Presa na ditadura por causa da erva, Rita Lee sempre deixou a sua posição bem clara. A rainha do rock também usou o óleo para tratar uma escoliose galopante.
Morre Rita Lee, defensora da maconha e da descriminalização das drogas
Foto: Reprodução
No fim desta segunda-feira (8) a rainha do rock brasileiro, Rita Lee, morreu aos 75 anos. Ela havia sido diagnosticada com câncer no pulmão há dois anos e desde então, estava fazendo tratamento contra a doença.
A notícia foi divulgada nas redes sociais da cantora por seus familiares: “Comunicamos o falecimento de Rita Lee, em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”.
O velório será aberto aos fãs no Planetário do Parque Ibirapuera nesta quarta-feira (10), das 10h às 17h.
A relação do ícone da música brasileira com a maconha não era segredo para ninguém. Na verdade, Rita Lee sempre teve a sua imagem relacionada ao uso de substâncias psicoativas.
Em sua participação no programa Conversa com Bial em 2017, por exemplo, a cantora não teve papas na língua. A entrevista ganhou repercussão e foi lembrada por muitos fãs por sua naturalidade ao falar sobre o assunto.
“A gente tava falando das drogas, né, vamos falar um pouquinho de cada uma e ver sua relação”, continuou o apresentador. Ao citar a maconha como primeiro exemplo, ele foi interrompido por Rita. “Ah, você vai falar de maconha? Pensei que fosse falar de café, Coca-Cola, açúcar, álcool…”, respondeu.
No mesmo programa, ela e Bial também falaram sobre outras substâncias, como LSD e psicodélicos.
Mas a sua história com a maconha é bem mais antiga que isso. Em 1976, a rainha do rock foi condenada a um ano de prisão por porte de maconha, além de uma multa no valor de 38 mil cruzeiros.
Contudo, não foi uma prisão qualquer. O fato aconteceu durante a ditadura militar enquanto ela estava grávida de seu primeiro filho.
A verdade é que a artista sempre batia de frente com o regime da época, seja nas suas composições ou através de seu comportamento. A música “Erva Venenosa”, por exemplo, lançada em 1965, tornou-se um hino antiproibicionista.
Além de ser uma defensora da descriminalização das drogas, Rita Lee também falava sobre cannabis medicinal. E até fazia o uso do óleo.
Em 2021, quando a polícia invadiu a sede da associação Abrace Esperança, a artista não deixou de gravar um áudio apoiando a campanha #Abracenãopodeparar.
“Depois que passei a usar o óleo de cannabis, minha escoliose galopante finalmente me fez andar normalmente sem qualquer dor(…) Imploro à Anvisa que reconheça o trabalho sério da Abrace e entenda que o seu trabalho precisa continuar ajudando aos brasileiros e brasileiras” diz no áudio.
Na época, Rita Lee ainda publicou uma foto no seu Instagram com a hashtag da campanha.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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