Mulheres em cargos de liderança diminui no mundo da cannabis 

Mulheres em cargos de liderança diminui no mundo da cannabis 

Sobre as colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

De acordo com um levantamento, o número de mulheres em cargos mais altos no setor é menor que há cinco anos.  Elas ainda são envergonhadas ao dizer que trabalham na indústria. 

De acordo com um documento lançado pela agência de notícias Marijuana Business Daily, a porcentagem de mulheres em cargos de liderança diminuiu mais de 15% em cinco anos. 

O relatório “Mulheres e minorias na Indústria de Maconha” mostrou que em 2017, o número de cargos de liderança feminina era de 37%. Mesmo com o setor crescendo, hoje a porcentagem diminuiu para 22%.

 E quando falamos de investidoras do mundo canábico, a porcentagem não chega a 5%. 

Foto: Getty Images

Mais mulheres negras e indígenas 

Por outro lado, mais mulheres negras e indígenas se identificaram como proprietárias de um negócio canábico (44%). Um número considerável, se comparado com a porcentagem do segmento no cargo de  funcionárias (19%).

Problemas

A pesquisa ainda evidenciou que apenas 11% consideravam o mercado equitativo. Os desafios mais comuns enfrentados no setor foram sexismo, assédio, falta de apoio, bullying, baixos salários e até estigmas.

As mulheres também parecem ser mais atacadas por trabalhar em uma indústria de cannabis que os homens. 64% delas relataram que foram envergonhadas por trabalhar no mercado por familiares e amigos, segundo o levantamento. 

Para se ter uma ideia, 35% optam por não usar maconha no trabalho, mesmo dentro do setor.

Luta por um mercado mais justo

Um documento recente lançado pela plataforma The Arcview Group junto com a Associação Nacional de Indústria de Cannabis dos Estados Unidos, mostrou que mulheres em cargos de liderança são mais lucrativas, além de produzirem mais que o dobro. 

Mas parece que isso não convenceu investidores do setor.

Por causa da desigualdade, algumas organizações têm se dedicado especificamente para isso. Como a  Rede de Inclusão Feminina da Arcview, How to Do the Pot, Cannaclusive, Cannabis Doing Good, Women Grow e muitas outras, que lutam para mais equidade.

Mulheres apaixonadas

Autoras de relatórios como este, as instituições também buscam entender o porquê as mulheres decidem migrar para a indústria canábica e 72% delas disseram que o motivo foi a sua paixão e experiência com a planta.

68% das mulheres ainda disseram que foram ajudadas pessoalmente e 45% testemunharam o poder terapêutico da cannabis em familiares.

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