Deputados brasileiros conversam com autoridades uruguaias sobre a legalização da cannabis

Deputados brasileiros conversam com autoridades uruguaias sobre a legalização da cannabis

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A Comissão Especial sobre Medicamentos Formulados com Cannabis teve um encontro virtual com duas importantes figuras do mercado canábico do Uruguai, para entender as regras do plantio no país

O Uruguai é conhecido por ser o primeiro país do mundo a legalizar a cannabis, lá em 2014 e esta semana (agosto/2020), o presidente Luis Lacalle Pou, aprovou algumas flexibilizações para exportação.

A commodity lá é tão séria, que o Ircca e o Ministério da Agricultura do país aprovaram US$60 milhões para 78 projetos para o seguimento. Ainda há outros US$53,5 milhões para mais projetos que buscam licença.

A indústria do país exportou US$1,9 bilhão em 2019 e aprovou ontem (6 de agosto) uma série de decretos para facilitar a exportação. O objetivo é impulsionar ainda mais a indústria e criar empregos.

Reunião com o Brasil

 A referência dos vizinhos chamou a atenção dos deputados brasileiros, que se reuniram ontem, com autoridades uruguaias do mercado de cannabis, para buscar estratégias e entender as regras da planta no país.

A reunião virtual foi com o ex-secretário da Junta Nacional de Drogas, Julio Calzada, e o presidente da Câmara de Empresas de cannabis medicinal do Uruguai, Marco Algorta.

Além de alguns integrantes da Comissão Especial sobre Medicamentos Formulados com Cannabis, da  PL 399/2015, como o presidente da comissão, Paulo Teixeira (PT-SP), o relator, Luciano Ducci (PSB-PR), dois deputados,  Natália Bonavides, (PT-RN) e Eduardo Costa (PTB-PA) e também o advogado Rodrigo Mesquita, que faz parte da Rede Reforma.

Um dos temas abordados na conversa, foi a relação do governo com a associações. Lá, as entidades podem cultivar e criar produtos com supervisão de farmacêuticos. O objetivo, é garantir a qualidade dos produtos, além de facilitar o acesso aos pacientes.

Marco Algorta argumentou que no Brasil, o cultivo deveria ser mais acessível para as associações. Para ele, centro da regularização deve ser sempre o paciente. Também acrescentou que a planta deve ser inserida no Sistema Único de Saúde (SUS), para tornar o fitofármaco mais acessível.

A comissão especial sobre cannabis teve algumas reuniões canceladas este ano por conta do  Coronavírus, mas agora, aguarda o relatório do Luciano Ducci para ser votada.

Informações obtidas pela Veja.

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