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Sabe-se que a socialização é crucial para a saúde humana. A falta dela pode causar ansiedade e depressão, que podem ser tratadas com a cannabis

Como o isolamento afeta a saúde mental?
Foto: Envato
O Big Brother Brasil 25 começou oficialmente nesta segunda-feira (13). Um dos reality shows mais assistidos do país reúne um grupo com pessoas anônimas e famosas dentro de uma casa por cerca de 100 dias. Durante todo este período, não há contato com o mundo de fora, tampouco com as redes sociais.
Você já parou para pensar qual pode ser o impacto de isolamentos sociais para a saúde mental?
O ser humano é essencial social. O distanciamento da família, emprego, atividades cotidianas ou hábitos que trazem conforto certamente é um dos grandes desafios do BBB – e claro, da vida fora das telas.
No caso dos reality shows, estamos falando de uma escolha. Ninguém entra em um programa televisivo por obrigação. Independente disso, é possível traçar paralelos com o cotidiano.
Isolamento social
Quando falamos de isolamento, uma das primeiras coisas que podem vir à cabeça é “pandemia de Covid-19”. Durante aquele período, as pessoas do mundo inteiro precisaram se afastar para diminuir o contágio.
Tal distanciamento trouxe consequências, como o aumento de 25% dos casos de ansiedade e depressão, de acordo com um resumo científico da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além da situação estressante, os Estados Membros afirmaram na época que os serviços psicológicos e neurológicos foram os mais interrompidos, entre os considerados essenciais.
Volte para o passado e relembre a angústia de estar longe das pessoas queridas. Isso mexeu com o psicológico e levou muitas pessoas a desenvolverem traumas.
Impactos do distanciamento
Como explicado acima, a socialização é necessária para a saúde física e mental. O isolamento pode contribuir para problemas no organismo, incluindo alterações no sistema imunológico e na hipertensão arterial.
De acordo com um estudo da revista científica PLOS One, o distanciamento está associado a uma maior propensão de inatividade física, má alimentação e uso de medicamentos psicotrópicos.
Essa sensação de bem-estar ao estar em ambientes sociais é produzida pelos hormônios, sobretudo pela ocitocina. Também chamado de “hormônio do amor”, é responsável pela percepção das emoções e da sensibilidade.
A ocitocina diminui o estresse e melhora o humor quando estamos em convívio social, ou seja, com pessoas que gostamos. Isso também vale para estímulos que trazem conforto, como o toque físico, o sexo e ambientes positivos.
Todas essas coisas produzem o bem-estar, fundamental para o cuidado da saúde.
Importância dos hormônios para o equilíbrio corporal
Hormônios como a ocitocina são essenciais para o funcionamento dos órgãos e tecidos do corpo. Eles possuem diversas funções, do desenvolvimento humano ao controle das emoções. Inclusive, atuam no equilíbrio do corpo através do que chamamos de homeostase.
Essa é uma função natural do organismo que mantém o corpo estável após situações de adversidade. A interação dos hormônios com a homeostase permite que o próprio cérebro reaja em situações que afetem a saúde mental.
Por outro lado, o funcionamento da homeostase pode ser afetado em decorrência da baixa produção de hormônios ou endocanabinoides. E é neste contexto que entra o tratamento com a cannabis.
Cannabis medicinal e saúde mental
Os componentes da cannabis interagem com o corpo através do Sistema Endocanabinoide (SEC), que em linhas gerais é responsável pela modulação da homeostase. Este sistema está presente em todo o corpo, sobretudo no cérebro.
O SEC é capaz de regular os aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
Quando pensamos na interação com a cannabis, diversos estudos já indicam que o CBD (canabidiol), possui ação ansiolítica, podendo reduzir o estresse e os impulsos dos transtornos de ansiedade generalizada. Este efeito altera algumas atividades na região do cérebro que controla processos emocionais, no sistema límbico e paralímbico.
A administração de CBD oral se mostrou segura e eficaz para pacientes que sofrem de transtornos de ansiedade leves a moderados, de acordo com dados de ensaios clínicos publicados no Asian Journal of Psychiatry.
Tratamento da depressão
No caso da depressão, ocorre uma baixa de canabinoides e neurotransmissores no cérebro. Por isso, o tratamento repõe os níveis das substâncias químicas produzidas internamente.
Segundo uma revisão científica publicada no final de 2024, o componente da cannabis pode aliviar sintomas depressivos, apresentando poucos efeitos colaterais em comparação aos tratamentos convencionais.
Os autores acreditam que o CBD oferece um caminho seguro para pacientes que não respondem bem aos tratamentos convencionais. Porém, eles reforçam a necessidade de mais estudos para determinar a real eficácia do tratamento.
É importante ressaltar que independente do tratamento, o acompanhamento profissional é crucial. A abordagem escolhida vai depender da realidade de cada paciente.
Consulte um médico
Aprovada apenas para fins medicinais no Brasil, a cannabis só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/como-o-isolamento-afeta-a-saude-mental/ Saúde mental: É melhor viajar ou ficar em casa?
As pessoas podem relaxar nas duas ocasiões. Contudo, se o cansaço persistir, é possível que seja um transtorno da mente

Saúde mental É melhor viajar ou ficar em casa
Em tempos de férias, as pessoas são divididas em dois grupos: o primeiro busca viajar para outros lugares e trilhar aventuras e o segundo prefere curtir dentro de casa e relaxar. Mas qual das opções é melhor para recarregar as energias?
Ambos têm suas vantagens. Viajar pode ser uma experiência enriquecedora, em que sair da rotina e conhecer novas culturas e realidades pode ser uma ferramenta importante para desestressar e limpar a mente.
Por outro lado, ficar em casa também pode ser uma ótima opção para dar uma pausa mental. Quem sabe organizar o guarda-roupa ou resolver pendências que seriam difíceis com a rotina de trabalho pode ser uma quebra de rotina interessante.
A saúde da mente nas férias
Mudar de ambiente pode estimular o cérebro, sinalizando áreas ligadas ao prazer e ao aprendizado, além de proporcionar senso de renovação que é fundamental para a saúde mental.
Contudo, é importante considerar o tipo de viagem. Aventuras muito intensas com itinerários cheios de atividades, pode causar estresse e irritação para quem não é acostumado, levando até ao cansaço extremo.
Para promover um descanso da mente, a viagem precisa ser pensada com calma e sem sobrecarregar o dia-a-dia.
Nada como a paz de estar em casa
No entanto, para algumas pessoas, ficar em casa é experimentar o ambiente perfeito para relaxar com conforto e segurança. Sem ruídos, sem barulhos, sem filas, sem gastar dinheiro, e sem imprevistos, ficar em casa pode ser tudo o que se precisa para restaurar as energias.
Aqui, é possível investir tempo em hobbies, praticar meditação, sentar na varanda sem precisar ver as horas e cozinhar sem pressa, o que também é perfeito para a saúde mental.
Contudo, o isolamento pode trazer angústia e ansiedade, o que também não é bom para a mente.
A verdade é que cada uma das opções vai oferecer benefícios distintos com vantagens e desvantagens. Mas a decisão mais adequada vai depender exclusivamente de cada indivíduo.
Suas preferências, seus gostos, suas amizades e até a disposição para lidar com planejamentos e potenciais imprevistos que uma viagem pode proporcionar, são fatores a se considerar na hora de decidir.
Há também um meio termo: é possível fazer uma divisão das férias, em que o indivíduo fica em casa por uns dias e depois viaja ou até mesmo uma estadia em um hotel ou spa próximo de casa.
E quando nenhuma das opções ajuda a mente?
Por outro lado, quando nenhuma das opções ajuda na restauração da mente, é possível considerar alguma condição mental. Isso porque a própria ciência demonstra os benefícios de sair da rotina.
De acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos em 2013, a viagem está associada ao aumento da empatia, da atenção, da energia e do foco. Outro estudo de 2014 feito pela Universidade de Cornell, em Nova Iorque, mostrou que a antecipação da viagem pode aumentar a experiência de relaxamento.
Já o chamado “Teste de Descanso”, uma pesquisa conduzida pela BBC e a Universidade de Durham, na Inglaterra, mostrou que ficar em casa e descansar também pode ser revigorante e aumentar os níveis de bem-estar.
Dessa forma, quando nenhuma das opções ajuda, é necessário entender se não há algum transtorno mental envolvido, como Burnout, ansiedade ou até depressão. Nestes casos, será preciso a ajuda de psicoterapia e também de medicamentos.
O cansaço dos transtornos mentais
Todas as três condições citadas estão na lista de doenças de trabalho, de acordo com a Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho). E podem sabotar o descanso durante as férias.
Na ansiedade, por exemplo, o paciente tem dificuldade para relaxar, não consegue dormir direito durante a noite e muitas vezes, já acorda se sentindo cansado. Os sintomas constantes podem levar a uma exaustão mental.
Na depressão, os principais sintomas já de início são a energia reduzida, a falta de vontade para realizar atividades que davam prazer e o cansaço constante.
Já o Burnout é um transtorno psiquiátrico que causa sobrecarga, exaustão de trabalho, que pode piorar os transtornos de ansiedade depressivos existentes. Isso tudo pode afetar o desempenho funcional, psicológico e cognitivo.
Cannabis medicinal como opção de tratamento
Para saber se trata-se de uma condição mental, é necessário o acompanhamento de um psicólogo e um psiquiatra, que poderá elucidar o problema real e indicar um tratamento que será efetivo.
Caso a condição precise da intervenção de medicamentos, a cannabis medicinal pode ser uma opção sem os efeitos colaterais dos remédios convencionais.
Vários estudos mostram que os produtos feitos com a cannabis podem ser úteis para combater condições da mente e trazer de volta a sensação de bem-estar. Isso porque a cannabis atua no chamado Sistema Endocanabinoide.
Presente em boa parte do organismo, inclusive na mente, ele ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo. Os chamados canabinoides, produzidos pelo próprio organismo, sinalizam quando algo está errado e precisa ser corrigido.
A cannabis também possui essas substâncias e é por isso que o óleo extraído da planta ajuda a tratar tantas condições diferentes.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/saude-mental-viajar-ficar-em-casa/ Saúde mental: Três condições tratadas com a cannabis
Utilizada por milhares de brasileiros, a cannabis já é uma realidade para pacientes com ansiedade, depressão e esquizofrenia

Saúde mental Três condições tratadas com a cannabis
O cuidado com a saúde mental tem sido uma das principais pautas do último século. Além do aumento de psicoterapias, cresceu também a quantidade de remédios utilizados para ajustar as alterações de humor.
No meio disso tudo, a cannabis aparece também como opção de tratamento. Através do Sistema Endocanabinoide, o óleo extraído da planta está particularmente ligado à regulação do humor e das emoções.
E o melhor: sem efeitos colaterais consideráveis. Dessa forma, destacamos três condições da mente tratadas com a cannabis:
Ansiedade
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país com o maior índice de pessoas ansiosas do mundo, afetando 9,3% da população.
Felizmente, a cannabis tem sido uma opção para os pacientes que querem fugir dos efeitos adversos de medicações comuns. Alguns estudos têm demonstrado que o CBD (canabidiol) é particularmente eficaz para o transtorno de ansiedade generalizada e social.
O seu mecanismo de ação envolve a modulação de receptores de serotonina, além dos endocanabinoides, substâncias que sinalizam quando algo está errado e precisa ser corrigido.
A administração de CBD oral se mostrou segura e eficaz para pacientes que sofrem de transtornos de ansiedade leves a moderados, de acordo com dados de ensaios clínicos publicados no Asian Journal of Psychiatry.
De acordo com os pesquisadores, a solução do óleo demonstrou eficácia terapêutica, excelente segurança e tolerabilidade no tratamento, melhorando a saúde mental.
“Não apenas de transtornos de ansiedade leves a moderados, mas também de depressão associada e distúrbios na qualidade do sono, sem incidências de ansiedade de abstinência após redução da dose e no final do tratamento.” Escreveram.
Depressão
O Brasil também lidera o primeiro lugar no índice de depressão, mas na América Latina. Estima-se que 5,8% da população enfrente o transtorno de saúde mental, segundo a OMS.
Assim como na ansiedade, o CBD pode atuar como moduladores do sistema. Na depressão, há uma baixa de neurotransmissores como a serotonina ou a dopamina, por exemplo. Dessa forma, a cannabis pode ajudar a regular os níveis das substâncias.
Segundo uma pesquisa também demonstrou que o canabidiol atua sobre o sistema serotoninérgico ou potencializa de alguma forma a serotonina. Desta forma, o CBD faria algo parecido com o que os antidepressivos fazem.
Mas, não só isso. O composto e outros canabinoides também possuem efeitos anti-inflamatório, antioxidante e neuroprotetor, que também são necessários no tratamento da depressão e ajuste da saúde mental.
TEPT
O TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) é um transtorno mental que carrega vários outros problemas, como depressão, ansiedade potencializada e até comportamentos suicidas.
Infelizmente o transtorno não tem cura e pode durar a vida inteira. No entanto, há tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas e evitar pioras ou complicações. No caso, a terapia administrada junto com medicamentos é a melhor solução.
Os cientistas acreditam que um evento adverso ou um estresse crônico pode prejudicar a sinalização do Sistema Endocanabinoide. Assim, o cérebro não vê que tem algo de errado.
Quando se tem o transtorno, a ativação desses receptores é extremamente útil, uma vez que o Sistema Endocanabinoide desempenha um papel importante não só no humor, mas também na construção da memória.
O receptor chamado CB1, por exemplo, é responsável por uma reação chamada “extinction learning”, que permite que novas memórias substituam a antiga. Isso ajuda o corpo a voltar a sentir estímulos que eram evitados, por causar pânico ou sentimentos ruins.
Uma metanálise feita em 2015, publicada no American Journal of Health-System Pharmacy, mostrou que militares veteranos que usaram a cannabis para tratar TEPT tiveram uma diminuição na gravidade dos sintomas da condição, como a redução da ansiedade, estresse e insônia.
Outra pesquisa de 2014 também mostrou os benefícios. Os cientistas compararam pacientes que utilizaram a planta e os que não utilizaram, chegando à conclusão de que aqueles que consumiram a planta medicinal, tiveram uma redução de 75% maior, em comparação com o outro grupo.
Consulte um médico
Aprovada apenas para fins medicinais no Brasil, a cannabis só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/saude-mental-tres-condicoes-tratadas-com-a-cannabis/ Cannabis ajuda na dor e na mente, segundo estudo
A pesquisa ainda mostrou efeitos colaterais mínimos, reduzidos a sonolência e boca seca. Mais estudos precisam ser feitos
De acordo com um novo estudo feito com pacientes com dor crônica e problemas de saúde mental, a cannabis amenizou os sintomas das duas condições ao mesmo tempo.
O relatório, publicado no Journal of Pain and Palliative Care Pharmacotherapy, avaliou os efeitos da cannabis medicinal em 96 pacientes ao longo de um ano, com medições de dor, depressão, ansiedade e problemas de sono feitas em três, seis e 12 meses.
Os pacientes relataram não apenas menos dores, mas também experimentaram redução da interferência da dor em suas funções diárias. Além da diminuição do uso de medicamentos.
“Existem associações claras entre o início do uso de um produto de cannabis medicinal prescrito pelo paciente e melhorias na dor, saúde mental e dificuldades de sono”.
No entanto, o alívio oferecido pela cannabis pode não ser eterno. O relatório observou que ao final de 12 meses, alguns desses benefícios pareceram diminuir.
No geral, os resultados são encorajadores em relação ao tratamento de curto prazo da dor e dos sintomas de saúde mental, mas os efeitos de longo prazo, especialmente em termos de dor, parecem incertos.
Resultados
Depois de um ano, os efeitos benéficos foram relatados pela maioria dos pacientes. 91% disseram que sua dor estava pelo menos “um pouco melhor”, enquanto 3 em 4 disseram que estava “melhor” ou “muito melhor”.
Em termos de redução de medicamentos convencionais para dor, a maior redução foi vista no meio do estudo, com os efeitos parecendo diminuir na última metade do estudo.
Mas mesmo depois de 12 meses, mais da metade (55%) dos participantes relataram reduções no uso de medicamentos prescritos para dor, enquanto quase metade (45%) disse que estava tomando menos medicamentos de venda livre para dor.
Motivos
https://cannalize.com.br/estudo-cannabis-dor-saude-mental/ Cannabis e saúde mental
Além da ansiedade e da depressão, entenda em quais condições a cannabis pode ajudar a tratar a saúde mental

Cannabis e saúde mental
A cannabis medicinal tem chamado atenção dos brasileiros ao longo dos anos. Aprovada em 2015, atualmente, já é tratamento para mais de 430 mil pessoas, de acordo com o último levantamento da Kaya Mind. Inclusive para a saúde mental.
Remédios derivados da planta são usados para uma série de condições, como Parkinson, Alzheimer, Dores Crônicas, Fibromialgia, insônia e muito mais. Mas problemas como ansiedade, por exemplo, estão no topo do ranking de patologias tratadas com a cannabis.
Os pacientes optam pelo tratamento com CBD na psiquiatria principalmente pela alta efetividade e os poucos efeitos colaterais relacionados, que variam entre sonolência e intestino solto.
A cannabis pode ser útil para condições como:
- Ansiedade;
- Depressão;
- TEPT (Transtorno de Estresse Pós- Traumático);
- Burnout;
- Transtorno Bipolar;
- TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade);
Mas como o CBD funciona no organismo?
A cannabis funciona para tantas condições diferentes, porque trabalha através do chamado Sistema Endocanabinoide. Trata-se de um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do corpo.
Se uma pessoa está com dor, por exemplo, é ele que envia os chamados canabinoides, produzidos pelo próprio organismo, até receptores que sinalizam quando algo está errado e precisa ser corrigido.
Felizmente é possível encontrar o composto em outros lugares, como em algumas plantas. O CBD (canabidiol), por exemplo, é um canabinoide. Apesar de ser o mais conhecido, a cannabis também possui uma centena de outros canabinoides que podem ser importantes para o tratamento de doenças.
Até mesmo quando falamos do THC (tetrahidrocanabinol). A substância é conhecida por gerar os efeitos psicoativos da maconha.
O Sistema Endocanabinoide também influencia no cérebro. Dessa forma, alguns estudos mostram que o CBD pode prevenir a decomposição de uma substância química no cérebro que ajuda a controlar a dor, o humor e a função mental.
Se ainda não está convencido sobre os benefícios da cannabis na saúde mental, vamos explorar um pouco o seu uso nas mais variadas condições:
Ansiedade
Quando uma pessoa tem uma ansiedade maior do que o normal, ela pode se manifestar em algumas reações pelo corpo, como falta de ar, insônia, enxaqueca, tensão muscular, agitação, tremores, palpitação, enjoo e uma série de sintomas.
Ela pode apresentar também sinais psíquicos, como dificuldade de concentração, preocupação excessiva, pensamentos confusos, mau pressentimento, nervosismo e medo constante, que podem dificultar e muito a vida do paciente.

Cannabis e saúde mental
Ansiolíticos e antidepressivos podem ser aliados, tanto na hora das crises, como diariamente para reduzir os sintomas. Mas e quando os remédios não fazem mais efeito?
Estudos clínicos e também em animais sobre a eficácia da cannabis para o tratamento da ansiedade são feitos em vários países, inclusive o Brasil. Um exemplo é um estudo realizado aqui em 2012 onde mostrou que o canabidiol tem propriedades ansiolíticas.
Um estudo clínico realizado em 2004 mostrou que o efeito ansiolítico do CBD altera algumas atividades na região do cérebro que controla processos emocionais, no sistema límbico e paralímbico.
Depressão
Quase sempre a doença é multifatorial, por isso, precisa ser tratada em todos os ângulos ao mesmo tempo. Tanto a parte emocional, se conhecendo melhor com a ajuda de um profissional, quanto a parte orgânica, com medicações.
Aqui, fatores químicos podem influenciar. Por isso, a administração de medicamentos é tão importante. Eles não são sedativos ou tranquilizantes, mas apenas um auxílio para regular as substâncias químicas do cérebro.
O sistema endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
Na depressão, há uma baixa de canabinoides e neurotransmissores no cérebro, como a serotonina ou a dopamina Por isso, remédios ou a reposição de canabinoides pode elevar os níveis das substâncias químicas.
Um estudo pré-clínico em 2011 mostrou que quando o Sistema Endocanabinoide está funcionando bem, pode resultar em efeitos ansiolíticos e antidepressivos, também reduz a atividade estressante do sistema neuroendócrino e melhora a plasticidade do hipocampo.
TEPT
O TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático) é também um transtorno mental que carrega vários outros problemas, como depressão, ansiedade potencializada e até comportamentos suicidas. Pacientes com o distúrbio, tendem a buscar ajuda apenas dois anos depois do ocorrido.
Infelizmente o transtorno não tem cura e pode durar a vida inteira. No entanto, há tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas e evitar pioras ou complicações. No caso, a terapia administrada junto com medicamentos é a melhor solução.
Os cientistas acreditam que um evento adverso ou um estresse crônico pode prejudicar a sinalização do Sistema Endocanabinoide. Assim, o cérebro não vê que tem algo de errado.
Quando se tem o transtorno, a ativação desses receptores é extremamente útil, uma vez que o Sistema Endocanabinoide desempenha um papel importante na influência do humor e também na construção da memória.
O receptor chamado CB1, por exemplo, é responsável por uma reação chamada “extinction learning”, que permite que novas memórias substituam a antiga. Isso ajuda o corpo a voltar a sentir estímulos que eram evitados, por causar pânico ou sentimentos ruins.
Uma metanálise feita em 2015, publicada no American Journal of Health-System Pharmacy, mostrou que militares veteranos que usaram a cannabis para tratar TEPT tiveram uma diminuição na gravidade dos sintomas da condição, como a redução da ansiedade, estresse e insônia.
Outra pesquisa de 2014 também mostrou os benefícios. Os cientistas compararam pacientes que utilizaram a planta e os que não utilizaram, chegando à conclusão de que aqueles que consumiram a planta medicinal, tiveram uma redução de 75% maior, em comparação com o outro grupo.
Burnout
Também chamada de Esgotamento, a condição é caracterizada como um sentimento de exaustão excessivo, afetando diretamente a falta de energia em relação ao trabalho.
De acordo com a Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), a doença afeta aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros, colocando o país lá em cima no ranking mundial. Para se ter uma ideia, o Brasil só perde para o Japão.
O psiquiatra especialista em traumas e memórias, Dr. Victor Lorenzetti, explica que a medicação é normalmente introduzida quando os sintomas do Burnout já estão graves e interferindo de forma significativa na capacidade da pessoa de funcionar no dia a dia.
O CBD pode ajudar a tratar os sintomas do Burnout, como reduzir a ansiedade, melhorar o sono e regular o humor.
Transtorno Bipolar
O Transtorno Bipolar faz com que a pessoa experimente momentos de mania e depressão. Essa condição é indesejada por todos, desde os que a possuem até para os que estão ao redor.
As crises são comumente caracterizadas por variações acentuadas do humor, e podem ser leves, moderadas ou graves. Elas podem durar dias, meses e até anos.
De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, a ativação dos receptores canabinoides pode ajudar a estabilizar o humor.
Como dito, o sistema endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, regulando aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
TDAH
Trata-se de um transtorno com causas genéticas, ambientais e biológicas, que, geralmente, se manifesta na infância. Entre as principais características, estão a desatenção, impulsividade e a inquietude motora ou também conhecida como hiperatividade.
Embora esse transtorno se manifeste desde a infância, os sintomas podem aparecer com mais clareza durante o período escolar.
De acordo com a psiquiatra Eliane Nunes, os canabinoides da planta possuem menos efeitos colaterais que os remédios convencionais, além de ajudar a amenizar as reações adversas dos medicamentos.

Cannabis e saúde mental
“A Cannabis equilibra e atenua os efeitos colaterais dos medicamentos, diminuindo a fissura dos tratamentos. E mesmo dos uso de drogas”, ressalta.
De acordo com um estudo publicado na revista Rambam Maimonides Medical Journal, pacientes que usam cannabis medicinal para Déficit de Atenção e Hiperatividade usam menos remédios prescritos.
Aqueles com poucos sintomas de TDAH, ainda interromperam por completo o uso dos medicamentos para usar apenas a cannabis.
Quem tem esquizofrenia pode tomar CBD?
O uso da Cannabis tende a ser um tópico debatido quando se trata de saúde mental, pois a condição está particularmente ligada à esquizofrenia.
Alguns acreditam que a Cannabis pode levar ao aumento da psicose, um sintoma comum na esquizofrenia. Enquanto isso, outros acreditam que ainda não seja esse o caso.
Dessa forma, para utilizar a cannabis medicinal, é necessário conversar com um médico especialista primeiro. Caso ele diga sim, será necessário ser acompanhado por todo o tratamento.
Qual o preço da cannabis?
O valor do tratamento com a cannabis pode variar de acordo com a condição tratada e com a concentração indicada na prescrição médica.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/cannabis-e-saude-mental/ Cannabis melhorou saúde mental de idosos
A cannabis medicinal melhorou a saúde mental entre pessoas idosas, de acordo com um novo estudo

Cannabis melhorou saúde mental de idososv
De acordo com um novo estudo, o acesso a cannabis medicinal entre pessoas acima dos 65 anos ou mais pode ter melhorado a saúde mental.
Ao que parece, esses resultados sugerem que a disponibilidade de cannabis medicinal tem efeitos na saúde mental da população em geral, com benefícios consideráveis para a saúde mental de adultos mais velhos.
Para pessoas com 65 anos ou mais, os autores notaram que morar a 30 minutos de um dispensário diminuiu a probabilidade de ter um dia de saúde mental ruim em cerca de 10%.
“O que pode explicar nossa descoberta de que a disponibilidade de cannabis medicinal melhora a saúde mental auto-relatada de pessoas com 65 anos ou mais? Provavelmente alívio da dor”, diz o resumo da pesquisa dos autores do Cato Institute.
O que pode explicar o fenômeno?
A cannabis é um bom tratamento para dor crônica, por exemplo. A justificativa mais comum parao uso entre adultos mais velhos.
O estudo usou dados geográficos para estimar os efeitos da disponibilidade de dispensários de cannabis medicinal na saúde mental autorrelatada no estado de Nova York de 2011 a 2021, usando uma abordagem de diferença em diferenças em dois estágios para minimizar o viés introduzido pela abertura escalonada de dispensários.
“A disponibilidade de cannabis medicinal reduziu os dias de saúde mental precária relatados pelos próprios usuários no mês anterior em quase 10% — 3,37 pontos percentuais — entre adultos com 65 anos ou mais.”
Os pesquisadores disseram que suas descobertas sobre a importância dos locais de dispensários devem ser ouvidas por legisladores e outros formuladores de políticas.
“Esta é uma consideração importante para reguladores estaduais que consideram a legalização da cannabis medicinal e recreativa”, eles escreveram, “e como abordar a proliferação de negócios não dispensários que vendem substitutos próximos da cannabis, como Delta 8, THCP e THCA”.
Complicações
No entanto, o resumo do Cato destaca preocupações de que a proliferação mais ampla da legalização e do uso da cannabis está acontecendo enquanto a ciência ainda sabe muito pouco sobre os efeitos do uso da maconha.
“Nossas descobertas também sugerem que há uma necessidade urgente de aprender mais sobre como o uso de cannabis afeta adultos mais velhos. O governo federal restringiu fortemente a pesquisa clínica envolvendo cannabis por décadas”, diz.
O presidente Biden reduziu muitas dessas restrições ao assinar a Lei de Expansão da Pesquisa de Maconha Medicinal e Canabidiol em dezembro de 2022; no entanto, as evidências clínicas sobre os efeitos da cannabis na saúde provavelmente permanecerão limitadas nos próximos anos.
Impactos
O resumo de pesquisa do Cato Institute, publicado no site da organização no início deste mês, é baseado em um artigo de trabalho dos mesmos autores, publicado em maio pelo National Bureau of Economic Research.
“O alívio da dor é o provável mecanismo pelo qual a disponibilidade de cannabis medicinal reduz os dias de saúde mental precária entre adultos mais velhos.”
As duas instituições enquadram as principais descobertas da pesquisa de maneiras notavelmente diferentes, com o parágrafo de abertura de Cato enfatizando os riscos e perigos do uso de cannabis e o National Bureau of Economic Research enfatizando os “impactos positivos na saúde das populações mais velhas”.
O uso de cannabis nos Estados Unidos continua a crescer. Quase 40 estados promulgaram leis que permitem o uso de cannabis medicinal. Aproximadamente 62 milhões de americanos — o que constitui 22% dos americanos com 12 anos ou mais — usaram cannabis em 2022, ante 11% em 2010.
No entanto, há poucas pesquisas publicadas sobre os efeitos da cannabis na saúde mental. Ela pode agravar a depressão e outros transtornos de humor; alternativamente, ela é promovida e consumida como um produto de bem-estar para tratar essas condições de saúde mental.
Aproximadamente 50% dos consumidores de cannabis medicinal a usam para tratar ansiedade e 34% a usam para tratar depressão. Além dos aumentos acentuados no uso de cannabis e evidências contraditórias de seus efeitos, uma crise de saúde mental que piora rapidamente — agravada pela pandemia de COVID-19 — amplifica a necessidade de entender como a disponibilidade de cannabis medicinal afeta a saúde mental.
As evidências sobre os efeitos da legalização da cannabis na saúde mental continuam escassas, apesar dos rápidos aumentos no uso de cannabis e de uma crise de saúde mental em andamento nos Estados Unidos.
Sobre a pesquisa
Foram usados dados geográficos granulares para estimar os efeitos da disponibilidade de dispensários de cannabis medicinal na saúde mental autorrelatada no estado de Nova York de 2011 a 2021 usando uma abordagem de diferença em diferenças em dois estágios para minimizar o viés introduzido pela abertura escalonada de dispensários.
As descobertas descartam que a disponibilidade de cannabis medicinal teve efeitos negativos na saúde mental da população adulta em geral. Também foi descoberto que a disponibilidade de cannabis medicinal reduziu os dias de saúde mental precária autorrelatados no mês anterior em quase 10% — 3,37 pontos percentuais — entre adultos com 65 anos ou mais.
Esses resultados sugerem que o acesso à cannabis medicinal tem impactos positivos na saúde de populações mais velhas, provavelmente por meio do alívio da dor.
Uso da cannabis para dor
https://cannalize.com.br/saude-mental-idosos-estudo/ Psicodélicos X cannabis: o que é melhor para a saúde mental?
Na busca pela cura da epidemia de saúde mental que assola o mundo, a sociedade começou a recorrer a substâncias antes proibidas e tabus, como psicodélicos e a cannabis

Psicodélicos X cannabis: o que é melhor para a saúde mental?
Hoje, a pandemia de coronavírus expôs as graves deficiências da nossa abordagem ao tratamento das doenças mentais. No entanto, a busca da humanidade por tratamentos mais eficazes começou muito antes de a COVID-19 ter feito a sua infeliz estreia.
Atualmente, a medicina psicodélica é promovida como uma espécie de panacéia para o tratamento de todos os tipos de doenças mentais. Mas deve-se notar que a cannabis medicinal também era uma promessa semelhante.
Mas como os dois se comparam em seu potencial para tratar doenças mentais? Este guia irá explorar algumas semelhanças e diferenças importantes entre substâncias psicodélicas e cannabis em termos da sua capacidade de abordar questões globais de saúde mental.
A cannabis medicinal abriu caminho para o avanço da medicina psicodélica
Quando se trata dos incríveis avanços nas plantas medicinais nos últimos anos, é inegável que a cannabis ajudou a pavimentar o caminho.
Foram os esforços dedicados e de base de ativistas como a NORML (Organização Nacional para a Reforma da Legislação sobre a Maconha) que finalmente ajudaram a tirar a cannabis das sombras da proibição e colocá-la sob uma luz terapêutica.
Tal como a cannabis, os efeitos da proibição também impediram a investigação de compostos psicadélicos durante quase 50 anos. Felizmente, a perseverança e os esforços dedicados dos ativistas da cannabis acabaram por lançar as bases para o avanço da ciência e da investigação psicodélica.
Avanços da medicina psicodélica
Há um tempo, a maioria dos americanos e do mundo em geral está adotando a cannabis após anos de proibição. E hoje ocorre a mesma mudança na atitude cultural em relação aos psicodélicos, como a psilocibina (o ingrediente ativo dos cogumelos mágicos).
Tirar a cannabis das sombras não só dissolveu o seu tabu cultural, mas também ajudou a estabelecer o quadro regulamentar necessário que a medicina psicadélica está agora utilizando.
Finalmente, o renascimento moderno da ciência e a importante investigação psicadélica também vêm de cientistas que podem finalmente estudar a cannabis num ambiente profissional e académico.
Esses avanços têm sido incrivelmente benéficos tanto para a cannabis quanto para os psicodélicos. No entanto, existem algumas diferenças importantes quando os consideramos como possíveis tratamentos para a saúde mental.
A relação entre cannabis e saúde mental é complicada
À medida que a cannabis continua a emergir das sombras e a penetrar na sociedade dominante, é constantemente proclamada como uma “cura para tudo”; desde depressão, ansiedade ,TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), dependência e outros problemas graves de saúde mental.
Certamente, o hype da mídia e os inúmeros depoimentos de pacientes que afirmam os benefícios da cannabis são bastante convincentes. Mas a realidade é que muito poucos dados de ensaios clínicos apoiam estas afirmações.
Na verdade, alguns estudos apontam para a conclusão de que o consumo de cannabis pode piorar os sintomas depressivos. Além disso, a enorme complexidade da planta cannabis torna ainda mais difícil determinar as suas aplicações terapêuticas .
O THC (tetrahidrocanabinol), por exemplo, o principal componente psicoativo da cannabis, é conhecido por induzir sentimentos de paranóia e ansiedade em alguns utilizadores.
Já o CBD (canabidiol), outro importante canabinoide que não é psicotrópico, demonstrou ter efeitos ansiolíticos, antipsicóticos e até anticonvulsivantes.
E estes são apenas dois das centenas de compostos que contém a planta Cannabis Sativa, além de canabinoides, terpenos, flavonoides e ésteres.
Desvantagens
A questão é que cada planta possui sua proporção desses compostos, o que torna a padronização da cannabis muito difícil no nosso atual paradigma de desenvolvimento de medicamentos.
A acrescentar a esta confusão está o fato de a nossa compreensão geral do sistema endocanabinoide ser muito limitada.
Na verdade, o sistema ainda não é um elemento básico nos currículos das escolas médicas. Esta combinação de complexidade quântica a nível molecular exibida pela cannabis, juntamente com a nossa compreensão limitada de como funciona exactamente nos nossos corpos, é provavelmente a razão pela qual a terapêutica da cannabis não atingiu a sua promessa clínica.
É nesta área específica que a medicina psicadélica se mostra muito mais promissora como medicamento sólido para a saúde mental em comparação com a cannabis.
A medicina psicodélica estabeleceu sua eficácia clínica no tratamento de doenças mentais
Um dos aspectos mais promissores dos psicodélicos é a sua capacidade de tratar doenças mentais de forma radical.
Ao contrário da cannabis, drogas como a psilocibina documentaram eficácia clínica no tratamento de doenças mentais graves, como depressão resistente ao tratamento, dependência e ansiedade no final da vida.
Outra grande vantagem da medicina psicodélica em relação à cannabis é a sua capacidade de induzir mudanças positivas duradouras após uma única experiência.
Um estudo descobriu que uma dose única de psilocibina estava associada ao aumento da atenção plena três meses depois.
Além disso, os ensaios clínicos pioneiros que estão sendo feitos para investigar o MDMA como terapia para o TEPT mostraram resultados notáveis.
E mais: é provável que seja uma das primeiras drogas psicodélicas, juntamente com a psilocibina, a entrar na sociedade dominante. Isso ocorre porque o FDA concedeu-lhes o cobiçado status de “terapia inovadora”.
Combinar psicodélicos com psicoterapia é o futuro do tratamento de saúde mental
Talvez uma das maiores diferenças entre a terapia psicodélica realizada em ambiente clínico ou de retiro e o uso pessoal e gratuito de cannabis seja o elemento da psicoterapia.
A cannabis não é apenas uma planta medicinal incrivelmente complexa que não compreendemos totalmente, mas os pacientes muitas vezes não sabem quais produtos usar, como usá-los, com que frequência dosá-los e outros fatores importantes.
Mas a terapia assistida por psicodélicos está em franca expansão. Na verdade, programas que oferecem treinamento para terapeutas psicodélicos estão se tornando cada vez mais comuns.
O elemento psicoterapêutico da terapia assistida por psicodélicos está provando ser um componente incrivelmente promissor e benéfico para esta modalidade de cura. Esse tipo de programa já está em andamento em clínicas guiadas de cetamina.
À medida que mais drogas psicodélicas se tornam parte do kit de ferramentas terapêuticas, é essencial treinar os terapeutas sobre como ajudar os pacientes a navegar pela experiência. Portanto, esta é uma faceta única da medicina psicodélica que não prevalece na indústria da cannabis.
Pesquisa neurocientífica sugere que os psicodélicos são superiores a outras modalidades de tratamento
O ressurgimento da ciência e da pesquisa psicodélica descobriu benefícios substanciais de seu poder terapêutico no tratamento de doenças mentais.
Um estudo recente e muito notável da Johns Hopkins descobriu que a psilocibina pode tratar a depressão quatro vezes mais eficazmente do que os antidepressivos, como os ISRSs.
Ainda mais fascinante é que, ao contrário dos antidepressivos tradicionais que protegem o usuário de emoções negativas, a psilocibina oferece um estilo de “terapia de exposição” para resolução de problemas. Uma citação do estúdio resume bem esse ponto:
A psilocibina com apoio psicológico foi associada ao aumento das respostas da amígdala a estímulos emocionais, um efeito oposto aos achados anteriores com ISRSs. O que sugere diferenças fundamentais nas ações terapêuticas destes tratamentos, uma vez que os ISRS atenuam as emoções negativas e a psilocibina permite aos pacientes enfrentá-las e trabalhá-las.
Da mesma forma, a cannabis tem algum potencial para ajudar os utilizadores a “escapar” temporariamente das suas emoções negativas, em vez de confrontá-las.
Essa qualidade o torna um tratamento menos eficaz do que a medicina psicodélica. Embora a cannabis controle os sintomas e muitas vezes exija uma dose diária, foi demonstrado que os psicodélicos apresentam benefícios duradouros após uma única sessão.
Um artigo interessante do New Atlas fornece forte apoio aos benefícios duradouros da psilocibina:
Um novo estudo fornece a primeira visão a longo prazo da eficácia do tratamento, revelando que uma dose única de psilocibina, juntamente com a psicoterapia, continua a oferecer efeitos positivos persistentes até cinco anos depois.
Reflexões finais
Nas explorações anteriores sobre psicodélicos versus cannabis, olhamos para o cenário clínico de cada droga como um ponto central de investigação. Na verdade, descobriu-se que ambas as drogas têm um grande potencial de pesquisa inexplorado, especialmente no campo da neurociência.
A cannabis continua a ser um dos catalisadores das mais curiosas descobertas neurológicas devido ao sistema endocanabinoide do cérebro. O que permite aos cientistas ver a quantos receptores canabinoides diferentes se ligam e como essa actividade muda sob diferentes condições.
Da mesma forma, os psicodélicos capturaram originalmente o interesse psiquiátrico e neural antes da proibição nos EUA e parecem estar retornando a esse status.
No entanto, a extensão em que são utilizados para tratar doenças mentais dificilmente é comparável. Parece que certos sintomas de saúde mental – como a ansiedade situacional e o imenso stress – podem ser muito bem aliviados com a cannabis.
Prós e contras
Mais uma vez, a comunidade científica cita os canabinoides, além do THC, como o CBD, como centrais para estas funções terapêuticas. Mas quando se trata da etiologia da saúde mental – lidar com a morte de um ente querido, lidar com um conflito interno – os psicodélicos são muito mais eficazes como agentes terapêuticos.
Eles têm um estilo de cura inerente de confronto “de uma vez por todas”. Mas, pela mesma razão, podem ser o “sacudir a bola de neve” tão desesperadamente necessário quando as pessoas estão atoladas na depressão.
No entanto, devemos reconhecer que os psicodélicos podem induzir viagens aterrorizantes em pessoas despreparadas ou infelizmente provocadas, o que não é o caso da cannabis.
Ambos têm o seu lugar no mundo, e talvez desempenhem um papel particularmente interessante quando combinados… mas deixaremos essa discussão para mais tarde.
Texto traduzido do portal El Planteo
Consulte um médico
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https://cannalize.com.br/cannabis-psicodelicos-saude-mental/ Setembro amarelo: o potencial da cannabis para saúde mental

Setembro amarelo: o potencial da cannabis para saúde mental
Setembro amarelo é o mês mundial da prevenção ao suicídio, onde debatemos e conscientizamos as pessoas sobre esse tema e saúde mental e emocional no geral. Afinal, mais de 90% dos casos de suicídio estão relacionados com transtornos mentais – como ansiedade, depressão e burnout.
E assim como o uso da cannabis, esse é um tema cheio de tabus e que ainda carece de muita discussão e ferramentas para ser normalizado no âmbito social.
Porém, essa não é a única associação que esse assunto tem com a plantinha, na verdade, os produtos à base de cannabis têm muito lugar quando a gente fala sobre o Setembro Amarelo.
A regulação do equilíbrio do corpo
Apesar de muitos estudos, ainda desconhecemos completamente a fisiopatologia dos distúrbios mentais. Sabe-se, porém, que além do SEC (Sistema Endocanabinoide) ter um papel fundamental na regulação do equilíbrio emocional e da função cognitiva, ele se encontra alterado nos transtornos mentais, o que pode indicar, na verdade, que uma desregulação do SEC pode contribuir para o surgimento dessas condições.
O estresse crônico, associado a um estilo de vida precário, seriam os responsáveis por essa desregulação do SEC, levando ao desenvolvimento dos sintomas comportamentais, fisiológicos, cognitivos e endócrinos das desordens mentais.
Dessa forma, os endocanabinoides, isto é, a cannabis que o nosso corpo produz, podem ser marcadores promissores para a detecção e o acompanhamento dos transtornos mentais, como a depressão.
Ainda, para trazer uma modulação positiva do SEC e consequentemente a melhora da saúde mental e emocional, o uso dos fitocanabinoides, como CBD, pode ser considerado como terapia de primeira linha no tratamento dos transtornos mentais.
A vantagem dos fitocanabinoides
Com uma baixa gama de efeitos colaterais negativos, associada a muitos benefícios, a cannabis tem se tornado cada dia mais uma realidade no dia a dia de quem sofre com questões de saúde mental.
Isso acontece, porque, o CBD (canabidiol) e diversos outros fitocanabinoides como o CBG (canabigerol), o CBN (canabinol) e em alguns casos até mesmo o THC (tetrahidrocanabinol), têm um efeito relaxante, ansiolítico, antidepressivo.
Eles trazem alívio do estresse, otimizam o humor e regulam os processos cognitivos e comportamentais, mas sem deixar os pacientes letárgicos, cansados, com uma sensação de névoa ou vazio mental, diminuindo a libido e trazendo aumento de peso.
Ao contrário, os fitocanabinoides podem ajudar nesses pontos também! Aumentando energia e disposição, diminuindo a sensação de “brain fog”, levando mais foco e concentração, equilibrando a libido, regulando o apetite.
Outros benefícios
Ademais, como os transtornos de saúde mental, comumente, estão associados entre si e com outras condições, o uso dos produtos de cannabis também acaba sendo positivo nesse ponto, já que além de tratar a desregulação emocional e cognitiva e melhorar o humor, a cannabis pode diminuir as dores físicas, promover um alívio da insônia, juntamente com um sono de qualidade, diminuir os sintomas de abstinência, sendo útil para os transtornos por abuso de substâncias e possibilitar um efeito antipsicótico.
Importante frisar, também que além dos poucos efeitos colaterais, a cannabis, no geral, não está relacionada a eventos adversos graves, e não é uma substância com risco de overdose.
Além disso, se tratando do uso medicinal, controlado e acompanhado por um profissional de saúde habilitado, não costuma cursar com tolerância ou dependência.
Assim, apesar de estarmos falando do setembro amarelo, esse mês cada vez mais fica invadido por essa onda verde, pois fica claro que o futuro do cuidado em relação à saúde mental está diretamente relacionado com o uso dessa planta tão rica, que tem o poder de tratar não apenas os sintomas do desequilíbrio emocional, mas de também melhorar o bem-estar e a qualidade de vida individual como um todo.
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/setembro-amarelo-o-potencial-da-cannabis-para-saude-mental/ Burnout: quando o esgotamento no trabalho vira doença?
Especialista comenta as melhores formas de tratar o Burnout com a cannabis medicinal

Burnout: quando o esgotamento no trabalho vira doença?
Em novembro de 2023, o Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças de trabalho depois de 24 anos. Entre os 165 novos diagnósticos, a Síndrome de Burnout entrou como uma das condições de saúde mental adquiridas no ambiente de trabalho.
Também chamada de Esgotamento, a condição é caracterizada como um sentimento de exaustão excessivo, afetando diretamente a falta de energia em relação ao trabalho.
De acordo com a Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), a doença afeta aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros, colocando o país lá em cima no ranking mundial. Para se ter uma ideia, o Brasil só perde para o Japão.
Mas quando o esgotamento do trabalho vira uma doença?
Principais sintomas do Burnout
Para falar sobre isso, conversamos com o psiquiatra especialista em traumas e memórias João Victor Lorenzetti, que nos ajudou a entender melhor.
De acordo com o médico, além do esgotamento e exaustão física e emocional, a Síndrome de Burnout é acompanhada de uma diminuição significativa do desempenho profissional. O trabalhador se sente desmotivado, ansioso e por vezes até desenvolve aversão pelo que faz.
Outros sentimentos como sensação de despersonalização ou cinismo em relação ao trabalho também podem ser sinais. Mas no geral, para saber quando a exaustão no trabalho virou uma doença, há três pontos principais:
Exaustão emocional. Sensação de sobrecarga e cansaço extremo, que não melhora com o descanso. Ou então, é necessário tempo maior para “recarregar” as forças.
Sentimento de incapacidade: Sensação de ineficácia, de culpa e aumento da cobrança pessoal. Pessoas com Burnout também não se sentem realizadas ou competentes no que fazem.
Despersonalização. Aqui, há uma atitude negativa ou um distanciamento emocional em relação às tarefas e às pessoas no ambiente de trabalho.
O psiquiatra ainda explica que, quando isso não ocorre, pode acontecer episódios de crises de pânico, ansiedade e ou ataque paroxístico.
Principais fatores para a Síndrome de Burnout
Lorenzetti explica que há vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome, como por exemplo, a sobrecarga de trabalho, com excesso de tarefas e de responsabilidades.
Ou então, o sentimento de descontrole sobre o trabalho. A falta de autonomia sobre o serviço prestado pode gerar uma certa ansiedade, que quando não é tratada, pode se transformar em Burnout.
Outro fator que tem o seu peso para o desenvolvimento da condição é a falta de apoio ou suporte dos colegas e superiores. O médico ainda destaca que a questão da adaptação individual e produtividade flutuante também podem contribuir.
Outro fator destacado é a falta de recompensas suficientes. Como omissão de reconhecimento ou compensação pelo trabalho realizado, ou até mesmo a desmotivação e o propósito, que é altamente desvalorizado em um ambiente que exige produtividade constante e extrema.
Ao que parece, até os conflitos de valores também podem gerar a Síndrome de Burnout, que acontece quando o serviço exercido entra em conflito com os valores pessoais.
Por último e não menos importante, outro fator que influencia o Burnout é o ambiente de trabalho. Quando o clima ou a empresa é abusiva, tóxica ou mesmo negativa, pode levar ao desenvolvimento da doença.
Tratando o Burnout
Felizmente o Burnout é completamente tratável.Tanto através de abordagens imediatas para amenizar o problema por hora, quanto com medidas comportamentais para que a condição não se intensifique e vire uma doença crônica.
O psiquiatra Victor Lorenzetti exemplifica alguma delas:
Psicoterapia. O famoso TCC ou Terapia cognitivo comportamental é particularmente eficaz para tratar a síndrome, assim como vários problemas relacionados à saúde mental. “Ou ainda terapias de processamento de trauma, caso questões traumáticas/abusivas forem um deflagrador”, acrescenta o médico.
Mudanças no ambiente de trabalho. Ajustes nas demandas, melhoria de condições de trabalho, aumento do suporte e redes de apoio, podem ser um diferencial para amenizar o Burnout. Até a troca de emprego pode ser um fator determinante para a melhora.
Técnicas de relaxamento. Algumas atividades como meditação, exercícios físicos e técnicas de respiração podem ajudar a controlar o estresse.
Conhecimento. Entender a Síndrome de Burnout, os seus sintomas,como ela está te afetando e a responsabilidade da empresa, podem ser fatores essenciais para a melhora.
O médico ainda explica que, se necessário, é possível pedir um atestado médico para um eventual afastamento
Medicação. Assim como em outros problemas relacionados à saúde mental, em alguns casos, é necessário entrar com remédios para controlar os sintomas. A depender do caso e da intensidade, é possível introduzir fitocanabinoides ou psicotrópicos.
Tratamento com remédios
O Dr. Victor Lorenzetti explica que a medicação é normalmente introduzida quando os sintomas do Burnout já estão graves e interferindo de forma significativa na capacidade da pessoa de funcionar no dia a dia.
“Geralmente a ajuda só é procurada quando está grave. Antes disso, é comum o paciente ‘burnoutado’ ir acumulando, aguentado, até esgotar por completo”, acrescenta o médico.
Mas no geral, os medicamentos podem incluir:
Antidepressivos. Os sintomas de ansiedade e a depressão quase sempre estão acompanhados do Burnout. Dessa forma, os antidepressivos podem aumentar o recurso interno para lidar com a sensibilidade aumentada e a resiliência diminuída.
Ansiolíticos. Estes, por sua vez, assim como benzodiazepínicos podem ser um resgate para crises de ansiedade.

Burnout: quando o esgotamento no trabalho vira doença?
Sedativos. Medicações para insônia como antidepressivos com potencial sedativo ou as chamadas “drogas z” e, casos graves, podem ajudar por um tempo determinado.
Fitoterápicos. Remédios feitos com plantas, como adaptógenos, podem ajudar em casos leves.
Fitocanabinoides. Medicamentos feitos com a fitocanabinoides podem ser um importante aliado. Principalmente quando falamos do CBD (canabidiol), CBG (canabigerol), THC (tetrahidrocanabinol) e CBN (canabinol).
Eles podem ser usados em casos moderados a graves, avaliando a necessidade de tratamento coadjuvantes.
Cannabis como tratamento para Burnout
A cannabis medicinal tem sido de grande ajuda para uma série de condições médicas, o que inclui ainda, problemas como depressão, ansiedade e TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
O médico explica que há evidências preliminares e evidências levemente robustas que sugerem que a cannabis medicinal pode ajudar em alguns sintomas de Burnout. “Principalmente devido às suas propriedades ansiolíticas e de alívio do estresse.”, acrescenta.
Por outro lado, a eficácia e a segurança ainda são estudados. Por isso que, em muitos casos, continua sendo a última opção de tratamento. Principalmente para pacientes com má aderência ou com muitos efeitos colaterais no tratamento tradicional.
“A cannabis medicinal se alia muito bem ao descanso, e com o tratamento funcional de uma Síndrome de Burnout.”, acrescenta o Dr. Victor Lorenzetti.
O que os estudos dizem?
Até agora, as evidências científicas mostram que a cannabis pode:
Reduzir a ansiedade. Canabinoides como o CBD tem propriedades ansiolíticas que ajudam a diminuir a ansiedade.
Um estudo clínico realizado em 2004, por exemplo, mostrou que o efeito ansiolítico do canabidiol altera algumas atividades na região do cérebro que controla processos emocionais, no sistema límbico e paralímbico.
Melhora do sono. A cannabis pode ajudar a melhorar a qualidade do sono, que é frequentemente comprometida em pessoas com Burnout.
O psiquiatra explica que compostos CBD e CBN podem ajudar nisso. “Pode-se associar o THC para diminuir a latência do sono, mas sempre tomando cuidado”, acrescenta.
Em abril de 2020, uma pesquisa publicada no periódico Experimental and Clinical Psychopharmacology, mostrou que a cannabis pode ser eficaz no tratamento da insônia crônica.
O resultado foi uma melhora de 36% nos voluntários que receberam cannabis.
Regulação do humor. A cannabis trabalha através do chamado Sistema Endocanabinoide, um sistema que trabalha ajudando a regular várias funções do organismo. Entre elas o humor.
Para pacientes com Burnout, isso pode ser útil para reduzir sentimentos de desânimo e desespero.
Mas lembre-se: É importante que o uso de cannabis medicinal seja supervisionado por um profissional de saúde especializado, para garantir que seja utilizado de maneira segura e eficaz.
O médico também vai considerar os possíveis efeitos colaterais, interações com outros medicamentos, e principalmente avaliação de contra indicações.
https://cannalize.com.br/burnout-sintomas-tratamentos-trabalho-doenca/ Janeiro Branco: cannabis e exercícios para a mente
Janeiro branco é o mês de conscientização da saúde mental e emocional. Um tema muito importante e que cada vez mais tem sido colocado em pauta. Mas afinal, o que é saúde mental?
Por muitos anos, acreditou-se que saúde mental era a simples ausência de transtornos mentais. Porém, hoje em dia, já se sabe que saúde mental é bem mais do que isso e pode ser considerada como um estado de bem-estar vivido pelo indivíduo.
Esse estado de bem-estar possibilita o desenvolvimento de suas habilidades pessoais para responder aos desafios da vida e contribuir com a vivência em comunidade.
Crescimento de transtornos mentais
Muitos fatores afetam a saúde mental e emocional de um indivíduo, desde questões intrínsecas à ele, relacionadas à genética e aspectos biológicos, como também todas as suas relações interpessoais, a política e as condições socioeconômicas em que ele está inserido.
Falar de saúde mental atualmente é muito importante, tendo em vista que mundialmente temos vivido uma epidemia de transtornos mentais. Principalmente no contexto pós-covid.
E se pensarmos a nível de Brasil, isso é ainda pior. O país tem o terceiro pior índice de saúde mental no mundo, com o maior número de pessoas ansiosas do planeta e também é líder de pessoas com depressão na América Latina.
É necessário refletirmos sobre esse tema, já que gera muitos impactos preocupantes na sociedade, como o aumento no consumo de antidepressivos e estabilizadores do humor.
E o que podemos fazer para contribuir na construção de uma a cultura de saúde mental e emocional forte e disseminada?
É aí que entra a cannabis e o exercício físico!
Como a saúde mental é determinada por uma interação complexa de tensões e vulnerabilidades individuais, sociais e estruturais, o autocuidado pode desempenhar um papel fundamental na manutenção da saúde mental e ajudar a apoiar o tratamento e a recuperação de condições mentais.
O exercício físico regular entra nesse sentido de autocuidado e hoje em dia tem sido considerado uma das principais abordagens para tratar questões de saúde mental como ansiedade e depressão.
A prática de exercícios físicos afeta o estado de humor do indivíduo, porque libera substâncias, como os endocanabinoides anandamida e 2-AG, capazes de melhorar a sensação de bem-estar, reduzir a ansiedade e elevar a autoestima, a curto e longo prazo.
Além disso, a interação social que ocorre durante a prática de algumas atividades também pode ser um fator importante para a regulação do humor.
Ação da cannabis
A cannabis, por outro lado, pode ser entendida, cada vez mais, como uma janela promissora para o futuro do tratamento de transtornos mentais e da regulação emocional. Isso se deve pelas ações dos fitocanabinoides – as substâncias presentes na planta – no nosso corpo!
Os mais de 147 fitocanabinoides conhecidos da planta, como o CBD (canabidiol), o CBG (canabigerol), o CBN (canabinol) e o THC (tetrahidrocanabinol) são capazes de induzir efeitos ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos, pró-cognitivos e de melhora da qualidade do sono ao interagirem com o nosso sistema endocanabinoide (SEC) – o grande responsável por controlar nossas funções fisiológicas e psicológicas, regulando e equilibrando o organismo humano.
E o por que a cannabis é tão promissora quando se fala em saúde mental?
Em primeiro lugar, muitas condições de saúde mental podem ser tratadas com os produtos à base de cannabis, como estresse, ansiedade, depressão, burnout, TEPT (transtorno do estresse pós- traumático), TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade), transtorno afetivo bipolar e esquizofrenia.
Além disso, se formos comparar com o uso de medicamentos alopáticos tradicionais, como antidepressivos e ansiolíticos, a cannabis, no geral, apresenta um baixo perfil de efeitos colaterais e interações medicamentosas raras.
E proporciona, associada à melhoria direta nos problemas mentais, outros benefícios, como aumento na qualidade de vida do paciente e dos parentes e amigos próximos, otimização da autonomia para realização das atividades diárias, melhora da qualidade no sono e combate a problemas de insônia e diminuição de custos com outros remédios que seriam necessários para combater os efeitos colaterais associados.
Lembrete para o ano todo
O cuidado com a saúde mental e emocional deve ser pautada não só para o mês de janeiro, como para todo o ano. Afinal, quem cuida da mente, cuida da vida!
A vida pede equilíbrio e aliar hábitos de autocuidado regulares, como exercícios físicos, alimentação balanceada, práticas de relaxamento – como meditação e mindfulness -, acompanhamento psicológico são essenciais para cultivar uma mente saudável e uma vida com mais qualidade e longevidade.
E lembre-se de pedir ajuda profissional sempre que possível, principalmente se o sofrimento psíquico for duradouro ou angustiante. E quem sabe a cannabis não é uma alternativa capaz de te ajudar!
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https://cannalize.com.br/janeiro-branco-exercicio-cannabis/ Datafolha: cannabis pode ajudar em ansiedade e sono
Um terço dos brasileiros relata ter ansiedade, problemas com sono e alimentação. Entenda como a cannabis pode resolver as principais queixas relatadas na pesquisa

Arte: Freepik
O Instituto Datafolha publicou neste sábado (19) uma pesquisa apontando que um terço dos brasileiros relata ter problemas frequentes com três queixas recorrentes de quem procura tratamento com cannabis: ansiedade, sono e alimentação.
Além disso, 21% da população pesquisada teve diagnóstico de ansiedade feito por um profissional de saúde mental (psicólogo, psiquiatra ou terapeuta) nos últimos 12 meses. Dentre os diagnósticos, 15% foram para depressão e 8% para transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
A pesquisa foi realizada com 2.534 pessoas de 16 anos ou mais, entre os dias 31 de julho e 7 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo o levantamento, 23% dos homens e 38% das mulheres se sentem ansiosos sempre ou frequentemente.
Como a cannabis pode ajudar?
A mudança de hábitos é fundamental para tratar as três queixas mas, quando isso não é suficiente, o uso de terapia e medicamentos também pode ser eficaz.
Um estudo publicado no The Journal of Clinical Psychiatry, em 2022, constatou que tratamentos com o CBD (Canabidiol) em jovens de 12 a 25 anos podem diminuir a ansiedade em até 50% dos pesquisados.
“Acho que a descoberta mais emocionante do estudo foi que a gravidade da condição, que era em média grave a muito grave, caiu 50% no final do estudo”, afirma o professor Paul Amminger, um dos autores do estudo.
Para tratar problemas de sono, a cannabis também é uma poderosa aliada. Isto porque os canabinoides ajudam a regular a homeostase, ou seja, o controle de várias funções do organismo. Através deste sistema, os canabinoides elevam a biodisponibilidade de serotonina, um neurotransmissor que regula o sono e outros processos do corpo.
Para a alimentação, a cannabis também pode contribuir, já que o THC (Tetrahidrocanabinol) é um conhecido estimulante de apetite. Pouco se fala, no entanto, do potencial inibidor de apetite da cannabis.
Um canabinoide chamado THCV (Tetrahidrocanabivarina) tem se revelado como um suplemento capaz de promover a perda de peso devido à sua capacidade de suprimir o apetite, sem causar qualquer efeito colateral negativo, permitindo, dessa forma, um maior controle sobre a ingestão de alimentos.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.
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