No sábado (27) a associação paraibana de cannabis medicinal, Abrace Esperança, lançou uma campanha chamada #Abracenaopodeparar, como uma forma de manifesto.
O motivo, é uma ação aberta pela Agência de Vigilância Sanitária, que visa impedir a produção de cannabis pela entidade. Ela entrou com uma ação para que a atividade seja proibida.
A associação canábica tem um aval judicial para o plantio, fabricação e venda de óleos à base da planta para os seus associados.
O pedido de suspensão dos direitos da Abrace foi impetrado pela Anvisa no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) e será julgado no dia 11 de março.
Caso a Agência de Vigilância Sanitária ganhe a ação, a Associação perde o direito conquistado em 27 de abril de 2017, em decisão assinada pela juíza federal substituta da 2ª Vara, Wanessa Figueiredo.
Depois de saber o que estava acontecendo a entidade e seus associados lançaram uma campanha chamada #Abracenaopodeparar, para trazer visibilidade ao caso e apoio da população.
A entidade pede um vídeo de mais ou menos um minuto, contando a importância do óleo na vida de quem precisa.
Assim que a campanha começou a hashtag já tem mais de 500 publicações no Instagram, principalmente de pacientes.
A frase também foi parar em um telão na Avenida Paulista, a partir do projeto Projetemos.
Algumas figuras públicas já se manifestaram sobre o assunto. Como Monique Curi, o Chef Gustavo Ferreira e Erik Amazonas.
Outro exemplo, é a cantora Rita Lee, que não deixou de gravar um áudio apoiando a campanha. Ela diz que a cannabis é uma planta sagrada, e que possui diversos benefícios comprovados.
“Depois que passei a usar o óleo de cannabis, minha escoliose galopante finalmente me fez andar normalmente sem qualquer dor(…) Imploro à Anvisa que reconheça o trabalho sério da Abrace e entenda que o seu trabalho precisa continuar ajudando aos brasileiros e brasileiras” diz no vídeo.
Ela ainda publicou uma foto no seu Instagram com a hashtag da campanha.
Outra personalidade que também já se pronunciou foi o deputado Paulo Teixeira, presidente da comissão especial do Projeto de Lei 399/2015, que visa o plantio por pessoas jurídicas em solo brasileiro.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, ele comentou que é preocupante o monopólio de produtos que a Prati-Donaduzzi e a sua eventual implementação no Sistema Único de Saúde (SUS).
Teixeira também responsabilizou a farmacêutica à luta contra o seu projeto de lei e até ao processo que a Anvisa abriu para barrar o cultivo da Abrace.
Embora a entidade tenha surgido em 2014, ela conseguiu o direito de cultivo em 2017, quando o presidente, Cassiano Teixeira reuniu 150 pacientes que mostraram os benefícios da planta.
A liminar saiu em abril. Em novembro do mesmo ano, a associação obteve a decisão definitiva. A entidade foi a primeira a obter o direito, e pretendia ajudar 10 mil pacientes.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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