina não causa dependência química. Sem contar que o remédio pode ser usado por grávidas e lactantes, pois a quantidade da substância que é passada para o bebê é muito baixa.
Efeito colateral
A sertralina é uma forma mais “evoluída” de antidepressivo, com efeitos colaterais bem menores que outros medicamentos para tratar as mesmas condições.
Contudo, isso não quer dizer que não possua reações adversas. Decorrências que podem ser raras ou comuns, tudo vai depender de cada paciente. Há pessoas que não sentem nada.
Pode ocorrer:
- Sonolência ou insônia;
- Boca seca;
- Falta de memória;
- Desequilíbrio;
- Convulsões;
- Pressão no peito e falta de ar;
- Ereções dolorosas (mesmo sem sexo);
- Dificuldade da concentração;
- Pele amarelada;
- Vômito escuro ou com sangue;
- Sangramento ao tossir ou na gengiva;
- Náuseas;
- Tremores;
- Palpitações;
- Febre;
- Disfunção erétil;
- Dor de cabeça.
Mas quais as interações da sertralina com a maconha?
Assim como a sertralina, a maconha também pode influenciar a serotonina. Isso porque ela tamém fornece os chamados canabinoides, substâncias produzidas pelo próprio organismo.
Os canabinoides funcionam a nível celular no que chamamos de Sistema Endocanabinoide. Ele possui receptores por todo o corpo, que sinalizam que algo não está bem.
Dessa forma, o sistema endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
Então isso é bom?
Na depressão, há uma baixa de canabinoides no cérebro, como a serotonina ou a dopamina, por exemplo. Apesar de serem neurotransmissores, eles também são considerados canabinoides.
Por isso, remédios que fazem a reposição de canabinoides podem elevar os níveis das substâncias químicas, e a cannabis é uma delas.
Tanto que há óleos produzidos para tratar as mesmas condições tratadas pela sertralina.
Leia também: Sertralina X Cannabis: É possível substituir?
Substâncias em excesso
Tanto a maconha como o óleo de CBD (canabidiol),usados juntos à sertralina, podem potencializar os efeitos antidepressivos. O que parece bom, não é mesmo?
No entanto, segundo o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, este excesso pode ser perigoso. O médico explica que a maioria dos remédios são metabolizados pelo fígado, assim como a cannabis, o que trazer alguns problemas.
Mais efeitos colaterais
Com duas substâncias competindo pela metabolização, o medicamento pode continuar na corrente sanguínea, o que consequentemente, afeta a decomposição dos compostos, causando ainda mais efeitos colaterais.
Ou seja, quando o fígado não faz o trabalho direito, o remédio pode ficar mais tempo no corpo, alterando o seu funcionamento. Essa mudança aumenta o nível de sertralina absorvido pelo organismo.
E com o medicamento no organismo por muito tempo, os efeitos colaterais aumentam. Por isso, a maconha pode interferir em antidepressivos e anticonvulsivantes.
A mesma lógica acontece quando falamos de produtos de cannabis para o uso medicinal.
Você também pode querer ler: 5 remédios que podem ser substituídos pela cannabis
Perda do controle
O médico Rafael Pessoa ainda complementa que este excesso acontece por causa do uso contínuo da maconha por consumidores.
Apesar do remédio possuir uma quantidade certa em cada comprimido, o paciente geralmente não sabe o quanto de maconha está absorvendo.
Na dúvida, opte por doses menores de maconha quando estiver tomando medicamentos e consulte o seu médico para saber mais sobre a sua condição.
Consulte um profissional
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https://cannalize.com.br/sertralina-x-maconha-ha-alguma-interacao/ Por que os olhos ficam vermelhos depois de usar maconha?Se você pensava que era por causa da fumaça, está enganado, pois a condição pode aparecer até no consumo de comestíveis.
Fumar maconha não causa só o relaxamento do corpo, mas também uma série de outros sintomas, como sonolência, angústia e principalmente fome, a famosa larica. Mas outra reação que também não fica de fora, são os olhos vermelhos.
Muitos consumidores não gostam dessa reação, pois não querem que as pessoas pensem que ela está chapada, contudo, é uma reação presente em quase todo mundo que utiliza a cannabis.
Principalmente porque não é só a maconha que deixa os olhos vermelhos, mas tamb´´em outras substâncias como a cocaína.
Alguns podem pensar que isso ocorre por causa da fumaça, ou a falta de costume em usar a maconha. Outros até podem associar a algum problema de saúde. Mas o que realmente acontece?
Explicação por trás dos olhos vermelhos
A explicação é bem simples. A presença do THC (tetraidrocanabinol), substância que gera os efeitos alucinógenos da maconha, baixa a pressão arterial, que consequentemente, dilata os vasos sanguíneos.
Isso acontece porque a maconha gera um aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, que diminuem cinco a 10 minutos depois do fumo. Então, há uma redução da pressão e o fluxo sanguíneo aumenta, causando a vermelhidão.
A intensidade pode variar de acordo com a quantidade de THC ingerida. Se uma pessoa consome uma cepa com uma quantidade maior da substância, os olhos tendem a ficar mais vermelhos, por exemplo.
Mas isso não chega a ser prejudicial. Comestíveis com níveis elevados de THC também podem gerar o sintoma, como o famoso brisadeiro.
Como tirar os olhos vermlhos depois de fumar?
Para que os olhos não fiquem tão vermelhos, é preciso beber bastante água ou usar colírio para ressecamento. Isso vai ajudar a diminuir a vermelhidão contraíndo os vasos sanguíneos e a secura dos ólhos.
Mas é importante lembrar que, no caso dos colírios, opte por opções recomendadas pelo médico para não dar ruim.
Outra dica é consumir cepas com um teor menor de THC.
Caso nada dê certo, o melhor a se fazer é esperar. A vermelhidão não é prejudicial aos olhos e acaba depois de algumas horas.
Tratamento para Glaucoma
A influência do THC na pressão intraocular é o motivo pelo qual a cannabis é cogitada para o tratamento para glaucoma, por exemplo, que nada mais é que a pressão intraocular degradando o nervo óptico.
Contudo, mais pesquisas precisam ser feitas para que a planta de fato seja uma alternativa.
Mas para contornar a situação dos olhos vermelhos, muitos mudam algumas de suas práticas, como a escolha de cepas com menos THC, o uso de colírio e a hidratação do corpo, com bastante água.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/por-que-os-olhos-ficam-vermelhos-depois-de-usar-maconha/ Haxixe x maconha: Quais são as diferenças?Ambas são extraídas da planta cannabis, mas o haxixe possui uma potência maior. Você já pensou qual é o motivo dessa diferença?
Sabemos que o haxixe e a maconha vem da mesma planta cannabis sativa e ambos são usados de forma recreativa principalmente pelo fumo. Então qual a diferença entre os dois?
Para entender essa questão é preciso compreender que a planta cannabis é formada por folhas, caules e flores. Apesar de parecer óbvio, isso faz toda a diferença na hora de diferenciarmos a maconha do haxixe.
Elas possuem vários tipos de substâncias diferentes que podem ser utilizadas pelas pessoas, tanto como remédio como para uso adulto, como por exemplo, os canabinoides.
São eles que provocam os efeitos psicoativos, a famosa “brisa” , mais especificamente um canabinoide chamado tetraidrocanabinol (THC). Ele é invisível aos olhos e só é ativado quando passa por um processo de aquecimento chamado descarboxilação.
Haxixe VS Maconha
Agora talvez fique mais fácil de entender. Isso porque a maior diferença entre a maconha e o haxixe é o método de extração. Enquanto o THC da maconha é retirado das flores secas, o haxixe é extraído dos chamados tricomas, aquela pequena cobertura branca da planta que parece pelo.
Na verdade, elas são pequenas glândulas, que também são conhecidas como “keifs” ou “hash”. E é onde está a maior concentração do canabinoide também. É como se fosse uma “resina” da maconha.
Como é feito
Há relatos de que os tricomas começaram a ser usados por acaso no Oriente Médio e Sudoeste da Ásia. Durante as colheitas de cannabis, os resíduos da substância ficavam nas mãos dos trabalhadores começaram a ser utilizados também.
Contudo, as quantidades obtidas dessa forma, não chega a ser significativa. Então, conforme o tempo foi passando, novas técnicas apareceram e como é usado hoje, como a tela de remover tricomas, bastante utilizado pelo mercado recreativo.
As telas são esfregadas na planta até soltar a substância, que é coletada e prensada com um tijolo. Não é raro que outros compostos da planta caiam junto aos tricomas na hora da extração.
Há também quem faça essa retirada de tricomas com gás butano, gelo e álcool, que podem variar no resultado final.
Efeitos do haxixe
Como dito, os tricomas possuem uma quantidade alta de THC, que no haxixe podem chegar até 90% de pureza. Então sim, o haxixe é mais forte. Mas alguns efeitos são bem parecidos com a maconha, como relaxamento, sonolência e fome.
Mas, de uma maneira muito mais potencializada, o que pode resultar em outros efeitos, como alteração na percepção de tempo, cor e noção de espaço, além de euforia, paranóia e garganta seca.
A concentração maior de THC também resulta em um efeito mais prolongado, que pode durar até quatro horas. O cheiro do haxixe também é um pouco diferente da maconha, é bem característico, mais resinoso.
Diferentes tipos de haxixe
As resinas de tricomas geralmente são transformadas em bolotas ou tabletes, que podem ser até mascados.
Assim como a maconha possui diferentes cepas, o haxixe também pode conter variações, que vão se diferenciar de acordo com a planta e até o método de extração. Eles podem variar entre secos, esfarelados, grudentos ou com cores mais claras ou escuras.
Assim como a maconha, o consumo de haxixe é feito de diferentes maneiras, como vaporizadores e os famosos cigarros.
Contudo, é importante destacar que o haxixe não é um skunk. Enquanto o primeiro é feito apenas com os tricomas, as famosas skunks, que também possuem concentrações maiores de THC, são variações da planta cannabis, que se modificam a partir de cruzamentos.
Tipos de haxixe
Há diferentes tipos de haxixe, que variam de acordo com as técnicas de produção, cepas utilizadas e até a região geográfica que a planta é cultivada. Confira alguns deles:
Haxixe Charas. Também chamado de haxixe fresco, trata-se de um dos primeiros métodos de extração de resina de cannabis no mundo. Ele consiste em esfregar as flores frescas da planta ainda viva com as palmas das mãos até os tricomas grudarem nas palmas.
Dry Sift. Conhecido também como haxixe em seco, é feito quando os cultivadores colocam as flores de cannabis em sacos e batem com algum tipo de utensílio até as flores liberarem a resina.
Hoje, há ferramentas de extração manual de resina, como o hash shaker ou um grinder com coletor de pólen.
Bubble Hash. Com outros nomes, como Water Hash ou Ice-O-Lator, a separação dos tricomas é feito usando água, gelo e movimento. Os botões são congelados e colocados em uma máquina de extração junto à gelo e água, que posteriormente é despejado em espéies de saco para que o pólen seja recolhido.
BHO. O óleo de butano é um pouco mais complexo, pois envolve gás butano. Aqui também é necessário um maquinário específico para a extração, que junto com o gás, irá criar uma pressão que vai separar os tricomas da planta.
Rosin. Trata-se de um método mais moderno, que extrai as resinas das flores com pressão e calor. Ele é parecido com o BHO, mas sem precisar do uso de gás butano.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Portanto, o haxixe, a maconha e o skuns são considerados drogas.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/haxixe-e-maconha-quais-sao-as-diferencas/ Tratamentos com cannabis têm efeitos colaterais?Já teve medo de usar a cannabis para a sua condição por causa das reações adversas? Saiba que elas são bem menores que remédios tradicionais.
Além de ser de grande ajuda em doenças refratárias, um dos principais benefícios da cannabis como terapia é que ela possui efeitos colaterais mínimos.
Há pacientes que relatam não sentir nenhum, ou no máximo, sonolência. No entanto, tudo vai depender dos canabinoides, da forma de administração e claro, do paciente.
Mas quais realmente são os seus efeitos colaterais mais comuns?
Conversamos com o clínico geral Thiago Braga, formado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FARMEP). Ele também é médico do Medicina.In, uma rede de prescritores canábicos online.
Ele ressalta que medicamentos à base da planta são bastante seguros, e por mais que haja efeitos colaterais, não são graves.
As reações adversas da cannabis também sempre serão menores que efeitos de remédios tradicionais, que muitas vezes não trazem qualidade de vida.
CBD
O médico ressalta que a sonolência é o principal efeito do CBD (canabidiol), composto que não possui propriedades psicotrópicas.
No entanto, a diarreia também pode aparecer. O médico explica que esta reação não é exatamente do canabidiol, mas sim a forma farmacêutica utilizada, principalmente quando é usado poucas vezes e em grandes quantidades.
THC
Já a lista de efeitos do THC (tetraidrocanabinol) é um pouco maior. Primeiro que ele é a principal substância da maconha, por isso, pode causar efeitos alucinógenos.
Remédios com potências maiores do canabinoide podem resultar também em tontura, boca seca, ansiedade, alteração da cognição e problemas de memória.
Contudo, o médico ressalta que estes efeitos podem nem aparecer. “Como o THC não é prescrito isoladamente, seus efeitos são modulados pelo CBD, que sempre é usado em conjunto. Por isso mesmo, apenas pacientes que recebem doses maiores de THC experimentam esses efeitos de maneira exacerbada.”
Leia também: Efeito Entourage: O que é, Como funciona e Benefícios
A dose alta não altera os efeitos
O Dr. Braga acrescenta que as reações adversas são sempre as mesmas, independentemente da quantidade da dose.
A concentração do óleo vai influenciar apenas na quantidade necessária de medicamento para causar efeitos terapêuticos ou, nesse caso, os colaterais.
“Ou seja, o único impacto possível está no fato de que um óleo mais concentrado poderá causar efeitos colaterais ao ser administrado ainda que em uma menor dose.” Acrescenta.
As reações são as mesmas para qualquer patologia
O médico também ressalta que os efeitos são sempre iguais, independente da doença. Tanto no canabidiol quanto no THC.
Contudo, o que pode ocorrer é uma interação medicamentosa entre os canabinoides e outras medicações usadas pelo paciente para outras doenças, que também pode produzir assim efeitos colaterais.
“Vamos pegar o exemplo de uma pessoa que usa benzodiazepínicos à noite para dormir e começa a utilizar óleo de CBD para combater dores crônicas. Com o tempo, o óleo de CBD pode aumentar a concentração sérica do benzodiazepínico e deixar o paciente “dopado”, pois a mesma quantidade da medicação usada contra insônia passará a ter sua ação potencializada, o que exigirá ajustes.” Acrescenta.
No entanto, há algumas ressalvas. Pacientes com algumas condições como esquizofrenia, transtorno bipolar ou de ansiedade e outras patologias psiquiátricas, não podem usar o THC. Segundo o médico, o canabinoide pode agravar ainda mais os sintomas das doenças.
A forma de administração pode variar os efeitos
O médico explica que a via de administração pode mudar o efeito colateral experimentado.
Por mais que o óleo de cannabis seja a forma terapêutica de uso mais conhecida, produtos à base da planta também podem aparecer de outras maneiras, como nasal, tópico, comestível, inalado entre outras.
Quando fumada, a Cannabis pode causar irritação na garganta, vias aéreas superiores, olhos e tosse, embora os efeitos sistêmicos possam variar dependendo da concentração de CBD e THC no extrato.
Já o uso tópico não tem efeitos colaterais sistêmicos. Muito útil em patologias de pele, músculos e articulações.
Embora as reações adversas dos comestíveis sejam menores, a quantidade terapêutica absorvida também é.
O uso tópico nasal pode causar apenas leve irritação da mucosa nasal. Essa forma é muito utilizada no controle de crises epilépticas, trazendo resultados rápidos e efetivos.
Nenhum efeito colateral impede o uso da cannabis
O Dr. Braga também acrescenta que nenhum dos efeitos adversos impede o tratamento com a cannabis.
O uso só deve ser interrompido quando o paciente realmente não tolera os efeitos adversos.
“Isso não é algo exclusivo da Cannabis, e o mesmo vale para muitos outros medicamentos. Alguns pacientes não toleram os efeitos colaterais da Metformina, por exemplo, usada no tratamento de diabetes, e cabe ao médico suspender sua medicação se for necessário e adaptar seu tratamento. O mesmo vale para medicamentos à base de CBD e THC.” Diz.
No entanto, o médico também conclui que para garantir a eficácia de um tratamento com Cannabis medicinal, é importante contar com um minucioso acompanhamento especializado.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/tratamentos-com-cannabis-tem-efeitos-colaterais/ É seguro consumir cannabis com antibióticos?Sabemos que não devemos misturar o consumo de bebidas alcoólicas enquanto usamos antibióticos. Mas e a cannabis? Será que podemos consumi-la com esses medicamentos sem que haja riscos?
Nem tudo pode ser misturado. Tendo isso em mente, é importante sempre estar atento e cauteloso com o que se consome quando o assunto é medicamentos, pois alguns podem causar reações negativas ou afetar o seu efeito quando são somados com outras substâncias.
Quando alguém está combatendo uma infecção bacteriana, por exemplo, os médicos geralmente prescrevem antibióticos. Contudo, acompanham algumas regras.
Mas quase nunca é questionado: será que pode fumar maconha ou consumir produtos a base de cannabis enquanto se ussa esses medicamentos?
Em uma entrevista o site High Times perguntou sobre isso a Terry Roycroft, presidente do Medicinal Cannabis Resource Centre Inc. (MCRCI), que trabalha com médicos que têm um amplo entendimento sobre as aplicações médicas da cannabis.
Roycroft estuda a cannabis e seus efeitos há muitos anos e é apaixonado por promover o conhecimento público sobre a planta. Felizmente, segundo ele, tomar antibióticos e fumar cannabis pode não ser tão prejudicial como muitos pensam.
Existem interações na mistura das substâncias?
“Há várias interações medicamentosas para várias coisas cotidianas. Por exemplo, mesmo com cafeína, existem 82 interações por aí e algumas apresentam poucos riscos”, explica Roycroft.
Segundos o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, é aconselhável evitar bebidas alcoólicas ao tomar antibióticos, mesmo que a recomendação seja para apenas dois medicamentos : o metronidazol e tinidazol.
Até mesmo algo tão inofensivo quanto a toranja (Pertencente ao grupo das frutas híbridas, embora não seja muito popular no Brasil) pode causar uma reação negativa se usada em conjunto com antibióticos.
Para se ter uma ideia, um pequeno pedaço da fruta pode afetar o metabolismo, quando ingeridos com uma série de medicamentos.
Incluindo alguns antibióticos usados no tratamento de certas infecções respiratórias, estomacais e outras. De fato, Roycroft diz que eles começaram a usar a toranja como um guia para a cannabis.
“Existem muito poucas contra-indicações com a cannabis. Mas os antibióticos não estão na lista de contra-indicados”, diz Roycroft.
As interações identificadas são muito leves, os médicos estão fazendo testes para verificar se alguns antibióticos funcionam de maneira mais favorável quando usados junto com a cannabis.
Leia também: Há alguma interação entre maconha e antibióticos?
“Por exemplo, quando tratamos alguém que já toma um medicamento para alívio da dor e introduzimos cannabis, é possível reduzir a dose (antibiótica) pela metade e eles terão os mesmos benefícios que recebem e as mesmas reações como se estivessem tomando o medicamento em quantia máxima.”
Apesar de haver interações muito leves, os efeitos ainda podem ser sentidos normalmente por aqueles que misturam os dois.
De acordo com Jessie Gill, uma enfermeira médica especializada em cannabis medicinal, quando é usado alguns antibióticos macrólidos ( antibióticos utilizados geralmente para tratar infecções em pessoas que são alérgicas), como a troleandomicina, é possível interagir com a cannabis.
“A cannabis inibe uma enzima específica no fígado, citocromo p450. Essa enzima é usada por muitos medicamentos, incluindo alguns antibióticos”, escreveu Gill no Quora.
O que quer dizer que o efeito dos medicamentos pode aumentar. Isso também significa que o risco de sofrer efeitos colaterais e reações adversas dos antibióticos é maior.
E ao consumir o CBD?
Estudos mostraram que o CBD (canabidiol) pode de fato ter propriedades antibióticas. A Newsweek, uma revista semanal americana, relata que cientistas australianos descobriram que o canabidiol matou inúmeras bactérias, algumas foram resistentes aos antibióticos tradicionais.
Mas até agora, parece que o CBD ainda tem um longo percurso, quando se trata da substituição total de antibióticos.
“Ainda não sabemos claramente como funciona, mas sim que pode ter um mecanismo de ação exclusiva, pois, funciona contra bactérias que se tornaram resistentes a outros medicamentos, mas ainda não sabemos exatamente como isso acontece”, Mark Blaskovich, químico sênior de pesquisa da Center for Superbug Solutions, disse à Newsweek.
Leia também: CBD combinado antibióticos foi eficaz contra superbactéria, segundo estudo
“Até agora, mostramos apenas que funciona como um produto no cuidado com a pele. Para ser realmente útil, seria bom se pudéssemos mostrar que ele tratou infecções sistêmicas, como pneumonia ou outras infecções complicadas, nas quais é necessário consumi-lo por via oral. ” acrescentou Blaskovich.
Então é aconselhável consumir cannabis junto com antibióticos?
Roycroft diz que realmente não há problema em misturar cannabis e antibióticos. Porém, isso não impede da pessoa experimentar efeitos colaterais aumentados do medicamento.
“No Medicinal Cannabis Resource Center Inc., temos pacientes que usam antibióticos e não aconselhamos a eles a interromper o uso de cannabis”, diz Roycroft.
Outros médicos, às vezes usam toranja como um guia para a cannabis. Se o paciente tiver uma contra-indicação com a toranja, talvez não queira misturar cannabis com o medicamento.
Se ainda não houver certeza e estiver em dúvidas, o ideal é perguntar ao médico o que eles recomendam, afinal, não há nada de errado em receber aconselhamento médico adicional de um profissional.
Consulte um profissional
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Referências
- Hightimes
Você já se perguntou por que os três números são tão usados pelas pessoas que consomem maconha? Saiba que hoje ele simboliza tanto um horário quanto uma data.
O número 420 se tornou um símbolo da maconha por todo o mundo, primeiro nos Estados Unidos e depois se espalhando para outros países. Muitas pessoas hoje em dia separam o horário das 4h20 (ou 16h20), para o uso recreativo. Mas como começou?
A origem não é nova, foi comecinho da década de 1970, quando passou a ser usado como um “código” para estudantes do ensino médio na Califórnia, nos Estados Unidos. Cinco alunos de San Rafael encontraram um mapa feito a mão de uma suposta plantação de maconha em Point Reyes, perto de San Francisco.
4h20 foi o horário estabelecido para começar a expedição em busca dos pés de maconha. Os alunos nunca os encontraram, mas a hora ficou marcada na vida deles por muito tempo.
Desde então, os cinco estudantes passaram a usar o número 420 como senha para combinar encontros e fumar a erva. O número ficou conhecido pelos amigos dos amigos, e depois os amigos dos amigos dos amigos, até se espalhar por toda a região.
Influência
A senha chegou até em uma banda de rock do estado, chamada Grateful Dead e consequentemente foi parar na boca dos “deadheads”, como eram conhecidos os fãs do grupo musical.
Depois foi a vez da revista High Times, uma das primeiras a escrever sobre maconha nos Estados Unidos, a usar o termo. A equipe da editora passou até a fazer as suas reuniões às 4h20.
Com a fama o número virou disputa, quando um outro grupo reclamou a autoria do “código”. No entanto, o primeiro grupo intitulado “Os Waldo” publicou cartas, onde dizia ser provas da autoria do termo.
Quanto mais o é 420 era usado, mais ficou popular. Apareceu até em um filme do famoso cineasta Quentin Tarantino, na produção Pulp Fiction, o número aparece no relógio de um dos personagens, o que não passou despercebido pelos fãs.
O código influenciou tanto nos Estados Unidos, que uma placa no Colorado, que indicava a extensão de 420 milhas da rodovia interestadual 70 foi roubada, e tiveram que substituir por uma que marcava “419,99 milhas”.
Legalização
O número virou símbolo também para a legalização. Todos os anos há encontros em vários estados do EUA no dia 20 de abril (4/20 escrito em inglês), e exatamente às 4h20 para pedir o direito de usar ou comemorar a autorização.
No Brasil, a cultura do 420 é popular e também influencia no horário que grupos de amigos gostam de se reunir para o uso recreativo. Assim como nos Estados Unidos, a Marcha da Maconha também acontece todos os anos no dia 20 abril. Nas passeatas não é difícil encontrar bandeiras e cartazes com os três números estampados.
https://cannalize.com.br/o-que-significa-420-e-qual-a-relacao-com-a-maconha/ Tudo Sobre Maconha: o que é, quais os tipos e legislaçãoVocê já se perguntou por que a maconha é uma planta tão polêmica? A erva mais popular do mundo é amada ou odiada pelas pessoas.
Enquanto muitos consideram uma dor de cabeça por conta vício no uso recreativo, outros consideram uma bênção por suas propriedades medicinais.
Mas o que de fato é a maconha?
Primeiro que maconha é um nome popular, o nome científico é cannabis sativa. Ela faz parte do gênero de plantas cannabis, que aparece em três espécies: cannabis sativa, cannabis indica e a cannabis ruderalis.
Por causa do uso mais comum da sativa, associamos a palavra maconha a cannabis em geral. Vale ressaltar que há também inúmeros cruzamentos da planta com outras espécies.
A maconha é conhecida e usada há mais de mil anos para tratar a saúde. Também foi muito utilizada na época industrial, por conta da sua fibra, na fabricação de tecidos, papéis, cordas e até combustíveis.
No período colonial, pelo menos aqui no Brasil, a erva era incentivada, tanto que no final do século 19, era recomendada por médicos para tratar bronquite, asma e insônia.
No entanto, em 1930, influenciado pelos Estados Unidos, que havia adotado uma política antidrogas, o uso da maconha começou a ser reprimido.
Segundo muitos antropólogos, esta proibição se deu pelo preconceito racial, já que muitos negros haviam desenvolvido o hábito de fumar maconha.
Tipos de maconha
Há vários tipos de cannabis, que além da aparência e do cheiro, podem ter algumas modificações nos níveis de canabinoides e terpenos.
Vou te explicar melhor: O tipo da planta mais comum no Brasil é a sativa, certo? Dela vem subespécies bastante conhecidas, como o cânhamo e a famosa maconha.
Estas subespécies, por sua vez, também podem sofrer variações de diferentes tipos. Isso acontece de acordo com o lugar, a cultura e os cruzamentos genéticos.
Espécie VS Strains
As culturas, o clima e até mesmo a maneira em que as pessoas cultivavam a cannabis modificaram a planta criando as famosas cepas de raças e locais.
As famosas sativa, a indica e a cannabis ruderalis são espécies, que se diferem por suas formas e características.
Já as cepas indicam a linhagem da planta, efeitos específicos ou até aromas marcantes. Tanto que são vendidas de acordo com a preferência do consumidor.
Quais os efeitos da maconha?
Fumar maconha não causa só o relaxamento do corpo, mas também uma série de outros sintomas, como sonolência, angústia, olhos vermelhos e principalmente fome, a famosa larica.
Isso porque o THC também pode desencadear um surto de um hormônio chamado grelina, mais conhecido como hormônio da fome.
O hormônio geralmente é ativado quando o estômago está vazio, enviando uma mensagem para o cérebro dizendo que é hora de comer.
É também o tetrahidrocanabinol que dá a sensação de “barato”, fazendo com que o cérebro libere dopamina, o hormônio que dá a sensação de bem-estar.
Ele é parecido com a anandamida, que regula o nosso humor, sono, memória e apetite.
Efeitos ambíguos
No cérebro a maconha afeta também o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção do tempo, por um curto período em que o indivíduo está fumando.
Por isso, é muito importante que o indivíduo não dirija depois de consumir a maconha.
Uma coisa curiosa é que os efeitos são ambíguos, enquanto alguns sentem sonolência e diminuição da atividade motora, muitos tem uma reação contrária, sentirão euforia e intensificação dos movimentos. Sempre vai depender do indivíduo e da quantidade que ele ingere.
Quanto tempo dura uma brisa?
O tempo pode variar de acordo com cada indivíduo também.
Mas geralmente os efeitos aparecem até uma hora depois do fumo e podem se prolongar até 12 horas.
Já os efeitos no pensamento e na coordenação podem demorar até 24 horas, e a memória de curta duração pode durar semanas.
Efeitos na memória
Sim, a maconha pode prejudicar a memória. Efeito que acontece durante o uso, mas se a droga é consumida todos os dias, pode até reter informações.
Mas a memória pode voltar se ficar sem usar a substância em até sete dias, a maioria dos efeitos prejudiciais da maconha não são permanentes.
Outro efeito da maconha é a “falsa memória”. Um estudo realizado na Holanda pelo professor de psicofarmacologia Johannes Ramaekers, da Maastricht University, descobriu que pessoas que fumam maconha podem desenvolver ideias que pensem ser lembranças.
A suspeita é a ativação dos receptores no hipocampo, é como se fosse uma central da memória. O que pode produzir fragmentação do pensamento, desconexão de associações e aumento na distração.
Como ela funciona
No organismo, ela atua graças ao que chamamos de “receptores canabinoides”, que ficam nas membranas celulares que todos os mamíferos têm. Os principais receptores são chamados de CB1 e CB2. O primeiro é responsável pela absorção dos canabinoides por todo o corpo humano e o segundo, para o sistema nervoso e imune.
Dos mais de 120 canabinoides já estudados presentes na maconha, os mais famosos são o tetraidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD), que dentro do sistema endocanabinoide do corpo, podem influenciar na dor, no apetite, na memória, sono e resposta imunológica.
Isso, porque eles são semelhantes aos canabinoides produzidos pelo nosso próprio organismo para controlar estas funções.
THC
A maior diferença entre o THC e o CBD é o efeito alucinógeno. O THC é o principal composto usado no uso recreativo, que causa o efeito psicoativo. Isso porque ele ativa o receptor CB1 que consequentemente gera efeitos no cérebro e no sistema nervoso.
Como eles se conectam a receptores diferentes, os efeitos de remédios também pode variar.
CBD
Já o CBD atua no CB2. Ele incentiva os receptores naturais do corpo a produzir os próprios canabinoides, o que ajuda no equilíbrio funcional do nosso organismo. Por isso, o CBD é muito utilizado na fabricação de remédios. Além de diminuir os efeitos do THC, ele não vicia.
É importante lembrar que não precisamos descartar o THC completamente, pois ele também já mostrou ter propriedades positivas na fabricação de medicamentos. Hoje há até remédios que são utilizadas em conjunto ao CBD, potencializando seu efeito.
Existem outras substâncias na cannabis que possuem benefícios ainda estudados, como terpenos, flavonoides e outros canabinoides, como o tetrahidrocanabivarina (THCV),o canabigerol (CBG), entre outros.
Consumo
No Brasil, a maconha ainda é ilegal para o uso recreativo de acordo com a Lei antidrogas de 2006. A pena pode variar de advertências, medidas educativas e prestação de serviço.
Contudo, não há um parâmetro específico para dizer quantas gramas é considerado consumo próprio ou tráfico, sempre vai depender da interpretação do juiz.
Mas se você pensa que as pessoas só fumam a erva, está enganado. Hoje o uso recreativo é mais responsável e também mais criativo. Os consumidores buscam maximizar os benefícios e diminuir os efeitos negativos.
Veja seis exemplos de como as pessoas utilizam ao redor do mundo:
- Como chá. Assim como no chá de camomila o chá de maconha tem o efeito relaxante e calmante. No entanto, como o THC não é solúvel, é necessário acrescentar algum tipo de gordura, como manteiga.
- Na comida. Outra maneira de se consumir a cannabis, e que tem se tornado popular, principalmente para pessoas com dores crônicas, é adicioná-la na comida. Muitos fazem manteiga de maconha para acrescentar em qualquer receita. Em alguns países, já há chocolates, pirulitos cookies e até pipoca de maconha.
- Extrato. Este tipo de consumo é mais usado para tratamento, ele consiste na retirada das substâncias medicinais e é usado oralmente, colocando gotas de baixo da língua ou acrescentando na comida.
- Vaporizando. Este método é para aqueles que já consumiam os cigarros de maconha, mas agora estão mais conscientes. O segredo, aqui é que a cannabis não entra em combustão, mas é cozida. Isto elimina até 95% da fumaça produzida.
- Uso tópico. Acredite ou não, mas também é possível fazer pomada com maconha. Ela é geralmente usada para tratar queimaduras, dores musculares, inflamações de atletas e até no tratamento de câncer. Diferente dos outros métodos, este não causa efeitos alucinógenos, apesar de ser rico em THC.
- Suco. Como se fosse uma bebida detox, o suco de maconha é para aqueles mais preocupados com a saúde, pois é possível aproveitar de todos os seus benefícios terapêuticos sem se preocupar com os níveis de THC, pois, este só é liberado quando aquecido.
Moderação
Mas atenção, apesar de tantos benefícios, o uso abusivo pode trazer consequências ruins. O pensamento que muita gente tem é que, por se tratar de um produto natural, pode ser consumido em grandes quantidades, o que não é verdade.
Usada de maneira irresponsável ela pode ser prejudicial a curto e a longo prazo.
A maconha causa vício?
Não vou mentir para você, a maconha pode sim causar dependência, se consumida em grandes quantidades. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificação da planta para induzir à dependência está entre leve e moderada.
Isso quer dizer que se alguém consumir em grandes doses e por muito tempo, pode sim levar a um tipo de dependência, mas certamente não é maior que álcool ou heroína. Dificilmente haverá uma busca desenfreada por maconha.
Não há estudos que afirmam de forma clara o porquê a planta vicia, quais são os mecanismos que levam a dependência. Mas o que se sabe é que a porcentagem de pessoas que ficam dependentes varia de 5% a 8%, uma porcentagem baixa se você for comparar com outras drogas como o cigarro, por exemplo.
No entanto, os sintomas de abstinência não passam de irritabilidade, falta de apetite e insônia.
Overdose de maconha
Foi descoberto em 1988 que para ter uma overdose o indivíduo precisa consumir cerca de 680 kg de maconha em no máximo 15 minutos, o que equivale a mais ou menos de 20 mil a 40 mil cigarros da erva.
Por isso é praticamente impossível morrer por uma overdose de maconha.
Outro fator é que a maconha tem os benditos canabinoides, por isso, o corpo absorve melhor.
No entanto, é importante lembrar que o exagero é perigoso. Você pode não morrer, mas as consequências são sérias.
Consumir uma quantidade maior do que o corpo pode aguentar pode levar a vômitos, náuseas, ansiedade paranoia e uma série de outras reações indesejáveis.
Redução de danos
Quando falamos sobre vício em substâncias, a primeira coisa que vem à sua cabeça são as clínicas de reabilitação, certo?
Estas instituições usam a abstinência e o isolamento como método central, combinado a atividades religiosas ou trabalho. Mas isso nem sempre dá certo. Até agora, os estudos sobre a efetividade do tratamento não são suficientes.
Contudo, há outras soluções para combater a dependência de forma mais eficaz, além de garantir a integridade do paciente, como a redução de danos.
Ao contrário do que muitos pensam, a redução de danos não é uma “tendência nova”, mas um conjunto de estratégias para minimizar os efeitos das drogas.
Ela pode incluir métodos que podem não estar diretamente ligados às substâncias, mas também ao cenário ao redor do tema.
“Maconhistas”
Há alguns grupos, conhecidos como “maconhistas”, que defendem a produção própria da maconha como uma forma de redução de danos. Isso garante um produto mais seguro, pois não é misturado com outras substância e é feito em um lugar conhecido pelo consumidor.
O movimento também não descarta o acompanhamento médico e social feito na redução de danos.
A maconha prensada, por exemplo, pode conter metais pesados, contaminantes e compostos que podem se agravar ainda mais quando entram em combustão.
O uso medicinal
Primeiro é importante ressaltar que a maconha não cura doenças. Há grandes estudos médicos e várias indicações para o tratamento de diversas enfermidades, em que é relatado uma melhora significativa nos quadros clínicos.
No entanto, infelizmente, não é a cura.
Mesmo a maconha recreativa sendo diferente da maconha medicinal, ela gera efeitos colaterais como qualquer outro remédio, que podem variar de secura na boca, aumento do apetite, palpitações entre outros.
Mas os efeitos mudam de acordo com o tipo de medicamento e a dosagem.
Apesar dos estudos sobre a planta serem relativamente novos, já foram descobertos mais de 400 compostos, responsáveis pelos efeitos psicoativos e medicinais.
Com isso, sementes da planta são modificadas para conter apenas certos componentes, de acordo com a sua finalidade.
As suas células são geneticamente modificadas e o seu genoma pode ser alterado, fazendo a planta produzir as moléculas desejadas.
É possível mudar até para a preferência dos consumidores, aumentando ou abaixando o nível das substâncias para mudar o gosto, o cheiro, a intensidade.
História
Em 2021 foi feita uma análise dos genomas de 110 plantas de todo o mundo e foi descoberto que a cannabis foi domesticada pela primeira vez no que hoje é o noroeste da China, há cerca de 12 mil anos.
Esta descoberta confirma a cannabis como uma das plantas cultivadas mais antigas da história.
Acredita-se que a domesticação original da cultura tenha sido o resultado dos muitos usos de muitas partes da planta.
As evidências coletadas em vários sítios arqueológicos de todo o mundo mostram que a cannabis / cânhamo (que possui níveis baixos de THC) tem sido usada para muitas coisas, como:
- Fibras para roupas;
- Armas;
- Comida;
- Óleo;
- Medicamentos;
- Em alguns casos até mesmo como uma ferramenta espiritual e religiosa.
Embora a planta tenha uma longa história na cultura humana, o acesso à cannabis ainda é bastante restrito, sendo necessárias pesquisas para descobrir a data de domesticação da cultura com suas dificuldades.
Crime
Influenciado pelos países que proibiram a cannabis, em 1921, a primeira lei de controle de drogas surgiu no Brasil.
Ela penalizava apenas a venda de cocaína, ópio e derivados, mas em 1932 a cannabis indica foi incluída, e seis anos depois, o Ato Fiscal da Maconha, abrangeu a cannabis sativa também, exceto para o uso medicinal.
Mas, no dia 4 de novembro de 1964, no início da ditadura militar, a simples posse de cannabis foi classificada como crime.
O aumento de encarceramento pode estar relacionado a subjetividade da lei, pois cabe ao juiz julgar se a pessoa é traficante ou usuário.
No último relatório da realizado pelo Infopen em junho de 2019 revelou que mais de 170 mil pessoas estão presas por porte de drogas, um aumento de 508% só no estado de São Paulo.
Apesar do número crescente de prisões, o tráfico de maconha não acaba. Segundo um levantamento feito pela câmara dos deputados em 2016, pelo menos mais de cem hectares da planta são descobertos todos os anos no Brasil, isso desde a década de 1990.
Legislação do uso adulto
Uso pessoal
A maconha para o uso adulto ainda é proibido no Brasil, mesmo para uso pessoal. De acordo com o artigo 28 da Lei 343/2006, as penas para quem possuir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, podem variar de advertência a prestação de serviços comunitários.
Ainda assim, é a principal droga ilícita mais consumida no país.
Para se ter uma ideia, 7% da população já usou maconha alguma vez na vida, o que representa 8 milhões de pessoas, segundo o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Política de Álcool e outras Drogas.
Narcotráfico
Ainda segundo a lei de 2006, o artigo 34 diz que é crime fabricar, distribuir, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar, possuir guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente maconha ou qualquer tipo de maquinário destinado a fabricação, preparação ou transformação de drogas.
Por isso, muitos pacientes, mesmo com o aval da justiça para cultivar medicinalmente, evitam plantar ao ar livre, mas dentro de casa com luzes de LED ou o sol da janela.
Quando é considerado tráfico pelo juiz, as consequências são mais severas. Segundo o código penal, a pena é de 5 a 15 anos de reclusão, que pode ser cumprido em regime semi-aberto.
O tráfico de drogas lidera ranking de prisões no Brasil há um tempo. Só em 2019, a incidência de crimes de tráfico de drogas era de 163,2 mil, de acordo com Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias realizado todos os anos.
Legislação medicinal
O uso medicinal é legalizado graças a duas resoluções vigentes.
A RDC 327/19 autorizou a venda de produtos à base de cannabis nas farmácias mediante a prescrição médica. Contudo, os produtos precisam ser autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Já a Resolução 335/15, que foi atualizada pela RDC 660/22, permite a importação de produtos derivados da planta. Contudo, o processo é um pouco mais burocrático.
É necessário, por exemplo, uma autorização excepcional da Anvisa, além do laudo médico do paciente e um termo de responsabilidade. Saiba mais sobre isso aqui.
Atualmente há também projetos de lei como a proposta sobre o cultivo e produção de produtos medicinais em tramitação no Brasil.
https://cannalize.com.br/tudo-sobre-maconha-o-que-e-quais-os-tipos-e-legislacao/