De acordo com o Boletim Epidemiológico de Sífilis, em 2019 foram notificados mais de 152 mil casos de sífilis adquirida em todo o Brasil, com taxa de detecção de 72,8 casos por 100 mil habitantes. Mas o que é sífilis? Vamos entender melhor.
Muitos já ouviram falar em algum lugar sobre essa doença, mas não sabem de fato do que se trata.
Basicamente, a sífilis é uma infecção causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum que, na maior parte dos casos, é transmitida através da relação sexual sem proteção, capaz de se espalhar no corpo humano por meio de pequenos cortes na pele ou através das mucosas.
A sua evolução é dividida em diferentes estágios, sendo que em certos momentos a doença pode ficar latente, ou seja, presente no corpo do indivíduo, mas sem apresentar mais sintomas.
Esse estágio de sífilis latente geralmente acontece entre uma fase e outra.
Os tipos de sífilis são divididos por estágios, que se diferem de acordo com o tempo e gravidade. Abaixo estão os estágios de forma mais detalhada.
Sífilis primária: A sífilis primária é o estágio inicial da doença, que surge cerca de 3 semanas após o contato com a bactéria responsável pela doença (Treponema pallidum).
Durante essa fase, ocorre o aparecimento do cancro duro, que corresponde a uma pequena ferida ou caroço que não dói ou causa desconforto, e que pode desaparecer após cerca de 4 a 5 semanas, sem deixar cicatrizes.
Sífilis secundária: Depois que as lesões do cancro duro desaparecem, que é um período de inatividade pode durar de seis a oito semanas, a doença poderá entrar novamente em atividade caso não seja identificada e tratada.
Quando isso ocorre, a pele e os órgãos internos são comprometidos, já a bactéria é capaz de multiplicar e se espalhar para outros locais do corpo por meio da corrente sanguínea.
Sífilis terciária: A sífilis terciária aparece em pessoas que não conseguiram combater a doença na sua fase secundária ou que não fizeram o tratamento adequado.
Os sintomas nessa fase, podem surgir depois de 10 a 30 anos da infecção inicial, e quando o indivíduo não é tratado.
Por isso, para evitar complicações em outros órgãos do corpo, o tratamento deve ser feito logo após o surgimento dos primeiros sintomas da sífilis.
De forma geral, a sífilis é transmitida por meio da relação sexual.
Essa doença é extremamente contagiosa quando estão nos estágios primários e secundários, sendo que os pacientes que forem diagnosticados com a doença devem evitar ter relações sexuais até que haja uma recuperação total da infecção.
Além da gravidez, por meio da placenta ou durante o nascimento, a transmissão da sífilis também pode se dar por meio de transfusão feita com sangue contaminado, ou de contato direto com sangue de uma pessoa que possui a doença.
O primeiro sintoma da sífilis é uma ferida que não sangra e não dói, que surge após o contato direto com a ferida de sífilis de outra pessoa.
No entanto, os sintomas tendem a ir evoluindo, variando de acordo com a fase da infecção.
A dúvida da maioria ao falar de IST (infecção sexualmente transmissível), é se existe cura. No caso da sífilis, sim, ela tem cura e pode ser facilmente tratada com injeções de penicilina, mas o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível para evitar o surgimento de complicações graves em outros órgãos como o cérebro, o coração e os olhos, por exemplo.
Vale lembrar que umas das principais formas de prevenção da sífilis é utilizando o preservativo, seja ele masculino ou feminino em todas as relações sexuais.
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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