Conversamos com uma especialista em investimentos que nos ajudou a ter uma visão maior dos impactos indiretos do conflito.
Na última quinta-feira (24) o mundo acordou com a notícia que mais temia: a invasão da Ucrânia pela Rússia. Contudo, o conflito não atingiu apenas os dois países, mas o mundo inteiro.
Principalmente se tratando de economia. Ambos são os responsáveis por boa parte de insumos, como trigo e petróleo. Por isso, com acordos quebrados e sanções, outros países também já estão sentindo os impactos.
E se o mundo já tentava se reerguer depois da pandemia de COVID-19, a ameaça de uma guerra pode dificultar as coisas. No universo da cannabis não seria diferente.
Investimentos
Conversamos com Jéssica Castro, que é especialista em investimentos e que nos ajudou a entender melhor.
Ela explica que acontecimentos de risco retém os investidores, que deixam de se arriscar. Principalmente em setores que ainda estão surgindo.
Apesar do mercado da cannabis já faturar bilhões em todo o mundo, ele é relativamente novo, e pouco consolidado. Isso quer dizer que as expectativas e projeções ainda são futuras, ou seja, as pessoas investem hoje para colher depois.
Mercado brasileiro
A cannabis por si só já é um mercado arriscado. E com um governo conservador, mesmo para o uso medicinal, as projeções de investimento para o Brasil são ainda mais incertas.
Há até gestoras no país que oferecem fundos direcionados com altas expectativas, mas no mercado exterior.
Por isso, Castro explica que as pessoas preferem investir no que está dando certo lá fora. Mas o cenário fica ainda mais restrito em meio a uma crise.
Quando há um conflito assim, os impactos posteriores tendem a se perpetuar por um bom tempo. “Os problemas causados depois de uma guerra, podem trazer tantas consequências quanto durante”, ressalta.
