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Saúde e Ciência

Mulheres em cargos de liderança diminui no mundo da cannabis 



15/03/2022


De acordo com um levantamento, o número de mulheres em cargos mais altos no setor é menor que há cinco anos.  Elas ainda são envergonhadas ao dizer que trabalham na indústria. 

De acordo com um documento lançado pela agência de notícias Marijuana Business Daily, a porcentagem de mulheres em cargos de liderança diminuiu mais de 15% em cinco anos. 

O relatório “Mulheres e minorias na Indústria de Maconha” mostrou que em 2017, o número de cargos de liderança feminina era de 37%. Mesmo com o setor crescendo, hoje a porcentagem diminuiu para 22%.

 E quando falamos de investidoras do mundo canábico, a porcentagem não chega a 5%. 

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Foto: Getty Images

Mais mulheres negras e indígenas 

Por outro lado, mais mulheres negras e indígenas se identificaram como proprietárias de um negócio canábico (44%). Um número considerável, se comparado com a porcentagem do segmento no cargo de  funcionárias (19%).

Problemas

A pesquisa ainda evidenciou que apenas 11% consideravam o mercado equitativo. Os desafios mais comuns enfrentados no setor foram sexismo, assédio, falta de apoio, bullying, baixos salários e até estigmas.

As mulheres também parecem ser mais atacadas por trabalhar em uma indústria de cannabis que os homens. 64% delas relataram que foram envergonhadas por trabalhar no mercado por familiares e amigos, segundo o levantamento. 

Para se ter uma ideia, 35% optam por não usar maconha no trabalho, mesmo dentro do setor.

Luta por um mercado mais justo

Um documento recente lançado pela plataforma The Arcview Group junto com a Associação Nacional de Indústria de Cannabis dos Estados Unidos, mostrou que mulheres em cargos de liderança são mais lucrativas, além de produzirem mais que o dobro. 

Mas parece que isso não convenceu investidores do setor.

Por causa da desigualdade, algumas organizações têm se dedicado especificamente para isso. Como a  Rede de Inclusão Feminina da Arcview, How to Do the Pot, Cannaclusive, Cannabis Doing Good, Women Grow e muitas outras, que lutam para mais equidade.

Mulheres apaixonadas

Autoras de relatórios como este, as instituições também buscam entender o porquê as mulheres decidem migrar para a indústria canábica e 72% delas disseram que o motivo foi a sua paixão e experiência com a planta.

68% das mulheres ainda disseram que foram ajudadas pessoalmente e 45% testemunharam o poder terapêutico da cannabis em familiares.

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.