O uso de ayahuasca por Aaron Rodgers feriu as políticas da NFL?

Astro da modalidade, o atleta revelou recentemente que tomou a bebida antes de partidas importantes da competição. Devido a repercussão do caso, a entidade se pronunciou. 

Na última semana, o quarterback Aaron Rodgers, um dos nomes mais importantes das recentes temporadas da NFL (National Football League), revelou ter utilizado ayahuasca antes de partidas decisivas da competição. 

A afirmação do jogador gerou polêmicas e levantou dúvidas sobre a legalidade de sua ação, muito pela política de drogas estabelecida no esporte e, sobretudo, na entidade em questão. 

Para esclarecer o caso, a NFL se pronunciou sobre o assunto.

Em entrevista para a ESPN, o porta-voz da liga Brian McCarthy afirmou que o uso de ayahuasca por Rodgers não infringiu nenhuma regra da competição. 

“O ato não desencadeou um resultado positivo no teste de abuso de substâncias para melhorar o desempenho do atleta, algo que foi negociado coletivamente com a instituição e os seus jogadores”, concluiu.

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Experiência pessoal 

O tema foi levantado pelo quarterback em sua participação no Aubrey Marcus Podcast. Para ele, a inovadora experiência proporcionou uma melhora em diversos setores da sua vida. 

“[A ayahuasca] me colocou no meu caminho para poder voltar ao meu trabalho e ter uma perspectiva diferente das coisas. Ser muito mais livre no trabalho, como líder, como companheiro de equipe, como amigo”, ressaltou. 

Rodgers ainda disse que o chá ajudou a reformular a sua mentalidade, o que impulsionou o rendimento esportivo. O cenário foi evidenciado dentro dos campos, já que foi eleito MVP (prêmio de melhor jogador da temporada) por dois anos seguidos, em 2020 e 2021. 

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Sobre ayahuasca 

Ayahuasca é uma bebida psicoativa feita a partir da mistura do cipó Mariri (Banisteriopsis caapi) e das folhas de Chacrona (Psychotria viridis), tradicionalmente usada por grupos indígenas na bacia amazônica da América do Sul para rituais espirituais. 

O uso do chá também é feito em contexto urbano por grupos xamânicos e neo-xamânicos, membros das religiões ayahuasqueiras, como o Santo Daime, entre outros formatos ritualísticos.

Ele contém o potente psicodélico DMT (dimetiltriptamina), conhecido também como “molécula do espírito”, que pode causar sensações vívidas intensas e as chamadas mirações.