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A ideia é mostrar o grau farmacêutico do CBD para o mundo. Atualmente, a cannabis ainda é vista como um suplemento ou um produto por diversos países
Recentemente, uma empresa de insumos de cannabis anunciou que será a única no mercado canábico do país a representar o Brasil no maior evento da indústria farmacêutica do mundo, que este ano acontecerá em Milão, na Itália.
Com o apoio da ABIQUIFI (Associação Brasileira da Indústria de Química Fina), a FarmaUSA estará entre 166 países presentes na CPHI Global 2024 e vai falar sobre o CBD (canabidiol) de grau farmacêutico.
Atualmente, a maioria dos países que autorizam a venda de produtos canábicos, classificam a produção como “suplementos alimentares”, não enxergando a cannabis como um remédio.
Segundo Helder Colmenero, diretor científico da FarmaUSA, poucas empresas no mundo têm a capacidade de oferecer canabidiol com grau farmacêutico. “A presença da FarmaUSA na CPHI fortalece nossa posição estratégica no mercado internacional”, afirma.
Helder também destaca o avanço da regulamentação global de produtos à base de canabinoides e o crescente interesse pelo canabidiol de qualidade farmacêutica. “Cada vez mais países estão regulamentando o uso desses produtos, e participar da CPHI nos coloca em uma posição privilegiada”, complementa.
Aprenda mais sobre cannabis
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https://cannalize.com.br/empresa-canabica-brasil-feira-mundial/ CBD é um inseticida eficaz contra Aedes Aegypti, segundo estudoA pesquisa mostrou que o composto da cannabis foi 100% eficaz contra as larvas do mosquito
De acordo com um novo estudo, o CBD (canabidiol) pode ser útil como pesticida contra mosquitos, incluindo o Aedes aegypti, inseto conhecido por ser o transmissor da dengue, febre amarela e zika vírus.
Publicado na revista Insects, a pesquisa demonstrou que o extrato feito com a cannabis mostrou uma taxa de 100% de mortalidade contra as larvas do mosquito.
Para fazer a investigação, foram utilizadas duas variedades de larvas Aedes Aegypti: uma com resistência a inseticidas comum e a outra sem resistência. Ambas morreram dentro de um período de 42 horas.
O cientista da Ohio State University, Erick Martinez Rodriguez, que conduziu o estudo, disse que o composto foi testado em larvas porque “é muito importante controlar essas pragas num estágio inicial de desenvolvimento, quando estão mais vulneráveis”.
Como o estudo foi feito
Como todos já sabem, as larvas são organismos aquáticos, que vivem e se desenvolvem na água parada. Contudo, alguns deles começaram a adquirir resistência aos inseticidas usados para limpar a água.
E é aí que a cannabis entra. Uma solução de CBD concentrada foi dada às larvas junto da comida em diferentes concentrações Todas levaram a 100% de mortalidade. A única diferença foi o tempo que demorou para que isso acontecesse de acordo com cada dose.
Os pesquisadores ainda tentam entender quais os mecanismos biológicos tornam o CBD tóxico ao mosquito, enquanto a substância é inofensiva para abelhas e outros insetos polinizadores.
Consulte um médico
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/cbd-inseticida-aedes-aegypti/ Califórnia aprova ‘proibição de emergência’ do THCAgora, o demais produto só poderão ser vendidos em dispensários licenciados e apenas para maiores de 21 anos
A regra de emergência proposta pelo governador Gavin Newsom, que proíbe a presença de qualquer THC (tetrahidrocanabinol) “detectável” em produtos de cannabis, foi aprovada pelo Escritório de Direito Administrativo do estado na segunda-feira (23).
Com as restrições em vigor, os varejistas agora estão proibidos de vender produtos feitos com THC, composto psicoativo da cannabis. Além de vários tipos de produtos de CBD (canabidiol) que tenham “vestígios” de THC.
A nova regra agora exige que os consumidores tenham 21 anos ou mais para comprar produtos e ainda limitaram a quantidade para cinco.
“Proteção contra crianças”
Newsom propôs as restrições no início deste mês, citando uma necessidade urgente de proteger as crianças.
“Não ficaremos de braços cruzados enquanto traficantes de drogas atacam nossas crianças com produtos de perigosos e não regulamentados contendo THC em nossas lojas de varejo. Estamos tomando medidas para fechar brechas e aumentar a fiscalização para impedir que crianças acessem esses produtos perigosos de cannabis”, disse Newsom em uma declaração.
O governador ainda disse que as “regras frouxas” tornaram mais fácil para as crianças acessarem produtos psicoativos à base de cannabis, que normalmente são vendidos em lojas de bebidas, postos de gasolina e tabacarias, de acordo com o Los Angeles Times.
A nova regulamentação irá ficar em vigor até 25 de março de 2025.
Um projeto de lei que tentava regulamentar ainda mais a indústria da cannabis fracassou na Assembleia Legislativa estadual, de acordo com o Los Angeles Times.
Texto traduzido do portal KTLA 5
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
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https://cannalize.com.br/california-aprova-proibicao-de-thc/ Diretor de comércio pede ajuda à Janja para nora presa com CBD na RússiaA mulher, condenada a 10 anos de prisão, foi levar um óleo de canabidiol para a irmã com câncer, mas foi presa ainda no aeroporto
Recentemente, o diretor da Câmara Brasileira de Comércio do Brasil-EUA, que mora em Nova Iorque, Waldemar Jezler, pediu ajuda para a primeira-dama, Janja da Silva, para a soltura da nora, condenada a 10 anos por entrar na Rússia com óleo de CBD (canabidiol).
A mulher é russa, mas casada com o filho do diretor que é brasileiro. Ambos também vivem na cidade norte-americana.
Em junho de 2022, Olga Leonidovna Tarasova foi visitar a irmã com câncer na Rússia, mas foi presa ainda no aeroporto e acusada por tráfico por portar 103 gramas de óleo de cannabis.
Condenada a dez anos de prisão, a defesa afirma que o produto tinha uma quantidade mínima de THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera a famosa “alta” da maconha. Os advogados ainda destacam que “não havia qualquer intenção criminosa”.
Leia também: Brittney Griner fala sobre a prisão na Rússia
Carta à primeira-dama
Na carta assinada pelo marido de Olga, Haroldo Jelzer, a família conta à Janja que a mulher foi transferida para Gulag de Kostroma, onde cumpre sentença que exige trabalho forçado de 12 horas por dia.
“Excelentíssima, peço sua intercessão junto ao Itamaraty e ao Presidente da República para que explorem todas as vias diplomáticas possíveis na busca por justiça para Olga. Sua influência e sensibilidade são fundamentais para reverter essa situação que aflige minha família. Desde o início dessa situação, busquei apoio das autoridades, sem sucesso. Com a sentença agora definida e diante das recentes trocas de prisioneiros envolvendo outros países, recorro à Vossa Excelência na esperança de obter ajuda para que minha esposa possa ser libertada e voltar para casa”, escreveu.
Além da carta, a primeira-dama também ouviu o relato da família durante a sua estadia em Nova Iorque, quando esteve na sede da ONU (Organização das Nações Unidas).
De acordo com informações do UOL, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi procurado por diplomadas para ajudar no caso, mas teria demonstrado certa resistência, por se tratar do governo de Vladimir Putin.
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https://cannalize.com.br/diretor-pede-ajuda-janja-nora-presa-cbd-russia/ CBD tem resultados promissores no tratamento de hipertensãoA pesquisa feita pela Universidade da Paraíba mostrou não só a redução da pressão arterial, mas também uma série de outros benefícios
De acordo com um novo estudo brasilero feito em ratos, o CBD (canabidiol) pode ser uma nova opção para o tratamento de hipertensão, além de regular as funções dos vasos sanguíneos e diminuir o estresse oxidativo nas artérias.
Publicado na revista científica Journal of Hypertension, a pesquisa foi feita por pesquisadores do Centro de Biotecnologias da UFPB (Universidade Federal da Paraíba), em parceria com a UNESP (Universidade Estadual Paulista) e a Abrace (Associação Brasileira de Apoio Cannabis Esperança).
Ao decorrer de duas semanas, os animais foram tratados com o óleo rico em CBD, que era administrado a cada 12 horas. Os resultados foram promissores: não apenas reduziram a pressão arterial, mas também otimizaram a função dos vasos sanguíneos.
Outros benefícios
De acordo com a pesquisa, o óleo de cannabis ainda diminuiu o estresse oxidativo, um dos principais fatores associados ao desenvolvimento e à progressão da hipertensão arterial.
O CBD também melhorou a resposta ao barorreflexo, um mecanismo fisiológico essencial para regular a pressão e ajudou a regular a atividade do sistema nervoso simpático, que fica alterado em casos de hipertensão.
O estudo ainda precisa de mais investigações para confirmar os efeitos do óleo testado em humanos.
Outro estudo
Mas isso não quer dizer que não funcione em pessoas. Outra descoberta realizada por pesquisadores da Universidade de Ben-Gurion do Negev, em Israel, mostrou que a cannabis pode reduzir a pressão arterial em idosos.
A pesquisa foi a primeira a se concentrar no efeito da cannabis na pressão arterial, frequência cardíaca e parâmetros metabólicos em adultos com 60 anos ou mais com hipertensão.
No estudo, os pesquisadores descobriram uma redução significativa nos valores da pressão arterial sistólica e diastólica em 24 horas, com o ponto mais baixo ocorrendo 3 horas depois de ingerir a cannabis oralmente, por extração de óleo ou fumo.
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https://cannalize.com.br/cbd-tratamento-hipertensao/ CBD pode ter proteção solar, segundo estudoDe acordo com a pesquisa, o composto da cannabis pode potencializar o efeito dos protetores convencionais
Protetor solar de cannabis? De acordo com um novo estudo publicado em julho no Journal of Dermatology, o uso tópico de CBD (canabidiol) pode ajudar na proteção da pele contra os raios UVA do sol.
Ao que parece, o composto da cannabis pode ser usado como um potencializador dos fotoprotetores atuais, uma medida adicional à proteção.
Para realizar o estudo, os pesquisadores selecionaram 19 pessoas com fototipo de pele entre um e três na escala Fitzpatrick. Trata-se de uma “classificação” de tons de pele mais claros.
Leia também: Tópicos de cannabis: O que são e o que fazem
Em um período de 14 dias, os participantes aplicaram o creme com CBD nanoencapsulado em uma parte da pele e um creme sem a substância na outra. Ambas as regiões foram expostas a um nível de radiação UV três vezes maior que a necessária para causar queimaduras na pele.
24 horas depois, os cientistas realizaram biópsias do tecido cutâneo.
Resultados
O experimento mostrou que 21% dos voluntários apresentaram menor vermelhidão na pele tratada com o canabidiol, em comparação com a outra parte. Também foi constatado que o espessamento da pele, danos e mutações no DNA das células foram menores com uso do CBD.
Por outro lado, ainda são necessárias mais pesquisas para comprovar a eficácia do uso tópico da molécula da cannabis. É preciso amostras maiores de pessoas e englobar outros tipos de fototipos, por exemplo.
Tópicos de cannabis
Ainda assim, os tópicos de cannabis são uma aposta cada vez mais promissora para o tratamento da pele. Isso porque a substância possui propriedades anti-inflamatórias que ajudam condições como acnes, psoríase e até feridas abertas.
Alguns estudos ainda mostram que as propriedades medicinais da cannabis possuem efeitos anti bactericidas e até antifúngicos.
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https://cannalize.com.br/cbd-pode-ter-protecao-solar-segundo-estudo/ Caso Isabel Veloso: Não pode usar CBD na gravidez?Embora não existam estudos suficientes que garantem o risco da cannabis na gravidez, as pesquisas até agora não são animadoras
Nos últimos meses, a influencer Isabel Veloso compartilhou com o seu público o uso da cannabis medicinal para o seu tratamento paliativo contra um câncer. Contudo, recentemente, a jovem de 18 anos interrompeu o tratamento por conta de uma gravidez.
A notícia da gestação trouxe muita alegria à família, mas ao mesmo tempo, bastante repercussão na internet. Principalmente porque o seu prognóstico era de apenas seis meses de vida.
Veloso foi diagnosticada aos 15 anos com Linfoma de Hodgkin, um tipo de linfoma que ataca o sistema linfático e compromete o seu sistema imunológico. O câncer chegou a sumir, mas voltou.
Com fortes dores neuropáticas, a influencer precisou recorrer à morfina para encontrar alívio, até encontrar a cannabis medicinal. Mas agora que está grávida, precisou interromper o tratamento.
Cannabis como tratamento
A médica responsável pelos cuidados paliativos da jovem, Melina Branco, usou as redes sociais nesta terça-feira (13) para explicar aos internautas sobre a situação da jovem.
Segundo ela, a recomendação, desde o início do tratamento, era que a jovem não engravidasse. “A orientação, desde o início, sempre foi para não engravidar, por causa dos riscos das medicações que a Isabel estava usando. E até pela doença mesmo.”
Porém, a médica também ressaltou que o quadro da Isabel é estável. Grande parte dos sintomas foram controlados com o uso do CBD (canabidiol), principalmente as dores neuropáticas.
A cannabis tem sido uma boa opção para pacientes com câncer porque proporciona qualidade de vida. Ela pode ajudar em sintomas como enjoos, náuseas, dores, perda de disposição e apetite causados não só pela doença, mas pela quimioterapia.
Mas a Dra. Branco explicou o motivo da retirada: “O CBD ainda tem poucos estudos para esse período da vida da mulher e depois retorna para a medicação e dá continuidade a todo o tratamento. E é isso. Que sejam abençoados e venham com muita saúde”, completou.
Sem CBD na gravidez?
Como dito pela médica, até hoje não há estudos suficientes que garantam a segurança da cannabis para pessoas grávidas. Contudo, ainda há investigações que sugerem que derivados da planta podem ser um problema.
De acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Jama Internal Medicine, o uso da cannabis durante a gravidez traz riscos à saúde materna.
Segundo os dados, o consumo dos derivados da planta está associado à hipertensão gestacional e outras complicações, como o descolamento prematuro da placenta e o ganho de peso.
De acordo com outro estudo apresentado na FENS 2024 (Fórum da Federação Europeia de Sociedades de Neurociência), que aconteceu na Áustria, o CBD pode provocar alterações cerebrais nos fetos. Isso poderia resultar em dificuldades cognitivas na vida adulta.
Por outro lado, vale ressaltar que as pesquisas feitas até agora são inconclusiva e é necessário mais pesquisas para entender o real efeito da cannabis em pessoas grávidas.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/isabel-veloso-cbd-gravidez-cancer/ Quem foi Elisaldo Carlini?Considerado o “pai da cannabis”, o pesquisador brasileiro foi um dos pioneiros nos estudos sobre cannabis medicinal. Principalmente os efeitos antiepilépticos do CBD
Embora as propriedades medicinais da planta cannabis sejam exploradas há milênios, as descobertas científicas sobre os efeitos terapêuticos ainda são relativamente recentes. E o brasileiro Elisaldo Carlini teve um papel importante nas pesquisas.
Se você já ouviu falar sobre o CBD (canabidiol) para o tratamento da epilepsia refratária, por exemplo, foi graças ao doutor e professor da USP, que defendeu o uso da planta por 50 anos, até a sua morte em setembro de 2020.
Junto ao famoso “avô da cannabis”, o químico israelense Raphael Mechoulam, o médico foi um dos precursores dos estudos com a planta.
História
Nascido na década de 1930 em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, Carlini ingressou no curso de medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) em 1956. Tornou-se professor no departamento de farmacologia e ainda fundou o departamento de Psicobiologia.
O médico também foi o fundador do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas) e se destacou como um dos maiores especialistas sobre drogas e entorpecentes não só do Brasil, como do mundo.
Leia também: “Avô da Cannabis”: Estudos de Raphael Mechoulam revolucionaram a ciência
O médico fez o seu nome enquanto ocupou cargo de presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 1995 e 1997, quando ainda era membro do Conselho Econômico Social das Nações Unidas.
Durante essa época, o médico e professor também organizou os primeiros eventos sobre cannabis no Brasil e ainda tentou criar uma espécie de “Anvisa da Cannabis”, mas o projeto não foi para frente.
Estudos com cannabis
Na década de 1970, depois que o presidente dos EUA naquele momento, Richard Nixon, praticamente pôs fim aos estudos científicos sobre a planta no país, outros pesquisadores tomaram à frente, como aqueles que ficaram conhecidos como os dois principais precursores dos estudos com cannabis hoje.
Em 1972, o químico Rapahel Mechoulam enviou um carregamento direto de Jerusalém para o professor Carlini com quase meio quilo de CBD isolado, que havia conseguido com a polícia israelense.
Com isso, durante as décadas de 1970 e 1980, o professor liderou um grupo de pesquisa que publicou mais de 40 trabalhos sobre a cannabis em revistas científicas internacionais. Investigações que contribuíram para o desenvolvimento de medicamentos à base de cannabis em países como Estados Unidos.
Foi esse mesmo grupo que descobriu, por exemplo, que o CBD tinha efeito antiepiléptico, que hoje faz a diferença de milhares de crianças no mundo todo.
Leia também: O que a ciência já descobriu até hoje sobre a cannabis para epilepsia
Os estudos conduzidos pelo professor e sua equipe, foram as primeiras pesquisas da ciência moderna sobre o assunto. Desenvolvida em camundongos e depois em humanos, o canabidiol se mostrou eficaz e com poucos efeitos colaterais para tratar convulsões.
Embora houvesse relatos sobre estes efeitos, ninguém havia testado a hipótese ainda. Publicada em 1981, depois de quase 10 anos de dados coletados, a pesquisa serviu de alicerce para a medicina canábica atual.
Estudos que influenciaram a criação do Centro de Pesquisa de Canabinoides, que existe até hoje na USP de Ribeirão Preto. Atualmente, o laboratório é um dos maiores centros de pesquisas sobre CBD do mundo.
Honrarias
Por causa do pioneirismo, Elisaldo Carlini tornou-se o “pai da cannabis” e foi citado cerca de 12 mil vezes em pesquisas científicas nacionais e internacionais e recebeu duas condecorações da Presidência da República pelo trabalho como pesquisador.
Em 2019 também foi selecionado como pesquisador emérito do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). As suas contribuições também foram destacadas pelo New York Times em julho de 2020, dois meses antes da sua morte.
Contudo, em 2018, aos 88 anos, passou por um episódio triste. O professor foi intimado pela polícia a prestar depoimento por suspeita de “apologia às drogas”, depois que organizou um simpósio sobre cannabis na Unifesp, chamado “Maconha: outros saberes”.
Foi preciso que ele entregasse cópias da gravação do evento para a investigação.
Atualmente, há até um projeto de lei que leva o seu nome. A proposta 399/15 pretende regulamentar o cultivo de cannabis para fins medicinais e industriais. Mas está parada no congresso nacional desde 2021.
Falecimento
O professor e pesquisador Elisaldo Carlini morreu no dia 16 de setembro de 2020 aos 90 anos. Ele sofria de câncer já em estágio avançado e estava internado há um tempo na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital Albert Einstein, na Capital de São Paulo.
Elisaldo Carlini deixou seis filhos e seis netos, além do seu legado.
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https://cannalize.com.br/quem-foi-elisaldo-carlini/ Como é a composição dos produtos à base de cannabis?A planta possui cerca de 500 substâncias, incluindo canabinoides, terpenos e flavonoides, que podem ser usadas em diversos tratamentos
Formulações com derivados da cannabis variam a depender da necessidade de cada paciente. Isso quer dizer que um produto indicado para autismo, por exemplo, não terá necessariamente os mesmos compostos que um usado para dor crônica.
Para um tratamento seguro, é imprescindível que a escolha dessa medicação seja feita por um profissional de saúde. Inclusive, tratar-se com cannabis no Brasil só é possível com prescrição.
Mas antes de chegarmos nessa parte, vamos entender o que tem nos produtos à base de cannabis.
Componentes da cannabis
Uma das características dessa planta é ter pelo menos 500 substâncias já conhecidas pela ciência. É comum dividi-las em três grupos: fitocanabinoides, terpenos e flavonoides.
Os fitocanabinoides foram descobertos na década de 1960 pelo cientista israelense Raphael Mechoulam. São substâncias psicoativas que podem fazer alterações no organismo. Os exemplos mais comuns são o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol), conhecidos como fitocanabinoides maiores.
Leia mais: Qual a diferença entre o CBD e o THC?
Essa interação é possível porque o corpo também produz canabinoides, chamados endocanabinoides. Eles são responsáveis por regular a homeostase, ou seja, o restabelecimento do equilíbrio após situações que causem adversidades, como ferimentos ou doenças.
Terpenos
Já os terpenos são os componentes que criam o sabor e o cheiro característico da cannabis. Eles estão presentes em vários outros tipos de folhas, flores e frutos – e também podem proporcionar experiências medicinais.
Inclusive, os terpenos e a morfina (um tipo de opioide) têm potenciais similares de tratar dores crônicas, de acordo com um estudo publicado no International Association for the Study of Pain.
Flavonoides
Esse grupo de substâncias é responsável sobretudo pela cor das cepas da cannabis, sobretudo das flores, com o objetivo de atrair polinizadores.
Além disso, os flavonóides têm um papel importante no aroma e no sabor da cannabis, pois compartilham funções sinérgicas com os terpenos.
Como as substâncias são usadas nos produtos?
Medicamentos com cannabis podem conter diferentes formulações, com todas as substâncias ou com apenas algumas delas.
No primeiro exemplo, os produtos são chamados de “full spectrum” (espectro completo). Estes contém níveis controlados de todos os canabinoides, incluindo o THC, que é o componente da cannabis associado à alta psicoatividade (uso adulto ou recreativo), e que também pode ser usado para fins medicinais.
O componente tem papel fundamental por promover o efeito entourage (ou comitiva). Entenda mais no vídeo abaixo.
Contudo, as quantidades são muito pequenas nos produtos medicinais, sendo praticamente incapazes de causar alterações na percepção.
Para ter uma ideia, os produtos importados dos Estados Unidos, por exemplo, seguem a legislação da FDA (órgão que cumpre papel semelhante à Anvisa). De acordo com a lei, as formulações devem ter no máximo 0,3% do componente.
No Brasil, os primeiros medicamentos aprovados pela Anvisa acompanham parcialmente essa regra. As opções disponíveis nas farmácias nacionais tem uma variação média de 0,2% a 0,3%.
Além disso, existem versões broad spectrum (espectro amplo) que combinam dois ou mais canabinoides, exceto o THC. Nestes casos, é possível encontrar produtos com CBD e CBG (canabigerol), por exemplo.
Leia mais: CBGA pode ser mais eficaz que o CBD em crises convulsivas, segundo estudo
E também há medicações com canabinoides isolados, que são dedicadas a casos específicos.
Formas farmacêuticas
Ao pensar na cannabis medicinal, é comum pensar no óleo de cannabis, que é extraído da planta in natura.
Além disso, existem várias outras formulações possíveis, como gummies, pomadas, géis, cápsula e lubrificantes. Segundo o último anuário da Kaya Mind, empresa de dados sobre cannabis, já foram encontradas pelo menos 25 formas farmacêuticas no Brasil.
Leia mais: Produtos canábicos mais consumidos no Brasil
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https://cannalize.com.br/composicao-dos-produtos-a-base-de-cannabis/ Whindersson Nunes lança marca de CBDEssa não é a primeira vez que o humorista investe no mercado. Em março, Whindersson também lançou uma linha de roupas de cânhamo
Com o crescimento do uso da cannabis medicinal no Brasil, várias marcas estão embarcando neste mercado. E parece que os famosos também. Recentemente, o humorista Whindersson Nunes lançou a sua primeira marca de CBD (canabidiol).
A chamada WhinCBD chegará em agosto e terá cinco produtos destinados ao tratamento de condições como epilepsia, autismo, insônia, TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção), ansiedade e dores musculares.
“Decidi ingressar neste mercado porque pude conhecer de perto como esses tratamentos podem transformar vidas, especialmente em condições como epilepsia e autismo”, disse Whindersson Nunes em divulgação.
Além dos produtos, a marca também vai ajudar na indicação de médicos prescritores, uma vez que os produtos só podem ser comprados mediante a receita.
Produtos importados
Os produtos serão importados de forma individual por cada pessoa através da resolução 660. Contudo, a marca afirma que também tem um compromisso com as associações de pacientes para “educar e quebrar estigmas”.
“Acreditamos no potencial do mercado para melhorar a qualidade de vida de milhares de pacientes”, declarou o humorista.
Os planos ainda envolvem expandir a marca para a Europa e lançar novos produtos em breve.
Marca de roupas
Essa não é a primeira vez que Whindersson Nunes investe neste mercado. Em março deste ano, o humorista também lançou uma linha de roupas feitas de cânhamo. Trata-se da derivação da cannabis bastante usada como insumo para a indústria têxtil.
A marca, que já produzia roupas urbanas e básicas, entrou em um novo mercado unindo sustentabilidade, transformação e geração de empregos através de projetos sociais.
https://cannalize.com.br/whindersson-nunes-lanca-marca-de-cbd/ CBD ajuda na comunicação de autistas, segundo estudoO estudo mostrou que não só os pesquisadores, mas também os tutores perceberam uma melhora na atenção e na comunicação
A administração de extratos ricos em CBD (canabidiol) é segura e eficaz em crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), de acordo com dados de um estudo observacional publicado na revista Pharmaceuticals.
A pesquisa brasileira avaliou o uso de extratos predominantemente de CBD em 30 crianças com idade média de 11 anos com TEA moderado a grave.
Os participantes consumiram extratos de cannabis por seis meses e avaliados clinicamente por seus médicos designados.No final do período de tratamento, entrevistas semiestruturadas também foram conduzidas com os pais e cuidadores dos participantes.
Assim como em estudos anteriores, a maioria dos indivíduos (70%) demonstrou melhoras clínicas após a terapia com CBD, principalmente em relação às habilidades de atenção e comunicação.
74% dos indivíduos reduziram ou cessaram o uso de pelo menos um medicamento prescrito durante o estudo.
Benefícios notados por todos
Dois terços (67%) dos pais relataram melhoras no comportamento de seus filhos em seis das 12 categorias avaliadas. Nenhum pai relatou pioras ao longo do estudo.
Dessa forma, os autores do estudo concluíram que “os benefícios do tratamento com óleo de CBD de espectro total para indivíduos não sindrômicos com TEA não são apenas perceptíveis ao olho clínico, mas também são percebidos e vivenciados pelas famílias e cuidadores.”
Leia também: Governo irá financiar estudo sobre canabidiol para autismo
Os pesquisadores também escreveram que os resultados corroboram que este tratamento individualizado é seguro e eficiente para o tratamento mais amplo de sintomas centrais e comórbidos associados ao TEA, sendo capaz de melhorar aspectos como interação social, comunicação e qualidade de vida.
As descobertas do estudo são consistentes com aquelas de dados de ensaios controlados por placebo mostrando melhorias nos sintomas de pacientes com TEA após o uso de produtos canabinoides.
Estudos observacionais também mostraram que o uso de cannabis pode fornecer benefícios em adultos com autismo.
Texto adaptado do portal Cannabis&Tech Today
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https://cannalize.com.br/autismo-comuncacao-estudo-brasil/ CBD pode ajudar dores neuropáticas, segundo estudoAlém das dores neuropáticas, a pesquisa ainda mostrou que o canabidiol pode servir de tratamento para depressão e problemas cognitivos
De acordo com um estudo brasileiro recém-publicado na a Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, o CBD (canabidiol) tem a capacidade de produzir melhorias funcionais e moleculares no cérebro de roedores.
Desenvolvido na USP de Ribeirão Preto em conjunto com a Universidade da Campânia Luigi Vanvitelli, na Itália, a pesquisa foi coordenada pelo professor, coordenador do Centro Multiusuário de Neuroeletrofisiologia e do Laboratório de Neurociências de Dor & Emoções, Renato Leonardo de Freitas.
Feita em ratos com dor neuropática e de outras condições, como depressão e perda cognitiva, a ideia foi investigar as conexões neurais entre o hipocampo dorsal e a região pré-límbica do córtex pré-frontal para entender como acontece essa conexão.
E também se ela está relacionada, além da dor crônica neuropática, mas também a outras comorbidades relacionadas à depressão e prejuízos cognitivos.
Resultados
E parece que a resposta foi afirmativa. Os chamados astrócitos, que respondem a alterações causadas por lesões do sistema nervoso central, um nervo periférico ou alguma condição pré-existente, podem resultar em um aumento de substâncias pró-inflamatórias, que acabam prejudicando a comunicação com os neurônios.
Ou seja, a ativação dessa área está associada a amplificação da dor e o seu prolongamento. A região também se comunica com outras relacionadas às emoções, causando a depressão e outras condições cognitivas.
O papel do CBD
Depois de confirmar a hipótese acima nos ratos estudados, os pesquisadores começaram a tratá-los com canabidiol em diferentes dosagens. O objetivo era entender exatamente como a cannabis poderia influenciar na dor e nos problemas psicológicos.
Após dosagens injetadas diretamente no hipocampo dos roedores, foi percebido que o CBD conseguiu diminuir as sensações de dor ao toque e ao frio, além de melhorar os comportamentos relacionados à depressão, com melhora do desempenho da memória.
Ao que parece, o canabidiol utiliza uma conexão do hipocampo com a área pré-límbica do córtex pré-frontal, induzindo a neuroplasticidade. Trata-se da capacidade do cérebro de se moldar a novas experiências, que ficam guardadas na mente para serem lembradas.
Alterações que ainda melhoraram a funcionalidade da atividade celular e neuromolecular. O que pode representar um importante tratamento farmacológico para dor neuropática crônica, depressão e comprometimento da memória no futuro.
https://cannalize.com.br/cbd-dores-neuropaticas-estudo-brasileiro/ A influência do canabidiol na TPMQuando falamos sobre tensão pré-menstrual, na realidade é uma coleção de sintomas relacionados a um período do mês antes do início da menstruação.
Após a ovulação, os níveis de estrógeno e progesterona diminuem dramaticamente, causando uma gama de efeitos físicos e emocionais como: fadiga, variação de humor, cefaleia, problemas digestivos e irritabilidade. Se você menstrua, sabe como é, não é mesmo?
Como se já não bastasse, em adição à queda dos níveis hormonais, algumas teorias têm sido sugeridas, como:
Alterações químicas no cérebro
As flutuações nos níveis de serotonina podem desencadear os sintomas da TPM como fadiga, ansiedade, depressão e desejo por um determinado alimento;
Depressão não diagnosticada
As mulheres com depressão não diagnosticada podem notar um aumento na intensidade dos sintomas no período próximo a menstruação e atribui isso somente a TPM;
Endocanabinoide anandamida
Os sintomas típicos da TPM aparecem 5 dias antes da menstruação e desaparecem com o aumento dos níveis hormonais.
São eles: ansiedade, depressão, fadiga, cefaléia, insônia, irritabilidade, queda na libido, dor muscular, ganho de peso, intolerância alcoólica, constipação, diarreia, mamas sensíveis, inchaço e instabilidade emocional.
Mas você sabia que a maior concentração de anandamida (molécula da Felicidade) é encontrada no útero e está relacionada ao Sistema Endocanabinoide e ao sistema reprodutor feminino?
Pois é, o estrógeno estimula a produção de anandamida bem como aumenta os receptores canabinoides.
Canabidiol CBD
E é aí que está a chave da questão: O canabidiol interage diretamente com o Sistema Endocanabinoide restaurando o equilíbrio e a homeostase do aparelho reprodutor.
Ele pode aliviar vários sintomas da TPM, incluindo o desconforto, ansiedade e depressão, pois ativa diretamente os receptores da serotonina.
Sem contar que o CBD também influencia distúrbios digestivos quando normaliza os níveis hormonais, controlando a diarreia e a constipação.
Em relação à dor, o canabidiol ainda é mais eficaz que os analgésicos e os anti-inflamatórios tradicionais.
Tanto que uma dose diária baixa de CBD é o suficiente para controlar a TPM.
Por outro lado, não faz todo o trabalho sozinho, Os parceiros naturais do CBD são a vitamina B6, magnésio, os exercícios diários, a comida integral e um estilo de vida saudável.
Já o uso de medicamentos isentos de prescrição médica, como analgésicos e anti-inflamatórios, pode causar sérios eventos adversos, incluindo a lesão hepática.
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https://cannalize.com.br/tpm-cannabis-canabidiol-tratamento/ Estudo: CBD na gestação pode não ser uma boa ideiaA pesquisa feita em camundongos mostrou alterações em regiões do cérebro relacionadas às emoções, autoconhecimento, interações sociais e resposta sensitiva
De acordo com um estudo apresentado na FENS 2024 (Fórum da Federação Europeia de Sociedades de Neurociência), em Viena, na Áustria, o CBD (canabidiol) pode não ser uma boa opção para gestantes.
O uso em pessoas grávidas tem sido uma opção cada vez mais frequente para conter os sintomas, como náuseas, vômitos, dores de cabeça e até ansiedade e depressão.
Mas, segundo a pesquisa, a prática pode provocar alterações cerebrais nos feitos que podem resultar em mudanças cognitivas e comportamentais na vida adulta.
Como o estudo foi feito
O estudo foi desenvolvido em camundongos de laboratório e avaliou a exposição do CBD na prole durante a gestação. As fêmeas grávidas foram divididas em dois grupos:
O primeiro grupo recebeu doses baixas de canabidiol (três miligramas por quilo do animal) do quinto ao 18º dia de gestação (o período total de gestação de roedores é de 20 dias). Já o outro grupo recebeu placebo.
Leia também: O caso da mulher grávida que usou cannabis medicinal e foi acusada de abuso infantil
Após o nascimento, os filhotes foram examinados por eletrodos e lâminas, que avaliaram as estruturas cerebrais de cada um deles.
A ideia era investigar o córtex insular, parte central do cérebro que se forma durante a fase embrionária. Ela é dividida em duas partes: uma processa as emoções, autoconhecimento e interações sociais. E a outra, o controle motor na resposta sensitiva.
Resultados
Os pesquisadores observaram que os camundongos que tiveram exposição de canabidiol, tiveram uma diminuição na resposta excitatória, ou seja, a comunicação rápida da resposta sináptica dos neurônios diante de uma ação. Além de uma diminuição na resposta inibitória (capaz de frear uma ação).
O estudo também mostrou que as características dessa região do cérebro, que se desenvolvem de formas diferentes em machos e fêmeas, não se desenvolveram de forma distinta como deveriam.
Por outro lado, é importante ressaltar que baixas dosagens utilizadas no experimento não significam que as mesmas mudanças seriam observadas em humanos.
Diferentes reações
Em outra pesquisa feita pela mesma equipe do Inserm (Instituto Nacional de Saúde e de Pesquisa Médica, na sigla em francês), também observou que houve variações no comportamento dos roedores que receberam CBD.
Leia também: Maconha prejudica ou não as chances de engravidar?
Enquanto as fêmeas se mostravam mais curiosas e se movimentavam mais, os machos apresentaram uma redução nas interações sociais.
“Além disso, em comparação com os ratos de controle, tanto os ratos machos quanto as fêmeas tratadas com CBD estabeleceram mais contatos físicos entre si.”, disse a doutoranda Alba Caceres Rodriguez, sobre este segundo estudo.
Apesar dos resultados, ainda é necessário mais estudos para investigar a fundo o que acontece no cérebro com a exposição do canabidiol em embriões.
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https://cannalize.com.br/cbd-gestacao-estudo-cannabis-medicinal/ Como usar o canabidiol sublingual?Com o costume de ingerir apenas comprimidos, a forma sublingual de utilizar o CBD pode trazer várias questões. Entenda
A cannabis medicinal é um tratamento que tem se destacado ao longo dos anos para uma série de condições médicas, principalmente por ser uma opção mais natural e com poucos efeitos colaterais. Mas como usar o Canabidiol sublingual?
Tecnicamente, o CBD (canabidiol) é apenas uma das centenas de moléculas presentes na cannabis. Ela tem se destacado por ser uma substância abundante na planta e por não causar os efeitos da maconha.
Por outro lado, os outros componentes são tão importantes quanto o CBD, como os terpenos, flavonoides e até o terrível THC (tetrahidrocanabinol), que gera a famosa “alta”. Por causa disso, muitos óleos são feitos não só com CBD, mas também com vários outros compostos como este.
Mas a questão aqui é: como usar o óleo de canabidiol sublingual?
Canabidiol em forma de óleo
Talvez, uma das questões que deixe qualquer paciente intrigado é o porquê a maioria dos produtos de cannabis são em forma de óleo. E também o motivo pelo qual a absorção é sublingual.
Para entender melhor, conversamos com o enfermeiro do Cannect Cuida, Daniel Alves, que nos explicou sobre esse assunto. Trata-se de um cuidado coordenado feito pela Cannect para auxiliar os pacientes sobre tudo relacionado à cannabis.
Ele explica que o óleo de CBD é uma forma mais prática de dosar o produto. “A cannabis é hidrofóbica, portanto, precisa ser extraída em algum tipo de gordura”, acrescenta. Portanto, o óleo é a forma mais simples de se obter o produto.
Embora seja a forma mais conhecida, a cannabis também pode ser vendida em outros formatos, como gummies, cápsulas e até tópicos. Por outro lado, para um paciente que está começando o tratamento, é necessário encontrar uma dose ideal, mas isso leva tempo e é mais fácil de se fazer com o óleo.
Absorção sublingual
Alves explica que a aplicação sublingual é uma forma mais rápida de obter os efeitos do canabidiol. Além de absorver o medicamento de forma mais efetiva.
“A absorção da mucosa é mais rápida porque é o contato direto com as capilares sanguíneos, motivo pelo qual sua absorção é altamente eficaz, pois cai direto no sistema linfático, e é a porta de entrada para a corrente sanguínea”, explica.
Contudo, não é obrigatória. Como dito acima, há outras formas de consumir a cannabis medicinal. Sem contar que o óleo também pode ser ingerido sem qualquer problema.
Mas o enfermeiro alerta que a absorção será mais lenta e parte do remédio pode ser perdida por causa do suco gástrico.
Como usar o canabidiol sublingual
Daniel Alves, que está em contato direto com centenas de pacientes todos os dias, recomenda que o ideal é pingar as gotas recomendadas pelo médico embaixo da língua e esperar pelo menos, 30 segundos para só depois engolir.
Caso tenha dificuldades, ele recomenda que o paciente pingue o produto em frente a um espelho, que vai facilitar na hora de contar as gotas. Ou então, colocar a quantidade indicada em uma colher e depois colocar na boca.
Leia também: Posso tomar o óleo de CBD com água?
“Também é preciso aguardar de 15 a 30 minutos para tomar água, comer, ou escovar os dentes. A ideia é que a medicação seja absorvida por toda a boca”, acrescenta.
Caso o gosto não seja dos melhores, é possível ainda, comprar produtos saborizados. Atualmente, várias empresas já lançaram óleos com essências de frutas para suavizar o gosto amargo do óleo de CBD.
O enfermeiro também alerta que a cannabis só pode ser ingerida depois da absorção de algum alimento. “Se não tiver nada no estômago para segurar, posso ter dor de estômago, aumentar os efeitos colaterais e até perder uma quantidade de 40% a 50% da medicação”, acrescenta.
Interações medicamentosas
Assim como em qualquer outro remédio, o CBD também pode resultar em interações medicamentosas, por isso, é preciso ficar atento a algumas substâncias que podem cortar ou até potencializar os efeitos colaterais.
O álcool, por exemplo, é um deles. Tanto a cannabis quanto o álcool são metabolizados pelo fígado, mas como o órgão é um só, há uma competição de quem será metabolizado primeiro, o que prejudica ambos.
Leia também: Posso beber álcool no meu tratamento com CBD?
Caso esteja utilizando algum outro remédio, é necessário conversar com o médico para entender se há interação medicamentosa.
Para utilizar outro produto de cannabis, como gummies, por exemplo, é necessário conversar com um especialista também.
Já quando falamos em pomadas e cremes, por exemplo, não há nenhum problema, uma vez que a forma de absorção é totalmente diferente.
Efeitos colaterais do CBD
Embora a cannabis seja um tratamento mais natural, ainda possui efeitos colaterais que podem atrapalhar o dia do paciente.
O enfermeiro explica que os principais são sonolência, oscilação de apetite, desordem intestinal, náuseas, tonturas, dor de cabeça e boca seca.
“Medicações com mais THC, por exemplo, são mais propensas a causar mais apetite. Já aquelas com CBD isolado ou Broad Spectrum, tendem a inibir o apetite”, comenta.
Porém, o enfermeiro relata que normalmente são transitórias e duram de dois dias a duas semanas. Há pacientes que não chegam a sentir nada. Outros sentem um ou outro sintoma.
“Mas se caso apresentar reações por mais de três semanas, pode ser um indicador de que a dose está alta”, esclarece.
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https://cannalize.com.br/como-usar-o-canabidiol-sublingual/ Quanto tempo dura uma receita de CBD?Dúvidas quanto a receita médica podem surgir ao começar um tratamento com CBD. Por isso, vamos esclarecer algumas questões
O uso da cannabis medicinal cresce todos os anos no Brasil. De acordo com dados da Kaya Mind, o Brasil possui aproximadamente 430 mil pacientes que utilizam a opção terapêutica, seja por associações, por importações e até pela farmácia.
Por outro lado, comprar produtos de cannabis ainda geram muitas dúvidas em quem quer começar o tratamento. Uma das mais comuns é sobre receita.
Por isso, selecionamos algumas questões sobre esse assunto para ficar por dentro.
Dentistas ou médicos. A primeira delas é que apenas médicos e dentistas podem prescrever cannabis medicinal.
A cannabis é regulada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que autoriza a importação e a venda nas farmácias. No ano passado, ela esclareceu que as receitas só podem ser emitidas por profissionais dessas áreas.
Receitas diferentes. Outro ponto para se atentar é que a receita muda se for para produtos importados ou comprados nas drogarias.
Para produtos disponíveis nas farmácias, por exemplo, é necessário que seja uma receita de controle especial azul tipo B. Caso o produto tenha concentrações maiores de THC (tetrahidrocanabinol), aí será a receita amarela tipo A.
Estas, por sua vez, valem 30 dias apenas. Alguns profissionais até prescrevem mais de um produto, para que o paciente possa comprar mais frascos do óleo e usar depois que a prescrição vencer.
Receita canábica. No geral, prescrições de medicamentos de uso contínuo ou até para medicamentos que não exigem retenção de receita, têm validade de 60 dias, podendo variar de acordo com o remédio.
Por outro lado, de acordo com a resolução 660 da Anvisa, as prescrições de produtos de cannabis possuem um prazo de seis meses para a compra.
Porém, de acordo com o Cannect Cuida, uma rede de cuidado continuado da health tech Cannect, é recomendado que o paciente compre pelo menos um mês antes do prazo vencer.
Isso porque os trâmites dos produtos importados demoram, em média, 25 dias para chegar ao paciente. Caso a receita esteja vencida, isso pode gerar algum problema ao chegar ao Brasil.
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https://cannalize.com.br/quanto-tempo-dura-uma-receita-de-cbd/ CBD pode ser usado em pessoas com doenças cardíacas?Se a maconha não pode, como fica o tratamento de alguém que precisa da cannabis medicinal? Entenda
Se você pesquisar, provavelmente vai ver várias notícias sobre o uso da maconha e o aumento no risco de doenças cardíacas. E de fato, a maconha pode não ser uma boa opção para quem tem problemas do coração.
Mas o que fazer quando um paciente cardíaco recebe uma indicação para usar o CBD (canabidiol) para alguma outra condição?
Para entender sobre esse assunto, conversamos com o cardiologista Heder Leite que nos explicou melhor sobre o que pode e o que não pode.
A relação da maconha e o coração
De acordo com um estudo apresentado na reunião anual do American College of Cardiology de 2023, o uso diário de maconha pode aumentar o risco de desenvolvimento de DAC (Doença Arterial Coronariana).
Também chamada de aterosclerose, trata-se de uma condição causada pelo acúmulo de placas nas paredes das artérias que fornecem sangue ao coração.
Parece que os consumidores diários de maconha tinham 34% mais chances de serem diagnosticados com DAC do que aqueles que nunca haviam experimentado o consumo adulto da planta.
Efeitos no corpo
Isso porque o THC (tetrahidrocanabinol), principal substância que gera a “alta” da maconha, pode aumentar a frequência cardíaca e a pressão arterial em cada uso. A fumaça também pode ser tóxica, assim como a do cigarro, de acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças) dos Estados Unidos.
O Dr. Heder Leite ainda complementa que a ilegalidade também é outro fator de risco. “Sendo uma substância de uso ilegal, é passível de efeitos indesejáveis e imprevisíveis devido à não uniformidade em sua produção”, acrescenta.
Mas isso não quer dizer que o THC é um vilão. Vários remédios levam a substância, que também pode ser efetiva no tratamento de dores e inflamações. O problema está na quantidade.
“Quando administrado em doses altas, pode desencadear arritmias cardíacas e dependendo da situação basal do paciente, esta condição pode ser até fatal.”, explica o médico.
Mas e o CBD nessa história?
A cannabis medicinal tem chamado atenção no Brasil e no mundo por causa da sua eficácia sem muitos efeitos colaterais.
Por causa da sua ação no Sistema Endocanabinoide, que está presente em quase todo o organismo, os medicamentos feitos com a planta podem ser usados para uma série de condições médicas, que vão desde ansiedade e depressão, a dores crônicas e Parkinson.
De acordo com o cardiologista, o CBD pode ser sim usado por pessoas com condições cardíacas, desde que estáveis e com o aval do seu médico. “Isso requer que o paciente tenha seus exames periódicos em dia que comprovem que a sua doença de base esteja controlada.” Acrescenta.
O médico ainda explica que isso não serve apenas para o uso do canabidiol, mas para qualquer medicação.
Interação medicamentosa
Por outro lado, acrescentar mais um remédio, mesmo que para o tratamento de outra condição, também pode trazer algumas ressalvas aos pacientes devido às interações medicamentosas.
O cardiologista explica que acrescentar o CBD pode interferir na ação de outras medicações que são usadas em pacientes com doenças cardíacas, aumentando os seus efeitos, o que consequentemente, aumenta também os efeitos colaterais.
No caso de hipertensão arterial controlada, por exemplo, em que o paciente utiliza uma ou até duas medicações hipertensivas, o canabidiol não irá causar efeitos indesejáveis.
Contudo, em casos mais complexos, como cardiopatias dilatadas com ou sem arritmias, devem ter o uso do CBD acompanhado de forma mais cautelosa.
A substância ainda pode aumentar o efeito das estatinas (usadas no tratamento do colesterol) e de anticoagulantes, como a varfarina.
O CBD pode tratar problemas cardíacos?
Embora existam alguns estudos, o médico explica que não há nenhuma evidência sustentável de que o uso do canabidiol possa ajudar em alguma condição cardíaca. Embora possa trazer pequenos benefícios.
“Observa-se, na prática clínica, que, em alguns casos específicos, conseguimos reduzir a dose de determinadas drogas devido ao fato de o CBD potencializar o efeito dessas substâncias. Observamos essa situação nos casos de hipertensos leves, em parte pelo efeito sedativo do canabidiol, reduzindo sintomas de ansiedade, que é um componente significativo na gênese e na manutenção da hipertensão arterial.”, explica.
Contudo, o Dr. Heder acrescenta que ainda assim, não está indicado em substituição a nenhum tipo de tratamento já estabelecido para doenças cardíacas.
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https://cannalize.com.br/cbd-doencas-cardiacas-maconha-thc/ Projeto de lei quer facilitar o tratamento de CBD para autistasA ideia é criar um programa nacional no Ministério da Saúde para que pacientes com TEA tenham acesso à cannabis medicinal
No final de maio, o deputado federal Jadyel Alencar (Republicanos – PI) protocolou um novo projeto de lei para facilitar o tratamento com CBD (canabidiol) para pessoas com TEA (Transtorno de Espectro Autista).
A ideia é criar um programa nacional que auxilie no acesso ao tratamento com produtos à base de canabidiol. Além de promover a capacitação de profissionais de saúde sobre os benefícios e o uso adequado no tratamento de autismo.
A utilização da cannabis em pessoas com TEA tem crescido em vários países, inclusive no Brasil. Isso porque os produtos feitos com a planta ajudam a diminuir alguns sintomas da condição, como irritabilidade, hiperatividade e déficit de atenção.
Resultados que têm instigado vários estudos, feitos até por universidades brasileiras. Como uma investigação feita pela UnB (Universidade de Brasília), UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e outros centros de pesquisa, que mostrou melhoras significativas no comportamento de pessoas com o transtorno.
Aumento da demanda
A proposta é que o programa nacional seja implementado e coordenado pelo Ministério da Saúde junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Instituições que também serão responsáveis por promover campanhas de conscientização e apoiar pesquisas sobre o tratamento de TEA com CBD.
Na justificativa, o deputado ressaltou o aumento de pessoas recorrendo à judicialização para custear o tratamento pelo governo.
“Ademais, observa-se que há cada vez mais decisões judiciais que concedem o direito ao tratamento do TEA a base de canabidiol pelo Sistema Único de Saúde (SUS), reforçando a necessidade de se regulamentar e facilitar o acesso a esses tratamentos no Brasil.” Escreveu.
Outros projetos de lei
Até agora, a maioria dos projetos de lei sobre cannabis são de deputados estaduais e vereadores. Contudo, há outras três propostas federais tramitando em Brasília.
O mais antigo é o projeto 399 de 2015, que visa criar um marco regulatório da cannabis no Brasil, com direito a cultivo e comercialização para fins medicinais e industriais. No ano passado, a senadora Mara Gabrilli também propôs uma lei parecida.
Há ainda o PL 89/23 que visa disponibilizar os produtos de cannabis de forma gratuita pelo SUS em todo o país.
Até o momento, a nova proposta sobre o tratamento em pessoas com TEA aguarda um despacho do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas).
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https://cannalize.com.br/projeto-de-lei-quer-facilitar-o-tratamento-de-cbd-para-autistas/ A cannabis realmente ajuda no tratamento do Parkinson?Estudo em 2014 no Journal of Pharmacology mostrou que a cannabis reduz significativamente os tremores, rigidez, bradicinesia e aliviou a dor, melhorou o sono, com mínimos efeitos colaterais.
As conclusões foram que a cannabis pode ser usada em alguns sintomas de Parkinson, como:
- Ansiedade 45,5%
- Insônia 44%
- Rigidez 44%
- Depressão 43%
- Distonia 42%
- Bradicinesia 12%
- Congelamento 12%
- Náusea 7,5%
- Apetite 3,5%
- Constipação 2%
- Alucinações 2%
No entanto, a AAN (Academia Americana de Neurologia), publicou recentemente uma revisão sistemática sobre a eficácia e segurança do uso terapêutico da cannabis e seus derivados no tratamento de doenças neurológicas.
Desse extenso trabalho da AAN podemos verificar que há poucos estudos de qualidade disponíveis na literatura para termos uma conclusão definitiva sobre o uso terapêutico dos derivados da cannabis em pacientes com distúrbios de movimento.
Há ainda que se considerar que o risco de efeitos psicopatológicos graves pode chegar a 1%.
Mas isso vai depender, sem dúvidas, da proporção de THC (tetrahidrocanabinol) presente no tratamento. Embora que, de certa forma, não há relato de efeitos colaterais.
Bom para outros sintomas
Segundo a revisão, os extratos de cannabis não melhoram os tremores induzidos por remédios como Levodopa em pacientes com doença de Parkinson.
Na verdade, estudos preliminares utilizando o CBD (canabidiol) puro no tratamento de pacientes portadores de Doença de Parkinson, revelaram um efeito positivo sobre os sintomas psicóticos, o sono e a qualidade de vida dos pacientes.
O CBD possui um efeito terapêutico sobre os sintomas do transtorno comportamental do sono REM.
Em conclusão, apesar da ausência de evidências suficientes para indicar o uso dos derivados de cannabis em pacientes com distúrbios de movimento, há sinais de que o uso de extratos da planta, especialmente o CBD, possa ajudar a minimizar sintomas não motores da doença de Parkinson como: Psicose, distúrbios do sono, dor, urgência miccional e promover uma melhora geral na qualidade de vida dos pacientes.
Então, o uso terapêutico sem indicação precisa, só seria indicado em casos de distúrbios do movimento em que os tratamentos convencionais disponíveis falharam e a qualidade de vida do paciente esteja comprometida
No fim, é provável que o uso de CBD puro e extratos de cannabis com baixo teor de THC sejam os mais eficientes e menos propensos a causar efeitos indesejáveis.
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https://cannalize.com.br/a-cannabis-realmente-ajuda-no-tratamento-do-parkinson/ Como a cannabis pode ser útil ao longo da vida?
A cannabis pode ser usada para uma série de condições, que vão desde a infância até a terceira idade. Veja algumas delas
A cannabis medicinal tem sido uma opção terapêutica mais natural e com poucos efeitos colaterais para uma série de problemas que atingem desde a infância, como convulsões e autismo, até aos 60+, como Alzheimer e Parkinson.
Por meio de estudos e relatos dos próprios pacientes é possível perceber que a planta tem se mostrado uma alternativa até mais efetiva que remédios tradicionais.
Mas você deve estar se perguntando: como isso é possível? E ainda mais para tantas condições diferentes?
Sistema Endocanabinoide
A cannabis pode ajudar boa parte do corpo porque atua no chamado Sistema Endocanabinoide. Trata-se de um sistema que funciona em nível molecular ajudando a restaurar a chamada homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do organismo, como sono, fome, humor, sistema nervoso e imunológico.
O nosso próprio corpo produz pequenas moléculas chamadas endocanabinoides, que através de receptores, sinalizam quando algo está errado e precisa ser estabilizado.
Felizmente a cannabis também produz essas substâncias, que são chamadas de fitocanabinoides, como o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol). Elas podem atuar como uma espécie de reforço aos nossos.
O CBD, por exemplo, possui propriedades ansiolíticas, neuroplásticas, anticonvulsivantes e neuroprotetoras. Já o THC, apesar de ser a substância que gera a famosa “alta” da maconha, é extremamente potente como um analgésico e anti-inflamatório.
Cannabis na infância
Quando prescrito por um médico capacitado, produtos feitos com cannabis são eficientes e seguros desde a primeira infância para tratar condições como autismo e até epilepsia de difícil controle.
No caso da epilepsia, por exemplo, o CBD pode ajudar a modular as funções neurológicas, o que ajuda a diminuir as crises.
Já no caso do autismo, a cannabis pode ajudar a diminuir os sintomas, como irritabilidade, insônia e até auxiliar no tratamento de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção).
Fase adulta
Já na fase adulta, a cannabis também pode ter a sua parcela de ajuda em uma variedade de condições, tanto da mente quanto hormonais, como:
Insônia. A cannabis tem propriedades relaxantes e terapêuticas que diminuem o nível de estresse e ansiedade, causas mais frequentes da insônia. Em abril de 2020, por exemplo, uma pesquisa publicada no periódico Experimental and Clinical Psychopharmacology, mostrou que a cannabis pode ser eficaz no tratamento da insônia crônica.
Ansiedade. Estudos clínicos e também em animais sobre a eficácia da cannabis para o tratamento da ansiedade são feitos em vários países, inclusive o Brasil. Um exemplo é um estudo realizado aqui em 2012 onde mostrou que o canabidiol tem propriedades ansiolíticas.
Depressão. O sistema endocanabinoide pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.
Na depressão, há uma baixa de endocanabinoides no cérebro. Então, remédios ou a reposição de canabinoides pode elevar os níveis das substâncias químicas.
Endometriose. As pacientes relatam uma melhora nas dores, depressão, ansiedade e até a redução do uso de medicamentos convencionais, o que inclui opioides e contraceptivos orais, que geram uma série de efeitos colaterais.
A revista científica Journal of Molecular Endocrinology mostrou que o CBD tem um papel importante nos órgãos reprodutores femininos. Segundo a publicação, estas substâncias podem regular algumas funções tais como a migração e a proliferação de células do endométrio.
Glaucoma. Já na década de 1970, estudos mostraram que o uso de cannabis pode aliviar os sintomas de glaucoma, porque diminui a pressão intraocular e tem ações sobre doenças neurodegenerativas.
TEPT (Transtorno de Estresse pós-traumático).Quando se tem o transtorno, a ativação dos receptores é extremamente útil, uma vez que o Sistema Endocanabinoide desempenha um papel importante na influência do humor e também na construção da memória.
A ciência tem descoberto que a ansiedade extrema, que causa o transtorno, está relacionada à falta de canabinoides no corpo. O que consequentemente impede que novas memórias encubram as traumáticas.
Fibromialgia. Os fitocanabinoides agem diretamente em um receptor no do nosso corpo chamado CB2, que influencia o Sistema Nervoso Central. As substâncias da planta têm a capacidade de auxiliar a sensibilidade excessiva que ocasiona a fibromialgia.
Dores crônicas. Segundo análises, alguns estudos observacionais já identificaram associações entre medicamentos feitos com a cannabis e reduções significativas na intensidade da dor. Além da melhoria na qualidade de vida do paciente.
Menopausa. Os canabinoides presentes na planta podem agir no nosso cérebro. Eles auxiliam na regularização da mensagem enviada para as glândulas que produzem os hormônios.
Doenças da terceira idade
A cannabis também pode ajudar a tratar problemas relacionados a condições que aparecem geralmente depois dos 50 anos. Inclusive, muitos especialistas, como o neurocientista Sidarta Ribeiro, ressalta que a cannabis é feita muito mais para velhos do que para jovens.
Isso porque depois de um certo tempo, o corpo perde um pouco a sua capacidade de produção de endocanabinoides, o que torna a cannabis uma ferramenta tão potente para repor as substâncias, que podem ser úteis para:
Além de ajudar em outros sintomas, como depressão, insônia e ansiedade.
Parkinson. De maneira simples, ela pode ser eficaz para a redução dos sintomas pois ela ajuda a regular as alterações químicas que acontecem com a redução dos níveis da dopamina do cérebro. A cannabis tem uma função neuroprotetora, que auxilia tanto nas atividades motoras quanto não motoras.
Por causa do baixo nível de dopamina, o Parkinson pode causar alterações neuroquímicas neste sistema, que se agravam de acordo com a evolução da doença. Os cientistas descobriram que os canabinoides são encontrados em grande quantidade no cérebro. Por isso, eles podem modular as alterações ocasionadas pela condição.
Alzheimer. Dentre as propriedades terapêuticas da cannabis estão a diminuição do estresse oxidativo, retardo da neurodegeneração e das placas amiloides, que sabidamente colaboram para o surgimento e agravo do Alzheimer.
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https://cannalize.com.br/como-a-cannabis-pode-ser-util-ao-longo-da-vida/ Cannabis pode reduzir o uso de remédios para dormir, segundo estudo
A pesquisa feita com mais de um mil pessoas, mostrou que a cannabis tem o potencial de substituir tanto remédios prescritos como de venda livre
De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Washington, nos Estados Unidos, parte dos norte-americanos estão trocando medicamentos para dormir pela cannabis.
O estudo, publicado em outubro do ano passado, mostrou que mais de 80% dos 1.255 usuários de maconha não utilizam mais remédios para pegar no sono, sejam eles prescritos ou de venda livre.
Em vez disso, preferem utilizar a erva fumada ou vaporizada, principalmente por causa da ação rápida.
Metade dos participantes da pesquisa, ainda relatou a preferência por cepas de cannabis contendo CBD (canabidiol) e um terpeno chamado mirceno. Trata-se de uma substância aromática também encontrada em outras plantas, como manjericão e lúpulo.
Leia também: Cepas de cannabis: O que são e suas variedades
Atualmente, já há evidências científicas que mostram que o terpeno possui efeitos relaxantes que induzem o sono.
Outros efeitos
Ainda segundo os resultados do estudo, os consumidores destacaram que o uso da cannabis os deixam mais renovados, focados e capazes de funcionar melhor durante o período da manhã, em comparação com o uso de remédios para dormir.
Por outro lado, parte deles também relatou se sentir mais sonolentos, ansiosos e irritados pela manhã, além de outros efeitos colaterais, como boca seca e olhos vermelhos.
Outros estudos
Por outro lado, outros estudos já destacaram o uso da cannabis para o tratamento da insônia. Investigações que abordam principalmente o óleo de CBD.
Uma pesquisa publicada na revista científica JANA (Journal of the American Nutrition Association), por exemplo, sugere que baixas doses de canabidiol são tão eficazes quanto a melatonina, o hormônio indutor do sono.
Outro estudo publicado no periódico Experimental and Clinical Psychopharmacology e realizado na Universidade da Austrália Ocidental, apontou uma melhora de 36% nos voluntários que receberam a cannabis no tratamento da insônia crônica.
Há investigações que apontam até para uma melhora da qualidade do sono. De acordo com uma pesquisa publicada em 2014 no Journal of Psychopharmacology, a cannabis tem o poder de aumentar o tempo de sono.
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https://cannalize.com.br/cannabis-pode-reduzir-o-uso-de-remedios-para-dormir-segundo-estudo/ Posso ser demitido por causa da cannabis medicinal?Nos EUA um agente precisou entrar na justiça para ser reintegrado após uma demissão. Mas e no Brasil, o que aconteceria?
Foram necessários quatro anos para que o DEA (Departamento de Repressão às Drogas, em tradução livre) dos Estados Unidos finalmente rescindisse a demissão de um agente especial que foi dispensado por testar positivo para CBD (canabidiol).
Em 2019, o norte-americano Anthony L. Armour foi pego em um teste de drogas de rotina que mostrou a presença de CBD, componente da cannabis sem efeitos psicoativos.
Após ser mandado embora, o ex-agente entrou na justiça e provou que o uso do componente da cannabis era parte do seu tratamento para dor crônica, uma opção aos opioides.
Agora, Armour será recontratado como agente especial e reembolsado com pagamentos atrasados e despesas legais após a batalha judicial.
“Estou animado por voltar a trabalhar na DEA”, disse Armor ao The New York Times. “Espero terminar minha carreira na DEA ajudando em sua missão de retirar das ruas drogas perigosas como o fentanil.”
Tratamento para dor crônica
O agente especial sofreu uma lesão quando ainda era universitário e jogava bola. Anos depois, também se machucou em um acidente de carro durante uma operação de vigilância, o qual sofreu dores nas costas e uma lesão no pescoço.
Começou a utilizar produtos de CBD vaporizado com a ideia de não estar fazendo nada de errado, uma vez que a Farm Bill, uma espécie de ministério de agricultura do país, legalizou produtos de cânhamo em nível federal em 2018.
Por outro lado, a lei até então permitia produtos com até 0,3% de THC (tetrahidrocanabinol), componente que gera a famosa “alta” da maconha. E dentre os três produtos que utilizava para o tratamento entregue à perícia, um deles continha 0,35%.
“A DEA perdeu a confiança no Sr. Armor e o removeu adequadamente.”, Dizia o relatório que justificava a dispensa.
Em 2023 o departamento de drogas dos Estados Unidos ainda entrou com uma petição judicial defendendo a demissão do agente e até emitiu um aviso oficial a todos os funcionários para que evitassem produtos de CBD.
E se isso acontecesse no Brasil?
Em setembro do ano passado, uma vereadora de Natal, no Rio Grande do Norte, causou polêmica ao sugerir uma lei em que todos os candidatos a cargos públicos deveriam fazer um exame toxicológico. Quem testasse positivo, seria desclassificado.
Caberia a cada edital dizer se pacientes de cannabis medicinal ou que usassem morfina seriam exceção à regra.
Contudo, de acordo com o advogado Gabriel Pietricovsky, a própria constituição defende o direito ao tratamento, seja ele qual for. “Em resumo, a demissão por causa de tratamento não deveria acontecer”, diz.
Além da Constituição Federal assegurar o direito à saúde, o Brasil conta com duas resoluções da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) tanto para a importação de produtos à base de cannabis quanto para a compra nas farmácias, o que autoriza o uso medicinal no país.
O advogado complementa que o ideal é que o paciente tenha todas as documentações necessárias para provar que o uso da cannabis é para fins medicinais, como laudo médico, prescrição e autorização de importação da Anvisa.
Principalmente para cargos que exigem exame toxicológico para a admissão, como policiais, motoristas e operadores de máquinas.
Conte com a gente
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https://cannalize.com.br/demissao-cannabis-medicinal-exame-toxicologico/ Burnout X Canabinoides: Conheça seu inimigoQuem prescreve derivados de cannabis sente na pele como a prática clínica e o empirismo guiam o conhecimento que será sedimentado em evidência científica anos depois.
O mínimo de embasamento sobre CBD (canabidiol), já nos alivia quanto ao princípio hipocrático de primum non nocere quando se trata deste como alternativa terapêutica.
Com exceção das gestantes e crianças, pacientes acima de 21 anos de idade terão raras contraindicações à prescrição feita de maneira responsável por profissional experiente e qualificado.
Mas o que é o Burnout?
Assim como o CBD, Burnout é um assunto cada vez mais presente para quem se importa com saúde mental e neurociência. Ainda não classificado no principal manual de transtornos mentais (DSM-V), é uma doença com incidência variável, sendo mais frequente em profissionais de saúde e educadores.
Sua origem se deve a uma provável alteração no eixo hipotálamo-hipófise-adrenal que acontece em um ambiente de trabalho insalubre. As manifestações clínicas mais frequentes, segundo o CID-11, se dão por exaustão emocional, despersonalização/cinismo e sentimento de baixa realização/eficácia profissional.
O tratamento para burnout com maior nível de evidência no momento é a psicoterapia (terapia cognitivo comportamental) associada a mudança do estilo de vida. Para sintomas pontuais é prática comum a prescrição de antidepressivos como a fluoxetina, sertralina e paroxetina.
Cannabis como tratamento?
Nesse contexto, um estudo recente publicado no JAMA chamou bastante atenção. Durante a pandemia, o grupo de estudos da USP Ribeirão Preto avaliou o uso de canabidiol (isolado) + abordagem tradicional vs uma abordagem tradicional, apenas.
Doses de 300 mg/dia divididas em 2 tomadas diárias se mostraram eficazes para redução de sintomas como ansiedade e depressão. Isso mostrou como uma doença com incidência tão crescente e sem tratamento medicamentoso definido, pode se beneficiar do uso de derivados de cannabis.
Ainda sobre o estudo, vale ressaltar que a dose usada foi alta (CBD isolado) e quem sabe ainda possamos usar doses menores (de CBD full spectrum) com resultados semelhantemente importantes. Ademais, outros canabinoides podem ser associados, como o THC (tetrahidrocanabinol), o CBG (canabigerol) e o CBN (canabinol).
Tratamento seguro
Voltamos aqui a um ponto importante sobre a relevância do uso de derivados de cannabis na prática médica. Para quem trabalha em ritmo intenso, o ideal é que o faça sem sofrer sedação com o uso de medicações que o acalmem.
O CBD é conhecido por não causar alteração da percepção da realidade e recentemente, tem sido associado a melhora da cognição. Por isso, torna-se imprescindível que o bom profissional médico tenha, ao menos, um conhecimento básico sobre o manejo dessa medicação a fim de poder fornecer o melhor das alternativas disponíveis ao seu paciente.
Fonte: Crippa JAS, Zuardi AW, Guimarães FS, et al. Efficacy and Safety of Cannabidiol Plus Standard Care vs Standard Care Alone for the Treatment of Emotional Exhaustion and Burnout Among Frontline Health Care Workers During the COVID-19 Pandemic: A Randomized Clinical Trial. JAMA Netw Open. 2021;4(8):e2120603. doi:10.1001/jamanetworkopen.2021.20603
Sobre as nossas colunas
As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.
https://cannalize.com.br/burnout-e-canabinoides/ Frente parlamentar de cannabis discute a distribuição de CBD para autistasA lei sancionada em janeiro contempla apenas três condições médicas. Agora, a luta é implementar pessoas com TEA na lista
Ontem (30), durante a 2ª audiência pública da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial de São Paulo, foi discutida a introdução de CBD (canabidiol) para pacientes com autismo.
Em abril, a comissão técnica designada para a implementação da lei anunciou que apenas três tipos de pacientes poderiam receber os produtos de forma gratuita: pessoas com Síndrome de Dravet, Síndrome de Lennox-Gastaut e Esclerose Tuberosa.
O assunto deu o que falar, uma vez que tratam-se de condições raras. O governo rebateu argumentando que estas são as únicas doenças com evidências claras.
Discussão
O médico psiquiatra e coordenador do Núcleo de Cannabis Medicinal do Hospital Sírio Libanês, Vinicius de Deus Silva, defendeu o uso da cannabis medicinal no TEA (Transtorno do Espectro Autista).
O médico explicou o uso da cannabis medicinal como tratamento.Ela trabalha através do denominado Sistema Endocanabinoide que promove a modulação tanto do sistema nervoso quando do sistema imunológico, atuando na remissão dos sintomas e promovendo neuroproteção e melhorando assim a condição de seu desenvolvimento durante a vida.
O relato de Flávia Torino, advogada e membro da Comissão de Direito da Pessoa com Deficiência, da OAB-SP, que é autista e mãe de dois filhos com autismo, corroborou a explicação do médico. Ela destacou que o tratamento com a cannabis medicinal mudou a sua vida e a de seus filhos.
Adoção do TEA na nova lei
O deputado estadual Caio França, autor da Lei Estadual 17.618/23 que inclui a cannabis medicinal no SUS Paulista e membro do grupo de trabalho que regulamenta a normativa, relembrou toda a sua luta pela inclusão dos autistas na relação de patologias elencadas para distribuição.
“Sou o maior defensor da liberdade de prescrição médica. Estamos empenhando todo o esforço no sentido de que o TEA seja contemplado o quanto antes nessa regulamentação”, assegurou o parlamentar.
Agora, resta convencer a comissão técnica
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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https://cannalize.com.br/frente-parlamentar-de-cannabis-discute-a-distribuicao-de-cbd-para-autistas/ “Eu não dormia e sentia dores horríveis, mas o CBD me deu qualidade de vida”, afirma diaristaApós o canabidiol, a diarista voltou a ter qualidade de vida. Depois de ano,s pode dormir direito e se movimentar sem dores
Rosangela Garcia, de 62 anos, e moradora de Rio Verde, em Goiás, sofria com muitas dores no corpo, além da insônia. As atividades do dia a dia eram cada vez mais complicadas, dificultando a realização de sua profissão como diarista.
Com indicação médica, há três anos Rosângela usa o óleo de canabidiol e conta que ganhou qualidade de vida.
“A dor me atrapalhava em tudo. Hoje em dia, eu trabalho e não sinto mais as dores que eu sentia. Melhorou muito minha rotina, a minha vida. Como eu trabalho com tarefas domésticas, eu sentia muitas dores constantemente. Eu não aguentava nem movimentar meus braços para cima. Sentia muita dor no nervo ciático, mas, graças a Deus, estou muito bem. O CBD da NuNature me ajudou muito”, afirma Garcia.
Além das dores crônicas pelo corpo, a diarista conta que passava noites sem dormir. “Eu não dormia. Eu tinha insônia, muita dor nos braços, dor nas pernas, além do estresse. Hoje em dia, eu não sofro mais e estou mais calma. Para mim, foi ótimo.”
Resultados
Após o tratamento, Rosângela pôde voltar a trabalhar e ter uma vida normal. “Agora, faço coisas que antes eu não fazia. Eu me sinto muito bem e continuo tomando”, relata.
Segundo o Dr. Flavio Geraldes Alves, Presidente da APMC (Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide), o CBD ajuda na regulação do sono, relaxando o corpo e o cérebro.
“O canabidiol age nos receptores que ficam na região do hipotálamo. Essa região do nosso cérebro que controla o ciclo vigília e sono. Então, o tratamento melhora a qualidade do sono e promove o equilíbrio na qualidade de vida da pessoa, auxiliando tanto na indução do sono quanto na manutenção”, afirma o especialista.
O consultor médico da NuNature Labs também explica que o tratamento atua muito bem em patologias inflamatórias. “Tem um potencial analgésico e anti-inflamatório. Por isso, há uma excelente resposta no tratamento de dores crônicas, como é o caso da Rosângela”, ressalta.
https://cannalize.com.br/eu-nao-dormia-e-sentia-dores-horriveis-mas-o-cbd-me-deu-qualidade-de-vida-afirma-diarista/ ‘As pessoas precisam conhecer os benefícios do canabidiol’, diz paciente com fibromialgiaUm ano após fazer vários tratamentos controlados para tratar a fibromialgia, a professora de eduação física só obteve alívio com o CBD
Em 2022, Suellen Gonçalves, de (38), foi diagnosticada com Covid-19 pela segunda vez e ficou uma semana internada. A doença evoluiu e atingiu 75% dos pulmões, deixando várias sequelas neurológicas e físicas.
“A Covid-19 deixou várias sequelas neurológicas. Afetou minha memória, ansiedade, falta de atenção, alteração no sono e dores nas articulações”, afirma.
Meses depois, ela ainda recebeu o diagnóstico de fibromialgia, o que causava dores insuportáveis em várias partes do corpo.
Segundo a professora, a dor crônica dificultava a realização de tarefas simples do cotidiano, pois afetava todas as partes do meu corpo, principalmente o pescoço, ombros, cotovelos, punhos, mãos e dedos.”
Uso da cannabis como tratamento
Um ano após fazer vários tratamentos com medicamentos controlados, como acupuntura e fisioterapia, a educadora recebeu indicação médica para usar o óleo de canabidiol.
E parece que o produto da NuNature à base da planta foi um divisor de águas para ajudar nas dore crônicas, principalmente nos pontos de inflamações.
“Hoje me sinto mais disposta, sem problemas de insônia, ansiedade e com uma melhora significativa no meu humor”, comenta Suellen.
Após o tratamento com CBD, a professora pode retornar às atividades do dia a dia, como voltar a dar aulas e até a praticar exercícios físicos regularmente. “Percebi a redução
do estresse, uma melhora na qualidade do sono e melhora a autoestima”, celebra a profissional de educação física.
Outros benefícios
Suellen ainda conta que o tratamento não só ajudou no controle das dores como proporcionou uma sensação de tranquilidade, uma melhora significativa na concentração e foco.
“Sou imensamente feliz e digo que as pessoas precisam conhecer os benefícios do canabidiol e encontrar um alívio para tamanho desconforto com esse transtorno com dores generalizadas.”
Eficácia do tratamento para fibromialgia com CBD
De acordo com o Dr. Flavio Geraldes Alves, Presidente da Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide (APMC) e consultor médico da NuNature Labs, o canabidiol é um ótimo tratamento para os casos de fibromialgia e dores crônicas. “
O CBD atua muito bem nessas patologias inflamatórias. Ele tem um potencial analgésico e anti-inflamatório muito importante. Então, geralmente nesses casos costumamos ter boas respostas com o uso do do óleo”, explica o médico.
O especialista também afirma que já há vários estudos que comprovam a eficácia do canabidiol no tratamento da fibromialgia.
“Ele atua, para além da dor e da inflamação, diretamente em receptores da serotonina, sendo um potencial ansiolítico e antidepressivo, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes. Então, o tratamento com CBD é interessante porque, além de ser anti-inflamatório, ele atua na regulação da ansiedade, depressão e outros sintomas que podem ser desencadeados pelas dores crônicas”, afirma.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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As gomas estão cada vez mais presentes na vida dos adeptos à cannabis medicinal. Mas para o que elas realmente servem? Entenda
O acesso à cannabis tem crescido não só lá fora, mas aqui no Brasil também.
De acordo com os dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de 2021, mais de 40 mil pessoas importaram algum tipo de produto à base de cannabis.
Embora a maioria das importações seja de óleos feitos com a planta, cada vez mais pessoas têm comprado cremes, sprays, cápsulas e até gummies. Sim, estamos falando de balas de goma feitas de cannabis.
Inclusive, o próprio Mike Tyson virou manchete nos jornais depois que lançou gummies de CBD em formato de orelhas, em referência ao famoso episódio em o lutador mordeu a orelha de um adversário de luta há 25 anos.
Mas para que servem? Elas são medicinais?
Leia mais sobre isso: Mike Tyson lança gomas de maconha em formato de orelhas
Gummies de cannabis
Como tinturas, vaporizadores e tópicos, as gummies são apenas um tipo diferente de consumir a cannabis, seja como suplemento ou como remédio.
Elas são um tipo de comestível, por isso, demoram até duas horas para fazer efeito. Por outro lado, os seus efeitos são mais prolongados e duram até 12 horas.
Na maioria das vezes, elas têm gosto de frutas e podem ser facilmente confundidas com gummies de suplemento ou simplesmente doces.
A maioria das pessoas utiliza para dormir. Contudo, de acordo com o diretor médico da Cannect, Rafael Pessoa, esses produtos não são indicados para tratar determinadas condições médicas, mas são bastante usados em momentos específicos como:
Dosagem exata
Com no caso das cápsulas, cada gummy contém uma quantidade exata de CBD (Canabidiol),THC (Tetrahidrocanabinol) ou qualquer outro componente.
Por isso, ao invés de perder as contas ao pingar o óleo, muitos pacientes preferem usar as gummies, que são mais fáceis de serem administradas.
Por outro lado, Pessoa recomenda que isso seja feito apenas quando a dosagem certa for estabelecida com o médico.
Ao contrário de outros medicamentos, a cannabis leva um tempo até encontrar a concentração certa para cada paciente.
Consumidores seletivos
Outro ponto que pode influenciar a escolha do paciente pelas gummies é o seu paladar seletivo.
Pacientes com autismo e crianças, por exemplo, têm uma certa dificuldade em aceitar as gotas oleosas e amargas da cannabis.
Por isso, as gummies são uma opção mais “apetitosa” e mais fácil de ser dosada.
Leia também: Quais são os principais comestíveis de CBD disponíveis no mercado?
Quais as diferenças entre CBD e THC?
Os remédios de cannabis servem para restaurar a homeostase do organismo, ou seja, o equilíbrio das funções. É por isso que a planta ajuda em tantas condições diferentes.
Contudo, ao adquirir gummies de cannabis, é necessário entender que há porções com uma concentração maior de CBD e outras com mais THC. Estas, por sua vez, podem deixar as pessoas alteradas, dependendo da dosagem.
Embora ambos os compostos da cannabis ajudem em vários tipos de tratamento, o tetrahidrocanabinol é a molécula responsável pela famosa “brisa”, por isso é melhor ficar atento e seguir as recomendações de um médico.
Os efeitos colaterais podem ser os mesmos da famosa “bad trip”, como coração acelerado, angústia e confusão. Saiba mais sobre esse assunto aqui.
Já os efeitos colaterais do CBD se resumem a sonolência, náuseas e intestino solto.
Como comprar?
Antes de tudo, é importante ressaltar que qualquer produto derivado da cannabis precisa ser receitado por um médico, que vai orientar o melhor produto e a melhor forma de administração.
Se você já tem uma receita, é importante destacar que os comestíveis de cannabis ainda não são autorizados para a venda nas farmácias, portanto, precisam ser importados.
O custo varia de acordo com a concentração e a marca.
Consulte um profissional
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https://cannalize.com.br/gummies-de-cannabis-o-que-sao-para-que-servem-e-como-comprar/ Álcool: Posso beber no meu tratamento com CBD?Apesar de mais natural, fazer um tratamento com cannabis também precisa de algumas atenções. Uma delas é a interação com outras substâncias. Mas e o álcool?
Toda vez que um médico passa um tratamento à base de remédios, a primeira coisa que o paciente pergunta é: “posso beber”? Isso porque o álcool pode causar interação com diversas medicações.
E não é diferente quando falamos sobre cannabis medicinal. Por isso, será que a mistura do álcool com o tratamento com o Canabidiol (CBD) pode causar alguma reação?
Para quem é novo por aqui, o CBD é uma substância extraída da cannabis que serve de tratamento para uma série de condições médicas, como ansiedade, depressão, Parkinson e Alzheimer.
E não só ela, como uma porção de componentes presentes na planta, inclusive o THC (tetrahidrocanabinol), famoso componente que gera o “barato” da maconha.
Conversamos com o médico-cirurgião Rafael Pessoa que nos ajudou a entender melhor como funciona se é possível beber e fazer um tratamento com cannabis.
Competição pela metabolização
Os estudos até agora não foram suficientes para uma resposta clara. Por isso, o recomendável é que não misture.
O médico explica que tanto a cannabis quanto o álcool são metabolizados pelo fígado, mas como o órgão é um só, há uma competição de quem será metabolizado primeiro, o que prejudica ambos.
Leia também: Quanto custa o tratamento com cannabis medicinal?
A metabolização, nada mais é do que a absorção da substância pelo corpo e a sua eliminação. Uma vez que o corpo não metaboliza de forma correta, a substância permanece no organismo por mais tempo.
Consequentemente, beber álcool tomando CBD pode potencializar os efeitos colaterais, tanto de um quanto do outro. Como no caso do álcool, aumenta a ressaca e no caso do óleo de CBD, piora a diarreia, por exemplo.
Quais são as alternativas?
O médico-cirurgião acrescenta que uma das alternativas é conversar com o seu médico para deixar de utilizar o óleo em um dia eventual que quiser beber. Isso pode amenizar os possíveis efeitos colaterais de ambas as substâncias.
Por outro lado, há tratamentos contínuos que não podem ser interrompidos, o que faz a opinião do médico tão importante.
Se não pode misturar, como ficam as infusões e as tinturas?
Atualmente, há bebidas alcoólicas com infusão de cannabis que estão fazendo sucesso lá fora e aqui dentro, como cervejas, cachaças e até refrigerantes. E é possível infundir praticamente todo o tipo de bebida, como chá, café, leite, tequila, rum, licor, gin e cerveja.
Em países como o Reino Unido, a cannabis é vendida especificamente para a infusão em bebidas, principalmente para resolver a questão do gosto amargo do óleo, além de ser uma opção para pacientes que não querem recorrer ao fumo ou à vaporização.
Contudo, se for beber uma infusão de cannabis, saiba que não há para onde correr. Os efeitos colaterais tanto do CBD quanto do álcool correm o risco de ser potencializados.
Tinturas
Para fazer uma solução canábica líquida é importante utilizar algum tipo de solvente. Isso porque a cannabis é hidrofóbica, ou seja, é facilmente diluída em substâncias como gorduras, mas não é solúvel na água.
Por isso, ela geralmente é diluída em óleo ou até em álcool. Contudo, de acordo com Rafael Pessoa, o processo de fabricação com álcool é feito sem o etanol, o que muda totalmente a interação. “Isso pode ser observado no certificado de análise”, complementa.
Redução do álcool
Por outro lado, o uso do Canabidiol pode estar associado à redução do consumo de álcool. Pelo menos é o que dizem alguns estudos, como uma pesquisa recentemente publicada na revista Psychology of Addictive Behaviors.
Ela mostrou o benefício do Canabidiol na compulsão pelo álcool. Foram 120 voluntários divididos por grupos, que utilizaram a planta com mais CBD ou tetrahidrocanabinol (THC) e até a mistura dos dois.
Leia também: Cachaça de cannabis busca ampliar debate sobre a planta
Os dados que mostraram um consumo menor de bebidas alcoólicas por dia e uma efetiva redução ao longo do tempo foi do grupo de indivíduos que ingeriram concentrações maiores do canabidiol.
Em outra pesquisa desenvolvida por universidades do Colorado, foram analisados 96 voluntários que participavam de um programa de tratamento de abuso de álcool.
A utilização leve ou pesada da cannabis resultava em uma menor quantidade de álcool no dia em que era utilizada. A conclusão do estudo foi que a redução foi de aproximadamente 29%.
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https://cannalize.com.br/posso-beber-alcool-no-meu-tratamento-com-cbd/ O CBD demora quanto tempo para fazer efeito?O canabidiol é um extrato da cannabis que pode ser uma ótima solução para o tratamento de diversas condições. Mas você sabe quanto tempo o CBD leva para fazer efeito?
Se você perguntar para uma pessoa que usa óleo de canabidiol(CBD) quais os benefícios da cannabis, com certeza ela vai citar a rapidez dos efeitos.
Melhoras que a curto prazo, podem aparecer em questão de minutos e a longo prazo, podem ser vistas no dia seguinte, em alguns dias ou em alguns meses, mas sempre de maneira rápida. Principalmente quando comparado aos tratamentos convencionais.
Os efeitos positivos do canabinoides pode depender de uma série de fatores, como a concentração, a dose, a frequência e a forma em que o canabidiol é ingerido. Existem vários métodos de administração de CBD que vão desde comida, inalação e uso tópico.
No entanto, é preciso lembrar que cada organismo é único, então assim como vitaminas, alimentos e remédios, a administração da cannabis vai ocorrer de forma diferente para cada um.
Sistema Endocanabinoide
É importante ressaltar que o efeito do canabidiol no corpo se dá através do Sistema Endocanabinoide, presente em várias partes do organismo, como sistema nervoso e sistema imunológico.
Através de receptores, as células chamadas canabinoides ajudam a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções. A cannabis também possui canabinoides, que podem servir de reforço aos nossos.
O CBD possui vários efeitos positivos, como efeitos relaxantes, ansiolíticos anticonvulsiovos e neuroprotetores, por isso ela serve de ajuda para várias condições.
Leia mais: Por quanto tempo o CBD permanece no organismo?
Já os efeitos negativos, são os efeitos colaterais, que podem acontecer como em qualquer outro remédio. Mas não são muitos, se resumem em sonolência, alteração no apetite e até diarreia.
Absorção sublingual
Este método é o mais conhecido e o segundo mais rápido. Ele consiste em colocar o número de gotas prescritas pelos médicos embaixo da língua e deixá-las ali entre 60 a 90 segundos.
Assim, ele é absorvido pela membrana mucosa da boca, aquela parte mais mole que fica sobre a língua.
Você deve estar se perguntando o porquê não se deve engolir. A resposta é simples, o sistema digestivo e de metabolização do fígado podem acabar com muitos dos compostos ativos.
Ele demora até 30 minutos para fazer efeito.
O medicamento de CBD é feito com uma concentração certa, se o corpo não absorve, pode não resultar no efeito esperado.
Ingestão
Mas ao contrário do que se pensa, os produtos de canabidiol podem sim ser ingeridos.
Embora os efeitos apareçam de forma mais lenta, o óleo de CBD pode ser incluído em alimentos ou simplesmente engolindo diretamente as gotas.
Aqui, o processo de absorção do organismo vai ser mais demorado, de 30 minutos a uma hora, mais ou menos.
Embora possa ser ingerido com o estômago vazio, o mais recomendável é que a barriga esteja cheia, para que as enzimas não reduzam demais a potência do CBD durante a digestão.
A lista de comestíveis que envolvem CBD pode ser interminável, pois o canabidiol vai na salada, como azeite, na manteiga, chocolate e até em balas de goma.
Fizemos um artigo apenas sobre comestíveis para você explorar.
Há também a ingestão por cápsulas, como fazemos com vitaminas ou alguns medicamentos, onde passa direto pelo sistema digestivo até o fígado, quando é metabolizado.
Essa é uma boa solução para que a potência do CBD não seja muito comprometida.
Leia também: Principais dúvidas na hora de tomar CBD
Inalação
A maneira mais rápida de obter os efeitos do canabidiol é inalando. Seja através do fumo ou da vaporização, ele entra diretamente nas correntes sanguíneas, através dos pulmões.
Isso provoca uma resposta imediata no organismo, que pode gerar efeitos nos minutos seguintes ou até meia hora depois.
A parte ruim é que o método inalado também pode causar irritação no sistema respiratório. Tudo vai depender do organismo de cada um.
Também é a forma mais aceita pelo corpo. Cerca de quatro vezes mais absorvido que os demais métodos.
A chamada biodisponibilidade permite alcançar os efeitos esperados do canabidiol com uma quantidade muito menor da substância.
No entanto, este também é o método mais problemático. Por causa do Tetrahidrocanabinol (THC), o componente da cannabis que gera efeitos alucinógenos, vaporizar ou fumar CBD no Brasil ainda é um tabu.
Tópico
Os cremes, loções e pomadas de CBD não são novidades. O que talvez você não saiba, é que eles também podem ser úteis da mesma forma dos outros métodos para tratar alguma condição.
Embora os efeitos demorem mais para acontecer, eles também são mais duradouros.
Outro lado bom é que você pode aplicá-lo diretamente onde está a dor ou o problema. Eles são absorvidos pelas células que ficam próximas da pele muito antes de serem absorvidas pela corrente sanguínea.
Mas em todos os casos, os efeitos mais significativos, principalmente quando falamos de condições da mente, demoram algum dia para fazer efeito.
Como saber que o CBD está fazendo efeito?
Aqui é a parte mais fácil, embora os primeiros usos sejam sutis . Você pode se sentir mais relaxado, mais calmo e o fim das dores em questão de minutos, dependendo do método.
Se for para tratar convulsões, as crises podem ir diminuindo em questão de dias ou meses.
É importante lembrar também que a introdução da cannabis medicinal é feita de maneira gradual, devidamente orientada por um médico.
Se por acaso você não sentir efeito nenhum, isso pode ser um sinal para aumentar a dosagem. Se ainda persistir, talvez o canabinoide precisa ser mudado também, tudo vai depender da reação do corpo.
Contudo, lembre-se de consultar um médico antes de comprar ou utilizar alguma solução de CBD ou outro canabinoide. Isso vale para dosagens e o método de administração.
Ah, e não se preocupe! O Canabidiol não é psicoativo, então não terá um efeito rebote.
Quanto tempo demora o tratamento com canabidiol?
O tempo do tratamento com CBD pode variar de acordo com a condição tratada. Em patologias crônicas, por exemplo, o uso contínuo pode ser indeterminado.
Em problemas pontuais, como inflamações e dores, o tempo também vai variar de acordo com a resposta do organismo de cada um.
Assim como em vários tratamentos, a resposta deve ser avaliada por quatro semanas. Caso não haja uma melhora significativa, é importante voltar ao médico.
Leia também: Quanto custa o tratamento com cannabis medicinal?
As receitas de cannabis são de produtos controlados, por isso, só duram 30 dias. Então lembre-se de renová-las sempre que for comprar novamente.
É importante lembrar também também que para os remédios vendidos nas farmácias, é necessário ter uma receita azul ou amarela.
O tempo de duração de um frasco de canabdiol vai variar de acordo com a dosagem indicada pelo médico e o a quantidade de ml do frasco. Mas não se preocupe, o profissional irá calcular quantos produtos serão necessários para o seu tratamento.
Qual o melhor horário para tomar CBD?
Isso vai depender da condição tratada. Se estiver tomando o CBD para insônia, por exemplo, é importante utilizar antes de dormir.
Contudo, converse com o médico ou dentista, que irá te esclarecer quais os horários que você deverá utilizar os produtos da planta .
Mas é importante que os produtos de canabidiol sejam administrados sempre após comer.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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https://cannalize.com.br/o-cbd-demora-quanto-tempo-para-fazer-efeito/ CBN: O que é, Benefícios e EfeitosO CBN não é visto em tantas quantidades como o CBD e o THC na cannabis. Contudo, ainda assim, possui propriedades medicinais importantes
Se você já leu ou ouviu um pouco sobre as propriedades medicinais da cannabis, provavelmente já está familiarizado com os canabinoides mais populares, o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol).
Mas esses não são os únicos produzidos pela planta. Existem também canabinoides menores, como o CBG (canabigerol), o CBN (canabinol) e outros mais de 90 tipos, que servem para uma série de condições também.
Mas o que é o CBN na cananbis? Para que serve? O composto pode auxiliar em tratamentos de algumas doenças, desde infecções causadas por bactérias até inflamações graves.
Essas substâncias, encontradas especificamente em plantas cannabis, podem ser muito diferentes entre si, quando se trata de efeitos e benefícios medicinais. Então, se você quer conhecer melhor sobre como cada um pode afetar o corpo humano, o ideal é aprender sobre os diferentes canabinoides.
Quais os benefícios e efeitos do CBN?
O CBN é um composto que não causa intoxicação e nem os efeitos da maconha. Ele surge após o envelhecimento do THC na planta, quanto mais antiga, maior é a quantidade de CBN.
Embora isso possa ser um problema para alguns, outros procuram a cannabis mais envelhecida para aproveitar os efeitos do CBN.
Aqui estão alguns dos benefícios desse composto, que ainda estão sendo estudados. É importante destacar que as pesquisas atuais sobre esse canabinoide e seus efeitos no corpo humano, são poucas.
- Anti-bacteriano: estudos sobre o canabinol descobriram que pode ser um agente anti-bacteriano. Em ambientes de laboratório o canabinol
- foi testado sobre as cepas de MRSA (bactéria que se tornou resistente a vários antibióticos). Os Pesquisadores descobriram que esse canabinoide é um forte agente anti-bacteriano contra essas cepas resistentes. Talvez no futuro, veremos o CBN sendo usado para combater infecções bacterianas que nossos antibióticos comuns não conseguem.
- Neuroprotetor: O CBN também pode ser um poderoso neuroprotetor. Em um estudo com roedores, os pesquisadores usaram o canabinoide como um tratamento para o autismo e descobriram que era capaz de retardar o surgimento da doença. Embora os estudos em humanos ainda precisam ser feitos, isso sugere que o canabinol pode ser uma ferramenta poderosa na luta contra o autismo e outras condições neurodegenerativas.
- Estimulador do apetite: em estudos feitos em camundongos, esse composto gerou mais fome nos roedores, sugerindo que poderia ser um estimulante eficaz. Como alguns evitam o THC, por ter efeitos intoxicantes, o CBN poderia oferecer uma alternativa para aqueles que procuram aumentar o apetite.
- Glaucoma: Esse canabinoide também pode ajudar aqueles que sofrem com glaucoma. Um estudo realizado em roedores mostrou que esse composto reduz a pressão intra-ocular, o maior fator de risco para o glaucoma. Ainda assim, as pesquisas estão em estágio inicial e o canabinol ainda não demonstrou ser superior a outros medicamentos para glaucoma. São necessárias mais pesquisas para sabermos se os canabinoides podem ser eficientes a ponto de substituir outros tratamentos convencionais.
- Anti Inflamatório: O CBN também pode ser um agente anti-inflamatório capaz de ajudar aqueles que sofrem de artrite reumatoide (é uma doença autoimune, com causa ainda desconhecida). Em um estudo feito com roedores, o canabinol mostrou que pode reduzir artrites.
Quais são as diferenças entre o CBN e o CBD?
Apesar dos dois compostos serem produzidos pela mesma planta, possuem efeitos distintos. Enquanto o CBN é conhecido por seus efeitos “sedativos”, o CBD possui propriedades relaxantes.
O canabidiol também é conhecido por conter a fome de leve, enquanto o canabinol estimula a fome.
Enquanto o CBN é mais recomendado para glaucoma, o CBD é mais voltado para quem tem convulsão.
Equívocos sobre o CBN
Se você já leu sobre esse canabinoide antes, talvez tenha ficado surpreso ao não ver ”insônia” na lista sobre os benefícios medicinais acima. O canabinoide é frequentemente elogiado como um super sedativo, mas a sua reputação pode enganar.
Apesar de não existirem muitas pesquisas sobre os seus efeitos sedativos (ou a falta dele), um estudo feito em humanos analisou estes efeitos nos anos 1970. Embora essa descoberta tenha sido pequena, nenhum dos entrevistados relatou que o uso de CBN os fazia sentir sono.
Então por que muitos dizem que é sedativo?
Bem, existem duas possíveis razões, e ambas levam de volta a uma fonte: pessoas notaram que a cannabis mais velha (com alto nível de CBN) causou sono nelas e supunham que fosse o CBN.
Primeiro, pode ser que a cominação de CBN e THC seja o que realmente causa efeitos sedativos. Isso graças ao efeito entourage, que potencializa os efeitos combinados da cannabis.
Os pesquisadores ainda testaram o canabinoide isoladamente, alé do CBN com o THC e o THC isolado. Enquanto o THC causava sono sozinho, a combinação dos dois produzia níveis ainda mais altos de sonolência.
Portanto, talvez aqueles que usam cannabis com alto teor de CBN que também contém THC, tenham notado os efeitos sinergéticos e assumido que o efeito seja atribuído apenas ao canabinol.
Mas mesmo sem a conexão com THC, pode existir outros fatores que causam sedação na cannabis com CBN mais alto.
”O CBN puro não é particularmente sedativo.” explica o principal pesquisador e neurologista de cannabis, Dr. Ethan Russo em uma entrevista “mas normalmente é encontrado na cannabis envelhecida, em que os monoterpenos (encontrados em óleos essenciais) evaporam deixando os sesquiterpenos (terpenos da planta) oxigenados mais sedativos.”
Em outras palavras, a cannabis mais antiga, rica em CBN, também é rica em terpenos sedativos. Esses terpenos poderiam explicar os efeitos sedativos ao invés do canabinol.
Embora esse composto possa não ser sedativo por si só, é possível tirar vantagens de seus efeitos sinergéticos com o THC para induzir ao sono que procura.
Outro equívoco sobre esse canabinoide é que produtos com altos níveis do canabinoide serão sempre inebriantes. A
pesar de o CBN por si só não ser intoxicante ele pode realmente aumentar os efeitos eufóricos do THC. Se você está procurando por vantagens dos benefícios de CBN, o ideal é procurar usar produtos que não contém muito THC.
Como encontrar o CBN
Embora não seja abundante em plantas de cannabis frescas, ele geralmente pode ser encontrado em cannabis antigas que foram expostas a muito oxigênio.
O canabinol é conhecido por estar presente nas plantas mais velhas, no entanto, é mais encontrado em cannabis antiga que foram expostas a muito oxigênio.
Ainda assim, deixar a cannabis ao ar livre pode não ser a maneira mais eficiente de obter esse composto.
As marcas estão começando a oferecer produtos com canabinol isolado, geralmente em forma de tinturas ou comestíveis. Esses produtos puros em CBN é um ótimo caminho para testar se esse canabinoide é útil para o seu uso ou não.
Cada vez mais o composto é explorado pelos seus valores medicinais, o CBN tem o potencial de se tornar mais comum e aparecer em óleos, tinturas e cápsulas. E de fato, algumas pequenas empresas já estão avançando nos estudos de CBN.
Inicialmente, muitas cannabis contém menos de 1% de CBN, mas elas estão em outras cepas por aí com mais CBN do que outras.
Qualquer pessoa que queira desenvolver CBN através da cannabis antiga, deve procurar cultivadores conhecidos por possuir maior teor de canabinol, como Strawberry Haze, Jorge’s Diamonds, A-Dub, Amsterdam Flame, entre outros.
Alguns entusiastas de CBN tem notado que os efeitos sedativos dos canabinoides são mais forte quando consumidos com alimentos. Mas essa possibilidade ainda esta sendo estudada mais a fundo.
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Referências:
https://cannalize.com.br/cbn-o-que-e-beneficios-e-efeitos/ CBG (canabigerol): O que é e para que serve?Embora seja encontrado em menores quantidades, o CBG chama atenção por seu potencial terapêutico
Quando pensamos em cannabis, é comum que muitas pessoas pensem unicamente no CBD (canabidiol) e no THC (tetrahidrocanabinol). Contudo, a cannabis possui mais de 500 substâncias conhecidas e muitas delas possuem propriedades medicinais que podem auxiliar em diversas doenças.
Um componente menos conhecido chamado de CBG (canabigerol) é um deles. Embora não esteja presente em grandes quantidades na maioria das cepas, vale à pena entender os seus benefícios.
Em boa parte das incontáveis variedades da cannabis, o CBG é considerado um dos menores fitocanabinoides. Para produzir níveis mais altos, os criadores de cannabis (ou growers) estão experimentando manipulação genética e o cruzamento das plantas.
Sistema Endocanabinoide: o que é?
Para entender a relação entre o canabigerol e o corpo humano, também é importante compreender a existência do SEC (Sistema Endocanabinoide).
Este mecanismo está presente em todas as pessoas e é importante porque regula a homeostase, função natural que mantém o corpo em equilíbrio.
Em regiões com ferimentos, o Sistema Endocanabinoide pode ajudar a regular as células imunológicas para diminuir a inflamação.
O SEC trabalha através de moléculas chamadas canabinoides. Produzidas pelo próprio organismo, elas sinalizam a receptores do corpo que algo está errado e precisa ser regulado.
Felizmente também podemos obter canabinoides de plantas, como a cannabis. No organismo, eles podem agir de forma semelhante aos nossos. E é por iso que os produtos de cannabis são úteis para tantas condições diferentes.
Quais são os benefícios do CBG?
O canabinoide inibe a captação do ácido gama-aminobutírico (GABA), de maneira mais eficaz do que o THC ou o CBD. Esse ácido é o principal inibidor neurotransmissor do cérebro.
Isso explica o porque o CBG pode ser mais benéfico do que o canabidiol e o tetrahidrocanabinol para tratar a ansiedade, espasmo muscular, diminuir a dor crônica ou lesões esportivas, por exemplo.
Entre os potenciais benefícios do CBG estão suas funções analgésicas e anti-inflamatórias, que podem ser potencializadas quando combinadas com outros canabinoides, como o canabidiol.
Leia também: Óleo CBD full-spectrum: o que é, como é produzido e tipos de extração
Por ser considerado um componente anti-inflamatório, o CBG age de forma bem similar ao CBD. Uma das suas características é acelerar o processo de cicatrização e diminuição de ferimentos.
Além disso, estudos pré-clínicos sugerem que a substância pode reduzir a pressão intraocular e com isso, auxiliar pacientes com glaucoma.
O canabinoide inibe a captação do ácido gama-aminobutírico (GABA), de maneira mais eficaz do que o THC ou o CBD. Esse ácido é o principal inibidor neurotransmissor do cérebro.
Isso explica o porque o CBG pode ser mais benéfico do que o canabidiol e o tetrahidrocanabinol para tratar a ansiedade, espasmo muscular, diminuir a dor crônica ou lesões esportivas, por exemplo.
Outros benefícios
A ativação do receptor TRPV2 pode reduzir a dor, mas também regula os níveis de glicose (objetivo de controlar a diabete). Isso melhora a função celular do coração, reduz a atividade convulsiva e ajuda nossas células a lutar e destruir bactérias.
Da mesma maneira, o CBG bloqueia o receptor TRPV8. Portanto, semelhante ao mentol, diminui a sensibilidade ao frio e reduz a inflamação.
O composto impede a proliferação de queratinócitos (são células diferenciadas do tecido epitelial) quando usado através de cosméticos a base de cannabis, por exemplo, o canabidiol pode tratar de forma efetiva a psoríase.
Tratamento de epilepsia
De acordo com um estudo da Universidade de Sydney realizado em animais, o CBGA (ácido canabigerólico), a forma ácida do CBG, consegue ser mais eficaz que o canabidiol para tratar diferentes tipos de epilepsias.
O CBGA seria mais potente na redução da Síndrome de Dravet, por exemplo.
Leia também: Efeito Entourage: O que é, Como funciona e Benefícios
Por outro lado, em comparação ao CBGA, o CBD pode ser considerado mais versátil para o tratamento, pois seu efeito acaba sendo mais duradouro.
Saúde mental
Por fim, o canabigerol está na lista de canabinoides que são estudados para regular a saúde mental. Suas propriedades podem ajudar a produzir efeitos ansiolíticos, antidepressivos, antipsicóticos e pró-cognitivos.
Onde comprar o CBG?
Por ser um canabinoide menor, é mais comum que o CBG seja encontrado em produtos do Espectro Completo ou do Espectro Amplo, combinados com outros componentes e, respectivamente, com e sem THC.
Sendo assim, é possível encontrar estes produtos em farmácias, associações canábicas ou importando de empresas estrangeiras. Neste último exemplo, são encontradas mais opções de formas farmacêuticas e até mesmo o CBG isolado.
Contudo, antes de iniciar qualquer tratamento com cannabis, será necessário ter uma receita assinada por um profissional de saúde.
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https://cannalize.com.br/cbg-o-que-e-para-que-serve/ CBDa: O que é, seus efeitos e poder medicinalO CBDa é conhecido o como a substância percussora do CBD. Contudo, possui efeitos diferentes
Você provavelmente já ouviu falar sobre CBD (canabidiol) e THC (tetrahidrocanabinol), os canabinoides mais conhecidos. Mas o que talvez você não saiba, é que a origem deles está em um canabinoide percursor, conhecido como CBGA (ácido canabigerólico).
O CBGA, por sua vez, transforma-se em 3 formas principais de compostos de canabinoides:
- THCA (ácido tetra-hidrocanabinólico)
- CBCA (ácido canabichromenic)
- CBDA (ácido canabidiolico)
A escolha de qual será vai dependerem qual enzimas serão ativados.
Até aqui, são considerados “canabinoides crus”. Mas quando um processo químico chamado descarboxilação ocorre, ou seja, quando a planta de cannabis é exposta ao calor ou à luz solar, o CBDa se transforma em canabidiol.
Em outras palavras, esse composto é a forma bruta do CBD.
Atualmente, o CBDa pode ser encontrado em capsulas, tinturas ou tópicos. Muitas pessoas até consomem cannabis pura para ter uma dose diária de CBDa.
Mas o que o ácido canabidiolico faz por que é importante?
Sistema Endocanabinoide
Para entender a ação dessa substância, é necessário saber como ela funciona. No organismo, a cannabis funciona através de um sistema molecular chamado Sistema Endocanabinoide.
Presente em boa parte do corpo, ele ajuda a restaura a homoestase, ou seja, o equilíbrio das funções. Através de receptores, os chamados canabinoides, produzidos pelo próprio organismo, sinalizam que algo está errado e precisa ser regulado.
A cannabis também possui canabinoides, como o CBDa, que pode agir de forma semelhante aos canabinoides produzidos por nós.
Poder medicinal do CBDa
Enquanto a maioria dos canabinoides se ligam diretamente com os receptores chamados de CB1 ou CB2, o CBDa não funciona desse jeito. Em vez disso, interage com o Sistema Endocanabinoide através de inibição de enzima ciclo-oxigênase-2 (COX-2).
Enzimas COX-2 estão associadas com inflamações depois de uma infecção, então ao bloquear Enzimas COX-2, O CBDa pode aliviar inflamações associadas a dor.
Em um estudo com roedores, os cientistas descobriram que o composto pode afetar os níveis de serotonina, uma substância química produzida pelas células nervosas para ajudar na sinalização entre as células.
Serotonina é vital para os humanos, em funções essenciais, como habilidades motoras, sono, alimentação, digestão e emoções.
Vários estressores, incluindo radiação e quimioterapia, fazem com que o corpo libere o excesso de serotonina, causando náusea e vômito, por exemplo.
Enquanto o vômito geralmente pode ser controlado com medicamentos, a náusea é mais difícil de conter.
Leia também: CBN: O que é, Benefícios e Efeitos
Muitos pacientes com câncer dizem que a náusea causa mais sofrimento do que o vômito, porque a náusea é uma sensação contínua.
Alguns estudos têm mostrado que CBDa pode afetar a serotonina do corpo, através do uso de ácido canabigerólico como uma medicação para náusea/vômitos induzidos por quimioterapia e outras condições que causam a esses sintomas. Contudo, mais pesquisas são necessárias.
Pesquisa recente sobre CBDa
Os cientistas já estudam sobre esse compostos há um tempo.
Em 2008, um estudo mostrou o poder do ácido canabigerólico como um agente anti-inflamatório, pela sua qualidade de inibidor da COX-2.
A equipe de pesquisas comparou as estruturas moleculares do CBDa com medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) geralmente usados para tratar inflamações e descobriu que suas químicas são semelhantes, ambos são conhecidos por inibir o receptor COX-2.
Esse estudo inicial mostrou que o composto tem potencial, como um agente anti-inflamatório.
Do mesmo jeito que controla a náusea, o ácido canabigerólico também pode ser um poderoso anti convulsivo.
Os cientistas mostraram que esse composto tem 100 vezes mais afinidade com os receptores comparados com o CBD, um motivo é que o CBDa tem maior biodisponibilidade, então o corpo pode metabolizar o composto com menor esforço e em menos tempo.
Essa mesma afinidade do receptor significa que o ácido canabigerólico poderia talvez combater a depressão. Afinal, o canabinoide trabalha sobre os receptores na maioria do mesmo jeito que um medicamento anti-depressivo.
Ainda precisa de mais estudos
Até agora, a maioria dos estudos da CBDa são estudos não humanos pré-clínicos. Enquanto testes em humanos são necessários, algumas empresas de cannabis medicinal, como a GW Pharmaceuticals, estão abrindo o caminho.
A GW Pharmaceuticals fabrica um óleo canabidiol de grau farmacêutico chamado Epidiolex, o primeiro medicamento de prescrição derivado de cannabis que está em processo de aprovação pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA.
Leia também: Para que serve o CBD na cannabis?
Curiosamente, o FDA (agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), exigia que a empresa não apenas conduzisse pesquisas sobre CBD, mas também conduzisse pesquisas sobre o precursor CBDa, e as próprias pesquisas da GW mostram que o composto é um tratamento de convulsão ainda mais eficaz.
A empresa também registrou outras duas formas de uso médico do CBDa: uma para doenças inflamatórias da pele e outra para tratamento de câncer.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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Referências:
https://cannalize.com.br/o-que-e-cbda-e-quais-seus-efeitos/ Sistema Endocanabinoide: O que é e qual a influência da cannabisVocê já ouviu falar do Sistema Endocanabinoide? Ele foi descoberto a pouco tempo, mas sempre esteve presente no nosso corpo e tem uma relação muito importante com a planta cannabis.
De maneira geral, é o sistema de comunicação entre o cérebro e os processos do organismo. Ele permite a coordenação entre as células, o que equilibra vários processos cognitivos e fisiológicos. Como por exemplo:
- Fome;
- Humor;
- Inflamações;
- Memória;
- Estresse.
Esse sistema está por todo o nosso corpo e age de maneiras diferentes, mas o seu principal objetivo é regular e homeostase, ou seja, o equilíbrio das funções do organismo. Se uma pessoa está com dor, por exemplo, é ele que sinaliza que algo está errado.
Para que serve o Sistema Endocanabinoide?
Basicamente, ele funciona de maneiras diferente em cada região, e para isso, são necessárias três coisas:
Todas as outras funções do nosso corpo precisam controlar as suas células com bastante cautela para que elas funcionem normalmente.
Por isso, o sistema endocanabinoide se encontra em várias áreas, como nas membranas, no cérebro, e nos órgãos, regulando o comportamento de cada um.
Os endocanabinoides, também chamados de canabinoides endógenos são produzidos naturalmente pelo corpo humano, eles funcionam como um sinalizador que ajuda as outras funções a manter o equilíbrio.
Leia mais sobre isso: Canabinoides: o que são, efeitos e benefícios
Quando o nosso sistema imunológico precisa de uma febre para “fritar” algum vírus ou bactéria, por exemplo, é a sinalização dos endocanabinoides que faz o corpo voltar a temperatura normal.
Esse sistema trabalha em conjunto ao imunológico, assim acontece também em várias outras áreas.
Quando os receptores endocanabinoides são ativados, eles permitem uma série de reações fisiológicas, que influenciam em:
- Inflamações;
- Dores;
- Apetite;
- Pressão dos olhos;
- Sensações;
- Controles musculares;
- Temperatura corporal;
- Energia;
- Metabolismo.
Além disso, o trabalho desse sistema como regulador envolve:
- Reduzir inflamações;
- Relaxar a musculatura;
- Reduzir a pressão arterial;
- Dilatação dos brônquios;
- Normalizar o fluxo sanguíneo cerebral;
- Normalizar os nervos.
Novas perspectivas
O sistema endocanabinoide é encontrado em todos os répteis, anfíbios, aves, mamíferos e peixes, exceto insetos. O seu descobrimento, abriu caminho para um novo olhar dos problemas patológicos e traçou novas estratégias na maneira de tratá-los.
Ele está ligado em quase todos os campos da medicina, até mesmo na área reprodutiva, como explica o Dr. Mauro Maccarrone da Universidade de Teramo, Itália.
Ele elucida que os receptores canabinoides se proliferam na placenta e facilitam a relação entre mãe e filho. Uma falha no sistema pode levar até a um aborto espontâneo.
Quando um bebê nasce, por exemplo, ele recebe bastante endocanabinoides através do leite materno. Por isso, crianças que são amamentadas por mais tempo, ficam menos doentes.
Até mesmo a cólica infantil está relacionada a falta de endocanabinoides.
Problemas no sistema
Quando o nosso corpo falha ao produzir endocanabinoides por alguma razão, pode resultar no desenvolvimento de alguma doença, como fibromialgia, artrite reumatoide, inflamação gastrointestinal, alzeimer, câncer entre outras.
Essa deficiência também é conhecida como Síndrome de Deficiência Clínica de Endocanabinoide. Muitas pessoas nem sabem que sofrem da síndrome.
Quando o sistema não produz o mínimo necessário, a tendência é que os endocanabinoides do corpo se degradem, desencadeando os problemas mencionados acima.
Os endocanabinoides endógenos são responsáveis por regular a serotonina, por exemplo. Quando eles não estão trabalhando direito, os níveis do composto podem subir, o que ocasiona em enxaqueca, ou podem descer demais, o que é a causa da fibromialgia.
Sem nada para sinalizar qual o ponto certo, pode surgir uma infinidade de complicações.
A dependência dos canabinoides para auxiliar no equilíbrio é enorme. Através de experimentos, a Big Pharma provou que os compostos canabinoides podem alterar a progressão de doenças.
O estudo com camundongos alterou geneticamente alguns deles para não terem receptores CB propositalmente. Estes não mamavam e morriam prematuramente.
A relação com a cannabis
A descoberta do Sistema Endocanabinoide é relativamente recente, os primeiros receptores foram percebidos em 1994, logo depois da descoberta dos canabinoides.
O próprio Químico Raphael Mechoulam, considerado o “avô da cannabis”, quis entender como o THC (tetrahidrocanabinol) e o CBD (canabidiol) agiam no organismo e nas suas explorações encontrou uma rede dentro do próprio organismo.
Apesar do nosso corpo produzir endocanabinoides, o sistema pode receber suplementos de fora. Estes, por sua vez, podem ser encontrados em algumas plantas, como a cannabis.
Inclusive, o sistema endocanabinoide só foi descoberto, graças aos estudos de cannabis e a sua ação no corpo humano.
Não apenas na cannabis, mas também em uma variedade de plantas ricas em fitocanabinoides, também conhecidos como canabinoides exógenos.
Os fitocanabinoides, têm uma função parecida com a dos endocanabinoides.
Dentro do nosso organismo eles funcionam com um substituto, imitam a maneira de interagir com os receptores CB1 e CB2 e manter tudo em equilíbrio.
Os recetpores são uma espécie de sinalização que avisa quando algo está errado. Junto às enzimas metabólicas, responsáveis pelas reações químicas do organismo, eles garantem que os canabinoides sejam usados quando necessário.
Leia mais sobre isso: Receptores Canabinoides: O que é CB1 e CB2?
Já se perguntou por que a cannabis gera efeitos no nosso corpo? A planta tem pelo menos 85 tipos diferentes de fitocanabinoides, os dois mais importantes são o THC e o CBD.
Há estudos que mostram que a introdução de fitocanabinoides induz a produção de endocanabinoides e a criação de novos receptores pelo organismo.
Já nass plantas, a ação dos fitocanabinoides não está diretamente ligado ao crescimento e ao desenvolvimento das plantas, mas sim uma proteção contra pragas, doenças e radiações ultravioletas.
THC
Pesquisas mostram que o THC afeta o CB1 e o CB2 da mesma forma que os endocanabinoides agiriam.
Apesar dos efeitos psicoativos, ele pode ser um forte aliado na luta contra dores, crônicas, náuseas, asma, glaucoma e até contra o câncer.
CBD
O canabidiol não se relaciona com os receptores, mas pode agir como antagonista, agindo indiretamente e bloqueando algumas ações. Diferente do THC ele age fisiologicamente.
O CBD pode reduzir e prevenir náuseas, diabetes, inflamações, estresse pós-traumático, epilepsia, artrite reumatoide, doenças cardiovasculares, pode ajudar a inibir o crescimento de tumores e até servir como analgésico.
Como o canabidiol age no cérebro?
Quando ingerimos CBD, ele passa pela corrente sanguínea até chegar ao cérebro. Depois disso, eles interagem com os neurônios, que possuem receptores de canabinoides bem aguçados.
Se há falta de anandamida por exemplo, um neurotransmissor e considerado canabinoide endógeno que ajuda a acalmar e relaxar, o canabidiol pode funcionar como um reforço.
E a maconha?
Quando ela é consumida, libera um dos canabinoides mais conhecidos: o Tetrahidrocanabinol ou mais comumente chamado de THC.
É ele que dá a sensação de “barato” e faz com que o cérebro libere dopamina, o hormônio que dá a sensação de bem-estar. Ele é parecido com a anandamida, que regula o nosso humor, sono, memória e apetite.
É por isso que a pessoa que consome maconha fica “feliz”, sonolenta, não se lembra de muita coisa ou até com fome.
Uma coisa curiosa é que os efeitos são ambíguos, enquanto alguns sentem sonolência e diminuição da atividade motora, muitos tem uma reação contrária, sentirão euforia e intensificação dos movimentos.
Sempre vai depender do indivíduo e da quantidade que ele ingere.
No cérebro a maconha afeta também o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção do tempo, por um curto período em que o indivíduo está fumando.
Por isso, é muito importante que o indivíduo não dirija depois de consumir a maconha.
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https://cannalize.com.br/sistema-endocanabinoide-o-que-e-como-funciona/ THC: O que é, Efeitos, Riscos e Formas de ConsumoMuitas pessoas que já conhecem o mundo canábico, sabem que o THC ou tetrahidrocarbinol é o composto químico da planta cannabis responsável por efeitos eufóricos. Mas o que mais podemos saber sobre o principal componente psicoativo da cannabis?
Seja você novato no mundo da cannabis ou alguém já experiente sobre o assunto, mas que gostaria de saber um pouco mais sobre o mais famoso canabinoide, veio ao lugar certo.
Mas o que é um canabinoide?
Os canabinoides ou fitocanabinoides são compostos químicos encontrados em algumas plantas como a cannabis, que interagem com receptores no cérebro e no corpo, causando vários efeitos.
A planta cannabis tem centenas de compostos, boa parte deles são canabinoides. Além do Canabidiol (CBD) e do tetrahidrocarbinol (THC),que muitas pessoas já conhecem, outros canabinoides também ganharam destaques por suas propriedades medicinais.
Os canabinoides encontrados na planta têm diferentes propriedades e efeitos sobre o corpo humano, mas também algo em comum: Todos eles afetam as percepções de dores e a interação com o sistema límbico, que está relacionado a cognição, memória, ações psicomotoras e a vista mesolímbica, relacionada a sentimentos e reações gratificantes.
Separamos alguns para você conhecer. Caso algum da lista chame a sua atenção, eles estão disponíveis de forma detalhada:
O que é THC?
Desde a sua descoberta pelo pesquisador israelita Dr. Rapahel Mechoulam, na década de 1960, esse canabinoide é o um dos mais conhecidos.
O tetrahidrocanabinol, é o produto químico responsável pela maioria dos efeitos psicoativos da maconha. Ele age de forma muito semelhante aos produtos químicos produzidos naturalmente pelo corpo.
Além disso, é o componente mais comum na cannabis sativa e se conecta aos receptores de canabinoides concentrados no cérebro e o Sistema Nervoso central para produzir efeitos colaterais.
Os receptores estão concentrados em certas áreas do cérebro associadas ao pensamento, memória, prazer, coordenação e percepção do tempo. O THC se liga a esses receptores, que, quando ativados, afetam a memória, o prazer, os movimentos, o pensamento, a concentração, a coordenação e a percepção sensorial e temporal de uma pessoa.
Sistema Endocanabinoide
Como os seres humanos (e muitos animais) têm um sistema receptor vinculado ao tetrahidrocanabinol, podemos obter os benefícios desse canabinoide para saúde e prazer.
Isso porque o próprio organismo produz canabinoides, que são conhecidos como endocanabinoides ou canabinoides endógenos. Eles servem para equilibrar a maioria das funções do organismo.
Se uma pessoa está com febre, por exemplo, são os canabinoides que sinalizam que é preciso abaixar a temperatura.
Esse sistema é chamado de Sistema Endocanabinoide, um grupo de produtos químicos de sinalização especializada (chaves), dos seus receptores (fechaduras) e a enzima metabólica que os produzem.
Dessa forma, esses sinais químicos funcionam sobre algumas das mesmas células cerebrais e receptores (CB1 E CB2) que canabinoides vegetais, como o canabinol (CBD) e o tetraidrocanabinol (THC).
Qual é a função do tetrahidrocanabinol?
Esse fitocanabinoide tem uma variedade de efeitos a curto prazo que podem ou não ser experimentados dependendo da pessoa.
Por exemplo, enquanto alguns têm a experiência de calma e paz, outros podem notar um aumento em níveis de ansiedade.
A diferença pode ser tão simples quanto a química do próprio corpo, mas certas concentrações de THC também podem causar diferenças dependendo de como a pessoa se sente.
Se uma variedade de cannabis provoca sentimentos desagradáveis, outra pode levar a uma sensação de prazer.
O ideal é procurar informações necessárias para encontrar o que é o melhor para você. E como sempre é aconselhável começar aos poucos e ir devagar.
Além do mais, é importante lembrar que o efeito da cannabis pode durar por algumas horas, mas vai desaparecer.
Alguns efeitos curtos da substância incluem:
- Exaltação;
- Relaxamento;
- Sedação;
- Alivio na dor;
- Comprometimento da memória;
- Energia;
- Fome;
- Sonolência;
- Aumento de batimentos cardíacos;
- Boca seca;
- Olhos vermelhos;
- Percepção lenta;
- Risos;
- Tontura;
- Sensação de peso;
- Ansiedade.
O que é o THC na Maconha?
De maneira bem simples, a substância é a principal substância que gera os efeitos alucinógenos da maconha. Quando ele é aquecido, ele libera a substância que se conecta aos receptores do cérebro e do sistema nervoso central.
É por isso que ocorre a famosa larica, por exemplo. Estes mesmos receptores também controlam a fome e o apetite. Isso confunde o cérebro, ele não entende que já estamos satisfeitos e a fome vem mesmo quando se acaba de comer.
Outro fato interessante é que a presença do THC baixa a pressão arterial, que consequentemente, dilata os vasos sanguíneos. É por isso que os olhos ficam vermelhos depois de um cigarro de maconha.
Isso acontece porque a maconha gera um aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, que diminuem cinco a 10 minutos depois do fumo. Então, há uma redução da pressão e o fluxo sanguíneo aumenta, causando a vermelhidão.
Efeitos colaterais
No cérebro a maconha afeta o equilíbrio, a coordenação motora, a postura e a noção do tempo, por um curto período em que o indivíduo está fumando. Por isso, é muito importante que o indivíduo não dirija depois de consumir a maconha.
A maconha pode prejudicar também a memória, principalmente a de curto prazo. Efeito que acontece durante o uso, mas se a droga é consumida todos os dias, pode até reter informações.
Mas a memória pode voltar se ficar sem usar a substância em até sete dias, a maioria dos efeitos prejudiciais da maconha não são permanentes.
Outro efeito da maconha é a “falsa memória”. Um estudo realizado na Holanda pelo professor de psicofarmacologia Johannes Ramaekers, da Maastricht University, descobriu que pessoas que fumam maconha podem desenvolver ideias que pensem ser lembranças.
A suspeita é a ativação dos receptores no hipocampo, é como se fosse uma central da memória. O que pode produzir fragmentação do pensamento, desconexão de associações e aumento na distração.
Mesmo a maconha recreativa sendo diferente da maconha medicinal, ela gera efeitos colaterais como qualquer outro remédio, que podem variar de secura na boca, aumento do apetite, palpitações entre outros.
Quais são os riscos e os efeitos a longo prazo do THC?
Existem pequenas evidencias concretas que apoiam as teorias sobre os efeitos a longo prazo do composto.
Pesquisas continuam sendo feitas e ainda sem conclusões e, com o tempo algumas das teorias prevalecem e podem ser confirmadas ou podem ser descartadas por completo.
Atualmente pesquisas sobre os efeitos de longa duração do composto sugerem que o fitocanabinioide pode causar alterações anatômicas no cérebro.
Em um estudo de 2015 da Universidade de Cambridge, nos Estados Unidos, pesquisadores descobriram uma ligação entre o alto consumo frequente de THC as alterações anatômicas em uma região do cérebro chamado de corpo caloso, que conecta os dois hemisférios cerebrais.
Usando dados de participantes que relataram seu uso de maconha, os pesquisadores descobriram que consumidores diários da substância apresentam diferenças no corpo caloso comparado com consumidores que usam ocasionalmente e aqueles que nunca consumiram.
Contudo, as diferenças anatômicas entre consumidores frequentes de cannabis com alto nível de THC e outros grupos não puderam ser associada a psicose.
- Memória: Um estudo de março de 2016, sugeriu uma diminuição na função cognitiva verbal durante um longo período de consumo consistente de cannabis. A cada 5 anos de uso, os participantes perdiam a memória de uma palavra em uma lista de 15 palavras.
Mas esse estudo teve pequenas amostras de usuários de cannabis a longo prazo. Então é difícil saber quais as conclusões sobre isso.
- Psicose: Se alguém já tem predisposição para o desenvolvimento da psicose, a substância pode ser ruim, apenas uma preocupação para aqueles sujeitos a condições psicóticas, como esquizofrenia e outros transtornos. Pesquisas descobriram que os sintomas podem se desenvolver em até três anos mais cedo com o uso de cannabis.
- Tolerância: O corpo naturalmente constrói uma tolerância ao canabinoide. A desvantagem disso é que será necessário um aumento o nível de consumo para alcançar os efeitos desejados.
Leia também: É possível desenvolver tolerância à maconha?
A seguir estão algumas coisas que você não deve se preocupar, com base em pesquisas.
- Câncer: Não há nenhuma evidência consistente que defende o aumento no risco do câncer com o consumo de THC. Contudo, o fumo deve ser evitado, pois, inalar fumaça pode ser arriscado para a saúde.
- Overdose: Nunca houve um documentado sobre o risco de cannabis em caso de overdose. Seria praticamente impossível uma overdose fatal.
Quais os efeitos medicinais?
Existem uma variedade de condições que esse composto pode oferecer como benefícios, entre elas são:
- TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático);
- Dor neuropática e cronica;
- insônia;
- Náuseas;
- Inflamação;
- Artrite;
- Enxaqueca;
- Câncer;
- Fibromialgia;
- Alzheimer;
- Esclerose múltipla;
- Glaucoma;
- TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade);
- Queda do apetite.
Muitas pesquisas com a cannabis ainda permanecem em estágios iniciais e outras já estão consolidadas. Mas é provável que conforme essas pesquisas continuem ganhando força, além do avanço da legalização, nosso entendimento de como o THC e outros canabinoides pode ser utilizado para o tratamento dessas e outras condições iram expandir.
No Brasil, os remédios e produtos feitos com a planta só podem ser vendidos através de receitas azuis, do tipo B.
Preço, importação e como comprar
O plantio da cannabis, mesmo para fins medicinais, ainda é proibido no Brasil, de acordo com a Lei de Drogas 11.343 de 2006. Salvo por decisões judiciais.
Por isso, o preço é bastante salgado. Mesmo se produzido no Brasil, a matéria prima precisa vir de fora. Para se ter ideia, o único óleo brasileiro custa cerca de dois salários mínimos.
Através da Resolução 327/19, que entrou em vigor em 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou que as farmácias vendessem o óleo com receita médica. Contudo, o produto precisa ser aprovado. Até agora, a agência já autorizou a venda de 11 óleos feitos com a planta.
Muitos ainda preferem importar. O preço varia de acordo com a concentração, tipo de produto e até a marca, com preços que variam de R$200,00 a R$3 mil.
Porém o processo não é tão simples. É necessário pedir uma autorização da Anvisa, que precisa ser renovada a cada dois anos. Além de receita e laudo médico. Entenda mais sobre isso aqui.
O número de adeptos á terapia canábica só aumenta. De acordo com a Associação Brasileira de Indústria de Cannabis (BRCann), mais de 33 mil pessoas passaram a utilizar cannabis medicinal desde o começo da pandemia de COVID-19. Um aumento de 492%.
Contudo, o número de prescritores ainda é baixo. Para saber mais sobre prescrição médica ou se é possível tratar a sua condição com a cannabis, fale com os nossos parceiros por aqui.
Quais as diferentes formas de consumir o THC?
Existem inúmeras formas para consumir o THC, a mais comum e óbvia tem sido através do fumo. A chamada Descarboxilação (acontece no aquecimento) e é a chave para desfrutar o componente.
Com tanto a ser dito sobre o canabinoide, as informações a cima pode agir como um salto para uma mente, e conforme as pesquisas crescem e expandem, obviamente haverá muito mais para aprender e entender.
Na sua forma bruta a cannabis não é intoxicante sendo o seu canabinoide primário o THCA. Contudo, através do calor, ao acender um cigarro de maconha ou até mesmo cozinhá-lo em óleo, o canabinoide é convertido na substância.
Existem muitos jeitos diferentes de apreciá-lo.
O cigarro de maconha é a forma mais comum. No entanto, o fumo é uma combustão, onde a fumaça vai direto para os pulmões. O problema é uma fumaça densa, que contém fuligem e resíduos de papel.
As altas temperaturas do cigarro também podem trazer outras desvantagens na garganta, como laringite e faringite.
- Vaporização Já os Vaporizadores são a escolha lógica para os consumidores que querem ter um equilíbrio entre a experiência e a saúde. São uma forma mais saudável de utilizar a maconha, que apesar dos efeitos positivos pode prejudicar algumas funções do organismo. Os famosos vapes nada mais são que a inalação da substância também. O segredo, aqui, é que a cannabis não entra em combustão, mas é cozida. Isto elimina até 95% da fumaça produzida.
- Chá. Assim como no chá de camomila o chá de maconha tem o efeito relaxante e calmante. No entanto, como o composto não é solúvel, é necessário acrescentar algum tipo de gordura, como manteiga.
- Na comida. Outra maneira de se consumir a cannabis, e que tem se tornado popular, principalmente para pessoas com dores crônicas, é adicioná-la na comida. Muitos fazem manteiga de maconha para acrescentar em qualquer receita. Em alguns países, já há chocolates, pirulitos cookies e até pipoca de maconha.
- Extrato. Este tipo de consumo é mais usado para tratamento, ele consiste na retirada das substâncias medicinais e é usado oralmente, colocando gotas de baixo da língua ou acrescentando na comida.
- Vaporizando. Este método é para aqueles que já consumiam os cigarros de maconha, mas agora estão mais conscientes. O segredo, aqui é que a cannabis não entra em combustão, mas é cozida. Isto elimina até 95% da fumaça produzida.
- Uso tópico. Acredite ou não, mas também é possível fazer pomada com maconha. Ela é geralmente usada para tratar queimaduras, dores musculares, inflamações de atletas e até no tratamento de câncer. Diferente dos outros métodos, este não causa efeitos alucinógenos, apesar de ser rico em THC.
- Suco. Como se fosse uma bebida detox, o suco de maconha é para aqueles mais preocupados com a saúde, pois é possível aproveitar de todos os seus benefícios terapêuticos sem se preocupar com os níveis da substância, pois, este só é liberado quando aquecido.
Quais as diferenças entre o THC e o CBD
A diferença entre esses dois fitocanabinodies está na forma como eles se conectam com os receptores canabinoides presentes em nossos corpos chamados de CB1 e CB2 e os como reagem e afetam o corpo ao se conectarem com esses receptores localizados em nosso Sistema Endocanabinoide.
Para facilitar, é como se cada um desses canabinoides fossem direcionados para cada receptor. Pense nisso como um plugue elétrico conectado a uma tomada na parede.
O tetrahidrocanabinol pode se conectar perfeitamente com os receptores CB1, causando um efeito de euforia mais conhecido como o famoso “barato” da cannabis.
Já o CBD ou canabidiol se conecta aos receptores CB2. Diferente do THC, ele causa efeitos mais relaxantes, por esse motivo na maioria é usado como um anti-inflamatório para alívio de sintomas de diversas doenças.
Diferente do que muitas pessoas acreditam, o CBD não é intoxicante, ao contrário do componente que na maioria deve ser usado em dosagem controlada com no máximo 0,3% do fitocanabinoide.
Existem outros fatores que diferem esses canabinoides como:
- O CBD não é uma substância controlada, o THC é;
- O CBD não vai deixar você chapado, o tetrahidrocanabinol, se for usado excessivamente sim;
- Eles têm diferentes arranjos atômicos;
- O CBD é mais abundante no cânhamo, já a susbstância psicoativa está em outras formas de cannabis;
- O CBD derivado do cânhamo é legal na maioria dos países, o THC apenas em quantidades mínimas.
Algumas pessoas têm equivocadamente rotulado o componente como um “Canabinoide mau” e o CBD como um ” Canabinoide bom”, o que não é verdade. Pois apesar de ter efeitos mais fortes do que o canabidiol, quando usado de forma controlada e de acordo com a necessidade, a substância pode sim ser benéfico.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Referencias
https://cannalize.com.br/thc-o-que-e-efeitos-riscos-e-formas-de-consumo/ CBD (Canabidiol): O que é, Efeitos, Benefícios e Consumo – Guia CompletoA Cannabis é uma planta que possui cerca de 500 compostos químicos, dos quais, pelo menos, 140 são canabinoides como o canabidiol. Mas por que se fala tanto no CBD?
Além do uso em cosméticos e em suplementos alimentares, o CBD (Canabidiol) ficou muito conhecido por auxiliar no tratamento de epilepsia, Parkinson, Dores Crônicas e outras doenças, agindo de forma terapêutica.
Durante o artigo, iremos entender para que serve o canabidiol, os efeitos causados pelo ativo, como e onde comprar o componente e possíveis benefícios medicinais.
O que é CBD (canabidiol)?
A planta cannabis divide-se em cannabis sativa, cannabis ruderalis e cannabis indica. Estas plantas contêm vários tipos de compostos químicos, como o componente, que é categorizado no grupo dos chamados canabinoides.
A molécula é um dos canabinoides mais conhecidos encontrado na cannabis. Ele chega a representar mais de 40% dos extratos da planta. Ele está mais presente na cannabis sativa, mais especificamente na subespécie chamada cânhamo.
Mas qual é a brisa da substância? Diferente do principal canabinoide psicoativo da maconha responsável pelo “barato”, o tetraidrocanabinol (THC), o canabidiol não produz euforia, mas é capaz de suavizar os efeitos alucinógenos do THC e manter a função terapêutica e medicinal.
Dessa forma, o CBD é uma substância que pode gerar efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e muito mais. Por isso, têm ganhado um espaço bem significativo na mídia, debates, consultórios médicos e laboratórios.
Ele pode ser encontrado junto com outros canaboniodes e substâncias da planta, ou também sozinho.
Todos os tipos de canabidiol
Um extrato de CBD pode ser isolado, com outros canabinoides e até com outros componentes da planta. Um exemplo é o full-spectrum.
Full-Spectrum
Também conhecido como extrato da planta inteira, ele pode ser extraído da planta cannabis de forma natural, através da prensa quente, prensa fria, máquina de CO2, álcool cereal ou até através do butano.
Contudo, ele também contém tudo que há na planta, como terpenos e flavonoides e ácidos, tudo o que tem valor terapêutico próprio e ajuda a criar o que conhecemos como efeito entourage.
Quando extraído de forma natural, o canabidiol ainda mantém traços de THC, que pode variar dependendo da plantação e termos legais de cada região.
Um fator que não muda é que é impossível isolar de forma natural o CBD do THC. Mas é exatamente esse fator que proporciona ações conjuntas, que por muitas vezes, os tornam mais eficazes que separados.
CBD Broad Spectrum
O broad-spectrum é praticamente igual ao Full-spectrum, a única diferença é que o THC é removido.
Normalmente os extratos de broad-spectrum são fabricados de maneira semelhante ao full-spectrum, mas com uma etapa adicional. Existem alguns processos diferentes que são usados para produzir o broad-spectrum.
Um deles é começar com o isolado e depois ir adicionando outros canabinoides benéficos (menos o THC), terpenos e flavonoides.
Outro jeito de produzi-lo é através de um processo exclusivo que de remove o THC do full-spectrum. Ao Remover quantidades do canabinoide (como os 0.3% permitidos), restará um produto que pode ser usado sem medo por qualquer pessoa sem ter efeitos intoxicantes em seu sistema.
Canabidiol Isolado
O CBD isolado é 99% puro. Durante o seu processo de extração, tudo que é encontrado na planta cannabis deve ser removido incluindo quaisquer vestígios de THC, terpenos, ceras, óleos, clorofila e todos os outros. O que deve sobrar é o composto puro e nada mais.
No entanto, esse processo só é possível em laboratório.
Um famoso estudo publicado na Frontiers avaliou o tratamento em pacientes que utilizam o full spectrum e o isolado .
Para os pacientes que utilizaram o óleo de Cannabis puro (full spectrum), a dose relatada para lidar com o tratamento é 4 vezes menor ao puro.
Ou seja, o extrato da planta inteira tem o mesmo efeito do CBD puro, mas requer doses muito menores para exercer estes efeitos, o que acaba também diminuindo os possíveis efeitos colaterais.
Canabinoide Sintético
Os canabinoides sintéticos são produtos químicos feitos pelo homem, que são borrifados em matéria vegetal seca e picada, para em seguida serem, fumadas ou vendidas como líquidos.
O composto sintetizado é um desafio para os pesquisadores e entusiastas. Até o momento, todos os testes feitos com o canabidiol artificial manipulado em laboratório passou longe de atingir os mesmos resultados do CBD full spectrum num mesmo intervalo de tempo.
Também conhecidos como incenso de ervas ou líquido, esses produtos químicos são chamados de canabinoides porque são semelhantes aos produtos encontrados na planta.
Há até um medicamento feito com canabinoide sintético no mercado, o Dronabinol. Também conhecido como Marinol, trata-se de uma versão sintética do tetraidrocanabinol feito em laboratório para substituir o canabinoide natural encontrado na planta cannabis.
Para que serve?
O componente, seja da forma mais tradicional em gotas ou não, pode auxiliar e muito no tratamento de diversas doenças. Ele age de forma sincrônica com receptores do nosso organismos e dessa forma, pode agir no combate a dor e inflamações, nos problemas de saúde mental e neurológicos.
Também podemos associar o uso do canabidiol na função de contrapor alguns efeitos do THC. O composto, quando extraído de forma natural, contém traços de THC, e isso é extremamente importante para o uso do medicamento, já que a combinação desses canabinoides potencializam seus próprios efeitos terapêuticos.
Por isso, têm função complementar e potencializadora quando age juntamente com outros ativos da Cannabis.
Quais são os efeitos no corpo humano?
O CBD é um canabinoide da planta Cannabis que se parece muito com endocanabinoides produzidos pelo corpo naturalmente. E é exatamente nesse sistema interno que os canabinoides interagem com o organismo.
Existem algumas considerações sobre o fato de algumas doenças e sintomas ruins afetarem o Sistema Endocanabinoide.
Dessa forma, quando canabinoides interagem com receptores do nosso corpo, produzem efeitos capazes de suavizar dores e gerar sensações de auxílio no tratamento de doenças.
O THC é uma das substâncias que possuem afinidade com os receptores CB1 e CB2 e os ativa. Por exemplo, o efeito de “barato” acontece por causa da ativação do CB1 pelo THC.
Já o Canabidiol possui pouca afinidade com os receptores canabinoides do cérebro, mas é um antagonista deles.
Isso quer dizer que, quando ele se liga aos receptores, ocupa o espaço sem ativá-los, reduzindo efeitos do THC e podendo agir de forma terapêutica contra dores, distúrbios mentais e inflamações.
Qual a sua interação com o Sistema Endocanabinoide?
A molécula interage com o corpo através do Sistema Endocanabinoide,um sistema sinalizador que é responsável por regular uma variedade de funções.
O sistema endocanabinoide é constituído por dois receptores canabinoides: tipo 1 (CB1) e tipo 2 (CB2).
O sistema conta com alguns receptores espalhados por todo o organismo e que está envolvido em alguns processos fisiológicos, como o controle de:
- Dores;
- Apetite;
- Humor;
- Memória;
- Resposta imunológica;
- Sono.
A composição química do canabinoide é semelhante ao endocanabinoide produzido naturalmente em nosso corpo.
É através do nosso sistema que recebemos os efeitos das substâncias, tanto os terapêuticos, quanto os psicoativos.
Portanto, é através dos canabinoides endógenos que estão relacionados com ações anti-inflamatória e inibitória das convulsões epiléticas. São eles:
- anandamida (N-araquidonoitenolamina)
- 2-araquidonoiglicerol.
Estes endocanabinoides ligam-se e ativam os receptores CB1 e CB2. Eles funcionam com uma defesa natural do organismo, regulando nosso organismo e sendo produzidos pelo próprio organismo de forma natural.
Receptores Canabinoides
Os receptores canabinoides CB1 são interligados junto à proteína G, uma das mais abundantes no cérebro.
Estes receptores estão acoplados nas pré-sinapses do sistema nervoso central e periférico. São responsáveis por sensações de bem-estar, memória, concentração, percepção sensorial e temporal e pela coordenação de movimentos.
Os recetores canabinoides CB2 estão nas células imunitárias e nos tecidos periféricos.
Os CB2 estão relacionados com ações anti-inflamatória e imunossupressora e são responsáveis por direcionar a libertação de vários neurotransmissores.
Os canabinoides produzidos internamente e o canabinoides dos quais podemos fazer uso são capazes de se ligarem aos receptores do nosso corpo.
Quando os ativos se ligam aos receptores, esses canabinoides são capazes de produzir uma vasta gama de efeitos fisiológicos, podendo afetar desde pressão do sangue até resposta à dor, memória e apetite.
CBD x THC: quais são as diferenças?
- O canabidiol não é psicoativo
Por ter uma afinidade baixa com nossos receptores CB1 e CB2, o componente não apresenta comportamento psicoativo.
Ele não provoca efeitos alucinógenos e ainda carrega potencial em reduzir o efeito psicoativo do THC. Além disso, o compsto não vicia.
- O THC é psicoativo
O THC é o canabinoide mais conhecido quando se pensa em consumo recreativo de maconha. Ele é responsável pelo efeito alucinógeno causado ao consumir a maconha.
Este efeito acontece quando associamos o uso da maconha ativando através do THC os receptores CB1 do nosso corpo..
- O CBD é encontrado de forma abundante na planta de Cânhamo
A composição do cânhamo têm como canabinoide predominante o composto, tornando-se fonte ideal do canabidiol.
Por definição, a concentração de THC no cânhamo não passa de 0,3%.
- O THC é encontrado de forma abundante na planta Cannabis
O THC é abundante na maconha, enquanto o cânhamo tem muito mais CBD do que THC.
A maconha é geralmente cultivada com o objetivo de maximizar sua concentração de THC. Ela é manipulada com o objetivo específico de aumentar a concentração de THC e produzir efeitos psicoativos mais fortes.
A concentração de THC na maconha apresenta o mínimo de 3%, porém a média hoje é cerca de 12% de THC.
Outras considerações
Além disso, podemos considerar que a ação dos componentes nos endocanabinoides são distintas.
Na prática, o receptor CB1 é encontrado principalmente nos neurônios e células gliais em várias partes do cérebro. Já o receptor CB2, é encontrado principalmente no sistema imune.
Enquanto os efeitos eufóricos do THC são causados pela sua ativação dos receptores CB1, o CBD tem uma afinidade muito baixa com esses receptores (até 100 vezes menos que o THC) e quando se liga a eles produz pouco ou nenhum efeito.
Existem algumas evidências de que o canabidiol age em outros sistemas de sinalização cerebral, e que isso pode ser fator relevante para seus efeitos terapêuticos.
Efeito Entourage
Dentre os componentes químicos presentes na Cannabis, conhecemos alguns grupos , tais como os:
- Canabinoides: como por exemplo o THC e canabidiol;
- Terpenos: responsáveis pelo cheiro característico da planta;
- Flavonoides, responsáveis pelo sabor característico e coloração.
É exatamente a combinação desses componentes agindo no corpo humano que produz um efeito conhecido como efeito entourage.
Também conhecido como efeito comitiva, é um termo original de um pesquisador Israelense chamado Simmom Ben-Shabat. Ele traduz um fenômeno que ocorre no sistema endocanabinoide, a ação de diferentes “ligantes” em conjunto.
O termo é de origem francesa, e em português poderia ser traduzido como “comitiva”.
O efeito que acontece quando existe o consumo dos químicos em conjunto, como uma comitiva, é muito mais eficaz do que se isolarmos um ou dois desses ativos e usarmos numa fórmula. É o famoso “juntos somos mais fortes”.
O termo “efeito entourage” foi usado para descrever uma interação positiva que ocorre na fisiologia do organismo entre o endocanabinoide “2-AG” e derivados dessa molécula.
Essa interação pode potencializar os efeitos do endocanabinoide 2-AG em seu receptor, aumentando os efeitos sedativos e analgésicos..
É por isso que os pacientes costumam preferir consumir a forma natural da cannabis para uso terapêutico.
Quais os benefícios do canabidiol
1.Efeito neuroprotetor do CBD (anticonvulsivantes)
A molécula ganhou relevância nos estudos médicos e discussões na mídia e laboratórios por sua eficácia na redução de convulsões causadas por epilepsia refratária.
O compsto é estudado como um potencial neuroprotetor, protegendo células nervosas de se funcionarem fora do ritmo adequado.
O processo de “exercício” dessas células deve ocorrer naturalmente e de forma moderada, mas é exatamente esse exercício celular em excesso que ocorre na epilepsia, causando os espasmos e convulsões.
Um estudo publicado no New England Journal of Medicine descobriu que fazer a ingestão de canabidiol cortava drasticamente a frequência de convulsões na maioria dos pacientes
O THC também possuem efeito neuroprotetor e esse fator é crucial no tratamento da epilepsia, já que quando utilizado em conjunto com o componente em sua forma natural produz o efeito entourage que falamos a pouco e aumenta a eficácia do tratamento.
Todos esses efeitos causados pelo composto também podem auxiliar da mesma forma no tratamento de doenças como o Alzheimer, AVC, Parkinson e Esclerose múltipla.
2.Efeito anti-inflamatório
O CBD tem propriedades anti-inflamatórias, demonstrando potencial para o tratamento de diversas doenças inflamatórias.
Um artigo publicado pelo colunista Graham Averill na revista “Outside” tem como título “ Why athletes are ditching ibuprofen for CBD”, ou seja, “Por que os atletas estão trocando o anti-inflamatótio ibuprofeno pela cannabis”.
Neste artigo, Graham relata experiências de muitos ciclistas e triatletas que têm optado pelo uso do componente ao invés do anti-inflamatório para o tratamento de dores musculares.
Esse efeito foi observado tanto com o compsto isolado como em sua forma totalmente natural. Porém, quando foi comparado a eficácia entre as duas formas, concluiu-se que a cepa de cannabis rica em canabidiol é um anti-inflamatório superior ao isolado.
A inflamação crônica é um ponto comum entre muitas doenças, como câncer, diabetes, doenças autoimunes, problemas digestivos e problemas hormonais. Como um anti-inflamatório natural, o componente pode ajudar a aliviar e combater a inflamação crônica.
3.Efeito analgésico
Aqui temos um fator curioso. O THC é o canabidiol famoso por gerar o efeito analgésico e o CBD, quando de forma isolada, não capaz de possuir efeitos analgésicos.
Porém, quando utilizado em conjunto com o THC, o componente é capaz de potencializar os efeitos do THC no combate a dor.
O canabidiol e o THC em conjunto são mais eficazes do que o THC isolado no tratamento da dor. Aqui voltamos a ver evidências do efeito entourage.
Na prática, os ativos aumentam a capacidade do usuário em tolerar a dor, servindo de grande valia inclusive para pessoas que precisam passar pela quimioterapia, diagnosticados com fibromialgia, entre outros tratamentos.
4.Efeito anti-psicótico do CBD
A maconha é famosa por produzir efeitos psicóticos. Além disso, sabemos que a maconha é totalmente contraindicada para pessoas que têm predisposição à Síndrome do Pânico, distúrbios mentais e risco de psicose.
Isso ocorre porque a maconha possui um canabinoide chamado THC, responsável por causar esses efeitos alucinógenos.
Quando olhamos de forma isolada, a substância não produz efeitos alucinógenos e psicoativos.
Esses efeitos alucinógenos são causados pelo THC, enquanto o canabidiol pode até reduzir esses efeitos. Por isso, já existem casos de pacientes com sintomas psicóticos sendo tratados com cannabis.
Por isso, é imprescindível a prescrição de um médico que irá dosar os traços de THC e o uso do composto da forma correta. Dessa forma, estimula-se o efeito entourage e controla-se o consumo do THC.
5.Efeito anti-tumoral
Existem estudos que demonstram a eficácia do CBD em produzir efeitos de redução de tumores, diminuição do crescimento tumoral e inibição da metástase em animais e células.
Em países onde a cannabis é mais abrangente, os canabinoides já são usados para tratamentos para dor, náusea e aumento do apetite em pacientes com câncer e em tratamento de quimioterapia.
As terapias com o composto podem complementar o tratamento do câncer. O canabidiol pode ajudar as pessoas com câncer por estimular o apetite, aliviar a dor e aliviar náuseas.
Esses efeitos podem ocorrer devido aos efeitos antioxidante e anti-inflamatório.
Porém, estudos realizados tanto com THC como CBD mostram resultados divergentes. Há pesquisas que apontam os canabinoides como supressores dos tumores, outros apontam que a ação anti-inflamatória bloqueia o sistema de resposta do corpo ao câncer.
Dessa forma, o mais correto seria aguardar por novas evidências científicas e consultar um médico ao considerar usar o composto no tratamento de doenças tumorais.
6.Efeito ansiolítico do CBD
Respostas corporais, como a frequência cardíaca, que indicam estresse e ansiedade, podem ser reduzidos com o uso do canabidiol de forma terapêutica.
Por isso, em alguns ensaios clínicos, o componente reduziu a ansiedade em pacientes com ansiedade social. Esses efeitos parecem ser mediados por alterações na sinalização do receptor 1A de serotonina.
Existe um estudo bem completo sobre a relação entre a molécula e ansiedade. Nele, foram analisados pessoas que têm medo de falar em público, e que se sentiam menos ansiosas e desconfortáveis sobre a fobia depois de tomar cannabis.
Quem pode usar o Canabidiol?
Trata-se de um tratamento natural com poucos efeitos colaterais. Segundo o cirurgião Rafael Pessoa, não há contra indicações ao CBD em específico.
Contudo, o THC é outra história. Pessoas ansiosas ou com hipertensão, por exemplo, precisam ter atenção na hora de utilizar o Tetrahidrocanabinol.
Na dúvida, é melhor buscar a orientação de um médico antes de usar.
O CBD é extraído do cânhamo ou da cannabis?
É importante entender a diferença entre o cânhamo e maconha. As duas são plantas do mesmo gênero, a planta cannabis Sativa. Logo, a substância por ser extraída tanto da Cannabis, quanto do Cânhamo.
O cânhamo é cultivado por suas sementes, fibras e caule. O cultivo da planta garante que a planta não terá galhos e também quase não há flores. Isso ocorre porque o foco do crescimento é apenas o tronco para obtenção de fibras.
A maconha é cultivada principalmente para a produção de THC, ativo mais famoso da Cannabis por causa de suas propriedades alucinógenas.
A maconha contém altos níveis de THC e o cânhamo praticamente não apresenta THC em sua composição (no máximo, 0,3%).
Em contrapartida, o Cânhamo contém alto teor de canabidiol, fazendo com que tenha a partir dela a extração para o uso da cannabis de forma medicinal
Para ser um produto legalizado, o CBD precisa vir de uma fonte com menos de 0,3% de THC, segundo a orientação internacional da UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).
Como consumir?
O composto é comumente encontrado na forma de óleo com conta gotas ou como líquido para ser usado em dispositivos vaporizadores. É desta forma que os pacientes costumam usar de forma medicinal.
Porém, ele também pode ser encontrado em sprays, suplementos, cápsulas, tinturas, cosméticos, cremes, alimentos e muitos outros para variados fins.
1. Óleo de CBD: As gotas do óleo devem ser aplicadas embaixo da língua para uma rápida absorção na dose recomendada pelo médico. Este é o método mais prático;
2. Vaporizador: Através do vaporizador, o calor ajuda a ativar os canabinoides, que ao ser inalado, rapidamente atinge a corrente sanguínea. Esta forma não prejudica o pulmão;
3. Comprimido: Existe a possibilidade de transformar em comprimido ou cápsulas em laboratório. Sendo assim, para esses casos, o consumo é feito igual como o de qualquer outro remédio e os seus efeitos são um pouco mais lentos;
4. Fumo: Esse é o método mais rápido em seus efeitos pois a substância vai direto para a corrente sanguínea através dos pulmões. Algumas pesquisas apontam que a maneira ideal de usar é fumando um cigarro feito com misturas de componentes da Cannabis dosados em laboratório, evitando o THC. O problema é a queima de materiais e a inalação da fumaça que acaba sendo prejudicial à saúde pulmonar.
O uso do canabidiol é permitido no Brasil?
Sim, pode tomar CBD no Brasil. Porém, o componente é classificado como um produto de uso controlado, ou seja, a autorização da importação do medicamento está condicionada a uma prescrição médica.
O cultivo da planta Cannabis sativa é considerado ilegal no Brasil. Contudo, o uso medicinal é permitido através das resoluções que permitem a importação e a compra nas farmácias.
Algumas ONGs são autorizadas a produzir o óleo de cannabis no Brasil. Isso deixa o produto mais barato e acessível, mas ainda é bem limitado e burocrático.
Como e onde comprar o CBD no Brasil
Existem quatro formas de conseguir cannabis no Brasil de forma legal:
1. Importação Excepcional
Apenas pessoas com laudos e receitas médicas podem comprar o medicamento. O paciente precisa solicitar a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uma autorização excepcional através de um formulário.
A ANVISA disponibiliza uma área em seu site exclusiva para importação do CBD, com um cadastro para pessoas físicas. O cadastro exige diversos documentos e informações, como:
-
Receita médica;
-
Laudo médico;
-
Declaração de responsabilidade.
Depois que o cadastro é aprovado, a importação pode ser realizada importando a quantidade total de uma vez só ou fracionado.
A importação pode ser feita por remessa expressa, registro do licenciamento de Importação ou por bagagem acompanhada. Para todos os casos, é sempre necessário apresentar a receita médica e a autorização da ANVISA.
Essa autorização de importação dura um ano e pode ser renovada sempre que necessário.
No Brasil, também já existem ONG’s (organizações não governamentais) que conseguiram na justiça o direito de produção de medicamentos a base de canabidiol e também a venda do óleo.
2. Programa de Acessos
Existem programas de acesso que tornam o componente disponível para o paciente antes de sua autorização e lançamento comercial no país.
Em alguns casos, também existem programas destinados a conectar pessoas necessitadas sem condições de obter o medicamento com empresas capazes de doar e patrocinar o medicamento para o paciente necessitado.
Alguns opções via programas de acesso:
- a) Acesso Compassivo;
- b) Acesso Named Patient;
- c) Acesso expandido.
3. Compra de medicamentos registrados
A terceira forma de conseguir comprar cannabis medicinal no Brasil é através de medicamentos registrados.
Existem dois medicamentos registrados e legalizados no Brasil. São eles:
- Mevatyl: o medicamento é um spray de uso oral composto por THC e CBD. Indicado para tratar os sintomas de pacientes adultos que apresentam espasmos de moderados a graves, por causa da esclerose múltipla, o mevatyl é o primeiro medicamento a base da cannabis liberado para o comércio em farmácias no Brasil.
- Epidiolex: o medicamento é uma formulação farmacêutica prescrita da substância derivada de plantas de maconha altamente purificada para o tratamento de convulsões associadas à síndrome de Lennox-Gastaut ou à síndrome de Dravet.
4. Farmácias
No final de 2019 a Anvisa aprovou uma resolução que permitiu a venda de produtos à base de cannabis nas drogarias. A RDC 327 autorizou a compra de produtos derivados da planta apenas com receita médica.
Contudo, para vender, as empresas também precisam de uma autorização da agência. Até agora, quase vinte produtos foram aprovados, e a expectativa é que esse número aumente.
Quanto custa o canabidiol?
O preço varia de R$200,00 a R$3.000,00. Tudo vai depender da concentração do óleo e da condição tratada.
Se for importado, é necessário considerar também o valor do frete, que não custa menos de R$100,00
Contraindicações do CBD
Não é recomendado consumir como terapia médica sem a aprovação de um médico, já que o canabinoide pode gerar:
- Queda de pressão;
- Tontura;
- Sonolência;
- Boca seca;
- Inibição do metabolismo.
Por isso, é necessário seguir orientações médicas de dosagem exata para fazer uso do medicamento. Se ainda tiver dúvidas, clique aqui.
Além disso, os remédios são de forma geral contraindicados para:
- Pessoas com hipersensibilidade a canabinoides ou a qualquer um dos excipientes da formulação do medicamento;
- Com qualquer histórico pessoal ou familiar de esquizofrenia ou de outra doença psicótica; histórico de transtorno de personalidade grave ou outros transtornos psiquiátricos graves;
- Mulheres grávidas sem orientação médica.
Conclusão
O Canabidiol é uma substância que não reproduz os efeitos colaterais da maconha (sua planta de origem de extração).
Estudos sugerem que o CBD pode ajudar pacientes de diversas doenças através da sua potencial ação terapêutica e efeito entourage quando combinado com traços de THC e produzir efeitos analgésicos, anti-inflamatórios, e auxiliar no tratamento de doenças como fibromialgia e epilepsia refratária, reduzindo os episódios de convulsão.
Com a prescrição de qualquer médico, já é possível usar o canabidiol e o THC desde março de 2016. O número de pacientes cadastrados para importação de canabidiol triplicou de lá pra cá.
Porém, apesar de conseguirmos consumir de forma medicinal no Brasil, pudemos ver durante o artigo que os processos e legislação para seu uso é muito burocrático.
Consulte um profissional
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.