Embora o CBD já esteja liberado, os demais componentes da planta ainda podem comprometer os atletas, como no caso da velocista Sha’Carri Richardson.
Nesta terça-feira (14) a Agência Mundial Antidoping (Wada, sigla em inglês) anunciou que irá revisar o status da cannabis da lista de substâncias proibidas. Embora o CBD seja liberado, a decisão só os demais componentes da cannabis virá em 2022, depois de um estudo.
A nova análise sobre os efeitos no desempenho dos atletas foi proposta ontem na reunião do Comitê Executivo em Istambul, sede da organização, e será realizada no próximo ano.
Até lá, a cannabis ainda está proibida.

CBD liberado
Tanto nas Olimpíadas quanto nas Paralimpíadas deste ano em Tóquio, o canabidiol (CBD), substância que não gera os efeitos alucinógenos da maconha, saiu da lista de substâncias proibidas.
Embora o código disciplinar da Wada tenha sido alterado ainda em 2018, essa foi a primeira edição do evento que o canabidiol não foi considerado um doping.
Exclusão de atleta
A reavaliação das demais substâncias da cannabis só virou pauta da reunião meses após a estrela estadunidense do atletismo, a Sha’Carri Richardson, testar positivo para maconha e não poder participar dos Jogos Olímpicos.
A atleta era uma das principais apostas da modalidade para conquistar o ouro nos 100 metros rasos.
O caso gerou debates sobre as proibições de substâncias do comitê. O deputado americano, Steve Cohen, comentou que é uma hipocrisia que os atletas sejam penalizados por usar maconha quando o uso de álcool é normalmente tolerado.
Na época, ele ainda acrescentou: “O uso dessa planta não melhora o desempenho, a menos que você esteja inscrito no concurso de comer cachorro-quente”.