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 Diferença entre produtos e medicamentos de cannabis  Diferença entre produtos e medicamentos à base de cannabis
 Diferença entre produtos e medicamentos à base de cannabis

Diferença entre produtos e medicamentos à base de cannabis

Você sabe qual é a diferença entre produtos e medicamentos à base da Cannabis sativa L.?

Ambos são industrializados, têm finalidade medicinal, e possuem ativos derivados da planta. 

Os produtos foram autorizados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como uma nova categoria única e separada chamada “Produtos derivados da cannabis”, e estão sujeitos à autorização sanitária, conforme a RDC 327/2019. 

Eles não possuem eficácia e segurança avaliadas pela agência, ao contrário dos medicamentos. Mas foram uma exceção que o órgão encontrou para atender a demanda crescente de pacientes. 

Existem cerca de 35 produtos e um medicamento registrados pela Anvisa, presentes nas prateleiras das farmácias no Brasil.

Os produtos podem ser do tipo:

Eles não podem ter indicações terapêuticas; sendo estas exclusivas de um profissional médico.

Medicamento

Atualmente, o Brasil só tem um medicamento de cannabis de fato à venda. 

O medicamento Mevatyl® tem indicação para tratar os sintomas de pacientes adultos que apresentam espasmos causados pela EM  (Esclerose Múltipla) na sua bula. 

Trata-se de um spray oral, composto pelos fitocanabinoides THC (tetrahidrocanabinol) (2,7 mg) e CBD (2,5mg).

Também existem ainda produtos fitoterápicos produzidos pelas associações canábicas brasileiras; porém, sem registro pela ANVISA.

Outros tipos de medicamentos de cannabis

Embora não estejam disponíveis no Brasil, existem outros medicamentos produzidos a partir de fontes naturais e sintéticas:

  • Epidiolex®, à base do fitocanabinoide CBD, indicado para crises convulsivas de diversas síndromes, incluindo a de Dravet, de Lennox-Gastaut ou ainda o complexo da esclerose tuberosa.
  • Sativex®, com as mesmas indicações e composição do Mevatyl®.
  • Cesamet®, antiemético e adjuvante de dor neuropática, composto pelo canabinoide sintético nabilone.
  • Marinol®, utilizado como estimulante do apetite, para a apneia do sono e para tratar náusea e vômito induzidos por quimioterapia. Composto pelo canabinoide sintético dronabinol.

Estes últimos estão sujeitos a importação pela ANVISA.

Se você quer saber mais sobre esse assunto, assista à Série “Produtos e Medicamentos” do canal do Youtube “CANABinALL: tudo sobre canabinoides” (https://www.youtube.com/@canabinall), pois lá explico em maior profundidade o tema abordado aqui em três episódios.

Sobre as nossas colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

https://cannalize.com.br/diferenca-produtos-medicamentos-cannabis/ ‘As associações fazem o trabalho das farmácias vivas’, diz farmacoquímica variedade-de-produtos-de-cannabis-organica-1-scaled-1-jpg

De acordo com a professora da UFC, o mundo ideal seria uma verba efetiva para as farmácias vivas, além da permissão para o cultivo de cannabis

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“As associações fazem o trabalho das farmácias vivas”, diz farmacoquímica
Foto: Freepik

Segundo a professora da Universidade Federal do Ceará e presidente da Associação Brasileira de Farmácias Vivas, Mary Anne Bandeira, com a proibição do cultivo de cannabis em solo brasileiro, as associações acabam fazendo todo o trabalho das farmácias vivas.

Esse tipo de farmácia é caracterizada por fazer remédios apenas à base de plantas. Implementada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) em 2010, a farmácia viva é responsável por todas as etapas, desde o cultivo, a coleta, o processamento, o armazenamento, a manipulação e a dispensação dos fitoterápicos.

Embora existam várias farmácias vivas espalhadas pelo Brasil, nenhuma pode cultivar e nem manipular a cannabis. Por isso, de acordo com Bandeira, esse trabalho fica a cargo das instituições de pacientes.

“Nós da Farmácia Viva, não temos a liberdade do cultivo da cannabis junto a outras espécies. Então as associações canábicas têm feito um papel que o governo não faz”, ressalta.

Mundo ideal

De acordo com Bandeira, apesar de ser incorporada ao SUS, não há uma lei que garanta o financiamento das farmácias vivas. Elas precisam viver de editais que garantem um valor por um tempo específico. 

“Muitas vezes o município planta essas unidades de farmácias vivas e sofrem descontinuidade política por falta de uma verba efetiva que possa garantir a manutenção”, ressalta.

Para ela, o certo seria verbas efetivas e uma autorização de cultivo de cannabis. A farmacoquímica até traça um mundo ideal:

Cada estado poderia ter um horto matriz de cannabis, que forneceria mudas para as farmácias vivas e associações, ou mesmo poderiam ter um laboratórios que preparasse os extratos  para serem enviados às farmácias vivas e transformados em formas farmacêuticas de  acordo com prescrição médica e necessidade do paciente.

 Cannabis nas farmácias vivas é possível?

Pensar no cultivo da cannabis pelas Farmácias Vivas não é nenhuma novidade. Desde que o Projeto de Lei 399/15, voltou a ser discutido, o tema foi proposto pelo até então deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) em 2021.

 Inclusão que foi incorporada no projeto final. Atualmente a proposta, que pretende aprovar o cultivo e a comercialização da cannabis para uso medicinal e industrial, está na mesa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira e aguarda ser posta em votação.

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