A cannabis para o tratamento de câncer é cada vez mais conhecido. O tema virou até um documentário nos Estados Unidos, onde mostrou a história de crianças que só encontraram alívio no tratamento alternativo.
Mas o que talvez a maioria das pessoas já saibam, é que a cannabis pode ajudar nos sintomas da doença, como náuseas e vômitos provocados pela quimioterapia.
O que talvez não seja tão conhecido é que a planta também tem o poder de agir nas células cancerígenas.
O assunto tomou grande repercussão nos Estados Unidos depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos.
Eles receberam altas doses de tetra-hidrocanabinol (THC) por meio de uma sonda, junto com alimentos. O THC é a principal substância da cannabis que gera os efeitos alucinógenos.
A substância se mostrou eficaz tanto no combate à doença, quanto na proteção das células saudáveis.
A ideia de testar a cannabis para tratar o câncer foi por causa de um outro estudo da Revista Men’s Health, que havia testado amostras de quase 90.000 usuários de cannabis. Eles chegaram a conclusão de que uma pessoa que consome a planta, tem 45% menos chances de desenvolver um câncer.
A cannabis tem efeitos antitumorais, funcionando assim: ela atua como um anti-inflamatório bloqueando o crescimento das células além de prevenir o crescimento de vasos sanguíneos que alimentam o tumor.
Estudos sobre isso ainda são feitos, e mostram que não é só o THC que é eficaz. Uma pesquisa realizada na Universidade de NewCastle na Austrália e divulgado há pouco tempo, alcançou os mesmos efeitos com uma quantidade mínima da substância.
O idealizador da pesquisa, Matt Dun, modificou a cannabis e a testou em células cancerígenas causadoras de leucemia. O estudo durou três anos, e os resultados foram positivos: a cannabis não só matou as células, como preservou as saudáveis.
O extrato da planta foi alterado para conter uma quantidade alta de canabidiol (CBD) e apenas 1% de THC.
O estudo ainda é novo, e precisa ser testado em outros tipos de câncer, mas casos reais não são raros, até mesmo aqui no Brasil.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Facom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós doutoranda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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