A recomendação é colocar a cannabis em uma lista de “substâncias mais leves”. Agora, cabe ao departamento de administração de drogas acatar ou não
Governo dos EUA recomenda a reclassificação da cannabis
Foto: Freepik
Na última semana, o governo dos Estados Unidos divulgou um documento recomendando a revisão da cannabis no país. A indicação é para a reclassificação do status da planta para a tabela III de substâncias controladas.
A decisão vai de encontro com o que autoridades de saúde já recomendavam. O arquivo de 252 páginas do Departamento de Saúde e Serviços Humanos explica que a cannabis “tem o uso médico altamente aceito para tratamentos”.
Além de “um potencial de abuso menor que outras drogas ou substâncias classificadas na lista I e II”. Mudança que pode ter um impacto significativo de várias formas, como menos barreiras para pesquisas, por exemplo.
Conduzida pela FDA (Food and Drug Administration), uma espécie de Anvisa do país, a análise ainda enfatizou que mais de 30 mil profissionais de saúde em 43 jurisdições dos Estados Unidos estão autorizados a recomendar o uso medicinal para seis milhões de pacientes registrados com, pelo menos, 15 condições médicas diferentes.
“Existe uma experiência generalizada e atual com o uso médico da substância por [profissionais de saúde] que operam de acordo com programas autorizados pela jurisdição implementados, onde o uso médico é reconhecido por entidades que regulam a prática da medicina”, disse o Departamento de Saúde.
A revisão analisou a aceitação à cannabis medicinal e se a literatura científica disponível apoia o tratamento com a cannabis. O departamento de saúde reconheceu que a maioria dos estados já legalizou o uso medicinal e, quanto aos estudos, concluíram existir resultados variados que mudam de acordo com a patologia.
“A maior base de evidências de eficácia existe para o uso de maconha dentro da indicação de dor (em particular, dor neuropática)”, afirma.
Por outro lado, a análise disse não encontrar apoio suficiente sobre o uso da cannabis para epilepsia e ansiedade. Ainda diz que há descobertas de risco de eventos adversos associados ao TEPT (Transtorno de Estresse Pós Traumático).
“No geral, faltam dados clínicos de qualidade para apoiar o uso de maconha para o TEPT”, disse.
Contudo, a agência concluiu que “os dados disponíveis indicam que existe algum apoio científico credível para fundamentar o uso no tratamento de: dor; anorexia relacionada a certas condições médicas; náuseas e vômitos (induzidos por quimioterapia), com vários graus de apoio e consistência dos resultados.”
A análise também considerou a cannabis segura. “Nenhuma das evidências das revisões sistemáticas incluídas em nossa análise identificou quaisquer preocupações de segurança que impediriam o uso para indicações que existe algum suporte científico.
Em termos de segurança da maconha em relação a outras substâncias, a revisão concluiu que “os riscos para a saúde pública são baixos em comparação com outras drogas (por exemplo, heroína, cocaína, benzodiazepinas), com base numa avaliação de vários bases de dados epidemiológicas, hospitalizações e exposições não intencionais”.
Para mortes por overdose, a maconha continuou na classificação mais baixa entre os medicamentos de comparação.
Agora, é necessário que a recomendação seja aceita pelo DEA (Drug Enforcement Administration – departamento de Aplicação e Administração de Drogas, em tradução livre).
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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