A pesquisa mostrou uma diminuição da compra de remédios para a ansiedade. Contudo, os resultados variam de estado para estado
Mais acesso à cannabis reduz uso de ansiolíticos, diz estudo
De acordo com uma nova pesquisa publicada no periódico JAMA Network Open, em estados onde tanto a cannabis medicinal quanto a recreativa são legais, menos pacientes estão preenchendo receitas para medicamentos usados para tratar ansiedade.
Os pesquisadores queriam entender como as leis de cannabis e as aberturas de dispensários afetaram a taxa em que os pacientes preenchem as prescrições de medicamentos para ansiedade entre pessoas que têm seguro médico privado.
O estudo incluiu:
Os barbitúricos, também foram inclusos. Tratam-se de sedativos– às vezes chamados de “drogas Z” – usados para tratar insônia. Embora não tenha sido estimado nenhum impacto de política para nenhum desses tipos de medicamentos.
Foram encontradas evidências consistentes de que o aumento do acesso à maconha está associado a reduções nos preenchimentos de prescrições de benzodiazepínicos.
A redução foi percebida sobre os chamados “Preenchimentos”, que se referem ao número de prescrições sendo retiradas pelos pacientes, em vez do número de prescrições que os médicos escrevem.
Isso se baseia no cálculo da taxa de pacientes individuais que preencheram uma prescrição em um estado, a média de dias de suprimento por preenchimento de prescrição e a média de preenchimentos de prescrição por paciente.
Notavelmente, foi descoberto que nem todas as políticas estaduais levaram a mudanças semelhantes nos padrões de preenchimento de receitas.
Em 2021, quase 23% da população adulta dos EUA relatou ter um transtorno de saúde mental diagnosticável. No entanto, apenas 65,4% desses indivíduos relataram ter recebido tratamento no ano passado.
Essa falta de tratamento pode agravar os transtornos de saúde mental atuais, levando ao aumento do risco de condições crônicas adicionais.
O acesso à cannabis se mostrou uma alternativa à medicação tradicional prescrita, que pode fornecer acesso mais fácil para alguns pacientes.
Muitas leis médicas estaduais permitem que pacientes com transtornos de saúde mental, como TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), usem cannabis medicinal, enquanto as leis recreativas expandem o acesso a todos os adultos.
Descobertas que têm implicações importantes para sistemas de seguros, prescritores, formuladores de políticas e pacientes.
O uso de benzodiazepínicos, assim como o uso de opioides, pode ser perigoso para os pacientes, especialmente quando as duas classes de medicamentos são usadas juntas.
Dado o alto nível de intoxicações por opioides que também envolvem benzodiazepínicos — em 2020, eles representaram 14% do total de mortes por overdose de opioides — as descobertas oferecem insights sobre a possível substituição de medicamentos com maconha onde o uso indevido é plausível.
Por outro lado, a pesquisa não esclarece se as mudanças nos padrões de dispensação levaram a melhoras mensuráveis nos resultados dos pacientes.
Há algumas evidências de que a cannabis atue como um tratamento eficaz para ansiedade. Dessa forma, afastar-se do uso de benzodiazepínicos – que está associado a efeitos colaterais negativos significativos – em direção ao uso da planta, pode melhorar os resultados do paciente.
O estudo também encontrou evidências de um leve aumento na dispensação de antipsicóticos e antidepressivos. Mas ainda não está claro se o acesso à cannabis, particularmente o acesso recreativo, aumenta as taxas de transtornos psicóticos e depressão.
Há muita variação nos detalhes das leis estaduais sobre maconha, e é possível que alguns desses detalhes estejam levando a essas diferenças significativas nos resultados.
Essa diferença nos resultados de estado para estado é uma descoberta importante para formuladores de políticas que podem querer adaptar suas leis a objetivos específicos.
Com informações do portal The Conversation
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Redação
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