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Entenda como a cannabis pode ser uma opção para amenizar os sintomas do tremor essencial
Estima-se que 5% da população brasileira sofra com o TE (tremor essencial), o tipo mais comum de distúrbio de movimento involuntário. Ainda não se sabe exatamente o porquê isso acontece. Então, como tratar?
Muitos pesquisadores trabalham com a hipótese de que alterações degenerativas do cérebro, resultando na falta de comunicação em áreas que podem causar os movimentos involuntários.
Ainda assim, as opções terapêuticas são escassas e associadas a efeitos colaterais que podem ser bastante limitadoras.
Dessa forma, se a cannabis é conhecida como tratamento para doenças como Parkinson e Esclerose Múltipla, ela poderia ser uma opção viável para o tratamento de tremor essencial? Entenda.
Mas o que é TE?
Bastante confundida com Parkinson, a condição é considerada uma das desordens neurológicas mais comuns. Estima-se que 20% das pessoas acima de 65 anos possam adquirir tremor essencial em algum momento da vida.
Mesmo que seja mais comum em pessoas com 50 anos ou mais, o distúrbio pode afetar pessoas em qualquer idade, ainda mais por ser hereditária.
Os tremores incontroláveis são uma alteração do sistema nervoso do paciente, que causam uma agitação rítmica que pode afetar mãos, pernas, cabeça e até a voz. Embora não seja fatal, a doença pode limitar e muito a vida do paciente, principalmente por ser gradual e não ter cura.
Apesar de não reduzir a expectativa de vida, a doença pode limitar as atividades diárias, como escrever, comer, beber e manusear objetos, comprometendo a autonomia e o autocuidado do paciente.
Diferenças com o Parkinson
Se você está lendo esse artigo, já deve ter percebido a semelhança com a Doença de Parkinson. Mas na verdade, são condições diferentes.
A agitação do tremor essencial, por exemplo, acontece quando o paciente está em movimento e diminui quando ela está em repouso. Já os tremores do Parkinson se manifestam quando a pessoa está parada.
Como dito anteriormente, embora o tremor essencial possa piorar com o tempo, ele não diminui a expectativa de vida do paciente. Já o Parkinson tende a comprometer o tempo de vida conforme o cérebro produz cada vez menos dopamina.
A doença de Parkinson também pode gerar outros problemas de saúde associados, diferente do tremor essencial.
Sintomas
A condição pode se manifestar de duas maneiras, através da ação e da postura. Ambos são caracterizados por uma “tremedeira rítmica”, que pode acontecer quando a pessoa está realizando alguma tarefa ou simplesmente fazendo algum esforço com levantar os braços, por exemplo.
O tremor essencial pode afetar diferentes partes do corpo, como as mãos, os braços, as pernas, a língua, o queixo, a cabeça e até a voz. Mas para quando o paciente está imóvel e relaxado.
De início, a condição afeta apenas um lado do corpo, mas conforme avança, pode atingir o outro lado também.
Tratamento de tremor essencial
Quando falamos em tratamento, é importante lembrar que a doença não tem cura. Portanto, todas as opções apenas controlam os sintomas. Inclusive o CBD (canabidiol).
Ele pode ser feito através de medicamentos tradicionais, como benzodiazepínicos, injeção de botox, fisioterapia e até cirurgias.
Contudo, a principal barreira está nos efeitos colaterais, como fadiga, impotência sexual, dores de cabeça, sedação, náuseas e até diminuir o ritmo dos batimentos.
Cannabis como tratamento para TE
Não é de hoje que vários estudos, inclusive pesquisas nacionais, têm demonstrado os benefícios da cannabis para tratar condições como Parkinson e Esclerose Múltipla, diminuindo principalmente os espasmos musculares.
Mas a cannabis funciona de forma diferente dos tratamentos convencionais. Isso porque ela trabalha através do Sistema Endocanabinoide, um sistema presente em boa parte do organismo que ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio do corpo.
Se uma pessoa está com dor, por exemplo, ele envia os chamados canabinoides para sinalizar aos receptores que há algo de errado e precisa ser corrigido.
A cannabis também possui canabinoides, que podem interagir com o organismo da mesma forma que os nossos. E é assim que a planta pode ajudar a tratar tantas condições médicas diferentes.
Com relação aos tremores, o que a literatura diz até agora é que há uma alta expressão de receptores do Sistema Endocanabinoide no cerebelo, capaz de influenciar a neuromodulação.
O que na prática, significa a diminuição da frequência e intensidade dos tremores.
Estudos
Alguns estudos têm demonstrado que canabinoides como o canabidiol, o THC (tetrahidrocanabinol) e CBG (canabigerol) podem aliviar os sintomas e trazer qualidade de vida para os pacientes.
De acordo com um estudo da Universidade Copenhage, na Dinamarca, a cannabis “ativou” células comumente negligenciadas do Sistema Nervoso Central de camundongos, o que diminuiu os tremores sem efeitos colaterais consideráveis.
Descoberta que também podem ser de grande ajuda em outras condições, como a esclerose e lesões na medula espinhal, por exemplo.
Outra pesquisa publicada na revista científica Nature Neuroscience, também demonstrou uma ação “anti-tremor” provocada pela cannabis através de um receptor chamado CB1, que trabalha através do Sistema endocanabinoide.
Um relato de caso publicado em 2023 também evidenciou o papel da cannabis na redução do tremor essencial. Feito no Brasil, a pesquisa acompanhou um homem de 25 anos com tremores em apenas uma parte do corpo.
Depois dos remédios terem falhado, ele foi receitado a utilizar o óleo de CBD com uma alta concentração de THC. Após um mês, o paciente relatou melhoras dos sintomas sem efeitos colaterais.
O exame neurológico também mostrou a diminuição da intensidade do tremor. Isso sem contar com os benefícios secundários ao paciente, como redução da ansiedade e a melhora do sono.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Por ser um medicamento natural e bem aceito pelo corpo, possui efeitos colaterais mínimos, há pacientes que relatam não sentir nada.
Contudo, o tratamento precisa ser acompanhado por um médico que vai indicar o produto ideal e quantas gotas tomar para tremor essencial.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/cbd-pode-tratar-tremor-essencial/ Maioria dos brasileiros usam cannabis para dores crônicasDe acordo com um levantamento, as dores e a saúde mental estão no topo do ranking de condições tratadas com a cannabis
Segundo uma pesquisa feita pelo Cannabis & Saúde, a dor crônica é a principal condição tratada com a cannabis no Brasil. 35,5% dos pacientes utilizam o extrato da planta para tratar desde fibromialgia a artrose.
Dores oncológicas, artrite, lombalgia e até enxaqueca também entram na lista de dores tratadas pelos brasileiros com a cannabis.
O levantamento ainda mostrou que a saúde mental também está no ranking de patologias tratadas, com um terço dos pacientes, que utilizam para tratar problemas como ansiedade, insônia, estresse, depressão, TEPT (Transtorno Pós-Traumático) e Burnout.
Leia também: Quais as doenças que a cannabis pode tratar?
Pouco mais de 10% ainda utilizam para doenças neurológicas, outros 6% para transtornos de neurodesenvolvimento e menos de 5% para convulsões.
A idade dos pacientes também é bastante diversa, variando de 2 a mais de 70 anos.
Segundo a pesquisa, pessoas com 55 a 64 anos são os principais consumidores dos produtos de cannabis, que pode ser justificado principalmente por doenças comuns nessa faixa etária, como dores crônicas, ansiedade e artrite.
Custos de tratamento
Pouco mais de 20% dos pacientes disseram que fizeram a consulta através do plano de saúde. Mas a maioria dos entrevistados ainda se consultam de forma particular, pagando valores que variam de menos de R$200 a mais de R$800.
Em relação aos custos do tratamento, os gastos são bem variados. 49% investem de R$201 a R$500 ao mês, enquanto 26% gastam entre R$300 a R$500 e 23% precisam desembolsar entre R$200 a R$300 mensalmente.
Somente 19% disseram que o teto dos seus gastos com a cannabis é de R$200.
Leia também: Afinal, quanto custa se tratar com cannabis?
A maioria dos entrevistados ainda considerou o preço dos produtos o principal desafio da cannabis no Brasil
Alto índice de satisfação
Ainda assim, a pesquisa ainda chamou atenção pelo alto nível de satisfação dos pacientes com o tratamento canábico: 42% afirmaram estar extremamente satisfeitos e 42,6% satisfeitos, enquanto 9,7% se disseram neutros.
Somente 3,3% responderam insatisfação e 1,5% declararam estar extremamente insatisfeitos.
Importação ainda é o principal meio de compra
A importação ainda é a principal escolha dos brasileiros, 65,6% responderam que preferem importar os produtos à base de cannabis. Já 23,9% ainda preferem adquirir via associação, 5,5% através das farmácias e 4,9% fazem autocultivo.
Já a forma de administração mais usada ainda é o óleo de cannabis, com quase 90% dos pacientes preferindo essa opção. Outros 7,2% ainda se tratam com tinturas, 4,7% fazem o uso tópico, quase 2% utilizam cápsulas e 2% preferem gummies.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/brasileiros-dores-cronicas-cannabis-pesquisa/ Mil e uma razões para confiar na cannabis medicinal“A Cannabis Medicinal é uma substância de grande potencial terapêutico, capaz de melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem de ansiedade, depressão, câncer, HIV/AIDS e outras enfermidades crônicas” disse o neurocientista Sidarta Ribeiro uma vez.
Isso porque a maioria dos pacientes com dor crônica geralmente é tratada com o que chamamos de polifarmácia, ou seja, utilizam uma grande lista de medicamentos (4 ou mais), que inclui:
Anti- inflamatório alternado com acetaminofeno, para alívio da dor, um relaxante muscular, um antidepressivo, um benzodiazepínico para ansiedade, um opioide, outro opioide para controle das crises, um medicamento para dormir, um laxativo para alívio da constipação intestinal causada por todos esses medicamentos, um inibidor de bomba de prótons para refluxo gástrico esofágico, gastrite, devido ao uso de anti-inflamatórios e gabapentina para dor neuropática.
Além de todos esses fármacos , muitos outros são utilizados para o controle de doenças concomitantes como diabetes, hipertensão arterial, câncer e várias outras condições.
O paciente fica deprimido não só pelo uso de tantos medicamentos, mas também por estar cronicamente doente, o que acaba afetando tremendamente sua qualidade de vida e a razão de viver.
Nesse contexto, surge outro círculo vicioso, em que a dor crônica interrompe seu sono, dificulta o dia a dia e, além disso, causa depressão e ansiedade.
Mil e uma razões
Existem várias razões para se utilizar a cannabis medicinal nesses pacientes, pois seu extrato possui mais de 500 agentes terapêuticos que além de atuar em diversas enfermidades e substituir todas essas drogas.
A cannabis medicinal não apenas tem ação antiinflamatória, relaxante muscular e propriedades analgésicas, mas também melhora o humor, reduz a ansiedade, promove sono reparador e é capaz de potenciar o efeito analgésico dos opioides, podendo assim diminuir sua dose utilizada.
De acordo com Donald Abrams em um dos seus artigos, os pacientes podem atingir os mesmos resultados, se não melhores, no alívio da dor utilizando a cannabis medicinal e baixas doses de opioides.
Diminuir a dose de opioides ainda significa aumentar a segurança e reduzir os efeitos adversos indesejáveis, como o risco de depressão cardiorrespiratória e morte (Lucas, 2011).
Em 2017, um relatório publicado pela academia nacional de ciências mostrou evidências científicas de que a cannabis oferece inúmeros benefícios, muito além do tratamento de uma única enfermidade.
Outros benefícios
O valor em reduzir o uso de analgésico e antiinflamatório para pacientes com dor crônica é enorme. Um estudo demonstrou que na Califórnia no período de 2010 a 2013 o uso de cannabis medicinal levou a uma redução nas vendas de medicamentos farmacêuticos de 25%, resultando em uma economia de 165 milhões de dólares para o governo americano. (Bradford, 2016) .
Basicamente as pessoas preferem pagar pela cannabis medicinal à utilizar os medicamentos fornecidos pelo governo gratuitamente.
De acordo com o centro de informação e biotecnologia dos Estados Unidos, “o fato de ambos receptores, CB1 e CB2, estarem presentes nas células imunes, sugere que os canabinoides participam ativamente na modulação do sistema imunológico”.
Dessa forma, os estudos apresentados por pesquisadores do mais alto nível científico, rompem paradigmas e abrem as portas para uma medicina inovadora, personalizada e acima de tudo natural.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/mil-razoes-confiar-cannabis-mario-grieco/ Professora relata o uso da cannabis na esclerose ‘me ajuda nas crises’Mesmo antes de descobrir a esclerose múltipla, Gabriella sempre usou a cannabis. O uso passou a ser mais significante quando ela passou a ver como um tratamento
Hoje, Gabriella Zara, de 34 anos, está com parte do rosto paralizado, mas isso não a impede de falar. Inclusive, mal vê a hora da perícia do INSS para voltar a dar aulas em uma escola em São Paulo, cidade onde mora.
Há quatro anos a professora descobriu que tinha esclerose múltipla, condição autoimune que afeta o sistema nervoso. Mas parece que ela não se preocupa muito, pois tem uma arma-chave, que segundo Gabriella, faz toda a diferença: a cannabis.
“Você não tem ideia de como ajuda, parece que segura as crises”, ressalta.
Descobrindo a esclerose múltipla
Mãe de dois filhos, Gabriella Zara conta que a doença se manifestou pela primeira vez em 2017. Começou com um formigamento no pé que subiu para a perna e de repente, se viu muito doente.
Mas o diagnóstico não foi fácil. Os médicos diziam que era síndrome do pânico ou qualquer outro problema psicológico, mas não cogitavam uma doença autoimune. A professora precisou brigar até conseguir uma ressonância magnética para evidenciar o que ela já pensava.
Leia também: Dificuldades atuais de quem precisa plantar o próprio remédio legalmente
Isso porque a doença é considerada rara. Segundo o Ministério da Saúde, a condição afeta nove pessoas a cada 100 mil habitantes, por isso, os profissionais da saúde vão pensar em vários outros problemas até chegar na doença.
Mas Gabriella era estudiosa, sabia dos seus sintomas. Embora a condição seja mais conhecida por causar espasmos, também causa uma série de outros sinais, como tremores, formigamento, perda do equilíbrio, paralisia, tontura e até problemas para controlar a bexiga.
Uma doença sem cura
A doença afeta o sistema imunológico do corpo, atacando por engano os tecidos no sistema nervoso central, principalmente o cérebro e a medula espinhal. O próprio organismo ataca a mielina, uma substância gordurosa que forma uma capa protetora e isolante sobre as fibras nervosas.
Além disso, o dano pode se espalhar da mielina para as fibras nervosas. O prejuízo interrompe ou distorce o impulso dos nervos no sistema nervoso. Através disso, pode ocorrer uma variedade de sintomas, como os descritos acima.
Infelizmente a esclerose múltipla não tem cura e pode ser progressiva, fazendo com que o paciente vá perdendo o controle das próprias funções aos poucos. Na professora, está em um estágio remitente recorrente, ou seja, a doença vai e volta. Os sintomas aparecem, mas logo passam.
Tratando a esclerose com cannabis
A professora faz uso da maconha desde os 14 anos, quando conheceu o seu primeiro namorado, pai do seu primeiro filho. Desde então, não parou de fumar.
Contudo, segundo Gabriella, a primeira vez que ela ficou muito mal foi quando parou de usar a maconha. Durante os quatro meses que interrompeu o uso da planta, os sintomas afloraram de forma rápida. De repente, a professora já não conseguia segurar o xixi e o cocô.
Por isso, resolveu importar o óleo feito de cannabis. “Quando eu pinguei o óleo na minha boca, eu senti um chã na cabeça. A minha recuperação foi muito rápida”, acrescenta. “A planta me dá a sustentação de um corticoide, e o corticoide é uma bomba”.
Leia também: 50% dos canadenses com Esclerose Múltipla estão usando cannabis, diz estudo
Neste último surto, em que o seu rosto ficou parcialmente paralisado, a professora conta que não sentiu praticamente nada. “Essa crise foi mais branda, eu não senti tontura, não senti formigar nada. Pegou o rosto, mas eu estava em um momento muito feliz, eu estava nas alturas”, complementa.
Atualmente, Gabriella espera a chegada de mais um frasco de óleo feito da planta. Enquanto isso, vaporiza flores cultivadas por amigos.
A cannabis realmente ajuda a tratar a doença?
A cannabis já é usada para tratar esclerose múltipla. Tanto que no Brasil, já há até um remédio nas farmácias feito com o THC (tetrahidrocanabinol). O composto é responsável pelo famoso “barato” da maconha.
Isso porque a planta pode aliviar muito muitos sintomas relacionados à esclerose múltipla. Os efeitos antiinflamatórios dos chamados canabinoides, como o CBD (canabidiol) e do THC, estão relacionados às suas habilidade de ser um supressor imunológico.
Para entender melhor, é necessário saber que o corpo possui o Sistema Endocanabinoide. Presente em quase todo o organismo, ele é responsável pela homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Através de canabinoides, produzidos pelo próprio corpo, eles sinalizam aos receptores que algo está errado e precisa ser corrigido. A grande vantagem da cannabis é que a planta também possui essas substâncias, que funcionam de forma semelhante.
Essa característica se dá quando o receptor canabinoide é ativado, gerando um efeito estabilizador sobre os canais de voltagem que influenciam a resposta inflamatória. No caso de transtorno autoimune, isso pode ser benéfico na diminuição do avanço da doença.
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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/professora-cannabis-esclerose-multipla-crises/ Festival de cinema vai exibir documentário sobre cannabisO filme “A Planta” será exibido de forma gratuita no Clube de Cinema de Marília, cidade do interior do estado de São Paulo
O Festival de Cinema de Marília 2024, que acontece amanhã (7), vai exibir o documentário “A planta”, filme que aborda o crescimento do uso da cannabis medicinal para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Dirigido por Beto Brant, o longa é construído a partir do depoimento de vários pacientes e familiares, que relatam o impacto da cannabis no tratamento de uma série de condições médicas.
O documentário também analisa o cenário da terapia canabinoide na prática médica e nas pesquisas científicas, enfatizando a necessidade de um debate mais amplo e informado sobre a planta no país.
Ao fim da sessão, o diretor estará participando da troca de experiências com o público.
A exibição será às 20h na Sala de projeção do Clube de Cinema de Marília Emílio Pedutti Filho.
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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/festival-de-cinema-vai-exibir-documentario-sobre-cannabis/ Ansiedade e dor: Famosos falam sobre o uso da cannabisMesmo para condições diferentes, tanto para a atriz Alice Carvalho como para a cantora Wanessa Camargo, a cannabis foi um santo remédio
O tratamento com produtos feitos de cannabis tem crescido de forma gradativa no Brasil. Se antes os fitoterápicos eram utilizados apenas para crianças com epilepsia de difícil controle, hoje a planta é cada vez mais usada para tratar depressão, estresse, ansiedade, e dores.
Tanto, que vários famosos já falaram publicamente sobre o uso da terapia canabinoide e fazem questão de destacar as melhoras e os benefícios para a saúde.
Um exemplo é a atriz da Globo Alice Carvalho, de 27 anos, que atualmente está no remake da novela Renascer. Em entrevista à colunista Yasmin Setubal do O Globo, a artista revelou o uso do CBD (canabidiol) para tratar ansiedade.
Carvalho contou que só entrou para o mundo das artes depois que recebeu o diagnóstico de TDAH (Déficit de Atenção e Hiperatividade) aos nove anos. Foi no teatro que encontrou uma oportunidade de canalizar o foco e a energia.
Por outro lado, ser um artista também rende uma vida agitada. De acordo com ela, conciliar o trabalho e a vida social tem sido desafiador. Rotina exaustiva que afetou o psicológico e o emocional.
Tratando a ansiedade com CBD
Mas o problema é que a atriz também tem restrição a medicações tradicionais como ansiolíticos, o que tornava o tratamento um pouco mais difícil.
Segundo Carvalho, foi uma amiga que tocou uma pesquisa com o neurocientista do Instituto do Cérebro, Sidarta Ribeiro que indicou os benefícios da cannabis como tratamento.
Atualmente, já faz três anos que utiliza o CBD para conter as crises de ansiedade.
A cannabis pode ser usada para tratar ansiedade porque é um potente ansiolítico. De acordo com alguns estudos, as substâncias presentes na planta são capazes de influenciar nos processos emocionais do sistema límbico e paralímbico.
Quebra de preconceitos
Outra artista que revelou o uso da cannabis recentemente, foi a cantora Wanessa Camargo (41). Durante o podcast Ticaracaticast, que foi ao ar nesta quinta-feira (6), o ator Dado Dolabella (43) comentou sobre a experiência da companheira com a cannabis pela primeira vez.
De acordo com o artista, houve um episódio em que Wanessa estava com muita dor durante à noite e não haviam mais farmácias abertas para comprar remédios. Foi quando Dolabella ofereceu o óleo de cannabis.
“A Wanessa tinha muito preconceito com o canabidiol. Eu já uso o óleo há muito tempo por conta da recuperação celular, porque ele é anti-inflamatório”, disse o ator durante o programa.
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Foi a dor forte na barriga que a convenceu a tomar duas gotinhas do óleo. Duas horas depois, a atriz já não sentia mais nada. Ao podcast, Dolabella completou dizendo que atualmente a cantora não tira mais o óleo da bolsa.
Além de ansiolítico, a cannabis também pode ser um anti-inflamatório e analgésico potente, que ajuda a restaurar a ação do Sistema Endocanabinoide. Trata-se de um sistema interno que equilibra as funções do organismo, entre elas a dor.
É por isso que os produtos feitos com a planta funcionam tão bem para o tratamento de condições como fibromialgia e artrite, por exemplo.
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https://cannalize.com.br/ansiedade-dor-famosos-cannabis-tratamentos/ Tratando fibro com cannabis, paciente diz “toco até bateria”Foram poucos meses para que Liliane pudesse ter uma vida normal novamente. Se antes era difícil levantar da cama, hoje a enfermeira faz até trilha
A enfermeira Liliane da Luz 54, de Joinville, em Santa Catarina, teve um trauma psicológico em 2014, depois de perder a mãe. O evento foi um gatilho para uma fibromialgia, condição que a aposentada precisa enfrentar até hoje.
Mas o problema maior é que os remédios convencionais não pareciam ajudar muito. As dores continuavam e com elas, o desânimo e as dificuldades de mobilidade. Soube da cannabis na mesma época, mas a planta estava muito distante da sua realidade.
Foram necessários seis anos para Liliane conhecer alguém que pudesse ajudar a ter acesso ao tratamento canábico. E desde então, a sua vida mudou.
“Há quatro anos que eu me trato com a cannabis e digo para as pessoas que é uma medicação que salvou a minha vida. Tive depressão e ansiedade, não queria mais sair da cama para trabalhar e eu, hoje faço tudo. Viajo, excursões, subo, desço e brinco com os meus dois netos lindos.” acrescenta.
Com dores da noite para o dia
Depois que a sua mãe faleceu, Liliane ficou quatro dias sem conseguir pregar os olhos. Quando finalmente conseguiu dormir, acordou pela manhã com dores no corpo todo, da cabeça aos pés.
Fez todos os exames necessários para descobrir a causa, mas nada apontava uma condição que pudesse explicar o incômodo. Foi então que tanto o neurologista quanto o psiquiatra apontaram para a fibromialgia.
Trata-se de uma doença crônica e sem cura, caracterizada principalmente por “dores inexplicáveis”. No Brasil, a condição atinge aproximadamente 3% da população, sendo a maioria mulheres com 35 anos ou mais.
Leia também: Cannabis ajuda paciente com fibromialgia ‘eu voltei a ser quem eu era’
Por muitas vezes, está relacionada a fatores emocionais, como ansiedade, depressão e estresse. Outras vezes, pode ser ocasionada por fatores do sistema nervoso, mas em ambos os casos, as dores podem ser incapacitantes.
“Eu não conseguia levantar da mesa, de um sofá ou entrar em um ônibus. Eu tinha uma cabeça de 50 anos e um corpo de 90.” relata.
Sem acesso à cannabis
Por causa da sua profissão, Liliane já tinha ouvido falar sobre as propriedades medicinais da cannabis e tinha até vontade de utilizar o tratamento. Principalmente para tentar reduzir os remédios que usava que a derrubavam.
Mas o problema era a falta de acesso. A até então enfermeira, perguntava para todos que conhecia sobre médicos que pudessem prescrever ou lugares para adquirir o produto.
Foram seis anos de procura até que uma amiga lhe indicou um médico de uma associação chamada na época de AMCC (Associação Médica da Cura com Cannabis). O dr. Pedro, de Brasília, fez uma consulta por telefone mesmo. 15 dias depois, Liliane estava recebendo o produto em casa.
“Eu chorei muito, minha filha até gravou. Foi muito emocionante”, lembra.
Produtos de cannabis no Brasil
A legislação de produtos feitos com a planta no Brasil é relativamente nova. A importação, por exemplo, só passou a acontecer em 2015, após uma resolução aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Aqui, o paciente precisa buscar uma autorização excepcional para poder trazer o produto de fora.
No final de 2019, a agência também aprovou a venda de cannabis nas farmácias. Neste caso, as empresas precisam de uma autorização prévia do órgão para poder colocar os seus produtos nas prateleiras.
Ainda assim, todos os produtos precisam ser receitados por um médico legalmente habilitado. Mas o problema é que menos de 1% dos médicos prescrevem no Brasil.
Melhoras além do esperado
As melhoras vieram de forma rápida, Liliane conta que foi questão de meses para o tratamento fazer efeito. De repente viu as dores reduziram drasticamente e após alguns ajustes de dosagem, elas sumiram.
A enfermeira se aposentou no ano passado por tempo de serviço e agora sente que pode fazer tudo o que quiser. “Toco bateria e faço academia, hidroginástica e tudo no mesmo dia”, acrescenta.
Também reduziu a quantidade de medicamentos utilizados para tratar fibromialgia. Hoje, a aposentada só usa a cannabis e mais um medicamento convencional.
Em 2020, ela ainda teve um acidente de carro, ficou na UTI por 28 dias e fraturou sete costelas. Mas aparentemente, a cannabis ajudou a aliviar também as dores do pós-cirúrgico. Liliane conta que não sentia nada.
“Quando eu voltei em uma consulta de retorno, o o cirurgião torácico falou: ‘Meu Deus, não é aquela mulher que caiu no Rio?, como vc tá bem!’”, lembra.
Sem preconceitos
Liliane conta que, diferente de muitos casos, a sua família não foi contra a escolha da cannabis como tratamento. Pelo contrário, a incentivaram a começar o tratamento.
Ainda que houvesse alguma resistência por parte de alguns, os resultados nela foram mais que suficientes para mudar a percepção sobre a cannabis.
“Até mesmo porque a família não aguenta te ver daquele jeito, ela também adoece. A cannabis não tratou só a mim, mas a família inteira. (…)Meus filhos contam que foi inacreditável a diferença em quatro anos. Hoje eu falo pra eles que posso fazer tudo o que eu quero. Faço até trilha com as amigas”, acrescenta.
Leia também: Paciente com fibromialgia abandona remédios depois da cannabis ‘não precisava mais
Com tempo livre e mais qualidade de vida, a aposentada passou a fazer academia e hidroginástica para emagrecer. Não contente com as atividades, resolveu também que queria tocar bateria.
“Fez um ano que comecei em janeiro, foi apaixonante. Tenho a minha bateria em casa e faço aulas. (…) Hoje eu toco, eu ensaio e toco na banda nas meninas quando me convida”, comenta.
Conte com a gente
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https://cannalize.com.br/aposentada-trata-fibromialgia-com-cannabis-hoje-toco-ate-bateria/ Por que falar sobre cannabis medicinal no Mês da Maconha?
Abril é um dos meses mais importantes do ano para a cultura canábica, afinal é quando se celebra o Dia da Maconha. A data simbólica acontece em 20 de abril.
Inclusive, esse período também é importante para debater sobre a terapia canabinoide e as diversas patologias que podem ser tratadas com cannabis.
Conhecimentos sobre as propriedades medicinais da planta são milenares. Registros históricos revelam que o uso provém da medicina chinesa, há pelo menos 2000 anos antes de Cristo. Na Índia, a cannabis sativa era aproveitada por conta dos seus efeitos analgésicos e anti-inflamatórios.
Sua chegada às Américas veio com os escravos africanos, que usavam a planta em rituais religiosos e também para aliviar dores. Diante disso, o uso terapêutico se disseminou mundialmente.
O próprio 20 de abril (04/20 no calendário dos Estados Unidos) remete aos termos que são ligados à cannabis. Existem até mesmo algumas teorias por trás do surgimento do “4/20”.
Leia mais: Em NY, Cannabis Day vira dia bom para o marketing canábico
Fato é que a cannabis medicinal já faz parte da pauta política brasileira. E as regulamentações atuais permitem a ampliação do tratamento entre a população.
Para que serve o tratamento com cannabis?
Em primeiro lugar, é importante saber que a terapia canabinoide é um tratamento como qualquer outro. Inclusive, as etapas são as mesmas: consulta com um profissional de saúde, recebimento da prescrição (ou receita), e compra de algum medicamento.
Uma característica fundamental do tratamento é sua individualidade. A cannabis pode curar diferentes patologias, mas as tratativas podem ser diferentes para pacientes que apresentem sintomas semelhantes.
Se o tratamento for seguido corretamente, ele poderá beneficiar diferentes partes do corpo, além da queixa de cada paciente. Esse é um dos motivos que explica haverem evidências científicas para epilepsia, insônia, ansiedade, autismo, câncer (e cuidados paliativos) e dores crônicas.
Os produtos à base de cannabis podem ser receitados para qualquer fase da vida, considerando, é claro, o perfil de cada paciente.
Leia mais: Como a cannabis pode ser útil ao longo da vida?
Em crianças, a epilepsia refratária (de difícil controle com outras medicações) o CBD (canabidiol) pode ajudar a modular as funções neurológicas, o que ajuda a diminuir as crises. Já no caso do autismo, a cannabis pode ajudar a diminuir os sintomas, como irritabilidade, insônia e até auxiliar no tratamento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção).
Como funciona o tratamento?
A cannabis é uma planta com mais de 500 substâncias conhecidas, como os canabinoides. São componentes que realizam uma ação parecida com os endocanabinoides, presentes no próprio organismo. Por isso, a cannabis se adapta a tantas condições de saúde diferentes.
De acordo com o último anuário da Kaya MInd, empresa de dados do setor, mais de 7 mil estudos com o termo “cannabis” foram feitos apenas nos últimos cinco anos. Eles relacionam, sobretudo, a relação do corpo humano com os canabinoides.
A cannabis medicinal é acessível, e também pode ser para você!
Você já se perguntou como começar um tratamento com cannabis no Brasil?
Primeiramente, saiba que o uso medicinal é considerado legal com uma prescrição assinada por um médico ou cirurgião-dentista legalmente habilitado. E embora nem todos estes profissionais prescrevam canabinoides, existem formas de se conectar com os especialistas no assunto.
Pensando no Mês da Cannabis, a Cannect anunciou a “Jornada para Uma Vida Melhor”. Trata-se de uma trilha de aprendizado onde pacientes poderão entender como funciona o tratamento e ter as respostas de dúvidas que costumam ser comuns.
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Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/por-que-falar-sobre-cannabis-medicinal-no-mes-da-maconha/ Mãe de três filhos usa cannabis para metástase “Eu nem lembro que tenho câncer”Catarina Leal teve câncer de mama e depois metástase nos ossos. Contudo, a cannabis foi importante para que ela não tivesse efeitos colaterais
Catarina Leal, de 41 anos, descobriu um câncer na mama esquerda aos 37. O tipo de câncer não era tão incomum e normalmente tem 95% de cura. Mas o problema é que o tumor já tinha avançado e se tornado maligno.
Mãe solo de duas filhas na época, a dona de casa conta que não pode nem chorar ao receber a notícia, pois as suas filhas estavam com ela e a mãe não podia demonstrar o medo que sentia.
Mais tarde, descobriu ainda, uma metástase nos ossos, o que a fez ingressar em um tratamento ainda mais agressivo com quimioterapia e radioterapia. Tratamento que precisa enfrentar até hoje.
Mas tudo mudou quando Leal começou a usar a cannabis como um tratamento paliativo para conter os efeitos colaterais das medicações para o tumor. Em pouco tempo, as dores sumiram, também já não vomitava mais e tinha apetite para se alimentar.
“Fiz as 16 sessões de quimioterapia, o tratamento foi ótimo. Fiquei boa, segui com a cannabis, porque me deixava tranquila e eu não tinha que entrar em tarja preta”, acrescenta.
Convivendo com câncer
O carcinoma ductal não específico é o tipo mais comum de câncer de mama, atingindo 75% das pessoas que contraem o tumor nessa região do corpo. Contudo, também é o tipo de câncer mais invasivo.
Quando detectado em um estado mais avançado, por exemplo, as chances de cura que estavam em 90%, caem para 40%.
Mas Catarina Leal não queria dar o braço a torcer. A mulher recordou que o seu pai já teve dois cânceres e era muito amigo de um homem considerado doido há 30 anos por falar de cannabis medicinal.
Ao sentir os efeitos colaterais da segunda sessão de quimioterapia, ela já estava decidida. “Eu disse ao meu pai: eu vou procurar a maconha, eu não vou passar mal, eu vou viver, tudo o que for pra fazer eu vou fazer”, lembra.
Tratamento perfeito
O único acesso que ela tinha era o baseado e de forma fumada, mas já era alguma coisa. Contudo, o resultado não poderia ser diferente. Catarina Leal parou de vomitar, não sentia as dores do tratamento e tinha qualidade de vida.
Até que em 2021 a dona de casa engravidou pela terceira vez. Embora estivesse tomando várias medicações pesadas do tratamento, ela não sabe até hoje como conseguiu gerar uma criança. Embora desconfie que a cannabis teve o seu papel nisso.
Por causa da gestação, teve que interromper o tratamento contra o câncer, mas não abriu mão da cannabis, usou a gravidez inteira.
É importante ressaltar que falar de cannabis e gravidez ainda é um problema. Isso porque não há estudos que comprovem a qualidade dos produtos durante a gestação e as pesquisas relacionadas à maconha, mostram alguns resultados negativos.
Leia também: Cannabis ajuda paciente com câncer ‘Foi um tratamento perfeito’
Mas parece que esse não foi o caso para Catarina Leal. “Foi uma gravidez perfeita, ela nasceu linda e com muita saúde”, acrescenta.
“A cannabis me traz qualidade de vida apesar de um câncer. Ela não veio pra eu ficar calada, mas para expandir isso e dizer que existe sim vida apesar de um câncer. E eu ainda engravidei. Só com um peito dei de mamar a minha filha e tirei três nenenzinhos da UTI neonatal de um hospital, pois mandava o leite e consegui salvá-los na época da pandemia de covid.”
Descobrindo uma metástase
Não demorou muito para que o hospital ligasse para que ela retornasse ao tratamento contra o câncer, já que teve que interromper por causa da gestação. Refizeram os exames e ela estava limpa, sem o tumor.
No entanto, dois meses depois, Catarina voltou a sentir dor. “Fiz os exames e estava tomada de metástase nos ossos da cabeça aos pés. Foi praticamente em dois meses.” relembra.
O câncer nos ossos é uma doença rara, silenciosa e que corresponde a 1% de todos os tipos de cânceres. O tumor pode surgir em qualquer osso, mas é mais comum nas vértebras, ossos da bacia, fêmur, tíbia, úmero, costelas e joelhos.
“A minha médica já me chamou pra conversar e falou: olha, não tem mais cura. A gente vai tratar, hoje você está com uma doença crônica e um tratamento paliativo.” relembra a dona de casa.
Utilizando o óleo de cannabis
De repente, Catarina Leal se viu começando tudo de novo. Mas dessa vez, de forma ainda mais intensa. As dores eram maiores e os sintomas do tratamento também.
Quem lhe apresentou o óleo de cannabis foi uma amiga. Até então ela só utilizava a planta de forma fumada. Mas ela não perdeu tempo e comprou o óleo. A melhora veio em apenas quatro dias. Todas as dores e vômitos sumiram tão rápido quanto chegaram.
Mas a médica que a acompanhava ainda era bastante cética. Precisou que ela visse a paciente expelir um cálculo renal sem sentir nenhuma dor para perceber os benefícios da cannabis como tratamento.
“Quando ela (a médica) chegou a ver tudo isso, ela mesma prescreveu cannabis para um paciente que chegou no consultório com metástase ósseo também reclamando de dor. Quando eu cheguei no consultório, ela mesma disse que prescreveu maconha”, conta Leal.
“Paradigmas, estão aí para a gente quebrar. Eu acredito muito que Deus me deu uma missão com essa enfermidade, pq eu uso ela como uma voz.”
“Eu não lembro que tenho a doença”
Hoje, a mãe de três meninas faz o uso de um coquetel de remédios relacionados à quimioterapia, além de imunoterapia e hormonioterapia. Emagreceu 20 quilos e toma um ácido para fortalecer os ossos. Mas não sente nada.
“Hoje eu tenho qualidade de vida. Graças a cannabis, eu não lembro que tenho a doença. Eu não tenho dores, eu não tomo uma dipirona, eu nunca tomei um tramadol, eu não sei o que é morfina”, relata.
Catarina Leal conseguiu na justiça que o SUS (Sistema Único de Saúde) custeasse o seu tratamento através da associação Abrace Esperança, uma das primeiras instituições a cultivar cannabis no Brasil.
Recentemente, a entidade recebeu o direito de vender flores de cannabis para os seus associados e a história da Catarina Leal foi usada como exemplo no processo autorizado pelo juiz.
“Através da minha história eu consegui tirar uma amiga do hospital. Ela já estava há mais de 300 dias internada, mas começou a usar o óleo está bem. Então eu acredito que esse propósito me move e eu não vou calar”, diz.
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https://cannalize.com.br/cannabis-metastase-cancer-historias-reais/ Precisamos falar sobre a fibromialgiaTexto feito em parceria com o enfermeiro Daniel Fixa
Você sabia que milhões de brasileiros sofrem de fibromialgia? A condição causa dores intensas e difusas pelo corpo, e já se pode considerar o uso da cannabis medicinal como uma opção para aliviar esses sintomas.
Estima-se que mais de 6 milhões de brasileiros enfrentam a fibromialgia, uma condição debilitante caracterizada por dor crônica generalizada, associada a outros sintomas como:
- Fadiga extrema;
- Alterações do sono;
- Distúrbios intestinais;
- Depressão;
- Ansiedade.
O convívio com a dor crônica e os sintomas associados, comprometem significativamente a qualidade de vida dos pacientes, afetando suas atividades diárias.
Segundo a SBED (Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor), cerca de 3% da população do país é afetada por essa síndrome, resultando em mais de 6 milhões de indivíduos lidando com dores intensas e incapacitantes.
As mulheres representam a maioria dos casos diagnosticados, com 90% das ocorrências, especialmente naquelas com idades entre 25 e 50 anos. Médicos ressaltam o impacto devastador da fibromialgia, limitando atividades laborais e sociais, levando ao eventual isolamento dos pacientes.
Uso da cannabis como tratamento
A pesquisa sobre o uso da cannabis medicinal para tratar essa condição está em progresso constante.
Novas descobertas e ensaios clínicos estão em andamento para entender melhor como essa terapia pode ser otimizada, oferecendo alívio eficaz e melhor qualidade de vida aos pacientes.
A origem da fibromialgia ainda não está totalmente esclarecida. Acredita-se que ocorrem alterações no processamento central da dor, como amplificação da transmissão e da interpretação da sensação dolorosa.
O SEC (Sistema Endocanabinoide) é composto pelos endocanabinoides, enzimas e receptores canabinoides CB1 e CB2. O receptor CB1 também é conhecido como receptor central, pois encontra-se predominantemente no SNC (Sistema Nervoso Central).
Quando ativado, ele inibe a liberação de neurotransmissores, influenciando a homeostase, processos motores e sensoriais e a cognição do indivíduo. Já os receptores CB2, por sua vez, são encontrados em maior quantidade no sistema imunológico e agem modulando a liberação de citocinas e diminuindo a inflamação.
Ação dos canabinoides no organismo
O Δ9-THC (delta-9-tetrahidrocanabinol) é um dos principais fitocanabinoides estudados. Ele atua como agonista parcial dos receptores CB1 e CB2, possuindo uma ação psicotrópica euforizante e atuando no processamento de emoções, funções cognitivas, dor, inflamação, neurogênese e plasticidade neural.
Por tais ações, segundo alguns estudos, o Δ9-THC pode ser utilizado para fins terapêuticos, causando analgesia, efeitos anti-inflamatórios e melhora da qualidade do sono.
O CBD (canabidiol) não apresenta os efeitos psicotrópicos euforizantes produzidos pelo Δ9-THC. Ele é um modulador alostérico negativo dos receptores CB1 e CB2 e aumenta a concentração de endocanabinóides na fenda sináptica.
Além de tratar a fibromialgia, a cannabis medicinal também pode ser eficaz no tratamento de outras condições devido ao Sistema Endocanabinoide do corpo humano.
Os canabinoides presentes na planta têm a capacidade de ativar esse sistema, auxiliando no alívio de dores crônicas, enxaquecas, distúrbios do sono, humor e outros problemas, promovendo a homeostase e mantendo o equilíbrio do organismo.
Então, o que acha de iniciar uma vida com mais qualidade?
Se ainda tem dúvidas, separamos dois podcasts bem legais para você acompanhar
Referências
1.Ablin JN, Cohen H, Buskila D. Mechanisms of Disease: genetics of fibromyalgia. Nat Clin Pract Rheumatol 2006;2:671-8. https://doi.org/10.1038/ncprheum0349
2.Mechoulam R, Parker LA. The endocannabinoid system and the brain. Annu Rev Psychol 2013;64:21-47. https://doi.org/10.1146/annurevpsych-113011-143739
3.Devane WA, Hanus L, Breuer A, Pertwee RG, Stevenson LA, Griffin G, et al. Isolation and Structure of a Brain Constituent That Binds to the Cannabinoid Receptor. Science 1992;258:1946-9. https://doi.org/10.1126/science.1470919
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https://cannalize.com.br/precisamos-falar-sobre-a-fibromialgia/ Bill Gates: Como a cannabis poderia ter ajudado o seu pai?O pai do magnata morreu em 2020, vítima do Alzheimer. Mas será que a cannabis poderia ter sido uma opção para amenizar os sintomas?
Em seu podcast “Unconfuse Me with Bill Gates”, o cofundador da Microsoft, compartilhou a sua experiência pessoal e científica com a cannabis, principalmente no tratamento contra o Alzheimer.
Lançado no final de julho de 2023, o programa já conta com 7 episódios, onde o bilionário fala de forma descontraída sobre temas polêmicos.
No primeiro deles, o magnata conversa com Seth Rogen e Lauren Miller, ativistas na luta contra o Alzheimer, sobre como a doença afetou a sua família e como a cannabis poderia ter sido uma aliada na luta contra a condição que o seu pai enfrentou.
Busca por uma solução
O empresário queria muito ajudar o pai. Em 2017, Bill Gates anunciou uma doação de US$100 milhões para estudos sobre doenças degenerativas do cérebro.
Metade do valor foi direcionado ao Dementia Discovery Fund, um fundo de capital de risco para buscar tratamento para doenças como demência e Alzheimer. Os outros US$50 milhões foram destinados a startups focadas em pesquisas sobre a condição.
“Eu tenho um pai profundamente afetado por essa doença. Somente ao resolver problemas como este, podemos tomar esses custos médicos e a tragédia humana e realmente conseguir aqueles sob controle”, declarou durante o anúncio da doação.
Ainda assim, William Henry Gates II, morreu em setembro de 2020 aos 94 anos.
A cannabis para o tratamento do Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa mais comum dentre as demências. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 50 milhões de pessoas são diagnosticadas em todo o mundo. E a estimativa é a de que 152 milhões de pessoas serão afetadas até 2050.
A cannabis tem se apresentado com um tratamento promissor contra a doença. Dentre as suas propriedades terapêuticas, estão a diminuição do estresse oxidativo, retardo da neurodegeneração e das placas amiloides, que colaboram para o surgimento e agravo do Alzheimer.
Leia também: Alzheimer: como a cannabis pode auxiliar no tratamento
Tanto o CBD (canabidiol) quanto o THC (tetrahidrocanabinol) têm sua parcela de importância e merecem ser considerados. Alguns estudos já demonstraram que a planta pode retardar os efeitos da doença, e em alguns casos, até reverter danos.
Um estudo conduzido pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Sul da Flórida, por exemplo, constatou, após ensaios e investigação, que o THC interage diretamente com o peptídeo beta-amiloide, inibindo sua agregação.
Além disso, não foi observada toxicidade nas doses analisadas, o que torna o THC uma opção potencial de tratamento para o Alzheimer.
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É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/bill-gates-alzheimer-cannabis/ ‘Nada é milagroso, mas parece que no caso do meu filho foi’Ariene lembra como a cannabis foi um divisor de águas para o tratamento dos filhos com autismo
Ariene Menezes, de 37 anos, moradora de Juiz de Fora, em Minas Gerais, percebeu que o filho era diferente desde que nasceu. Por mais que os pediatras dissessem que era normal ele chorar o tempo todo e não dormir direito,a mãe sabia que não era apenas uma fase.
O diagnóstico de TEA (Transtorno de Espectro Autista) veio quando o seu filho mais velho, Chryslander, tinha dois anos e meio. Além do autismo, o garoto também é hiperativo e tem TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção).
O autismo é um transtorno neurológico que causa déficit na comunicação social, que pode envolver dificuldades com a socialização, conversa e comunicação não verbal.
Pode vir ainda com déficit no comportamento, como movimentos repetitivos e interesses restritivos. Na maioria das vezes, autistas que têm certa deficiência intelectual podem não ter comportamentos repetitivos e vice-versa.
Apesar da condição ser relativamente recente, não é rara. De acordo com o último levantamento do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), uma em cada 36 crianças são autistas nos Estados Unidos.
Como não há dados nacionais sobre o assunto, estima-se que 4 milhões de brasileiros tenham TEA.
“O diagnóstico inicial do Chris foi autismo severo com retardo profundo de tão grave que eram as características dele”, ressalta Menezes.
Uso de remédios
Apesar do diagnóstico, Ariene era contra dar qualquer tipo de medicação. Foi convencida pelos médicos com a esperança de que o filho pudesse falar, se concentrar ou mesmo, parar de bater a cabeça.
Porém o que ela mais queria era que o filho parasse de manusear as fezes. O menino jogava para o alto, passava no corpo e nos móveis, o que deixava a mãe com o coração apertado. “Se o canabidiol tivesse resolvido só isso, pra mim, eu já tava no céu.” Lembra.
Passou a tomar risperidona e houve uma ligeira melhora na concentração. O remédio é um antipsicótico usado para várias condições da mente. Também possui indicação prevista na bula para o tratamento de alguns sintomas de TEA, como agressividade, irritabilidade e autoagressão.
“Ele tomou risperidona por três anos, mas sem nenhuma evolução significativa. Enquanto isso, eu pesquisava outras alternativas”, acrescenta a mãe.
A criança também passou a utilizar Neozine, um remédio utilizado à noite para dormir. Também não foi muito útil.
Grupo de autistas
Ariene se sentia muito sozinha. Na época, a condição era pouco falada, por isso, não ela não conhecia muitas pessoas com o transtorno.
Foi aí que ela, junto com a mãe de outra criança atípica, criaram o Gappa (Grupo de Pais e Profissionais de Crianças com Autismo). O objetivo inicial era trocar experiências, para que pais e médicos pudessem aprender uns com os outros.
O grupo de mães cresceu e é conhecido em Juiz de Fora. Já fez eventos, manifestações e utiliza as redes sociais para fazer lives e conscientizar sobre o assunto.
Cannabis como tratamento
Ariene até ouviu falar sobre o CBD (canabidiol), mas parecia uma realidade muito distante. Até porque o acesso não era fácil.
A importação de produtos de cannabis só foi possível a partir de 2015, quando a Anvisa permitiu a entrada de óleos feitos em outros países. Até então, as famílias tinham que buscar cultivadores que plantavam de forma ilegal ou associações que também trabalhavam de forma clandestina.
A mãe do Chris soube que um médico pioneiro no tratamento de cannabis passaria em Juiz de Fora. Ela não pensou duas vezes em entrar em contato para ajudar a promover um evento onde ele pudesse fazer consultas e receitar o CBD.
Menezes conseguiu que o médico atendesse 10 crianças do Gappa, que receitou o óleo artesanal.
Melhoras
Ariene lembra que a melhora veio de forma rápida. “Nada é milagroso, mas parece que no caso do meu filho foi. Ao longo de seis meses eu vi o Chris sair do quadro de severo para moderado que era como se falava na época”, ressalta.
Menezes tirou o Neozine no primeiro dia e o Chris já estava dormindo a noite toda. “Com o canabidiol, ele adquiriu a capacidade de dormir, acordar e voltar a dormir. Coisa que nunca acontecia. Então com isso eu consegui fazer o desfralde noturno em um mês”, lembra.
Depois que a sua filha do meio nasceu e antes do CBD, o garoto regrediu o pouco que tinha evoluído. Passou a quebrar coisas e ainda chegou a bater algumas vezes na irmã. Contudo, depois que passou a fazer o uso do óleo de cannabis, parece que alguma coisa mudou.
A criança não estava mais agressiva e até incentivava a irmã a engatinhar. “Passou a brincar com ela, a fazer carinho, a pegar ela no colo. E se ela se colocasse em perigo, ele dava um jeito de me chamar”, relembra Ariene.
Agora Chris se reconhecia no espelho e passou a utilizar o banheiro normalmente.
“A gente viu ele se abrir para o mundo. Com dois meses usando o CBD, ele simplesmente foi ao banheiro, fez cocô sozinho. Foi a minha maior vitória. Se não tivesse melhorado mais nada, só essa questão das fezes, eu já estava no céu. Porque criança ri uma da outra. Várias vezes eu vi colegas o chamando de retardado, rindo porque ele usava fralda e tudo mais e o medo que eu tinha era que essa questão das fezes acontecesse fora de casa”, ressalta.
Outros três diagnósticos
Ao estudar sobre o assunto e passar no médico, Ariene descobriu também que era autista. “O meu diagnóstico veio tardio, foi no ano passado. Várias coisas da minha infância começaram a fazer sentido pra mim”, lembra.
Quando a segunda filha Khyara tinha dois anos, o autismo também já era perceptível para a mãe. A criança tinha atraso na fala, distúrbio do sono e fuga. Foi então que o mesmo médico que receitou o canabidiol para o Chrys, aconselhou que a mãe já começasse a introduzir o canabidiol.
Mas antes do óleo, a mãe também passou a tratar os sinais de autismo que poderiam surgir. “Desde os dois meses de vida eu comecei com a intervenção precoce,pois ao longo desses anos, fiz várias formações na área, o pouquinho de dinheiro que eu tinha, eu investia em cursos”, relata.
Por causa disso, e das inúmeras fisioterapias introduzidas logo no início, a criança não teve tantos atrasos por conta do autismo.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Manchester, na Inglaterra, e do Instituto Telethon Kids Institute, na Austrália, a intervenção precoce em bebês com sinais de autismo reduziu significativamente os atrasos e até o diagnóstico na primeira infância.
Por ser uma questão genética, Ariene também faz a intervenção precoce no seu caçula Benício, que fez dois anos recentemente.
“Eu sempre falo que o canabidiol foi um divisor de águas na minha vida. Eu tinha uma vida antes e uma depois. Nem sei como seria a vida da Khyara sem introduzir logo o canabidiol”, diz.
Essa história também está disponível em forma de podcast!
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https://cannalize.com.br/autismo-ariene-cannabis-tratamento/ Na briga entre cannabis medicinal e opioides, quem sai ganhando?O ringue está posto: A cannabis medicinal versus opioides no tratamento da dor crônica não oncológica. Quem será que vence essa briga?
Esse foi o tema de um estudo publicado na revista acadêmica BMJOpen, no início deste ano e tinha o objetivo de avaliar comparativamente os benefícios e os efeitos adversos dos opioides e cannabis medicinal no tratamento da dor crônica que não esteja relacionada ao câncer.
Para equilibrar a disputa, foi feita uma revisão sistemática e meta análise em rede, abrangendo 84 ensaios clínicos randomizados envolvendo 2.2028 pacientes, acompanhando durante 28 a 180 dias.
E a competição foi séria. Para fazer a comparação, foi utilizada a técnica Bayesian, meta análise no sentido de resumir as evidências científicas, além do Grading of Recommentations.
Hora da batalha
E assim, começa o primeiro round: As descobertas mostraram que os opioides e a cannabis medicinal oferecem melhorias modestas na intensidade da dor. No entanto, o principal diferencial foi nos efeitos adversos.
Os pacientes que utilizaram a cannabis medicinal tiveram significativamente menos probabilidade de abandonar o tratamento devido a efeitos adversos em comparação aos opioides.
No segundo round foi possível perceber que tanto os opioides como a cannabis medicinal podem ajudar na dor crônica, porém a cannabis não causa depressão respiratória, que pode resultar do uso de opioides e levar a uma overdose fatal.
Esta vantagem de segurança ressalta a importância da cannabis medicinal como opção no tratamento da dor crônica.
A conclusão do estudo veio como um nocaute: a cannabis medicinal é igualmente eficaz aos opioides e aos analgésicos tradicionais no tratamento da dor crônica não oncológica.
Contudo, foi menor o número de pacientes que descontinuaram o uso de cannabis medicinal por eventos adversos.
Estudo publicado na BMJOpen, em 3/01/2024
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https://cannalize.com.br/na-briga-entre-cannabis-medicinal-e-opioides-quem-sai-ganhando/ Leucemia: a cannabis pode ajudar no tratamento?O uso da cannabis tem crescido inclusive entre pacientes com câncer, como leucemia. Mas será que a cannabis pode ajudar no tratamento?
Após a campanha do janeiro branco, nós entramos no pouco conhecido fevereiro laranja, um mês inteiro usado para conscientizar sobre o câncer mais frequente entre os pacientes infanto-juvenis: a leucemia.
A doença é rara, o risco de alguém contrair a condição em alguma época da vida é de 1%. Ainda assim, a estimativa é de mais de 11 mil casos entre 2023 a 2025, de acordo com um levantamento do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
A taxa de letalidade também não é boa. Ainda segundo dados do órgão, 40% das pessoas diagnosticadas com leucemia podem vir a óbito.
Mas o que de fato é a tão temida leucemia?
De acordo com a generalista e prescritora de cannabis medicinal, Danielle Rabelo Gonzalez, a leucemia é um tipo de câncer que gera má formação dos glóbulos brancos, também conhecidos como células de defesa.
“A partir desse erro na medula óssea, há um acúmulo dessas células, causando sintomas como febre, enjoo, fraqueza, dor, sangramentos e perda de peso”, acrescenta.
A médica ainda explica que existem 12 subtipos do câncer, divididos entre agudos e crônicos. Entre os principais estão:
A leucemia mieloide aguda (LMA) – Trata-se de uma série de mutações genéticas nas células-tronco mieloides que resultam na formação de blastos, ou seja, células que ficam “presas” em estágios anteriores ao amadurecimento e ainda passam a se multiplicar de forma descontrolada. Os blastos também se desenvolvem de forma rápida e passam a atrapalhar as células saudáveis.
Leucemia mieloide crônica (LMC) – Neste caso, há uma superprodução dos glóbulos brancos, o que pode causar muitos problemas. Aqui, a doença se manifesta de forma lenta e torna-se crônica.
Leucemia linfoide aguda (LLA) – Este é o tipo de câncer mais comum na infância, mas as suas causas ainda não são completamente esclarecidas. Ela basicamente surge quando aparecem células danificadas na medula óssea.
Leucemia linfoide crônica (LLC) – Acontece quando os linfócitos passam a se desenvolver de forma descontrolada e não realizam mais as suas funções. Ela é crônica porque cresce junto com as células saudáveis.
Tratamento
Assim como em vários tipos de cânceres, o tratamento é feito a partir de quimioterapia, que tem a finalidade de destruir as células leucêmicas da medula óssea para que ela volte a produzir células normais.
O uso de outros medicamentos também pode ser necessário. Ou até mesmo um transplante de medula óssea, caso haja resistência aos tratamentos. Tudo vai depender do tipo de leucemia e do avanço da doença no organismo.
Cannabis como tratamento
De acordo com a médica generalista, a cannabis pode sim ser uma opção para tratar a leucemia em diversos aspectos, mas como terapia complementar.
Sua principal ação que tem evidência científica é no auxílio aos efeitos colaterais da quimioterapia.
“Ou seja, ajuda a melhorar o apetite, reduzir náuseas e melhora da dor. Também pode auxiliar a dormir melhor e diminuir sintomas do sofrimento emocional que envolve o processo da doença e tratamento, como a ansiedade e depressão”, exemplifica.
Segundo uma pesquisa publicada pelo NCBI (Centro Nacional de Biotecnologia dos Estados Unidos), a cannabis pode melhorar os sintomas de fadiga, perda de peso, anorexia e disfunção sexual que eventualmente ocorrem com alguns pacientes oncológicos.
Também de acordo com outro estudo da Escola de Medicina de Harvard, os fitocanabinoides podem melhorar a qualidade do sono e a função cognitiva de pacientes com câncer.
Quem pode usar a cannabis?
A médica ressalta que a cannabis com um acompanhamento médico é recomendada para quase todos os tipos de pacientes, exceto gestante e lactantes, em que é preciso ser avaliado o risco-benefício de cada caso.
Segundo ela, não há uma dosagem única ou fórmula certa de cannabis, mas é necessário avaliar qual o melhor princípio ativo e qual é a opção mais segura. Isso porque a cannabis funciona de formas diferentes.
“Crianças e idosos, por exemplo, devem ser avaliados com cautela em relação ao THC. Mas essa resposta depende da avaliação do médico prescritor”, diz.
A cannabis pode matar células cancerígenas?
Alguns estudos em animais e in vitro já mostraram que a cannabis tem a capacidade de matar células cancerígenas, ao mesmo tempo em que protege as células saudáveis.
O assunto ganhou repercussão depois que o próprio Instituto Americano do Câncer admitiu que a planta pode matar as células cancerígenas, além de impedir o crescimento de novas células.
A posição veio depois de um estudo de dois anos em ratos com câncer, onde a princípio, foi percebido uma diminuição do tumor dos bichos. Eles receberam altas doses de THC (tetrahidrocanabinol).
Após a pesquisa, outros estudos também revelaram resultados positivos. Por outro lado, a médica ressalta que as pesquisas ainda não são suficientes para bater o martelo.
“Ainda é necessário fazer mais estudos robustos para comprovação científica e para que possamos usar como tratamento, porém fico esperançosa com isso. Eu já vi a apoptose de células cancerígenas pessoalmente no intercâmbio que fiz na Áustria e é realmente incrível o poder da cannabis”, relata.
Efeitos colaterais
Embora a cannabis possa ajudar a reduzir os sintomas da quimioterapia, a médica ressalta que os produtos feitos com a planta também não estão isentos a efeitos colaterais, que mudam de acordo com a substância utilizada, seja o CBD (canabidiol) ou o THC.
“O CBD, por exemplo, pode dar sintomas de boca seca, dor de estômago, diarreia e diminuição do apetite. Já o THC pode dar sintomas psicoativos como agitação, euforia, alterações no humor, alucinações, aumento do apetite. Claro que tudo depende da dose e forma de uso”, acrescenta.
Porém, se acompanhado por um médico, os efeitos podem ser mínimos ou nem aparecer.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas sobre cannabis medicinal e até te ajudar a marcar uma consulta com a dra Danielle Rabelo Gonzalez.
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https://cannalize.com.br/leucemia-a-cannabis-pode-ajudar-no-tratamento/ A ressaca bateu? A cannabis pode ajudar a aliviar os sintomasDepois da folia do carnaval, não é incomum que a ressaca bata na porta. Porém, a cannabis pode ser uma aliada para amenizar os sintomas
A temida quarta-feira de cinzas chegou, mas pode ser que a ressaca do carnaval continue, não é mesmo? Depressão, dores no corpo, fadiga, cefaleia, enjoos, mal-estar e até desidratação podem ser um problema para você que ainda tem que trabalhar essa semana.
Mas não se sinta tão culpado, você não é o único. Estudos mostram que, ao menos, 75% das pessoas que excedem o consumo de bebida alcoólica podem ter ressaca. E a prevalência está em todos os tipos de consumidores.
Por outro lado, a pergunta que fica é: a cannabis pode ser uma ajuda para amenizar os sintomas de quem passou do ponto no feriadão?
Altos níveis de álcool no corpo
A ressaca nada mais é do que uma mistura de sintomas que acontecem quando a concentração de álcool no sangue é alta. As consequências são atribuídas principalmente ao acetaldeído, substância fundamental na metabolização de bebidas alcoólicas.
Para eliminar o álcool do organismo, o fígado o transforma em várias substâncias ainda mais tóxicas e a metabolização sobrecarrega todos os órgãos envolvidos no processo, o que causa o mal-estar.
Consequentemente, todo esse desequilíbrio no corpo causa todos os sintomas da ressaca.
A cannabis pode amenizar os efeitos?
Sim!
A cannabis é utilizada por uma série de condições porque ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do organismo, como fome, sono, humor, sistema nervoso, imune e por aí vai.
Isso porque ela atua no chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que funciona em nível molecular em quase todo o organismo.
Quando algo não está funcionando corretamente, o próprio corpo envia substâncias chamadas canabinoides que ajudam a restaurar o que estiver desregulado. O lado bom é que a cannabis também possui canabinoides, que podem agir de forma semelhante.
Assim, se usados corretamente, os canabinoides da cannabis podem ser uma peça importante na retomada do equilíbrio das funções.
Por isso, listamos alguns dos sintomas que a cannabis pode ajudar:
Dor de cabeça
Produtos à base de cannabis podem ser úteis para tratar vários tipos de dores, entre elas, a dor de cabeça.
Em um estudo de 2022, por exemplo, pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, descobriram que a cannabis era 50% mais eficaz na redução da enxaqueca em comparação com os tratamentos sem cannabis.
Enjoos e vômitos
Lá fora, a cannabis tem sido conhecida como um potente antiemético. Tanto, que há até um produto formulado com cannabis sintética utilizado para tratar náuseas induzidas pela quimioterapia.
Segundo um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade do Novo México, a cannabis demonstrou ser eficaz no alívio de sintomas de náusea em pacientes oncológicos.
96% dos participantes relataram melhora, reduzindo a gravidade do sintoma em quase quatro pontos em uma escala de 0 a 10 em apenas uma hora após a utilização.
Dores musculares
Se você foi aquela pessoa que pulou muito nos bloquinhos e agora tá com aquela dor nas costas, a cannabis também pode ser útil. Diversos estudos mostram que os produtos formulados com a planta ajudam a aliviar dores musculares.
Isso porque algumas substâncias como o CBD (canabidiol) são potentes anti-inflamatórios. Em países onde a cannabis é mais acessível, como nos Estados Unidos, atletas já trocaram o Ibuprofeno pelo canabidiol para tratar dores musculares.
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Depressão
Talvez você também já tenha sentido aquela sensação depressiva depois de exagerar na bebida, não é mesmo? Isso acontece porque o álcool pode ter um efeito bifásico, ou seja, a princípio traz alegria, mas depois causa angústia.
Por outro lado, o Sistema Endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
Um estudo pré-clínico em 2011 mostrou que quando o Sistema Endocanabinoide está funcionando bem, pode resultar em efeitos ansiolíticos e antidepressivos, também reduz a atividade estressante do sistema neuroendócrino e melhora a plasticidade do hipocampo.
Falta de apetite
Por causa dos enjoos e vômitos, o apetite pode ir para o espaço quando se está de ressaca. Mas felizmente a cannabis também pode ser útil para esse sintoma. Já ouviu falar da famosa “larica”?
Normalmente, quando o estômago está vazio, ele libera um hormônio chamado grelina, também conhecido como o “hormônio da fome”.
O seu papel é avisar ao cérebro que é hora de procurar por comida. A cannabis desencadeia um surto de grelina, assim aumentando o desejo do paciente de se alimentar.
Irritabilidade
Com todos esses sintomas, a ressaca pode deixar as pessoas mau humoradas, o que também pode ser facilmente resolvido com a terapia canábica.
Isso porque as substâncias da cannabis podem reduzir os níveis de ansiedade e estresse, que contribuem para a irritabilidade. Sem contar que o Sistema Endocanabinoide também pode ser um importante agente na regulação do humor.
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Consulte um profissional
Por outro lado, é importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas sobre cannabis medicinal.
Além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/ressaca-sintomas-cannnabis-tratamento/ Por que o tratamento com cannabis é diferente para cada pessoa?Utilizar produtos de cannabis não é tão simples. Achar uma dose ideal pode levar meses, pois envolve a condição tratada, a forma de uso e até o organismo do paciente
Se você já começou a utilizar a cannabis ou conhece alguém que usa produtos feitos com a planta, já deve ter percebido que o tratamento é diferente para cada um, não é mesmo?
Muitas vezes, pessoas com a mesma patologia podem ter experiências diferentes com o mesmo produto e, por isso, precisam utilizar concentrações e até formulações diferentes.
Há pacientes que levam meses para achar uma dose certa. Mas, por que isso acontece?
Sistema Endocanabinoide
Primeiro de tudo, é importante entender que a cannabis funciona através do SEC (Sistema Endocanabinoide), um sistema que funciona à nível molecular ajudando a equilibrar várias funções do organismo, como fome, humor, sono, e até os sistemas imunológico e nervoso.
O SEC trabalha a partir de receptores. Quando algo não vai bem, o próprio corpo produz os chamados endocanabinoides, que sinalizam que algo está errado e precisa ser corrigido.
Porém, nem sempre os nossos endocanabinoides vão dar conta do trabalho, por isso, precisamos repor com substâncias extraídas de fora, como a cannabis. O CBD (canabidiol), por exemplo, é um tipo de fitocanabinoide, ou seja, um canabinoide produzido pela planta.
Propriedades medicinais
Por outro lado, cada canabinoide vai ter propriedades medicinais distintas, principalmente porque interagem com receptores diferentes do nosso corpo.
Enquanto o CBD possui efeitos ansiolíticos, neuroprotetores e antipsicóticos, por exemplo, o THC (tetrahidrocanabinol) é mais voltado para o controle de dores, náuseas, doenças da terceira idade e condições que envolvem a perda de peso, como câncer, anorexia e HIV.
O médico pode até indicar produtos com as substâncias isoladas, mas na maioria das vezes, a receita vem com os dois compostos juntos, pois um potencializa a ação do outro.
E essa junção, muitas vezes, vai até com outros componentes da planta além dos canabinoides, os famosos produtos full-spectrum.
Mas, as proporções de cada componente vão mudar de acordo com a condição tratada e até do organismo do paciente.
Tratamento individual
De acordo com o cirurgião e diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, há uma série de fatores que podem interferir na escolha dos produtos prescritos, como:
- Predisposição genética;
- Perfil de metabolismo das substâncias pelo fígado;
- Afinidade dos receptores do SEC aos fitocanabinoides;
- Outras doenças associadas e remédios sendo utilizados.
Sendo assim, é inevitável individualizar o tratamento, cada indivíduo, que precisa ser avaliado como um paciente único, e seu tratamento acompanhado de perto, para ajuste de doses e eventualmente troca de formulações.
Teste genético
Um jeito de acelerar o processo é através de um teste genético, que pode identificar quais as predisposições de cada organismo e assim, formular um tratamento personalizado de forma direta.
Mas é importante ressaltar que isso não substitui o acompanhamento, pois só o médico pode utilizar esse meio para indicar o que o paciente precisa.
Formas de uso
Dependendo da condição tratada, até a forma de uso pode mudar. Embora o método mais comum seja o óleo de cannabis, há também outros produtos feitos para os mais diferentes casos.
Pessoas com ataques de pânico, dores agudas e até crises de ansiedade, por exemplo, não podem esperar 30 minutos para o óleo fazer efeito. Por isso, alguns médicos recomendam a vaporização, que proporciona o resultado em minutos.
Crianças com autismo, que possuem restrições alimentares, também podem não aceitar o gosto amargo do óleo feito com a planta. Por isso ,as gomas podem ser uma solução mais efetiva.
Ou até mesmo doenças na pele, que precisam ser tratados com cremes e pomadas dermatológicas.
Acompanhamento
Dessa forma, o acompanhamento é fundamental para entender se o tratamento está evoluindo ou não.
Por causa do tratamento individualizado que a cannabis exige, empresas como a Cannect, por exemplo, possui um programa de cuidado coordenado, em que uma equipe de enfermagem acompanha os pacientes semanalmente ou a cada 15 dias.
Todas as informações são encaminhadas ao seu médico ajudando a ter resultados ainda mais rápidos, podendo impactar até mesmo no custo do tratamento.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/por-que-o-tratamento-com-cannabis-e-diferente-para-cada-pessoa/ O que é biodisponibilidade? Entenda relação com a CannabisVocê sabe o que é isso ou já ouviu falar do termo? E biodisponibilidade de cannabis? Fizemos um artigo que vai te ajudar a entender melhor essa relação com a planta.
Quando falamos sobre biodisponibilidade de cannabis, o termo pode soar estranho e confuso.
Mas de maneira geral, a biodisponibilidade é o grau que uma substância está disponível ou acessível para agir diretamente em um determinado ponto do organismo, significa o quanto ela pode ser absorvida.
Quanto maior a biodisponibilidade, menos a quantidade do medicamento será necessária para fazer efeito. Aplicações intravenosas, por exemplo, que vão diretamente para a corrente sanguínea, são quase 100% biodisponíveis.
Cada pessoa tem uma genética única, por isso, vai responder aos medicamentos de formas diferentes. Fatores como idade, o tipo de doença e a introdução de outros medicamentos também influenciam na biodisponibilidade.
Biodisponibilidade da cannabis
No entanto, para entender a relação com a cannabis é preciso ressaltar que tudo isso tem a ver com um sistema chamado Sistema Endocanabinóide. Ele ajuda a equilibrar boa parte do organismo a nível celular.
Se alguma sensação como fome ou humor, por exemplo, não está funcionando de forma correta, é o sistema que vai auxiliar para regular as funções.
Quem trabalha neste sistema são os canabinoides, produzidos pelo próprio corpo. Substâncias que influenciam nas funções do organismo promovendo a chamada homeostase, que nada mais é que o equilíbrio deste sistema.
A grande vantagem da cannabis é que ela também produz canabinoides. Embora suas funções na planta sejam para proteger do sol e de pragas, eles podem facilmente interagir com o nosso organismo, como uma espécie de reforço para os nossos próprios canabinoides.
O famoso CBD (canabidiol) e o THC (tetraidrocanabinol) também são canabinoides, que possuem propriedades terapêuticas juntos ou isoladamente.
Por isso, a biodisponibilidade da cannabis é alta. É isso também o que a diferencia de outros medicamentos e a torna mais potente.
Outras influências
Outro fator chamado Efeito Entourage também influencia na maior potência da cannabis no corpo. Quando se mistura elementos, como CBD e THC, por exemplo, há a possibilidade de um aumentar o efeito do outro.
A biodisponibilidade pode estar relacionada também aos terpenos. Encontrados na planta, são menos conhecidos que os canabinoides, mas também exercem uma função importante, principalmente quando misturados a outras substâncias que potencializam os resultados.
Até o fato de comer ou não pode influenciar. Um estudo feito em 2012 com os canabinoides, mostrou que consumir a cannabis com o estômago cheio pode resultar em uma biodisponibilidade maior que em jejum.
Diferença da biodisponibilidade da cannabis
Embora a cannabis tenha uma biodisponibilidade alta, há fatores que podem influenciar na sua absorção. O modo com o que ela é extraída e administrada também modifica o tempo que ela demora para ter efeito, mas isso é assunto de outro artigo.
Fumo
Vamos começar com o cigarro de maconha, que tem uma alta concentração de THC. Embora gere efeitos mais rápidos, pois entra nos pulmões e depois diretamente na corrente sanguínea, a sua biodisponibilidade pode variar.
Primeiro que 30% do canabinoide é perdido durante a porílise, ou seja, quando exposto a altas temperaturas da queima do cigarro. Fatores como o tempo de cada tragada, a duração do cigarro também podem influenciar a perda do THC, restando de 30% a pouco mais de 50%.
Vaporização
Os vaporizadores têm menos efeitos prejudiciais e também uma maior biodisponibilidade. Um estudo realizado em 2016 testou a erva com cinco marcas diferentes, e constatou que a biodisponibilidade do CBD e do THC juntos, foram de 50% a 80%.
Inalação
Os inaladores produzem uma pureza ainda maior que os vaporizadores e também são ainda mais biodisponíveis, principalmente porque conseguem transmitir um “valor” de THC ou CBD de forma mais precisa, sem a destruição de parte dos seus compostos.
Tópico
As propriedades terapêuticas dos cremes acontecem com o contato da pele, onde são absorvidos pelas células da superfície e consequentemente para as correntes circulatórias. Embora mais utilizados para a estética, eles também liberam CBD e THC para ajudar no tratamento de doenças.
O interessante aqui é que a biodisponibilidade do THC não produz a famosa “brisa”.
Oral
As comidas que levam THC ou CBD talvez são as que menos carregam biodisponibilidade, que gera em torno de 4% a 20%. Isso porque elas precisam percorrer todo o sistema digestivo e o fígado.
A ingestão de THC, por exemplo, embora bastante absorvidas pelo intestino delgado, tem uma biodisponibilidade média de 6%. Não só ele como também o CBD, que pode causar disso, já foram inventadas várias formas de aumentar essa biodisponibilidade, como a junção de alguns ácidos graxos chamados triglicerídeos.
A junção entre uma refeição com os ácidos antes de ingerir a cápsula ou a comida de CBD, pode melhorar a absorção, por exemplo.
Sublinguais
A aplicação sublingual é caracterizada por colocar o produto embaixo da língua por alguns minutos. Para quem utiliza a cannabis medicinal, talvez essa seja a forma mais comum de se utilizar a cannabis.
Por não ser engolida de imediato, ela não passa pelo sistema digestivo e nem pelo fígado, o que pode causar uma maior biodisponibilidade. No entanto, ela beira entre 15% a 25%.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/o-que-e-biodisponibilidade-entenda-relacao-com-a-cannabis/