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Considerado o “pai da cannabis”, o pesquisador brasileiro foi um dos pioneiros nos estudos sobre cannabis medicinal. Principalmente os efeitos antiepilépticos do CBD
Embora as propriedades medicinais da planta cannabis sejam exploradas há milênios, as descobertas científicas sobre os efeitos terapêuticos ainda são relativamente recentes. E o brasileiro Elisaldo Carlini teve um papel importante nas pesquisas.
Se você já ouviu falar sobre o CBD (canabidiol) para o tratamento da epilepsia refratária, por exemplo, foi graças ao doutor e professor da USP, que defendeu o uso da planta por 50 anos, até a sua morte em setembro de 2020.
Junto ao famoso “avô da cannabis”, o químico israelense Raphael Mechoulam, o médico foi um dos precursores dos estudos com a planta.
História
Nascido na década de 1930 em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, Carlini ingressou no curso de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em 1956. Tornou-se professor no departamento de farmacologia e ainda fundou o departamento de Psicobiologia.
O médico também foi o fundador do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas) e se destacou como um dos maiores especialistas sobre drogas e entorpecentes não só do Brasil, como do mundo.
Leia também: “Avô da Cannabis”: Estudos de Raphael Mechoulam revolucionaram a ciência
O médico fez o seu nome enquanto ocupou cargo de presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 1995 e 1997, quando ainda era membro do Conselho Econômico Social das Nações Unidas.
Durante essa época, o médico e professor também organizou os primeiros eventos sobre cannabis no Brasil e ainda tentou criar uma espécie de “Anvisa da Cannabis”, mas o projeto não foi para frente.
Estudos com cannabis
Na década de 1970, depois que o presidente dos EUA naquele momento, Richard Nixon, praticamente pôs fim aos estudos científicos sobre a planta no país, outros pesquisadores tomaram à frente, como aqueles que ficaram conhecidos como os dois principais precursores dos estudos com cannabis hoje.
Em 1972, o químico Rapahel Mechoulam enviou um carregamento direto de Jerusalém para o professor Carlini com quase meio quilo de CBD isolado, que havia conseguido com a polícia israelense.
Com isso, durante as décadas de 1970 e 1980, o professor liderou um grupo de pesquisa que publicou mais de 40 trabalhos sobre a cannabis em revistas científicas internacionais. Investigações que contribuíram para o desenvolvimento de medicamentos à base de cannabis em países como Estados Unidos.
Foi esse mesmo grupo que descobriu, por exemplo, que o CBD tinha efeito antiepiléptico, que hoje faz a diferença de milhares de crianças no mundo todo.
Leia também: O que a ciência já descobriu até hoje sobre a cannabis para epilepsia
Os estudos conduzidos pelo professor e sua equipe, foram as primeiras pesquisas da ciência moderna sobre o assunto. Desenvolvida em camundongos e depois em humanos, o canabidiol se mostrou eficaz e com poucos efeitos colaterais para tratar convulsões.
Embora houvesse relatos sobre estes efeitos, ninguém havia testado a hipótese ainda. Publicada em 1981, depois de quase 10 anos de dados coletados, a pesquisa serviu de alicerce para a medicina canábica atual.
Estudos que influenciaram a criação do Centro de Pesquisa de Canabinoides, que existe até hoje na USP de Ribeirão Preto. Atualmente, o laboratório é um dos maiores centros de pesquisas sobre CBD do mundo.
Honrarias
Por causa do pioneirismo, Elisaldo Carlini tornou-se o “pai da cannabis” e foi citado cerca de 12 mil vezes em pesquisas científicas nacionais e internacionais e recebeu duas condecorações da Presidência da República pelo trabalho como pesquisador.
Em 2019 também foi selecionado como pesquisador emérito do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). As suas contribuições também foram destacadas pelo New York Times em julho de 2020, dois meses antes da sua morte.
Contudo, em 2018, aos 88 anos, passou por um episódio triste. O professor foi intimado pela polícia a prestar depoimento por suspeita de “apologia às drogas”, depois que organizou um simpósio sobre cannabis na Unifesp, chamado “Maconha: outros saberes”.
Foi preciso que ele entregasse cópias da gravação do evento para a investigação.
Atualmente, há até um projeto de lei que leva o seu nome. A proposta 399/15 pretende regulamentar o cultivo de cannabis para fins medicinais e industriais. Mas está parada no congresso nacional desde 2021.
Falecimento
O professor e pesquisador Elisaldo Carlini morreu no dia 16 de setembro de 2020 aos 90 anos. Ele sofria de câncer já em estágio avançado e estava internado há um tempo na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital Albert Einstein, na Capital de São Paulo.
Elisaldo Carlini deixou seis filhos e seis netos, além do seu legado.
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https://cannalize.com.br/quem-foi-elisaldo-carlini/ DF finalmente abre licitação para a compra de cannabis medicinalMesmo com uma ação judicial, a secretaria de saúde do estado não estava fornecendo o produto há mais de um ano
Após denúncias por parte dos pacientes, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal finalmente abriu uma licitação para a compra de produtos de cannabis. O estado não estava fornecendo os remédios há um tempo, mesmo com uma decisão judicial que obrigou a regularização.
O pregão foi publicado no Diário Oficial do DF na última sexta-feira (26) , sob o custo estimado de R$5,1 milhões. Agora, as empresas interessadas devem enviar a proposta até o dia sete de fevereiro e devem seguir as regras e especificações do edital.
Por outro lado, serão contemplados apenas pacientes com três tipos de epilepsia, que têm a eficácia comprovada: Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut e epilepsia associada a esclerose tuberosa.
O que aconteceu
Em agosto de 2023, o TJDFT (Tribunal do DF e Territórios) havia condenado a pasta a regularizar o tratamento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) logo após uma ação civil pública, movida pela 4ª Prosus (Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde), mas a secretaria recorreu.
Por nota, o órgão havia dito que a compra emergencial para aquisição dos produtos estava em andamento, até que o processo regular fosse finalizado. Por outro lado, a mesma resposta foi dada há mais de um ano para os pacientes, que enfrentam dificuldades para a aquisição dos produtos.
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https://cannalize.com.br/df-finalmente-abre-licitacao-para-a-compra-de-cannabis-medicinal/ Canabidiol, um aliado de respeito contra a epilepsiaDesde os primeiros estudos com a cannabis, nos anos 80, a epilepsia foi a primeira condição a responder positivamente a este tratamento.
A epilepsia é uma perigosa condição de saúde, que afeta cerca de 3 milhões de brasileiros, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). A maioria dos pacientes são afetados na infância, nos primeiros 10 anos de vida, o que é mais preocupante.
Deste número, cerca de 700.000 pessoas têm epilepsia refratária, ou seja, resistente a medicamentos convencionais.
Este distúrbio é caracterizado por crises convulsivas imprevisíveis, causadas por recorrentes e desordenadas descargas neuronais.
Apesar de se popularizar há pouco tempo, a cannabis já era estudada no Brasil desde a década de 1980, e a epilepsia foi a primeira condição a responder positivamente a este tratamento.
Tal eficácia foi descoberta através dos estudos do químico orgânico Raphael Mechoulam, associado a uma equipe de cientistas brasileiros liderados pelo professor Elisaldo Carlini, da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo).
Em um cenário duplo-cego, os pesquisadores testaram pacientes epiléticos e voluntários saudáveis, aplicando canabidiol ou placebo durante 135 dias, e submetendo os pacientes a exames clínicos e laboratoriais a cada 15 ou 30 dias.
No trabalho, o professor descobriu o potencial anticonvulsivante do CBD com resultados significativos. “Ficamos felizes em notar que, de fato, eles não tinham convulsões enquanto estavam tomando o canabidiol”, disse o próprio Mechoulam, em um documentário biográfico chamado “O Cientista”, lançado em 2015.
De lá pra cá, a regulação da cannabis medicinal no Brasil se deu a passos lentos, mas principalmente marcada pela luta de uma mãe que viu no canabidiol (CBD) a única alternativa para conter as crises epilépticas da sua filha.
Atualmente, 50 mil pacientes de epilepsia devem ser atendidos com canabidiol no país.
Evidências Científicas
Hoje, a cannabis medicinal é conhecida por ser uma das poucas opções que realmente ajudam a tratar a epilepsia refratária. Tanto para controlar as crises, quanto para acalmar o paciente e melhorar a sua qualidade do sono.
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Outra evidência científica é de 2019, num estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos, Holanda, Polônia e Reino Unido, que avaliou pacientes da Síndrome de Lennox-Gastaut, um tipo de epilepsia refratária que causa graves convulsões em crianças.
O estudo constatou que, após a intervenção terapêutica com cannabis, a melhora da condição geral de saúde foi relatada por 88% dos pacientes/cuidadores.
Cannabis no SUS
Tal condição e tratamento são tão familiares aos cientistas que já motivam legislações de saúde pública. É o caso da sanção da Lei Estadual nº 17.618, de 31/01/23, que institui a política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos à base de CBD (canabidiol), em caráter excepcional, pelo SUS (Sistema Único de Saúde), em São Paulo.
Na ocasião, o próprio governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) compartilhou um testemunho: “Meu sobrinho ganhou qualidade de vida quando começou a usar o canabidiol. Isso me motivou a assinar a sanção”, contou. “Deus sabe a fortaleza e resiliência que os pais destas crianças devem ter para enfrentar este desafio.”
https://cannalize.com.br/canabidiol-um-aliado-de-respeito-contra-a-epilepsia/ “Avô da Cannabis”: Quem foi Raphael Mechoulam?Se hoje falamos da cannabis medicinal como uma terapia cientificamente embasada, é graças aos estudos do químico israelense
O químico israelense Raphael Mechoulam foi o primeiro cientista a estudar a cannabis. Graças à sua curiosidade genuína e sem fronteiras, ele superou preconceitos sociais e dedicou grande parte de sua carreira acadêmica aos benefícios medicinais da cannabis, desde os anos 1960.
Em uma série de testes com haxixe, o cientista isolou o THC (Tetrahidrocanabinol) e entendeu seus princípios psicoativos. Daí partiu para novos estudos que inspiraram grande parte da comunidade acadêmica a descobrir canabinoides como CBD (Canabidiol) e CBG (Canabigerol), os neuroreceptores CB1 e CB2, e claro, o Sistema Endocanabinoide.
Cannabis para epilepsia: estudos de Mechoulam
Uma das condições mais adequadas ao uso de canabinoides é a epilepsia, um distúrbio cerebral caracterizado por crises convulsivas recorrentes e imprevisíveis, causadas por impulsos neuronais desordenados.
Esta doença foi a primeira a ser abordada pelos estudos de Mechoulam, em conjunto com cientistas brasileiros, em 1980. Em um cenário duplo-cego, pacientes epiléticos e voluntários saudáveis receberam canabidiol ou placebo durante 135 dias, submetidos a exames clínicos e laboratoriais a cada 15 ou 30 dias.
Todos os pacientes e voluntários toleraram muito bem o CBD e nenhum sinal de toxicidade ou efeitos colaterais graves foram detectados nos exames.
Quatro dos oito indivíduos com CBD permaneceram quase livres de crises convulsivas durante todo o experimento. Outros três pacientes demonstraram melhora parcial em sua condição clínica, contudo, o CBD foi ineficaz em um paciente.
“Ficamos felizes em notar que, de fato, eles não tinham convulsões enquanto estavam tomando o canabidiol”, disse o próprio cientista, em um documentário biográfico chamado “O Cientista”, lançado em 2015.
Avanços: THC para crianças com câncer
Em 1995, o cientista teve a ideia de testar o THC em crianças com câncer, no intuito de diminuir náuseas e vômitos, efeitos colaterais constantes nos tratamentos quimioterápicos, e extremamente incômodos em crianças.
“Por sorte, a maior parte das crianças podem ser curadas do câncer, mas o tratamento é absolutamente difícil”, relata o químico, no documentário.
Em parceria com a chefe do departamento de oncologia do Hospital de Jerusalém, Aya Avramov, Mechoulam realizou um estudo clínico administrando gotas de óleo contendo THC sob a língua das crianças, duas a três vezes por dia, durante seus tratamentos.
Ao fim do teste, Ava relatou a Mechoulam um “bloqueamento completo da náusea”.
Anos mais tarde, para uma entrevista à Folha, Mechoulam usou este exemplo para refutar efeitos nocivos do THC: “Não conheço casos em que ela tenha causado muitos problemas.”
O legado de Raphael Mechoulam
Morto em março de 2023, aos 92 anos, em sua casa, Mechoulam continuou trabalhando até o fim da vida. O químico publicou 350 artigos científicos, capítulos de livros e resenhas, a maioria deles sobre o sistema canabinoide e editou três livros sobre o assunto.
Em 1999-2000, ele atuou como presidente da International Cannabinoid Research Society e desde 2007 era presidente da divisão de ciências naturais da Academia Nacional de Ciências de Israel. Em junho de 2014, o professor Mechoulam foi selecionado pelo Jerusalem Post como um dos 50 judeus mais influentes do mundo.
Seu último trabalho foi em 2019, aos 88 anos, quando apresentou uma versão estável e sintetizada do CBDA (Ácido canabidiólico), um canabinoide com propriedades anti-inflamatórias.
https://cannalize.com.br/raphael-mechoulam-avo-da-cannabis/ ‘Eu estou aqui, hoje eu vivo’, diz paciente que voltou a ter qualidade vida após a cannabisJoyce, que tinha de 15 a 20 convulsões por dia, hoje não tem mais nenhuma. Atualmente ela é uma das fundadoras da Marcha da Maconha de Ferraz de Vasconcelos
Após ter a sua primeira filha aos 16 anos, Joyce Kayce de Almeida Ribeiro teve uma depressão pós-parto, que paralisou a sua vida. A necropsista não comia, não dormia e nem reconhecia a filha, o que preocupou os pais.
Não demorou muito para que a sua família a encaminhasse para um psiquiatra e começasse a utilizar remédios. Joyce conta que eram 12 comprimidos pela manhã, nove à tarde e 11 à noite.
De acordo com um estudo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), cerca de 25% das brasileiras sofrem de depressão pós-parto, o que pode ser um problema não só para quem sofre quanto para as pessoas que estão ao redor, principalmente os bebês que não têm o cuidado materno.
Por isso, não é incomum que o tratamento envolva medicamentos associados à psicoterapia.
No entanto, o que era para melhorar, só causou mais problemas. A quantidade excessiva de comprimidos a fez ficar em estágio vegetativo, não reconhecia ninguém, não falava, não andava.
“Eu deixei de ser mãe da minha filha nesse período. Eu perdi muitas coisas que ela aprendeu, palavras, sorrisos, eu não reconhecia ela. A minha filha conta que chegava perto de mim e pedia pra ela sair, tinha medo.”, acrescenta.
Novo diagnóstico
Mas o pior ainda estava por vir. Apenas 15 dias depois, Rbeiro passou a ter convulsões, o que piorou ainda mais o seu quadro e os médicos não entendiam o que ela tinha. Após um ano convulsionando, foi somente após um eletroencefalograma que a explicação veio: Epilepsia refratária.
De acordo com a neurologista Karime Luz, algumas medicações podem causar convulsões, principalmente se o paciente já tinha uma predisposição genética para isso. “As medicações apenas desencadearam o processo”, complementa.
O mau uso dos remédios também trouxe uma resistência a outros tipos de medicamentos, como uma simples dipirona. “ Se eu fico doente, tenho alguma infecção ou alguma coisa, eu tenho que ficar internada para tomar na veia, porque realmente a tarja preta acabou com a minha vida.” acrescenta.
Receita: Três baseados por dia
Se os remédios só pioravam a sua situação, o que ela poderia fazer? Na época, o psiquiatra consultado deu uma solução um tanto quanto inusitada: três baseados por dia, um pela manhã, um à tarde e outro à noite.
O pai conservador não mediu as palavras para xingar o médico, mas ficou com uma pulga atrás da orelha.
“A gente voltou para casa e ele saiu. Quando voltou, veio com uma paranga para mim. Eu tinha em média 15 a 20 convulsões diárias. Ele comprou, bolou, eu fumei e tive apenas três no dia. Isso com o beckzinho de biqueira meia boca, acrescenta a necropsista.
Vida nova
Joyce começou a fumar diariamente e as convulsões foram diminuindo. Ela ainda tinha algumas crises por dia, mas nada comparado ao que era antes.
Isso a ajudou a ter uma certa qualidade de vida. Já reconhecia a família, se alimentava e até saía de casa. A depressão pós-parto passou e ela conheceu o seu marido e começou a plantar cannabis em desobediência civil para conter as convulsões.
“Quando eu comecei a estar em mim mesma, eu não vou esquecer, foi no dia 19 de abril. Eu parei para prestar atenção no céu e percebi: eu to aqui, eu sou a Joyce, eu vivo”, acrescenta.
Atualmente a Ribeiro não tem mais nenhuma convulsão. Além de inalar as plantas que ela mesma cultiva, também conta com o óleo de CBD (canabidiol) doado por uma associação de pacientes.
“Quando eu tomo só o óleo ou faço uso só da flor, não dá o efeito que dá os dois juntos e eu consigo trabalhar”, ressalta. Após sete anos, ela conseguiu sair sozinha em janeiro deste ano, aos 25 anos.
Parceira e ativista
Antes, a filha que era uma estranha para ela, hoje é a sua maior parceira. Ela entende o porquê a mãe planta cannabis e quais os benefícios que a mãe tem com a medicação. A menina virou uma “mini ativista”, que propaga os benefícios da planta até na escola.
“A diretora dela me chamou há um tempo, pois ela ficava no intervalo gritando Legaliza a ganja! Ela vai com os adesivos, escritos marcha da maconha, legaliza, a maconha cura, antiproibicionismo. E quando você conversa com ela, ela sabe te explicar, entende o que está falando porque ela viveu aquilo”, relata a mãe.
A conversa com a diretora foi bem explicativa. A necropsista conta que, ao explicar toda a história, ela conseguiu até convencer a diretora a ir na próxima marcha da maconha.
“O conhecimento é assim, a gente só sabe se a gente conhece. Então a gente precisa passar todo o conhecimento que a gente tem para desmistificar, para unificar a massa mesmo.”ressalta.
Não foi à toa que a necropsista decidiu fazer parte das articulações nacionais da Marcha da Maconha e começou a organizar o evento em Ferraz de Vasconcelos, município do estado de São Paulo, onde mora.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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