Senadora norte-americana quer tirar a cannabis da lista de drogas

Senadora norte-americana quer tirar a cannabis da lista de drogas

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Kirsten Gillibrand quer que a administração Biden acabe com a proibição da cannabis, em vez de reprogramá-la para uma categoria menos restritiva

Senadora Kirsten Gillibrand, dos EUA, quer a legalização total da cannabis. Foto: Reprodução

Com informações da High Times

No último domingo (28), em uma entrevista coletiva no Harlem, Nova York, a senadora Kirsten Gillibrand pediu ao procurador-geral Merrick Garland e à DEA (Administração Antidrogas dos EUA) que agissem para “desprogramar” a cannabis.

“Desprogramar” significa que a cannabis deveria ser retirada da lista de substâncias controladas, ao invés de “reprogramá-la” em outra categoria.

Atualmente, a planta é classificada como substância controlada de tabela I, a categoria mais restritiva, e equivale à heroína, “atualmente sem uso médico aceito”. 

Mas, recentemente, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) dos EUA recomendou que a DEA transferisse a cannabis para a tabela III, menos restritiva.

Leia também: Governo dos EUA recomenda a reclassificação da cannabis

“Desde que a maconha foi classificada como uma substância de Classe I durante a guerra contra as drogas, inúmeras vidas foram destruídas, e indivíduos principalmente em comunidades negras e pardas foram alvo de crimes não violentos relacionados à cannabis”, disse Gillibrand. 

“Estudos mostram que a legalização da maconha poderia ajudar a reduzir a violência no tráfico internacional de drogas e gerar bilhões de dólares para a economia”, completou.

A High Times perguntou à senadora por que é fundamental desclassificar totalmente a cannabis, em vez de simplesmente movê-la para outra categoria.

“Reprogramar a maconha não corrigirá os erros do nosso sistema judicial atual, que historicamente tem como alvo as comunidades negras e pardas por crimes relacionados à maconha”, disse Gillibrand ao High Times. 

A senadora continuou: “Desprogramar a maconha é um passo crítico em direção à descriminalização e também poderia reduzir a violência no tráfico internacional de drogas, tornar os Estados Unidos competitivos nos mercados globais e gerar bilhões de dólares para a economia”.

Kirsten Gillibrand tem apoio por lá

Segundo a High Times, Gillibrand não está sozinha nessa. A senadora tem apoio de um congressista e mais um senador, além de membros de conselhos da cidade e do estado de Nova York.

Inclusive, sua reivindicação reverbera demandas como a de Steve DeAngelo, cofundador da ONG (Organização Não Governamental) Last Prisoner Project (Projeto Último Prisioneiro, em tradução livre).

Em uma entrevista concedida à Cannalize, em 2022, Steve criticou a decisão de Joe Biden de dar indultos a milhares de pessoas presas por delitos federais por porte de cannabis.

“Biden tem autoridade executiva para libertar cada um desses prisioneiros com uma canetada, mas não tomou nenhuma medida para cumprir sua promessa. Para mim, o anúncio do perdão parece algum tipo de teste.” 

Leia também: Steve DeAngelo critica Joe Biden: “Seu perdão não libertará ninguém”

Steve DeAngelo é advogado, escritor e empresário, e sua influência no movimento canábico já dura mais de 40 anos. 

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. 

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. 

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