Estudo vai testar a cannabis em pacientes com câncer cerebral

Estudo vai testar a cannabis em pacientes com câncer cerebral

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Os pesquisadores do Reino Unido irão observar se o Sativex, remédio derivado da cannabis, pode ajudar a matar as células cancerígenas em pacientes reais. 

Estudos recentes têm mostrado que a cannabis pode matar células cancerígenas ao mesmo tempo em que protege as células saudáveis. Contudo, nenhuma pesquisa clínica havia sido feita até agora. 

Contudo, pesquisadores do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, sigla em inglês), vão iniciar os estudos em pacientes com a condição. Mais especificamente em pessoas com tumores cerebrais. 

A façanha será testada com um medicamento que já está em circulação em vários países. O Sativex, chamado aqui no Brasil de Mevaty, é um spray que contém tanto Canabidiol (CBD) quanto tetraidrocanabinol (THC) em proporções parecidas. 

O medicamento é indicado para tratar convulsões moderadas e graves, decorrentes da Esclerose Múltipla, geralmente utilizado quando nenhum outro tratamento convencional está funcionando.

Sobre o estudo

Financiado pela entidade filantrópica Brain Tumor Charity, o objetivo do estudo é analisar se de  fato a cannabis será útil na morte das células cancerígenas em humanos. 

Para isso, serão recrutados 232 pacientes no início do ano que vem. Eles serão divididos em grupos que irão receber tratamentos diferentes. Dois terços utilizarão o Sativex e temozolomida, um medicamento usado para tratar alguns tipos de cânceres cerebrais.

Já outro terço receberá a quimioterapia, que será administrada junto a um placebo.  

O ensaio levará três anos, onde os cientistas vão analisar o impacto da medicação no organismo de cada paciente, o que incluirá quanto tempo ele sobrevive. 

O estudo é uma continuidade de uma pesquisa que testou a segurança da interação da temozolomida junto ao medicamento à base de cannabis. Na época, foram apenas 27 voluntários.  

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