Embora com poucos estudos, vários relatos têm mostrado os benefícios da cannabis para inflamações gastrointestinais. Inclusive a úlcera gástrica
A cannabis medicinal tem sido uma grande aposta para uma série de condições médicas, que vão desde ansiedade a crises epilépticas e espasticidade. E, conforme a ciência avança, novos usos são explorados.
Com o aumento do tratamento canábico no mundo, alguns pacientes já têm relatado uma melhora significativa para úlceras e gastrites.
Mas será que a planta é realmente útil?
Sabe a diferença?
Antes, é importante ressaltar a definição de úlcera gástrica. Trata-se de uma ferida que surge na parede do estômago e pode causar uma série de desconfortos, como queimação, enjoos, vômitos, dores abdominais e até sangramento nas fezes.
A condição pode ser hereditária, mas também pode aparecer através de uma bactéria chamada H.pylori. E até como uma evolução da gastrite, que por sua vez, acontece por causa de uma ação agressiva do sulco gástrico no estômago.
O tratamento convencional é feito através de remédios que aliviam a produção de ácidos gástricos, ou até por meio de antibióticos, quando falamos da bactéria. Em alguns casos, há a possibilidade de intervenção cirúrgica.
Cannabis como tratamento para úlcera
De acordo com a médica integrativa Amanda Medeiros à Cannalize, o CBD (canabidiol) é um anti-inflamatório potente, que pode ser útil para tratar os principais sintomas da gastrite e da úlcera, como a queimação, disfagia e náuseas.
Além das suas propriedades analgésicas e antioxidantes, que podem ser úteis no tratamento da condição.
Os estudos ainda são escassos, mas os seus efeitos benéficos já foram provados. Pelo menos em animais.
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O que as pesquisas dizem?
De acordo com um estudo feito no Rio Grande do Sul, o óleo de canabidiol pode reduzir a produção do suco gástrico, reduzindo as úlceras.
Sem contar que a cannabis também relaxa os músculos do trato gastrointestinal, alivia os sintomas, previne a dor e o crescimento da ferida.
Outra pesquisa publicada no Journal of Clinical Investigation mostrou que pacientes de doenças gastrointestinais como Doença de Crohn ou colite ulcerativa tiveram melhoras depois de utilizar a planta.
Tratamento complementar
A médica integrativa complementa que apesar da falta de mais estudos, há vários relatos de casos em que a cannabis se mostrou efetiva para problemas gastrointestinais. E o melhor de tudo: com efeitos colaterais mínimos. “Tenho pacientes que não tiveram efeitos nenhum”, complementa.
Contudo, é importante ressaltar que a cannabis entra como um tratamento complementar e que cada caso é diferente. “É só uma questão de conversar com o seu médico”, diz a médica.
A dra. Amanda Medeiros complementa que além da cannabis, é importante ter atenção ao PH gástrico, mudar a alimentação e o estilo de vida para resultados mais efetivos.
Consulte um médico
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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