Hanseníase (Lepra): O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos

Hanseníase (Lepra): O que é, Causas, Sintomas e Tratamentos

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Provavelmente você já ouviu falar da Hanseníase, mais conhecida como lepra, uma das doenças mais antigas. Mas vamos entender melhor sobre essa doença.

A hanseníase é uma condição que durante muitos anos foi conhecida como lepra.

O seu diagnóstico fazia com que os pacientes fossem vítimas de preconceito, já que essa doença é crônica e transmissível para outras pessoas.

Sua causa ocorre através de uma bactéria chamada Mycobacterium leprae e atinge a pele e alguns nervos periféricos, fazendo com que o paciente perca, por exemplo, a força muscular e a sensibilidade tátil e a dor.

Existem tipos variados de hanseníase, que estão relacionados à forma como o organismo reage ao bacilo causador da doença. 

Entre esses tipos, podemos destacar:

  • Hanseníase tuberculóide;
  • Hanseníase virchowiana;
  • Hanseníase borderline;
  • Hanseníase indeterminada.

Sintomas da hanseníase

O primeiro e principal sintomas da doença é o aparecimento de manchas na pele, do tipo arredondada, de cor mais clara que a pele, que podem se espalhar pelo corpo. 

Estas mesmas manchas podem atingir as sobrancelhas e os cílios e algumas vezes podem ficar avermelhadas. 

Na região de todas as manchas ocorre uma perda da sensibilidade, ou seja, não doem, sendo este o maior diferencial para as outras doenças de pele, pois a pessoa deixa de sentir as diferenças de temperatura e de pressão no local da ferida, podendo se ferir gravemente, sem perceber.

As manchas na pele e perda da sensibilidade ocorrem devido à inflamação dos nervos daquela região, podendo haver o surgimento de outros sintomas como:

  • Inchaço da região;
  • Perda da força nos músculos;
  • Perda da capacidade de suar;
  • Pele ressecada;
  • Perda da sensibilidade e dormência;
  • Lesões e feridas na planta dos pés;
  • Lesões no nariz;
  • Lesão dos olhos pode causar cegueira;
  • Paralisia dos braços ou pernas;

Além dos sintomas citados acima, pode ocorrer também a Impotência e esterilidade, pois a infecção pode reduzir tanto a quantidade de testosterona quanto a quantidade de espermatozoides produzidos pelos testículos.

De acordo com a quantidade de manchas, a lepra pode ser classificada em:

  • Lepra ou hanseníase paucibacilar, em que são observadas entre 1 e 5 lesões que podem ter bordas bem ou mal definidas e comprometimento de até 1 nervo;
  • Lepra ou hanseníase multibacilar, em que são observadas mais de 5 lesões com bordas bem ou mal definidas e comprometimento de 2 ou mais nervos.

Transmissão 

Como foi dito, a hanseníase é uma doença altamente transmissível e contagiosa, podendo ser transmitida de pessoa para pessoa através do contato com secreções respiratórias de uma pessoa infectada.

Assim, é recomendado que a pessoa com lepra evite falar, beijar, tossir ou espirrar muito perto de outras pessoas, enquanto não iniciar tratamento.

A contaminação acontece por causa do bacilo da lepra e só é possível manifestar sintomas muitos anos depois. 

O contato através do toque do doente não representa um alto risco de transmissão e cerca de 90% da população tem defesa natural contra essa doença, e por isso a forma como a doença se manifesta também depende da genética de cada pessoa. 

Possíveis Tratamentos

Mas afinal existe algum tipo de tratamento para essa doença?

De forma geral, a hanseníase tem cura. Mas caso o paciente não busque tratamento, a doença pode deixar sequelas no paciente pelo resto da vida.

O tratamento pode ser feito por meio do uso de medicamentos antibióticos que têm como função matar o bacilo causador da doença. 

Uma vez que o tratamento é iniciado, em aproximadamente 4 dias a pessoa deixa de ser capaz de transmitir a doença para outros indivíduos.

O uso dos medicamentos costuma ser prolongado, e o tratamento não deve ser interrompido em nenhuma hipótese, já que há o risco de tornar a bactéria resistente aos antibióticos disponíveis no mercado.

Os antibióticos podem interromper a evolução da hanseníase e eliminar completamente a doença, mas para que a cura seja alcançada o tratamento pode ter que ser mantido por longos períodos, que variam entre 6 meses a 2 anos, porque a eliminação completa do bacilo causador da lepra pode ser difícil de alcançar. 

Em alguns casos, podem ocorrer complicações e deformidades que podem levar a dificuldade para trabalhar, prejudicando a vida social e, afetando, por isso, o lado psicológico da pessoa.

Basicamente, o tratamento chega ao fim  quando a cura é alcançada, o que geralmente ocorre quando o indivíduo toma, pelo menos, 12 vezes o medicamento prescrito pelo médico.

 No entanto, nos casos mais graves, quando há complicações devido ao aparecimento de deformidades, pode ser preciso fazer fisioterapia e ou realizar uma cirurgia.

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