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A ideia é entender o potencial econômico da planta no país e os passos até lá
Na próxima quarta-feira (11) parlamentares, empresários, representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do governo federal vão debater o potencial econômico da cannabis.
O encontro, que acontecerá em Brasília, é promovido pelo Instituto Ficus e vai discutir os avanços legislativos necessários para permitir o cultivo da commodity em solo brasileiro.
Além de destacar o setor como ferramenta de desenvolvimento econômico, socioambiental e de arrecadação de impostos.
Junto com o seu baixo feito de cânhamo, o integrante da banda Natiruts e presidente da Associação Brasileira de Cannabis o Cânhamo Industrial, Luis Maurício, estará presente para mostrar as possibilidades do uso da fibra produzida com a planta.
Otimismo
Outros encontros para falar sobre a possibilidade de uma regulamentação sobre a cannabis também tem acontecido nos últimos tempos.
No final do mês passado, o Ministério da Agricultura também se reuniu com alguns órgãos importantes para debater o cultivo de cannabis no Brasil.
Até mesmo o STJ (Superior Tribunal de Justiça), já sinalizou que irá retormar um julgamento para permitir o cultivo de cannabis para fins industriais.
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https://cannalize.com.br/governo-e-parlamentares-irao-discutir-o-cultivo-de-cannabis/ Volkswagen vai substituir couro sintético por cânhamoA ideia é trocar o tecido dos carros por uma opção mais sustentável. A produção em larga escala será feita a partir de 2028
Recentemente, a marca de carros Volkswagen anunciou que fez um acordo de cooperação com a Revoltech GmbH para substituir o couro sintético pelo uso de tecidos feitos de cânhamo, subespécie da cannabis sativa.
O material desenvolvido, chamado LOVR, é vegano e segundo a empresa, totalmente reciclável após o fim da sua vida útil. Ainda pode ser desenvolvido a partir de resíduos que seriam descartados.
De acordo com a marca, a iniciativa é uma forma de trazer mais sustentabilidade para o mundo automotivo. “O uso sustentável de recursos é um ponto chave em nossa estratégia de crescimento e é bastante ancorada aos nossos princípios e ações”, declarou Andreas Walingen, diretor de estratégia da Volkswagen.
A produção em larga escala para a substituição do couro sintético começará a partir de 2028.
Carro feito de cânhamo
Mas essa não é a primeira vez que uma marca leva a derivação da cannabis para a indústria automotiva.
Em 1941 Henry Ford resolveu fazer um carro com a carroceria inteiramente de fibras de cânhamo. Há até uma foto lendária do empresário batendo no carro para provar a sua resistência.
O óleo da variação de cannabis sativa também serviu como combustível por um certo tempo, nos Estados Unidos. Ford, conhecido como “pai do carro moderno”, havia batizado o combustível de “hempoline”.
Leia também: 11 curiosidades históricas que você não sabia sobre a cannabis
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https://cannalize.com.br/volkswagen-vai-substituir-couro-sintetico-por-canhamo/ 4 formas que a cannabis pode ajudar o planetaA cannabis tem várias vantagens que podem ser úteis para contribuir na recuperação do meio ambiente. Veja quatro delas
Em meio às mudanças climáticas drásticas que acontecem no Brasil e no mundo, a cannabis pode ter um papel fundamental para ajudar a diminuir os estragos. Além de proporcionar matéria-prima para a fabricação de uma série de coisas.
Trata-se especificamente do cânhamo, derivação da cannabis com pouco ou nenhum teor de THC (terahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha. As suas fibras podem ser utilizadas no lugar do plástico, do tecido e outros tipos de materiais.
Mas o seu benefício no meio ambiente também é grande. Tanto que a planta é até cultivada em Chernobyl para limpar o solo.
Mas como ela pode fazer isso? Selecionamos quatro formas que a cannabis pode ajudar o planeta.
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Sequestro de carbono
Nos últimos anos, pesquisadores perceberam que o cânhamo é um importante conservador de dióxido de carbono (CO2). Mais até que florestas inteiras.
Isso quer dizer que a planta pode ajudar o meio ambiente, pois o carbono é um dos principais gases do efeito estufa.
Segundo Darshil Shah, pesquisador sênior do Centro de Inovação de Material Natural na escola de Cambridge, Inglaterra, plantações de cânhamo podem absorver até 15 toneladas de carbono por hectare, o dobro das florestas.
Atualmente, o conglomerado de empresas no Uruguai, já possuem até um certificado internacional, que valida o cultivo de cânhamo como carbono positivo.
O Projeto da Hemp Hub Paraguay, é tornar o país uma nação neutra de carbono até 2025. Ou seja, a quantidade de emissão de CO2 não será maior e nem menor do que ela é capaz de absorver.
2. Matéria Prima sustentável
Como dito anteriormente, a planta também pode servir de matéria- prima sustentável. Do ponto de vista industrial, as fibras do cânhamo podem ser utilizadas na produção de têxteis, materiais de construção civil, bioplásticos, biocombustível, estruturas de carros e muito mais.
Sem contar que os produtos derivados da cannabis também são biodegradáveis, o que pode ser uma alternativa sustentável para o plástico, por exemplo.
Ou então, para a confecção de tecidos. Hoje em dia, há até marcas de roupas que afirmam que suas peças podem ser “enterradas”, pois serão absorvidas pelo solo.
3. Menos consumo de água
O cultivo de cânhamo por si só também tem as suas vantagens. Além de absorver CO², ainda consome menos água que outras formas de cultivo. Cerca de 1 kg de cânhamo, por exemplo, utiliza 2,9 mil litros de água.
Para se ter uma ideia, são quase quatro vezes menos água que o consumo de uma plantação de algodão.
4. Cultivo sustentável
Mas os benefícios do cultivo do cânhamo não param por aí. A planta também exige pouco ou nenhum pesticida, fungicida ou herbicida, o que também reduz a carga de químicos na natureza.
Sem contar que a planta também pode melhorar a saúde do solo. Lembra que falamos que o cânhamo é usado para recuperar o solo de Chernobyl?
De acordo com algumas pesquisas da Dalhousie University, no Canadá, o plantio ainda contribui para melhorar a estrutura e a fertilidade do solo, o que ainda ajuda a prevenir erosão e estimula a retenção de nutrientes.
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https://cannalize.com.br/4-formas-que-a-cannabis-pode-ajudar-o-planeta/ Luís Mauricio do Natiruts estreia baixo feito de cânhamoPrimeiro instrumento do mundo feito das fibras de cânhamo também estará presente nos shows do próximo fim de semana no Allianz Parque
No último sábado (24), o baixista e fundador do Natiruts, Luís Mauricio, estreou no show de São Paulo o primeiro baixo do mundo feito das fibras do cânhamo, variedade da planta cannabis usada para fins industriais.
O músico escolheu a cidade para a apresentação do instrumento a fim de usar toda a visibilidade do espetáculo, afinal serão cerca de 200 mil fãs no total dos quatro dias de shows no Allianz Parque, com ingressos esgotados. Os próximos acontecem nos dias 30 e 31 de setembro.
A turnê de despedida do Natiruts segue ao longo do ano em diversas cidades e tem previsão de terminar em Brasília, cidade-natal da banda, na qual Luis pretende encerrar este ciclo presenteando autoridades do governo com o instrumento.
Ativismo
O seu movimento visa levantar a pauta sobre a legalização do plantio da cannabis no Brasil, que além de ser matéria-prima de medicamentos à base de CBD (canabidiol), é usada para fabricação de roupas, instrumentos e até materiais de construção com apelo sustentável.
“Precisamos mostrar ao governo, ao presidente, à Anvisa, que o país está desperdiçando uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico enquanto não regularmos a produção dessa matéria-prima no Brasil. Hoje, tenho uma visão muito ampla da força que essa planta tem na saúde, indústria e questão social. Às vezes, as pessoas falam assim: ‘Ah! Você está lutando por uma coisa de maconheiro, doidão. Não, o assunto é sério! Eu estou falando de saúde, de economia, de reparação social e educação”, declara Luís Maurício.
Luís atua em paralelo à carreira musical como Presidente da Associação Brasileira da Cannabis e Cânhamo Industrial (ABCCI).
O seu intuito é promover o uso responsável e legal da planta no Brasil, para levar à população e, principalmente às esferas governamentais, a importância do uso, acesso e investimento na produção da cannabis no país.
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https://cannalize.com.br/natiruts-canhamo-cannabis-baixo/ Ministério da agricultura discute sobre o cultivo de cannabisSó na agroindústria, a capacidade para a produção é de cerca de 50 mil itens, produzidos através das fibras da planta
Ontem (22), o ministro do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), Carlos Fávaro e a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade da pasta, Ana Paula Porfírio, re reuniram com o coordenador da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso), o desembargador Marcos Machado, para falar sobre o cultivo de cannabis.
A reunião aconteceu para falar sobre os aspectos da regulamentação do cultivo da planta no Brasil. De acordo com uma estimativa da Abicann (Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis), o país deixa de movimentar U$30 bilhões por ano por falta de regulamentação.
Número que soma quase R$170 bilhões de reais.
Leia também: Estatal do Ministério da Agricultura quer cultivar cânhamo
“Precisamos de um Mapa contemporâneo, atento às necessidades dos produtores e às oportunidades de mercado, mas sobretudo que permita o desenvolvimento do país, oportunizando renda e acesso a produtos para os brasileiros e brasileiras”, explicou o ministro.
Potência brasileira
Durante a reunião, foram discutidos os impactos no sistema produtivo brasileiro a partir de modelos bem sucedidos em outros países.
Só na agroindústria, por exemplo, a capacidade para a produção é de cerca de 50 mil itens, produzidos através das fibras da planta. Isso sem contar com o uso medicinal.
Em apenas um hectare,é possível cultivar aproximadamente 560 mil plantas e produzir até 10 toneladas de fibras internas. Além de 4 toneladas de fibras longas e mais 1,6 tonelada de sementes.
E para o uso medicinal, é possível colher 800 quilos de flores por hectare.
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https://cannalize.com.br/ministerio-da-agricultura-discute-sobre-o-cultivo-de-cannabis/ Cânhamo: um Whey mais saudável?As sementes de cânhamo possuem uma alta concentração de proteínas, vitaminas e minerais, o que pode ser um concorrente ao Whey
O consumo do Whey Protein é cada vez mais popular no Brasil. Usado para aumentar a massa muscular, o suplemento derivado do soro do leite é considerado uma fonte completa de proteína.
Contudo, há um alimento ainda mais saudável e efetivo para os músculos: o cânhamo. Trata-se de uma variação da cannabis sativa com baixo ou nenhum teor de THC (Tetrahidrocanabinol), substância que causa o famoso “barato” da maconha.
Mas para entender se vale ou não a troca, é preciso entender melhor como funciona o Whey Protein.
O que é Whey e quais as vantagens?
O suplemento é uma proteína extraída do soro do leite, composto por alfa-globulina e betaglobulina. Também possui todos os aminoácidos necessários para o corpo construir e reparar tecidos musculares, como leucina, isoleucina e valina.
Por isso, é tão recomendado para pessoas que querem aumentar os músculos. Proteínas que também podem ajudar na força e na potência muscular.
Leia também: Tudo sobre o cânhamo: o que é, para que serve, usos medicinais, alimentícios e industriais
O produto também pode ser consumido por intolerantes à lactose. Há versões de Whey isoladas que retiram gorduras, carboidratos e até lactose e representam até 90% da proteína pura.
Por outro lado, é sempre necessário consultar um nutricionista ou um nutrólogo antes de começar a utilizar o suplemento. Isso porque o consumo deve ser feito com uma dieta equilibrada e jamais deve substituir refeições.
Benefícios e malefícios
O Whey Protein também pode ser um ótimo aliado para a recuperação muscular causado por exercícios intensos. O produto ainda aumenta a saciedade e reduz a fome, o que ajuda na perda de peso.
Nutrientes como a imunoglobulinas e a lactoferrina presentes no suplemento também podem fortalecer o sistema imunológico. Sem contar que o Whey ainda é uma fonte de cálcio para a saúde óssea.
Por outro lado, o uso excessivo pode causar efeitos colaterais indesejáveis, como aumento de peso e problemas gastrointestinais. O consumo a mais ainda pode sobrecarregar os órgãos,aumentando a chance do desenvolvimento de cálculo renal.
O uso além da quantidade necessária para no organismo também pode resultar em:
- Acne;
- Náuseas;
- Cansaço;
- Sensação de boca seca;
- Dor de cabeça.
A interação medicamentosa ainda pode ser um problema. O uso contínuo de algumas medicações como antibióticos, remédios para Parkinson ou outros tipos de remédios, devem levar uma atenção maior na hora de consumir.
Pessoas com baixa tolerância ao açúcar do leite também podem ter uma boa quantidade de problemas digestivos, como diarreia, cólica, gases e indigestão. Nestes casos, é recomendado os produtos isolados, como falamos acima.
Cânhamo como alternativa
O uso da cannabis tem crescido de forma considerável no país. Os chamados canabinoides, substâncias produzidas pela cannabis, como o CBD (canabidiol), são uma opção para o tratamento de várias condições médicas, como ansiedade, insônia e até epilepsia.
Mas para além das doenças, a cannabis também é considerada um superalimento. Não é à toa que os produtos derivados da planta são classificados como um suplemento alimentar em países como Estados Unidos e Canadá.
Leia mais: Benefícios das sementes de cânhamo
As sementes de cannabis, mais especificamente do cânhamo, têm chamado a atenção dos profissionais de nutrição por serem ricas em nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo como um todo.
Para se ter uma ideia, a planta possui:
- Ácidos graxos essenciais (ômega 3 e 6);
- Macronutriente proteína;
- Vitamina E;
- Vitaminas do complexo B (B1, B3, B5);
- Minerais (fósforo, magnésio, manganês, ferro, potássio e zinco).
O cânhamo para ajudar a aumentar a massa muscular
O cânhamo concorre com o Whey no quesito ganho de massa muscular, porque é rico em proteínas de alta qualidade. As suas sementes são uma das melhores fontes de proteína vegetal e ficam atrás apenas da soja.
O cânhamo possui a riqueza de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), fornecendo todos os aminoácidos essenciais. O que ainda, pode ser uma opção perfeita para pessoas que são vegetarianas e veganas, pois complementam a dieta.
Cerca de quatro colheres de sementes de cânhamo contêm:
- 240 calorias;
- 1 grama de gordura total;
- 0 de colesterol;
- 4,5 gramas de carboidrato;
- 2,5 gramas de fibra.
Também conhecida como noz de cânhamo, o seu sabor é parecido com a noz. Há inúmeras formas de consumir, como as sementes cruas descascadas ou processadas. Também é possível extrair o óleo e moer em forma de farinha.
Mas diferente do que se pensa, as sementes não possuem canabinoides. O CBD, por exemplo, só pode ser extraído das flores. As sementes também não têm qualquer efeito sob a mente.
Outros Benefícios
Assim como o Whey Protein, as sementes de cânhamo também possuem uma variedade de outros benefícios para além do ganho de massa muscular, como:
Fonte de gordura vegetal. As sementes possuem 30% de gordura boa. Outros 25% ainda são um alto teor de proteínas.
Ajuda na perda de peso. As sementes de cânhamo também possuem baixa concentração de carboidratos, o que pode servir de ajuda na dieta. Além disso, as suas fibras auxiliam na absorção de nutrientes e no bom funcionamento digestivo.
Não provoca alergias. O cânhamo não possui glúten nem lactose, também não há nenhuma reação conhecida contra as sementes. Por isso, pessoas com alergias, por exemplo, podem consumir sem medo.
Fonte de ômega-3 e DHA. As sementes de cânhamo também possuem uma quantidade considerável de ômega 3, importante para o coração e para o cérebro. Além de docosahexaenóico (DHA), que é extremamente necessário para o cérebro e para as retinas dos olhos.
https://cannalize.com.br/canhamo-um-whey-mais-saudavel/ Óleo essencial do cânhamo é anticâncer, segundo cientistasAlém de inibir o crescimento e aparição de novos tumores em camundongos, o óleo reduz a neuropatia periférica
Um estudo pré-clínico produzido na China e publicado recente na revista “The Journal for the Study of Medicinal Plants” indicou que o óleo essencial do cânhamo pode ter papel fundamental no tratamento antitumoral. Os testes foram feitos com camundongos, portanto, mais pesquisas precisam ser feitas com pacientes oncológicos para entender a eficácia dos resultados em humanos.
Por outro lado, os resultados do estudo foram positivos, considerando que também constatou-se a ação do óleo de cânhamo para reduzir a neuropatia periférica, um tipo de dor causada pela quimioterapia.
Para chegar nos resultados do estudo os cientistas extraíram o óleo das flores e folhas do cânhamo. Três terpenos principais também foram analisados: β-cariofileno, óxido de β-cariofileno e α-humuleno. A utilização dessas substâncias contribuiu para reduzir significativamente as citocinas inflamatórias e o crescimento dos tumores no pulmão dos camundongos.
Segundo os pesquisadores, os resultados do estudo oferecem informações importantes para novas estratégias no tratamento do câncer e aumentam as referências para o desenvolvimento medicinal do cânhamo.
Outros estudos
Embora os resultados ainda não sejam conclusivos, algumas pesquisas já sugeriram que os canabinoides podem ser benéficos para reduzir os sintomas da doenças e as dores causadas pelos cuidados paliativos.
De acordo com uma pesquisa feita na Alemanha, o uso de cannabis medicinal está associado à longevidade e qualidade de vida de pacientes paliativos com câncer avançado. Nesta, especificamente, o interesse principal foi pelos resultados terapêuticos que o THC (tetrahidrocanabinol) podem trazer para pacientes oncológicos.
Além disso, um estudo observacional feito pela Faculdade de Medicina de Harvard apontou que a cannabis traz melhora na dor, no sono e também na função cognitiva dos pacientes. Essa pesquisa foi feita ao longo de duas semanas em 25 participantes com câncer, com idade média de 54 anos.
Leia mais: Estudos indicam que a cannabis pode ajudar no tratamento de câncer de mama
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https://cannalize.com.br/oleo-essencial-do-canhamo-e-anticancer-segundo-cientistas/ Plantio de cannabis divide bancada ruralistaO maior impasse entre os deputados pode estar na repercussão negativa ao votar uma pauta polêmica como essa
Enquanto o cultivo de cannabis já rende bilhões para os cofres públicos de países como Estados Unidos, Canadá e Alemanha, a pauta ainda é discutida no Brasil e divide bancada ruralista no Congresso Nacional.
O principal projeto de lei sobre o assunto, o PL 399/15, é discutido na Câmara dos Deputados há quase dez anos. Em 2021, a pauta ainda foi aprovada por uma comissão especial e já poderia ir para o Senado.
Contudo, um deputado opositor levantou um recurso para que a pauta voltasse a ser analisada por todos os deputados federais. Agora, a proposta aguarda ser colocada em pauta pelo presidente da casa, Arthur Lira (Progressistas).
O projeto de lei permite o cultivo de cannabis para fins medicinais e industriais e a consolidação do mercado nacional da planta.
Agronegócio como aliado
Defensores da cannabis miram no agronegócio como um possível aliado para a tramitação do projeto. Como por exemplo, Luís Maurício, presidente da ABCCI (Associação Brasileira da Cannabis e do Cânhamo Industrial).
Ao portal O Tempo, o Maurício disse que não é um trabalho fácil. “É um trabalho a médio e longo prazo. Tem que ser feito a passos de formiga, de gabinete em gabinete. (…) Convencer a bancada ruralista e mostrar que pode ser uma grande ferramenta auxiliar na produção da soja”, diz
Enquanto parte dos deputados acredita que há um potencial de quase R$5 bilhões para ser explorado, a outra parte dos ruralistas diz que o cânhamo não traria ganhos consideráveis para o agronegócio, além da possibilidade de desvio para o tráfico.
O cânhamo é uma subespécie de cannabis com menos de 0,3% de THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha. Portanto, não pode deixar ninguém alterado.
Projeto de lei parado por mais um ou dois anos
Por outro lado, segundo Maurício, o que os deputados da bancada ruralista ainda temem é a repercussão negativa do eleitorado, caso votem a favor da pauta.
“O Legislativo tem muita preocupação com o eleitorado. Os legisladores têm medo do impacto que vai ter na população se, por exemplo, votar a favor, mesmo para fins medicinais. As pessoas têm que sair do armário, nesse sentido de colocar a cara, mostrar os números, os efeitos, as comprovações”, diz ao portal O Tempo.
Dessa forma, é possível que a pauta continue parada por mais um ano. Além do perfil consevador que se formou no Congresso, Arthur Lira quer eleger o seu sucessor na presidência da Câmara em 2025. E para ter o apoio da bancada evangélica, não vai querer arrumar nenhuma briga.
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https://cannalize.com.br/bancada-ruralista-cannabis-cultivo/ Fora do Natiruts, Luís Maurício assume associação de cânhamoUm dos fundadores do Natiruts, está na última turnê de despedida da banda, mas escolheu não descansar.
Recentemente, um dos primórdios do Natiruts, o baixista Luís Maurício, está se despedindo da banda e assumindo a presidência da Associação Brasileira da Cannabis e Cânhamo Industrial e está focado em liderar esforços para promover o uso responsável e legal da planta no Brasil.
Luís quer levar à população e, principalmente às esferas governamentais, a importância do uso, acesso e investimento na produção da cannabis no país.
Na presidência, ele atua em estreita colaboração com autoridades governamentais, profissionais de saúde e a sociedade civil, a fim de promover a conscientização e criar políticas que incentivem o desenvolvimento sustentável dessa indústria emergente.
“Encerro com orgulho minha história com o Natiruts, com o sentimento de dever cumprido, mas agora meu objetivo é outro. Lutar pela regulamentação das associações que fazem um trabalho lindo e super importante para a sociedade e o país e mostrar os benefícios que a cannabis e o cânhamo industrial têm”, diz Luís.
Leia também: Cannabusiness: Luís Maurício transmite positividade para além da música
“Hoje em dia, o acesso legal ao óleo da cannabis para tratamento de diversas doenças no Brasil é de alto custo, o que dificulta o acesso à população mais pobre. Nossa luta é para tentar democratizar esse acesso. Por exemplo, através da disponibilidade do óleo no SUS e na possibilidade do cultivo da planta. Trazendo a produção para nossas terras, conseguiríamos além de baratear o custo, gerar empregos e receita para o país”, complementa.
Cânhamo como matéria prima
De plásticos a papel, passando por confecção de roupas, combustível e fitorremediação, a aplicabilidade da planta também atua como um novo aliado para um mundo mais sustentável, oferecendo inúmeros benefícios ambientais.
Além de ser biodegradável, seu cultivo absorve grandes quantidades de CO2, recupera o solo e exige pouca água. O uso da fibra do cânhamo industrial pode reduzir significativamente a exposição a toxinas, poluentes e a utilização de resíduos químicos ainda é zero.
“O cânhamo tem um potencial incrível: são mais de 25 mil produtos que podem ser feitos dele e o Brasil, mundialmente conhecido por ser gigante na área de agricultura, tem tudo para produzir e aumentar seu ganho econômico”, explica o músico.
Sobre o debate em torno da descriminalização do porte da planta para uso pessoal, Luís comenta:
“Do nosso ponto de vista, é muito importante também a questão de rever a definição de quem é usuário e quem é traficante. Por exemplo, se o porte fosse definido em 25g, hoje 30% da população carcerária seria liberada. E temos a certeza de que um jovem que é preso com uma pequena porção de entorpecente e vai conviver com homicidas, assaltantes de banco, estupradores e outros crimes pesados, tende a sair de lá muito pior do que entrou . E essa população é majoritariamente composta por jovens negros e pobres. Seguimos também nesta luta”.
Luís Mauricio defende firmemente que a planta tem o potencial de revolucionar não apenas a medicina, mas também a economia e a sociedade como um todo.
Seu compromisso é não apenas promover a pesquisa e um acesso mais amplo à cannabis medicinal, mas também destacar as oportunidades de mudanças sociais e crescimento econômico que a indústria do cânhamo oferece para o país.
Cannabis e negócios
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https://cannalize.com.br/baixista-natiruts-banda-despedida-canhamo/ Estatal do Ministério da Agricultura quer cultivar cânhamoA ideia de cultivo de cannabis pela Embrapa não é de hoje. Há anos, alguns políticos buscam emplacar projetos de lei sobre o assunto
Recentemente, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) quer permissão para cultivar e fazer pesquisas com o cânhamo, derivação da cannabis com pouco THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera a “alta” da maconha.
O cânhamo vem sendo notado pela indústria devido aos seus caules, que podem ser utilizados para a produção de uma série de produtos sustentáveis, como plástico, biocombustível e tecidos.
Material bastante visado pela indústria da moda, por exemplo. Os produtos são fabricados com a planta, consomem até 70% menos água e possuem uma durabilidade maior que o algodão.
Contudo, as empresas precisam recorrer à importação dos tecidos de países como a China por causa do cultivo proibido no Brasil.
Projetos de lei
Em 2021, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) propôs uma lei que sugere o direito de plantio no Brasil somente pela Embrapa e universidades federais. Caso aprovada, a proposta mudaria a lei atual 11.343 de 2006. Conhecida como “lei das drogas”, ela proíbe o cultivo da planta em solo nacional.
Há ainda, um projeto de lei de 2015 que visa o cultivo de cannabis no Brasil para a produção tanto de medicamentos quanto de produtos de cânhamo. A proposta aguarda ser votada pela Câmara dos Deputados.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/estatal-do-ministerio-da-agricultura-quer-cultivar-canhamo/ Alesp inaugura exposição com produtos feitos de cânhamoMostra desenvolvida pela jornalista Manuela Borges é gratuita e poderá ser visitada até 5 de abril
Começou ontem (27) a exposição “Cânhamo: Uma revolução agrícola não psicoativa”, que pode ser visitada gratuitamente na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). A abertura oficial contou com a presença da responsável, a jornalista Manuela Borges, e dos deputados estaduais Caio França (PSB) e Eduardo Suplicy (PT).
A mostra com produtos fabricados a partir do cânhamo complementou a retomada da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, que foi promovida ao longo de 2023.
Em acordo com os argumentos trazidos pelos palestrantes, a expositora explicou que seu objetivo é mostrar que o cânhamo pode furar a bolha que o tratamento com cannabis ainda não consegue sozinho. Segundo ela, a transformação das fibras em matérias-primas como papel e plástico; e depois em roupas, peças de carro ou alimentos não psicoativos, por exemplo, costuma chamar a atenção de públicos distintos.
Antes da Alesp, Manuela já havia levado sua mostra ao Congresso Nacional, onde circulam cerca de 10 mil pessoas diariamente.
“A gente quer chegar até os políticos que têm o poder de decisão. Em breve, estaremos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na Audiência Pública que discutirá o cultivo do cânhamo no Brasil. E vamos chegar lá com tijolos de cânhamo”.
Leia mais: STJ divulga expositores da audiência pública sobre plantio de cannabis
Marcada para 25 de abril, a audiência tem o objetivo de definir se o cultivo da cannabis para fins medicinais e com baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol) viola a Lei de Antidrogas.
Sobre a exposição
O evento foi idealizado pela jornalista e fundadora do Instituto InformaCann, Manuela Borges, que trabalhou em Brasília e criou o quadro “Cannabis no Congresso”. Além de conversar com parlamentares sobre a cannabis, ela tomou a iniciativa de apresentá-los aos produtos feitos com cânhamo. A partir daí surgiu a ideia de montar um acervo.
Segundo a jornalista, a ideia da exposição não é segregar a planta (ao diferenciar cannabis e cânhamo). Na verdade, ela reuniu uma forma de mostrar os benefícios da cannabis, incluindo os tratamentos. Entre os itens, é possível conhecer roupas, tijolos de cânhamo e produtos farmacêuticos.
Informações
Local: Espaço Heróis de 32, localizado no andar térreo da Alesp.
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Moema, São Paulo.
Período de exposição: de 27 de março a 5 de abril.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/exposicao-com-produtos-de-canhamo/ Frente parlamentar de São Paulo vai discutir o uso do cânhamo industrial
O primeiro debate acontecerá na próxima semana e ainda vai incluir uma exposição de produtos feitos com o cânhamo.
No próximo dia 27 de março, a Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial realizará a primeira audiência pública de 2024 no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.
Com o tema ‘O potencial econômico e sustentável do Cânhamo no Brasil’, o evento vai abordar a utilização do cânhamo na construção civil, roupas e acessórios, plásticos, automóveis, cosméticos, alimentos e remédios.
Trata-se de uma variação da cannabis com pouco ou nenhum THC (tetrahidrocanabinol), substância que causa os efeitos da cannabis.
No mesmo dia, será lançada a exposição ‘Cânhamo Industrial: uma revolução agrícola não psicoativa’. A mostra é uma iniciativa do Instituto InformaCann e permanecerá aberta ao público até o próximo dia cinco de abril durante o expediente legislativo.
Convidados
A audiência vai debater a subespécie da planta Cannabis sativa, que pode revolucionar o setor agrícola da construção civil, industrial, têxtil.
Os caules da planta, por exemplo, podem ser úteis na produção de automóveis, cosméticos, casas, roupas, alimentos, remédios, entre outros.
Para falar sobre o assunto, estarão presentes o químico industrial e pesquisador Ubiracir Fernandes; a farmacêutica, pesquisadora e CEO da DNA Soluções, Kiara Cardoso e a publicitária, ativista da pauta e CEO da Queen Co, Renata Lima.
Referência
Autor da Lei Estadual que inclui a cannabis medicinal no SUS Paulista, o deputado Caio França (PSB) destaca que o estado de São Paulo já assumiu a posição pioneira em oferecer a Cannabis medicinal na rede pública e agora pode assumir também o protagonismo na introdução do cânhamo industrial na matriz agroindustrial brasileira.
“Vamos liderar essa discussão também. Por isso, começamos os trabalhos da Frente nos aprofundando neste tema por meio de um debate qualificado e por meio de uma mostra que reúne produtos extraídos do cânhamo”, reforça.
O deputado também destaca que a exposição sobre cânhamo ajuda a amadurecer o debate técnico.
A abertura oficial da exposição será feita ao lado de seu vice-coordenador, o deputado estadual Eduardo Suplicy.
Cânhamo industrial
Estimativas sugerem que o cultivo do cânhamo no Brasil pode gerar R$5 bilhões em vendas de insumo, gerar mais de 300 mil empregos diretos e arrecadar cerca de R$330 milhões em impostos.
Além dos benefícios medicinais e industriais da planta, o cultivo do cânhamo ainda sequestra carbono e regenera áreas degradadas com a absorção de metais pesados.
Estudos internacionais demonstram que um hectare de cultivo da fibra da Cannabis pode ser capaz de absorver de 10 a 20 toneladas de CO2 num período de ciclo de crescimento de 3 a 4 meses. Atua como agente técnico da Frente do Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis (IPSEC).
Mercado de Cannabis
O mercado de produtos à base de cannabis é muito promissor, mesmo no Brasil. A Dr. Cannabis oferece um curso introdutório de 40 minutos para quem quer ter mais informações sobre esse setor e suas oportunidades. Custa menos de R$100. Inscreva-se aqui
https://cannalize.com.br/canhamo-alesp-debate-sao-paulo/ Whindersson Nunes lança linha de roupas feitas de CânhamoAlém de produzir peças de cânhamo, a marca também ajuda projetos sociais de mulheres em situação de vulnerabilidade social
Recentemente, a marca de roupas assinada por Whindersson Nunes, a “EOHEMP”, lançou uma nova coleção feita de fios de tecido de cânhamo e algodão orgânico. Trata-se de uma variação da cannabis com pouco THC (tetrahidrocanabinol), substância que causa o famoso “barato”.
A marca que já produzia roupas urbanas e básicas, entrou em um novo mercado unindo sustentabilidade, transformação e geração de empregos através de projetos sociais.
A chegada da EOHEMP se dá em um momento de discussões sobre a cannabis e a marca mostra que é possível usar o caule da planta para criar peças exclusivas e com preço acessível.
Produção com propósito
Parte da produção será feita por coletivos sociais:
Com por exemplo, a “Tem Sentimento”, organização localizada na Cracolândia de SP. A inciativa dá oportunidade para que mulheres trans saiam das ruas, tenham sua própria renda e se capacitem para estar no mercado de trabalho de corte e costura.
Também a “Mães que Florescem” em parceria com a “Casa Sandríssima”, organização localizada em Franca que acolhe, capacita e gera emprego para mulheres que sofreram violência doméstica e/ou estão em situação de vulnerabilidade, para que tenham autonomia, confiança e um espaço seguro.
“Nosso objetivo é contribuir para um mundo com menos preconceito e mais oportunidades!” – diz Dan Pinoti, CEO da marca.
Whindersson Nunes
A equipe de Whindersson também gravou e documentou todo o processo de produção para mostrar de forma clara a trajetória do Canhamo no Brasil, quem são as pessoas por trás desse trabalho e através da informação apresentar um novo cenário em torno da cannabis, mostrando que ela serve inclusive pra criar roupas e acessórios.
A linha conta com camisetas, bermuda, bolsas e da embalagem à etiqueta são feitas de materiais recicláveis e com menos poluentes.
Aprenda sobre cannabis medicinal!
A Dr. Cannabis é um portal de educação sobre a planta que pode te ajudar de várias maneiras, desde a prescrição, cuidado até o funcionamento do mercado. Veja mais.
https://cannalize.com.br/whindersson-nunes-lanca-linha-de-roupas-feitas-de-canhamo/ O que é plasma sanguíneo e como o cânhamo pode ajudar com isso?Uma start-up biomédica encontrou um substituto revolucionário para o plasma sanguíneo: o plasma feito de cânhamo
Esta semana, a revista canábica argentina El Planteo apresentou uma pauta no mínimo peculiar. A Plasma for People, uma start-up biomédica da República Tcheca, pretende introduzir um substituto feito de cânhamo para o plasma sanguíneo.
A intenção é auxiliar em situações traumáticas de muita perda de sangue, como cirurgias ou acidentes.
Isto porque uma das proteínas das sementes de cânhamo, a edestina, é muito parecida com a albumina, uma das principais proteínas presentes no plasma sanguíneo, e pode apoiar as funções regenerativas do corpo humano.
Segundo Pavel Kubů, cientista responsável pelo projeto, a produção deste substituto pode ser cerca de dez vezes mais barata que os métodos tradicionais, e são utilizadas poucas sementes de cânhamo: cerca de 1 quilo para cada 2 litros de plasma sanguíneo.
Mas peraí, o que é plasma sanguíneo?
O plasma sanguíneo é um subproduto do sangue, um componente líquido transparente do sangue, de cor amarelada, que, além da água, contém uma série de proteínas, açúcares, gorduras e minerais que além de transportar nutrientes e remover substâncias tóxicas do corpo, auxilia na coagulação do sangue e defesa do organismo.
Em pacientes em estado deteriorado, o plasma sanguíneo é a única fonte possível de proteínas, necessárias não só para o funcionamento do organismo, mas também para a produção de glóbulos brancos.
Como fazer doação de plasma sanguíneo?
O plasma sanguíneo é extraído da doação de sangue normal, mas também pode ser obtido através de uma técnica chamada de plasmaférese, que coleta o sangue, extrai o plasma através de centrifugação em uma máquina e devolve ao doador as hemácias e elementos figurados, como plaquetas.
Esta técnica era muito utilizada durante a pandemia, pelo Instituto Butantan, para tratar pacientes de Covid-19. Em 2021, o Instituto recrutou pessoas que já tiveram Covid-19 para doar plasma convalescente, ou seja, a parte líquida do sangue rica em anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2.
E como o cânhamo entra nisso?
Segundo o site da Plasma for People, a base da tecnologia de produção do plasma de cânhamo é a proteína contida na semente da planta, a edestina. Os componentes indesejados são gradualmente separados e o resultado é uma proteína pura (99,9%) dissolvida em solução fisiológica.
A característica mais vantajosa da solução plasmática de cânhamo é ela não requer condições específicas de armazenamento, pois pode ser transportada como pó inerte embalado a vácuo, o que o torna ideal para situações de emergência, como acidentes graves e catástrofes.
O plasma de cânhamo orgânico também tem uma vida útil mais longa e não requer congelamento, simplificando os desafios logísticos associados ao armazenamento tradicional de plasma.
Leia também: Como colocar o Brasil na rota bilionária do mercado da cannabis?
Além disso, o plasma canábico tem resistência à contaminação por doenças bacterianas, HIV e o vírus da hepatite e pode ser administrado a pacientes que, por razões religiosas ou éticas, rejeitem o plasma doado.
A Plasma for People tem como alvo o mercado de plasma sanguíneo e soluções intravenosas, com um mercado estimado de 3 bilhões de litros por ano, e busca investidores.
Enquanto isso, produzem e vendem um suplemento alimentar à base de farinha de cânhamo enriquecida com alto teor de edestina .Desenvolvido para atletas, o suplemento pretende otimizar a circulação sanguínea e os processos químicos, acelerando a regeneração muscular e a recuperação de vírus e infecções.
https://cannalize.com.br/plasma-de-canhamo/ Tecidos de cânhamo no Brasil: Um mercado embrionárioMesmo sem uma legislação clara sobre o tema, muitos enxergam no cânhamo um futuro para a indústria da moda
Esta é a segunda de quatro matérias especiais sobre o potencial gigantesco do mercado da cannabis no Brasil. Ao longo das próximas semanas, vocês acompanharão na Cannalize os caminhos que o setor cria para novas oportunidades de negócios.
Já ouviu falar em tecidos de cânhamo? O insumo mais sustentável até que o algodão, tem gerado grande interesse da indústria, inclusive no Brasil. O mercado que nasce em paralelo ao uso medicinal, pode ser um novo passo para a indústria canábica.
Trata-se de uma variação da cannabis que contém pouquíssimo ou nenhum THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera a famosa “brisa da maconha”.
A planta tem chamado a atenção da indústria por ser um insumo altamente sustentável, pois consome menos água, é três vezes mais resistente que o algodão, é resistente a fungos e pragas e tem um ciclo de vida menor, o que permite o cultivo mais vezes ao ano.
Sem contar que o cânhamo é um importante conservador de dióxido de carbono (CO2). Segundo Darshil Shah, pesquisador sênior do Centro de Inovação de Material Natural na escola de Cambridge, Inglaterra, plantações de cânhamo podem absorver até 15 toneladas de carbono por hectare, o dobro das florestas.
Uma das razões pela qual a planta tem chamado a atenção de grandes players. Os Estados Unidos, por exemplo, regularam a produção em 2018 e no primeiro ano de legislação, já tinha mais de 36 mil hectares plantados. Atualmente é o quinto cultivo mais rentável do país.
Segundo a Kaya Mind, o mercado industrial em 2021 da China, outro país que abraçou o cânhamo, foi avaliado em US$1,7 bilhões e hoje é o maior produtor da matéria prima.
Indústria de cânhamo no Brasil
Contudo, a indústria é praticamente inexistente na América Latina, e empresas que querem investir em produtos usando o cânhamo como insumo, ainda precisam importar do outro lado do mundo. Como a Kaule.
A marca de roupas fundada pela brasileira Amanda Medeiros, apostou no cânhamo como um tecido sustentável para desenvolver as peças. “A indústria da moda é a indústria que mais produz lixo no mundo, a gente precisa mudar isso”, diz.
Por outro lado, sem uma produção têxtil aqui ou em países vizinhos, a empresária precisa importar os tecidos de países como a Índia e China. Tecido que é comprado em dólar e taxado quando chega ao país.
O famoso imposto sobre a importação pode chegar a 60% do valor total da compra. Isso sem contar com outras taxas, como ICMS, COFINS, SISCOMEX, IPI e PIS, que podem aumentar ainda mais o valor pago no final.
Desde a pandemia de COVID-19, o governo até reduziu o valor de alguns desses impostos, chegando a zerar alguns deles. Mas parece que isso não ajudou muito, pois, segundo o advogado Gabriel Pietricovsky, os têxteis de cânhamo não admitem redução temporária do imposto sobre importações.
Por isso, a marca de roupas ainda precisa cobrar caro pelas peças que produz. “Uma empresa tem que ser saudável e pelo menos, se pagar. O nosso custo hoje da peça é alto, mas eu acredito que conforme o tempo for passando, a gente vai conseguir fazer (a marca) mais lucrativa. Por enquanto, a empresa só funciona.”, acrescenta.
Outras dificuldades
Sem uma cultura do cânhamo no país, além do tecido, outra barreira está em achar pessoas aptas a costurar a cannabis. Amanda Medeiros conta que esse também foi um grande desafio na hora de montar a sua marca de roupas.
“As pessoas não querem costurar tecidos de cânhamo, pois tem medo. Elas desconhecem o material”, acrescenta.
Ainda segundo a Kaya Mind, caso aprovado o mercado industrial e adulto da planta, o setor canábico planeja um crescimento de 328 mil empregos formais e informais nos próximos quatro anos. Negócio que poderia gerar até R$35 bilhões.
Somente em impostos, por exemplo, o Brasil poderia recolher até R$3,1 bilhões.
Mercado embrionário
Embora o cânhamo ainda não dê lucro, pode ser um grande promissor para o mercado da moda mais sustentável. Hoje em dia, 71% das pessoas no mundo todo enxergam a importância das empresas tomarem ações ambientalmente sustentáveis. No Brasil, o número ainda chega a 83%, segundo uma pesquisa da GfK.
Sem contar que a moda sustentável é um mercado que tem crescido. Segundo relatório da Research And Markets, o crescimento mundial do setor deve passar de 6,3 bilhões de dólares em 2019 para $8,2 bilhões de dólares em 2023.
E entre 2025 e 2030, esse número pode chegar a 15,2 bilhões de dólares. Isso mostra que investir em sustentabilidade é rentável não apenas para o meio ambiente mas também para o futuro da indústria da moda.
E é visando o futuro do cânhamo no Brasil, que investidores estão mirando na América Latina. Um exemplo disso é o Ernesto Hideki, da Ayraa. Criada no Uruguai, a empresa tem poucos meses de vida, mas nasceu com o objetivo de importar tecidos e acessórios feitos de cânhamo.
O intuito da empresa é plantar no Uruguai, a fim de produzir produtos mais baratos para a América Latina. “Aqui tem pouquíssimas empresas que estão trabalhando com distribuição, pouquíssimas opções e tem uma área gigante de tecidos e amostras”, acrescenta.
Hideki ainda acrescenta que, mesmo com pouco tempo de empresa, a demanda é grande no Brasil. As pessoas querem investir em tecidos de cânhamo, mas são barradas por causa da dificuldade em obter o insumo.
Para o empreendedor, o problema da América Latina não é ter espaço para plantar, pois o cultivo já acontece em países como Argentina, Uruguai e Colômbia, mas a falta de uma indústria que processe o cânhamo de forma adequada para ser usada na produção de materiais.
Falta de legislação
Hideki acrescenta que a empresa foi consolidada no Uruguai unicamente por causa da restrição de produção brasileira, mas que enxerga uma grande oportunidade no país no futuro.
“Em questão de sustentabilidade, sem dúvidas que o cânhamo é a planta do futuro. (…) Por enquanto, eu enxergo o mercado têxtil no Brasil como foi o da cannabis medicinal lá no começo”, acrescenta.
Atualmente, há um projeto de lei que prevê o cultivo e a construção de uma indústria de cannabis no Brasil, que envolva não só o uso farmacêutico, mas também industrial.
O Projeto de Lei 399/15 foi proposto em 2015 e causou polêmica de lá para cá. Em 2021 o PL foi aprovado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados e já poderia ir para a votação do Senado. Contudo, uma petição feita pela oposição fez com que o projeto voltasse para a Câmara e está parado desde então.
Tanto Hideki quanto Medeiros acreditam que, assim como foi no mercado medicinal, o uso industrial só será aprovado por meio de pressão da população e da indústria.
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https://cannalize.com.br/tecidos-de-canhamo-no-brasil-um-mercado-embrionario/ “São Paulo tem condições de produzir cânhamo”, diz Secretaria de Agricultura do EstadoO commodity tem potencial de desenvolver toda a cadeia de produção paulista, mas precisa de um lobby responsável e bem organizado
Não é novidade, para quem acompanha o assunto, que o cânhamo traz a possibilidade de crescimento econômico, geração de empregos e sustentabilidade ambiental. Mas a fala do engenheiro agrônomo José Carlos de Farias talvez surja como novidade para o cenário do desenvolvimento deste commodity em terras paulistas.
“São Paulo tem condições de produzir o cânhamo industrial para uso medicinal e para a indústria de fibras. Isso não é chute, é realidade. Ele tem potencial de desenvolvimento para toda uma cadeia [de produção]” disse o especialista, numa palestra sobre o potencial do cânhamo no continente, durante a primeira Expocannabis no Brasil.
José Carlos, que é coordenador das Câmaras Setoriais da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, ainda sugeriu a criação de um programa de pesquisa, com apoio da iniciativa privada, para este insumo industrial.
Sabidamente, mesmo sendo da mesma espécie que a cannabis, o cânhamo não tem propriedades psicoativas e, além de ser matéria prima de uma versátil fibra têxtil capaz de substituir o plástico, o algodão e o concreto, também é a origem dos medicamentos à base de canabidiol (CBD).
O assessor demonstrou disponibilidade de aplicação da produção de cânhamo em todas as cadeias produtivas agrícolas do estado, mapeadas pelas Câmaras Setoriais.
“As pequenas e médias áreas estão disponíveis e precisam de valor agregado. Em São Paulo temos a indústria moveleira, a indústria de plástico, indústria de alimentação animal e humana, indústria têxtil e farmacêutica”, disse o engenheiro.
Os entraves, no entanto, continuam sendo os mesmos: questões políticas. Enquanto o mercado se mobiliza e avança, um antigo projeto de lei ainda aguarda votação na câmara dos deputados, em Brasília.
“Muito se espera do PL 399, em Brasília, e como estamos numa estrutura de estado, vamos desenvolver dentro do possível. A atuação da secretaria é os 49%, os 51% é a força política”, justifica José Carlos.
Ótima notícia para o empreendedorismo
A legalização da produção de cânhamo no Brasil pode ser uma ótima notícia para a empreendedora Poliana Rodrigues, dona da marca FloYou, que vê este insumo como alternativa ecológica e sustentável para sua produção.
“O cânhamo têxtil é particularmente ecológico porque a indústria da moda é a segunda que mais polui no mundo. Fibras como o algodão precisam passar por processos químicos como o banho de prata para ter as mesmas propriedades que o cânhamo tem naturalmente. É uma alternativa pronta para reparar os danos que a indústria têxtil tem causado.”
Recentemente, Poliana contou à Folha de S. Paulo que, para trabalhar com a FloYou, precisa importar as peças prontas da China, e que este é um processo oneroso. “É uma logística que encarece e aumenta o tempo do projeto. Eu pago em impostos praticamente o mesmo valor da produção de uma calcinha.”
“Mas quem ganha com isso?” provoca Sérgio Rocha, da ADWA
Na mesma mesa, acompanhando José Carlos e Poliana Rodrigues, estava outro notório personagem das discussões sobre o cultivo de cannabis no Brasil, o engenheiro agrônomo Sérgio Rocha. Com um discurso afiado, ele provocou os presentes.
“Não é problema desenvolver tecnologia. Nosso capital intelectual está aí, provando que consegue. Nosso problema hoje é: quem vai se dar bem nesse mercado? Será que agora que a cannabis dá dinheiro, sucesso e status, as pessoas que vão ganhar com isso serão as mesmas que perseguiram e mandaram prender a gente por tantos anos?”
Mestre em Fitotecnia na área de melhoramento de plantas, recursos genéticos e biotecnologia, Sérgio desenvolve pesquisa aplicada em cannabis desde 2020 pela UFV (Universidade Federal de Viçosa). À frente da ADWA, sua startup de desenvolvimento de pesquisa e tecnologias voltadas para o cultivo de cannabis, Sérgio coordenou um mapeamento da aptidão agroclimática para o cultivo de cannabis em todo o território brasileiro.
“Hoje vejo que muitos que defendem a cannabis são os mesmos que achavam que isso era papo de maconheiro, que recomendava parar de pensar nisso e ir estudar berinjela ou tomate. Precisamos impedir que interesseiros se aproveitem desse momento para nos usar como mão de obra barata e capital intelectual para desenvolver os seus negócios”, disse Sérgio, sendo interrompido por uma salva de palmas.
Lobby precisa ser organizado e informado
Rafael Arcuri, diretor executivo da ANC (Associação Nacional do Cânhamo) também estava presente e reforçou os argumentos de Sérgio. Para ele, a verdadeira trava para a regulamentação efetiva do cânhamo é a falta de informação e organização.
“Eu não acho que sejam as grandes empresas ou interesses escusos, eu acho que é a falta de informação. Fora da bolha, ainda estamos num nível de debate muito raso. No congresso, a discussão ainda é completamente alheia à realidade. Mesmo tendo desenvolvimento tecnológico completo, parece que estamos introduzindo um tema alienígena.”
Rafael acredita que é necessário um lobby organizado com a presença de engenheiros agrônomos experientes e responsáveis técnicos capazes de sanar dúvidas específicas das instituições que podem tomar as decisões, como a Anvisa, o Ministério da Agricultura e o Congresso.
“Precisamos pensar de maneira mais estratégica, nos organizando para atuar de forma mais profissional nesta frente. A questão regulatória e técnica deve ser levada para quem toma a decisão de fato, porque atualmente os discursos apenas tangenciam os problemas, sem tocar a questão real.”
A Cannalize falou com estes e mais palestrantes durante a feira. Veja as entrevistas no nosso Instagram.
https://cannalize.com.br/sao-paulo-tem-potencial-para-produzir-canhamo/ Mais dois estados criam frentes parlamentares para falar sobre cannabisAs iniciativas têm o objetivo de instigar as discussões sobre possíveis regulamentações da cannabis nos estados
Após a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis em São Paulo, mais duas casas legislativas também lançaram a iniciativa em seus estados. Dessa vez no Maranhão e em Goiás.
Aprovada na semana passada (23), a frente de Goiás já pode começar a desenvolver reuniões e propor leis para a regulação da cannabis para usos medicinais e científicos.
O objetivo é reunir médicos, pesquisadores, advogados e a sociedade em reuniões para discutir sobre o tema, além de discutir possíveis legislações para a implementação de políticas de cannabis nas unidades de saúde do estado.
Em maio, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), sancionou o projeto de lei que permite a distribuição de produtos à base de cannabis pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A nova lei 21.940, de autoria do deputado Lincoln Tejota, (União Brasil), permitiu o fornecimento tanto de produtos isolados quanto full-spectrum, ou seja, feitos com a planta inteira.
Ao que parece, a nova frente parlamentar será uma forma de regulamentar a nova lei.
Frente Parlamentar no Maranhão
Outro estado que também criou recentemente uma frente parlamentar, foi o Maranhão. Lançada nesta quarta-feira (30), o objetivo é basicamente o mesmo proposto em Goiás e em São Paulo:
Abrir a discussão para médicos, advogados, pesquisadores e toda a população para entender quais os melhores caminhos para uma possível regulamentação da cannabis.
Aqui, a discussão sobre o cânhamo também ganhou espaço, e pretende ouvir representantes do mercado. As fibras da planta, por exemplo, são bastante utilizadas pela indústria para a fabricação de insumos.
No estado também já há projetos de lei sobre o assunto. Em fevereiro o deputado Rafael (PSB), protocolou uma proposta que também pretende dar acesso à cannabis medicinal no Maranhão através do SUS.
De acordo com o texto, os produtos poderão ser nacionais, importados e até artesanais, mas precisam ter certificados de análises de acordo com as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Contudo, o projeto ainda precisa ser sancionado para virar lei. A nova frente parlamentar pode ser um empurrão para a aprovação.
Legislação brasileira
No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita.
Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
https://cannalize.com.br/mais-dois-estados-criam-frentes-parlamentares-para-falar-sobre-cannabis/