Burocracia faz 400 empresas de cannabis medicinal fecharem as portas na Colômbia

Burocracia faz 400 empresas de cannabis medicinal fecharem as portas na Colômbia

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Seis anos após a legalização da maconha para fins medicinais na Colômbia, 400 das 1.300 empresas licenciadas para produzir cannabis para uso medicinal fecharam suas portas

Foto: Freepik

Texto traduzido do portal El País

Há seis anos, o governo da Colômbia assinou um decreto que legaliza o uso da cannabis para fins medicinais. A medida foi aplaudida em todo o mundo por tornar a Colômbia o quinto país a caminhar nessa direção.

O endosso oficial abriu as portas para uma alternativa médica para milhões de pacientes, a maioria deles com dores crônicas ou oncológica e patologias complexas.

Foi uma decisão que, como foi dito na época, buscou proporcionar aos pacientes o acesso a medicamentos seguros, de qualidade e de produção nacional a preços acessíveis.

Ainda sem acesso à cannabis medicinal

Seis anos depois, devido a contratempos burocráticos, 400 das 1.300 empresas licenciadas para produzir cannabis para uso medicinal fecharam suas portas. Todas elas microempresas 100% colombianas.

Enquanto isso, milhões de colombianos ainda esperam encontrar remédios eficazes e baratos para aliviar suas dores nas farmácias, mas os produtos ainda estão em laboratórios aguardando registros sanitários.

O único medicamento derivado da cannabis disponível era aquele feito sob medida para cada paciente: fórmulas magistrais, especiais, personalizadas, com custos considerados mais altos que o comum.

 Acontece que, subitamente, a última gestão retirou esses tipos de medicamentos do Plano de Saúde do país, deixando a dor de milhares de pessoas sem remédio.

Cinco vezes mais caro

Uma fórmula pela qual um paciente com dor crônica pagava 30.000 pesos há dois meses agora custa até cinco vezes mais. Para Miguel Samper Strouss, presidente executivo da ASOCOLCANNA (Associação Colombiana de Indústrias de Cannabis) “o governo transformou a cannabis em um remédio de elite restrito a pacientes que podem pagar.”

Isso, somado à impossibilidade de obtenção de registros sanitários, à falta de regulamentação para o desenvolvimento de alimentos, bebidas e suplementos alimentares, à proibição de receitar flor seca, bem como à imposição de um esquema de controle extremamente complicado.

Empregos instáveis

As empresas também andam em uma corda bamba causada pela instabilidade de mais de 9.000 os empregos, pois as empresas que apostam no desenvolvimento desse setor não conseguem mais sustentar a folha de pagamento.

Miguel Samper Strouss acredita que esses obstáculos só podem ser derrubados com um novo foco na política de drogas.

“Não percamos o foco. O que está em jogo aqui é o bem-estar das pessoas, a qualidade de vida dos doentes e a alimentação dos trabalhadores e suas famílias, seres humanos cuja subsistência depende do florescimento deste setor agroindustrial. Se antes essas necessidades eram invisíveis, agora o pedido de ajuda soa mais alto do que nunca e ecoa junto com o grito de mudança que o novo presidente está lançando ao mundo.”

GreenWeek na Cannect: oportunidades para todos

Você sabia que a compra de cannabis para fins medicinais no Brasil é regulamentada desde 2015? Pois é, com o avanço da regulamentação, o comércio canábico tem tido cada vez mais espaço no Brasil.

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