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As pessoas ainda têm vergonha dos maconheiros



16/11/2024


As pessoas ainda têm vergonha dos maconheiro

As pessoas ainda têm vergonha dos maconheiro

Em plena revolução psicodélica-canábica ainda existem pessoas com o velho estigma do maconheiro vagabundo e isso é muito irônico pois todos os dias, diversas evidências são publicadas mostrando benefícios ou um famoso sai do armário maconhista mas mesmo assim, o brasileiro ainda tem um estigma com a plantinha.

Os tratamentos à base de cannabis possuem particularidades que se alinhadas com terapias tradicionais e mudanças no estilo de vida, podem simplesmente colocar uma pessoa de volta no “eixo”.

Minha experiência com microdosagem de THC (tetrahidrocanabinol) para modulação de humor e o uso de canabinoides menores como CBG (canabigerol) para foco tem sido um diferencial, me ajudando com as “questões da vida adulta”.

Eventualmente, os pensamentos intrusivos ocorrem caso minha administração de THC ultrapasse a dose recomendada, porém nada que uma boa sessão de terapia não ajude a direcionar. 

Diversos pacientes são beneficiados diariamente dos efeitos terapêuticos dos canabinoides, seja através do óleo, das gummies ou da erva. Iniciar na terapêutica traz a possibilidade de resgatar a qualidade de vida há tempos roubada por alguma condição de saúde.

Sobre responsabilidades

Me agrada muito relembrar que a cannabis é uma planta de Exu, abrindo caminhos, direcionando, trazendo discernimento para quem a consagra.

Mas é o velho ditado, se você não fizer por você, ninguém vai fazer. A responsabilidade do usuário de maconha é a coisa mais importante que existe e, se existem maconheiros preguiçosos é importante que ela  reveja a sua relação com a planta assim como eu revi.

Acho sempre importante ressaltar que esse estigma do maconheiro preguiçoso surge do mesmo lugar do baiano preguiçoso, puramente preconceito.

O consumo da cannabis pelos escravizados pretos e nativo-brasileiros faz parte de um lugar de cura seja física, espiritual ou mental, após os abusos sofridos pelos brancos colonizadores.

A maconha voltará exatamente para o lugar que ela pertence, porém cabe a nós como pacientes medicinais, ou melhor, como maconheiros resgatar a ancestralidade de cura da planta. 

Sobre as nossas colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

Guilherme Salgueiredo

Guilherme Salgueiredo é Bacharel em Farmácia-Bioquímica pela Unesp Araraquara, especialista em relacionamento e consultor canábico desde 2022. Através da educação em saúde, busca expandir e conscientizar o mercado sobre os usos medicinais da cannabis.