Esclerose tuberosa: Sintomas e tratamento com cannabis

Esclerose tuberosa: Sintomas e tratamento com cannabis

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A patologia está na lista de doenças que poderão ser tratadas com cannabis pelo SUS no estado de São Paulo

Esclerose tuberosa: quais são os sintomas e é possível tratar com cannabis?
Foto: Freepik

O governo do estado de São Paulo publicou no Diário Oficial, nesta terça-feira (26), o decreto que regulamenta a distribuição de produtos à base de cannabis no SUS (Sistema Único de Saúde). A esclerose tuberosa é uma das patologias incluídas nesta primeira fase, ao lado das síndromes de Dravet e Lennox-Gastaut (tipos de epilepsia). 

Essa regulamentação se deu após uma série de discussões e pareceres técnicos desenvolvidos por representantes de associações médicas, dos Poderes Judiciário e Legislativa e de membros da Secretaria Estadual de Saúde, que comprovaram a eficácia da cannabis para o tratamento das condições.

Uma característica comum entre as três condições de saúde citadas é que elas são genéticas e raras. Neste texto explicaremos sobre a esclerose tuberosa. 

O que é esclerose tuberosa?

Trata-se de um crescimento anormal de tumores benignos em diferentes partes do corpo, podendo afetar o cérebro, coração, olhos, pulmões e a pele. Embora os tumores sejam benignos, eles podem causar diversos distúrbios cognitivos, como autismo e epilepsia, além de trazer sintomas respiratórios e cardíacos. 

A esclerose tuberosa é uma patologia genética e não transmissível. Sua única chance de aparecer em uma pessoa é se ela nascer com os genes que causam a doença. 

Quais são os sintomas da esclerose tuberosa?

Entre os sintomas mais comuns da esclerose tuberosa é possível citar:

  • Atraso no desenvolvimento do organismo;
  • Surgimento de cistos nos rins;
  • Manchas na pele;
  • Convulsões decorrentes de epilepsia.

Quando a doença começa a se manifestar?

A esclerose tuberosa costuma surgir na infância. O diagnóstico pode combinar uma série de fatores: convulsões, atraso no desenvolvimento da criança e alterações na pele são alguns exemplos. 

Essa condição de saúde pode acompanhar os pacientes pelo resto da vida, com alguns sintomas sendo mais predominantes que outros e reaparecendo esporadicamente. 

Como tratar esclerose tuberosa?

A esclerose tuberosa não tem cura, porém, é possível aliviar os sintomas com alguns tratamentos desenvolvidos para promover a qualidade de vida dos pacientes. 

Além dos medicamentos receitados pelos médicos, consultas frentes com profissionais específicos vão depender dos sintomas predominantes. Se um indivíduo apresentar muitos sinais de epilepsia, por exemplo, é importante frequentar o neurologista frequentemente.

Cannabis para o tratamento de esclerose tuberosa

Como citado no início deste texto, a cannabis medicinal foi permitida pelo governo paulista para tratar gratuitamente pacientes com esclerose tuberosa.

Embora os estudos sobre a aplicação dos produtos para esse fim ainda sejam poucos, algumas evidências encontradas mundialmente são positivas e comprovam a eficácia.

Segundo uma revisão dos resultados de ensaios clínicos randomizados sobre a terapêutica para tratar pacientes com esclerose tuberosa, Síndrome de Dravet e de Lennox-Gataut, a cannabis apresenta benefícios satisfatórios na redução das crises convulsivas.

Entre os sinais encontrados, redução (ou ausência) da frequência das crises convulsivas e menos retornos ao médico foram os mais identificados pelos estudos. 

Um artigo científico também avaliou a eficácia do CBD (canabidiol) isolado para tratar as convulsões causadas pela esclerose tuberosa. Foram avaliadas doses diárias de 25 e 50 miligramas de epidiolex, e concluiu-se que as dosagens diferentes oferecem benefícios semelhantes, porém a mais baixa apresenta menos efeitos colaterais. 

Canabidiol para convulsões

Os benefícios do CBD para tratar convulsões já são bastante conhecidos pela ciência. A epilepsia é uma das patologias com mais evidências que comprovam os benefícios da utilização da cannabis.

Por outro lado, a relação entre o canabidiol e as convulsões causadas pela esclerose tuberosa ainda é pouco conhecida, pois as causas da doença também são incertas. O que se sabe é que a cannabis pode ser usada como um tratamento complementar para amenizar os sintomas da doença.

Como funciona o tratamento com cannabis?

Os efeitos da planta no organismo são sentidos pelo Sistema Endocanabinoide, descoberto na década de 1990 pelo cientista israelense Raphael Mechoulam.

A principal função deste sistema é regular a homeostase, capacidade humana de conseguir manter o interior do corpo saudável e respondendo corretamente às alterações externas e internas. 

Sendo assim, consegue “coordenar” o sistema imunológico e sinalizar o sistema nervoso na reparação de dores, incômodos ou lesões em diferentes partes do corpo.

Durante o tratamento com cannabis, os pacientes absorvem componentes da planta que estimulam o funcionamento deste sistema, como uma espécie de complemento que ajuda a regular o Sistema Endocanabinoide.

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