Médico não incentiva o uso, mas afirma que é importante ser honesto quanto às drogas: “elas dão prazer”
Durante a sua participação no podcast Pod Pah, Dráuzio Varella revelou aos apresentadores Igão e Mítico que já fumou maconha. O médico defendeu o uso da erva e ainda propôs uma educação maior sobre drogas para crianças e adolescentes.
“As pessoas falam que pode ser considerada porta de entrada para drogas mais pesadas como o crack, mas não é. Tem vários estudos mostrando que não é”, disse o médico.
Ele ainda acrescentou que há vários estudos que mostram que a afirmação é inverídica.
A ação da maconha no cérebro
“Eu não estaria aqui”
“Vejo as pessoas falando para as crianças ‘droga mata, você vai morrer’….Isso é mentira. Já viu alguém fumar um baseado e morrer de fome?”, acrescentou.
Ele ainda brincou dizendo que se as pessoas morressem por fumar um baseado, não teria mais ninguém vivo, o que levou os apresentadores a cair na risada.
“Concordo que não existiria o Pod Pah”, admitiu Igão.
“Nem eu estaria aqui”, respondeu o médico.
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Educação sobre drogas
No podcast, Drauzio Varella também defendeu a educação sobre drogas ilícitas além da maconha. “As drogas são completamente diferentes umas das outras. Maconha não mata”, acrescentou.
Ele ainda pontuou que é preciso dizer a verdade sobre drogas para crianças e adolescentes, isto é, que elas não são ruins, mas que são boas, que dão prazer. “Para quê você jogaria fumaça no pulmão ou cheiraria pó se não desse prazer?”
No entanto, ele pontuou que a advertência ainda continua: é prejudicial.
O médico ainda alertou que uma coisa é um adulto formado fumando maconha e outra coisa é um adolescente que ainda não desenvolveu o cérebro completamente.
“Isso vai interferir na formação do sistema nervoso central, o que pode ser um problema que ele [a criança ou adolescente] vai carregar para o resto da vida. Então não podemos ser permissivos desse jeito”, concluiu.
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Situação da maconha no Brasil
Embora a posse para uso pessoal não seja crime, a venda para o uso adulto ainda é ilegal, com pena de até 15 anos de prisão.
Mas o uso medicinal é regulamentado por algumas resoluções da Anvisa, que permitem a comercialização nas farmácias e importação de outros países.
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