Depois da Agência Mundial de Antidopagem (WADA) liberar o canabidiol para o uso dos atletas em competições olímpicas, agora é a vez do cânhamo figurar como protagonista.
O CBD é uma pauta frequente no meio do esporte há algum tempo. Tanto para auxiliar no tratamento de dores físicas como para ajudar os atletas com desgaste emocional.
Nas Olimpíadas de Tóquio 2020 (disputada em 2021), o componente voltou aos holofotes por ter sido liberado para o uso dos competidores.
Desta vez, nas Olimpíadas de Inverno, o componente tem sido usado como matéria-prima na construção de pistas à base de fibras de cânhamo.
A responsável pela construção das pistas foi a empresa canadense Greenfield Technologies Corp. Para a competição esportiva, 27 toneladas do NForce-Fiber (fibra de cânhamo) foram utilizados.
As fibras cobrem parte das pistas de luge e bobsled. São dois tipos de trenós, usados para descer essa pista/tobogã a mais de 120 km/h.
A função das fibras é reforçar o concreto e reduzir rachaduras.
Stephen Christense, vice-presidente da empresa canadense, disse ao Journal of Commerce que usar o material de cânhamo foi uma decisão inteligente, levando em consideração que ele é capaz de oferecer um trilho mais econômico e uniforme, além de ser mais rápido de construir,
Em relação à indústria desse segmento, Cristense comentou: “O mercado pode ser uma indústria conservadora e o concreto é dominado por alguns grandes players; então, foi um desafio entrar nesse meio. Testes de terceiros por empresas respeitáveis ajudaram muito a ganhar essa aceitação.”
A Greenfield Technologies fez o anúncio do uso de cânhamo em fevereiro, e nele destacaram:
“É essencial que as empresas de cânhamo visem mercados de massa de alto valor, e longe de commodities de baixo valor, para construir uma indústria de cânhamo de sucesso no mundo atual”
Arthur Pomares
Jornalista e produtor de conteúdo da Cannalize. Apaixonado por café, futebol e boa música. Axé.
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