Relatório mostra produção de cannabis atrás apenas de milho, soja, feno, trigo e algodão. No Brasil, o mercado medicinal também tem projeção positiva
Apesar da insegurança causada pela legalização incompleta em nível federal nos Estados Unidos, a cannabis se tornou a sexta cultura mais valiosa do país.
A informação vem da Forbes Brasil, em matéria publicada no último domingo (13).
Em 15 estados americanos que permitem o cultivo legal, em 2022, os agricultores de cannabis para uso adulto plantaram nesta safra o equivalente a 2.834 toneladas da planta, um aumento equivalente a 24% em relação a 2021.
Este aumento fez o preço do valor da colheita cair cerca de US$ 1 bi em relação ao ano passado.
Mesmo assim, o relatório aponta que a cultura da cannabis nos EUA tem valor anual na ordem de US$ 5 bi (quase R$ 26 bi).
Segundo o relatório anual de colheita da Leafly, o rendimento da cultura da cannabis para uso adulto está atrás apenas de commodities agrícolas tradicionais como milho, soja, feno, trigo e algodão.
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Enquanto isso, no Brasil
Um mapeamento publicado no anuário da Kaya Mind, uma empresa especializada em análise de dados do mercado canábico brasileiro, aponta perspectivas positivas para o mercado da cannabis medicinal no Brasil.
“É seguro dizer que o número de solicitações de importação pode atingir patamares duas vezes maiores do que em 2021”, reporta o anuário.
Analisando dados obtidos desde 2018, a Kaya Mind projeta expansão no tamanho de mercado total no Brasil, partindo de R$3,7 mi no primeiro ano, chegando a R$362,9 milhões em 2022 e podendo alcançar R$655,1 milhões em 2023 e quase R$1 bilhão em 2024.
Dentro deste contexto, o anuário aponta expansão dos aportes de capital no mercado brasileiro.
Entre 2021 e 2022, o valor de aportes diminuiu, mas se manteve na casa de dezenas de milhões de reais, saltando de R$55 milhões para R$22 milhões.
O valor final ainda é considerado um avanço comparado com números menores para os anos de 2019 e 2020: R$ R$ 6,7 milhões e R$ 600 mil, respectivamente.
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Para completar, o relatório aponta que embora a maioria do mercado seja composto de empresas de pequeno e médio porte, no Brasil já existem empresas de grande porte, com mais de 5 mil funcionários.
Além disso, as categorias em maior destaque são “produtos à base de cannabis”, “importadora/representante” e “clínicas”, principalmente devido a permissão restrita ao uso medicinal.
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