Tratamento de CBD para COVID Longa será testada em pacientes

Tratamento de CBD para COVID Longa será testada em pacientes

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

O estudo brasileiro pretende recrutar mil pacientes até o início dos testes em outubro. A condição atinge cerca de 20% das pessoas que já tiveram a doença.

Em outubro começa a fase 3 de um novo estudo realizado no Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (USP), em que os pesquisadores irão testar o uso do Canabidiol (CBD) para a chamada COVID Longa.

O que é COVID Longa?

Trata-se de uma série de sintomas sentidos pelos pacientes que tiveram a doença e que persistem por 60 dias ou mais. Eles incluem insônia, fraqueza muscular, fadiga, dores de cabeça e até problemas psicológicos, como ansiedade e depressão. 

Parte destes sintomas acontecem por causa de uma resposta imunológica do organismo ao vírus, o que consequentemente, resulta no desequilíbrio na produção de citocinas, proteínas do sistema imunológico.

De acordo com dados internacionais, a COVID Longa apareceu em cerca de 20% das pessoas que tiveram coronavírus. Um em cada 10 pacientes apresentam alguma reação até oito meses depois.

Foto: Freepik

CBD para a COVID Longa

A escolha do canabidiol se deu por causa do seu efeito anti-inflamatório. Algumas  pesquisas têm se concentrado principalmente no tratamento de “tempestades de citocinas” , uma reação imunológica grave que pode danificar os pulmões e levar à síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).

A ideia é recrutar mil pacientes com algum sintoma de COVID Longa para conseguir começar os testes já em outubro deste ano.

A cannabis no Instituto do Coração

Apesar da pesquisa que começa em breve, o Incor também divulgou outro estudo sobre cannabis em julho, mas para o tratamento de insuficiência cardíaca

O objetivo da pesquisa é melhorar tanto a saúde clínica quanto psíquica dos 105 pacientes do instituto, que serão acompanhados por dois anos. 

Segundo a cardiologista Edimar Bocchi, o CBD pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas queremos fazer o estudo científico para medir este impacto positivo e ainda verificar se há mudanças no quadro clínico geral. 

Até hoje não se tem notícia de nenhum estudo científico sobre o tema no mundo.

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