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Cultivo de cannabis no Brasil: O que muda na prática? Cultivo de cannabis no Brasil O que muda na prática

Esclareça as suas principais dúvidas sobre o processo do STJ que autorizou o cultivo de cânhamo no Brasil

Cultivo de cannabis no Brasil O que muda na prática

Cultivo de cannabis no Brasil O que muda na prática

Neste mês, o STJ (Superior Tribunal Federal) autorizou o cultivo de cannabis pela indústria. A decisão foi  um “incidente de assunção de competência”, ou seja, o STJ atribuiu a si mesmo o poder de decisão sobre o assunto sem passar pelo Congresso Nacional.

No mesmo dia os ministros decidiram dar um prazo de seis meses para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) elabore todas as diretrizes para regulamentar a nova regra.

Mas o que muda na prática? Separamos seis questões para você entender melhor sobre o assunto. 

1.Quem vai poder cultivar?

De acordo com a decisão do STJ, poderão plantar pessoas jurídicas. Por outro lado, ainda cabe à agência regulatória determinar quais serão os requisitos para esse cultivo. 

A agência irá redigir todas as regras de importação de sementes, de cultivo, de fabricação e de venda. Mas as entidades ainda precisarão de uma autorização do órgão para começar a produção.

Ainda não é possível saber exatamente quais são os tipos de pessoas jurídicas que poderão cultivar. Mas segundo o advogado da Cannect, Fellipe Andrade, o mais provável é que a Anvisa estabeleça diretrizes para a indústria, associações e laboratórios.

2.Como o processo chegou ao STJ?

Tudo começou com um recurso de uma empresa de biotecnologia que pediu autorização sanitária para importar sementes, plantar e cultivar o cânhamo industrial para fins medicinais. 

A justificativa da empresa é que a planta em questão contém quantidades baixas de THC (tetrahidrocanabinol), o que impediria o desvio para o uso recreativo. Além de lembrar à corte de que a importação de extratos para a fabricação no Brasil já acontece.

Portanto, o cultivo poderia baratear os custos que as farmacêuticas pagam para importar os insumos. 

A empresa ainda acrescentou que a proibição seria uma violação do direito à livre iniciativa.  Também que a Lei de Drogas de 2006 já permite o cultivo de cannabis para fins medicinais e científicos. 

3. Será somente para a fabricação de remédios?

Sim. O processo julgado até pedia o cultivo do cânhamo para o uso industrial, que servia tanto para o uso medicinal quanto para a fabricação de insumos, como tecidos, biocombustíveis e  cosméticos. 

Contudo, a relatora do processo, a ministra Regina Helena, decidiu vetar a parte industrial e determinou que o uso da matéria-prima seria exclusivamente para a fabricação de medicamentos.

Voto que foi seguido por todos os outros ministros do STJ. 

4. Por que só o cânhamo?

Primeiro que o processo inicial só pedia o cultivo do cânhamo. Trata-se de uma subespécie da cannabis com pouco ou nenhum THC, substância que gera o famoso “barato” da maconha. 

Segundo que essa foi uma das justificativas usadas para que o cultivo fosse autorizado. Sem os efeitos psicoativos, não há perigo do desvio para o mercado de drogas ilegais. 

Pelo novo entendimento do STJ, o cânhamo não é mais enquadrado na lei de drogas justamente por não causar os efeitos da maconha. 

5. Cabe algum recurso?

Sim. 

Mas não à decisão do STJ. O processo já foi julgado e agora, todos os tribunais devem seguir esse entendimento se houver outro processo parecido.

Mas para empresas que tiveram negativas antes do entendimento do julgamento, podem recorrer sobre o resultado em ações individuais.

6. E quem tem o habeas corpus?

O habeas corpus é uma forma de garantir o salvo-conduto, ou seja, um aval individual para plantar cannabis sem ser preso por isso. A diferença é que o paciente cultiva apenas para si e não pode comercializar.

De acordo com o advogado, os processos continuam iguais. Àqueles que já têm o habeas corpus, podem continuar plantando sem problemas. E para os pacientes que querem cultivar, devem seguir com as suas ações judiciais.

“A ação é separada, rege uma relação distinta. Ela fala da industrialização, do mercado não está relacionada com o habeas corpus”, diz Andrade.

É importante lembrar que o cultivo individual ainda é proibido, exceto por decisões como salvos-condutos. A descriminalização da cannabis feita pelo STF (Supremo Tribunal de Justiça) não legalizou a planta, mas estabeleceu multas ao invés da prisão. 

Entenda mais sobre isso aqui.

Consulte um médico

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

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https://cannalize.com.br/cultivo-de-cannabis-no-brasil-o-que-muda-na-pratica/ Governo prepara nota técnica a favor do cânhamo industrial Governo prepara nota técnica a favor do cânhamo industrial

A iniciativa do Ministério da Agricultura é consolidar informações de forma clara para mostrar os benefícios da cannabis como insumo 

Governo prepara nota técnica a favor do cânhamo industrial

Governo prepara nota técnica a favor do cânhamo industrial

O ministério da agricultura está finalizando uma nota técnica sobre os benefícios econômicos e sociais da produção de cânhamo industrial no Brasil. A ideia é um documento didático e claro sobre as possibilidades do insumo.

O cânhamo é uma subespécie da planta com pouco ou nenhum teor de THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato”. Além do óleo medicinal, as suas fibras são bastante usadas na produção de tecidos e biocombustíveis.

O documento ainda  tem o entendimento de algumas entidades, como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), além de organizações ligadas à ONU de locais onde o cultivo industrial já acontece, como França e África do Sul.

O cânhamo na lei

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, quem faz essa análise sobre a exploração do cânhamo é a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade, Ana Paula Porfírio, que afirma que a cannabis é um material multifuncional.

O ministério também defende que a matéria prima não precisa do aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), por ser uma cultura vegetal como qualquer outra.

Atualmente há dois projetos parados em Brasília que visam uma regulamentação da indústria de cannabis no Brasil. O PL 399 está parado na Câmara dos Deputados desde 2021 e o projeto de lei da Senadora Mara Gabrilli também aguarda ser posto em pauta.

O presidente da frente parlamentar de agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR) já declarou que não tem problema nenhum com o cultivo de cannabis. “O que a gente não aceita é a produção e liberação para entorpecente”, disse à Folha.  

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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

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https://cannalize.com.br/governo-nota-tecnica-canhamo-industrial/ Jornalista lança e-commerce de produtos canábicos Jornalista lança e-commerce focado em produtos canábicos e psicodélicos

Carol Apple irá juntar pequenos e médios empreendedores em um lugar só. Além de lançar produtos exclusivos

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Jornalista lança e-commerce focado em produtos canábicos e psicodélicos

Por que não abrir o próprio e-commerce? Essa foi a indagação que a jornalista e influenciadora digital Carol Apple pensou no começo desse ano. Imersa no mundo canábico e psicodélico, decidiu juntar o trabalho com a sua paixão.

A marca Hempreenda vai ser inaugurada no próximo domingo (22) no O Dispensário, que fica em Pinheiros, zona oeste de São Paulo. Trata-se de um marketplace que reúne vários tipos de produtos de pequenos e médio empreendedores com a temática canábica e psicodélica. 

O e-commerce reúne desde acessórios, como brincos e colares até produtos como lubrificantes, cervejas terpenadas, livros e roupas de cânhamo a fim de lançar um “life style psicodélico e canábico” adaptado à realidade brasileira. 

“Algo com a minha cara”

De acordo com a influenciadora digital, a ideia veio durante o carnaval, quando percebeu que era difícil encontrar acessórios temáticos. Precisava pedir em vários lugares diferentes e os produtos demoravam muito para chegar.

“A minha ideia foi fazer uma espécie de ‘Hub’ para reunir pequenos e médios profissionais em um lugar só. (…) Vou cuidar tanto da divulgação desses produtos quanto da logística”, destaca. 

Junto com o cofundador, Talmo Bellato, a missão do hub vai além do âmbito comercial; ela está profundamente conectada à um compromisso espiritual com a planta, uma das marcas na trajetória de sua fundadora. 

O site que estreia domingo, já possui 10 parceiros com diversos produtos diferentes. Mas a jornalista também aposta em  produtos exclusivos. 

Como por exemplo, duas linhas de roupas feitas de com cânhamo e algodão orgânico,também com temáticas canábicas e psicodélicas. Além de quadros únicos produzidos pelo próprio cofundador. “Estou pronta para oferecer algo que eu possa colocar a minha história”, acrescenta.

Cerveja assinada

No mesmo dia, a cervejaria Luna também irá lançar uma linha de cervejas terpenadas assinadas pela influenciadora digital que também estarão disponíveis no e-commerce. 

Os terpenos nada mais são do que substâncias que oferecem o sabor e o aroma da cannabis, mas sem influenciar o corpo da mesma forma que o CBD (canabidiol) e o THC (tetrahidrocanabinol).

O álcool hoje como está presente na sociedade tem se mostrado um grande problema. Mas a solução não é proibir. Precisamos realmente urgentemente voltar a atenção para esse uso de forma responsável, para que o uso seja feito com sabedoria, de forma degustativa e apreciativa.”, diz Carol Apple. 

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https://cannalize.com.br/carol-apple-psicodelicos-ecomercer-cannabis/ Mais dinheiro vendendo cerveja do que cannabis Mais dinheiro vendendo cerveja do que cannabis

A grande aposta da Tilray Brands Inc. na cannabis legal está se mostrando tão otimista que agora conta com o mercado de álcool. 

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Mais dinheiro vendendo cerveja do que cannabisMais dinheiro vendendo cerveja do que cannabis

Uma tão esperada flexibilização nas leis de cannabis dos EUA, conhecida como reprogramação, ainda está a meses de distância, deixando em vigor apenas restrições sufocantes às vendas devido à classificação da maconha ao lado de drogas, como LSD e heroína.

Isso levou as empresas de cannabis a encontrar outros negócios, incluindo álcool e cânhamo,  como a da Tilray em seu primeiro registro de 2019 de que capturaria gastos de cervejeiros, destiladores e vinícolas.

“Os operadores de cannabis nos EUA estão fazendo tudo o que podem para gerar fluxo de caixa e fazer a ponte até que tenhamos o reagendamento”, disse Scott Fortune, diretor administrativo da Roth MKM. “Se não tivermos o reagendamento, veremos mais eliminação, consolidação de muitos varejistas, marcas e operadores dentro da indústria.”

Driblando as regras

Para evitar esse destino, empresas como a Tilray buscaram negócios mais legítimos, como a venda de bebidas alcoólicas e cânhamo, para se manterem vivas.

No trimestre fiscal encerrado em maio, a empresa mais que dobrou as vendas de álcool do ano anterior para US$ 76,7 milhões (cerca de R$429,93 milhões), o maior valor de qualquer linha de produtos e cerca de US$ 5 milhões (R$ 28 milhões) a mais do que arrecadou com a venda de cannabis.

Isso marcou o primeiro trimestre em que a empresa gerou mais receita com bebidas alcoólicas do que com maconha.

Um caminho paa legitimar a indústria

O otimismo de que os EUA mudarão sua posição sobre a maconha aumentou este ano, quando a Drug Enforcement Administration disse que estava revisando o status da droga. O presidente Joe Biden se manifestou a favor da mudança em maio. 

As ações de cannabis ainda subiram na segunda-feira, depois que o ex-presidente Donald J. Trump disse que apoia a mudança da classificação da droga de substância da tabela I para a tabela III. A DEA ouvirá opiniões de especialistas sobre a classificação proposta em dezembro.

“Estou tão perto de 100% confiante de que obteremos uma decisão positiva quanto posso razoavelmente estar”, disse Darren Weiss, presidente da Verano Holdings Corp., em uma entrevista.  

Leia também: Cachaça de cannabis busca ampliar debate sobre a planta

Para as empresas, a mudança significaria o fim dos impostos onerosos cobrados para lidar com substâncias restritas — Verano estima um fluxo de caixa adicional de quase US$ 80 milhões (R$4480 milhões) anualmente somente com essa mudança.

Isso potencialmente abriria caminho para legitimar a indústria, tornando mais fácil operar como um negócio regular e melhorando o acesso a serviços financeiros.

À prova do futuro

Ainda assim, veteranos da indústria estão cautelosos em depositar sua fé na mudança de atitude do governo dos Estados Unidos em relação à cannabis, com os atuais esforços de diversificação sendo uma tentativa de isolar seus negócios, não importa o resultado. 

“Eu nunca quero ficar aqui esperando e dependendo da legalização do governo”, disse o CEO da Tilray, Irwin Simon, em uma entrevista.

A Tilray foi além de seus pares para diversificar, abocanhando pelo menos 12 cervejarias sediadas nos Estados Unidos. No mês passado, ela adquiriu quatro cervejarias artesanais da Molson Coors Beverage Co.

A mudança traz o risco de comprar em um mercado em declínio, já que cada geração sucessiva está menos interessada em beber álcool do que a anterior.

Cerca de metade dos jovens de 18 a 25 anos que responderam a uma pesquisa nacional disseram que em 2023 beberam no mês anterior, abaixo dos cerca de 60% em 2014. 

“A cerveja não vai desaparecer”, disse Simon, que também vê oportunidades de alavancar as redes de distribuição das marcas de bebidas alcoólicas. “Meu objetivo é como tornar a cerveja gelada para beber.”

Alguns investidores são céticos em relação a esse raciocínio

“Não acho que as marcas tenham peso suficiente para contradizer o perfil de receita em declínio desses produtos”, disse Emily Paxhia, sócia-gerente da Poseidon Investment Management, que investe exclusivamente em cannabis. 

Da mesma forma, Verano não vê pastos mais verdes na venda de bebidas alcoólicas. “Álcool não está no nosso radar”, disse Weiss. “É uma espécie de anátema para o que fazemos em certos aspectos.” 

Tempos desesperados pedem medidas desesperadas, no entanto. Até mesmo a Green Thumb Industries Inc., a segunda maior empresa de cannabis em valor de mercado, considerou entrar no ramo de bebidas.

Seu CEO e cofundador Ben Kovler cortejou abertamente a Boston Beer Co. em uma carta publicada no X. A Green Thumb não respondeu aos pedidos de comentário.

Aposta no cânhamo

As empresas de cannabis também passaram a vender produtos à base de cânhamo, algo que algumas pessoas evitavam anteriormente. 

A Canopy Growth Corp., por meio de sua subsidiária Wana, anunciou seu primeiro produto de cânhamo no mês passado para ser vendido por meio de um mercado direto ao consumidor recém-lançado.

O cânhamo, um primo da maconha, usado para fazer bebidas e comestíveis, pode ser vendido e enviado legalmente para todo o país devido a uma brecha no Farm Bill. Essa legislação será revisada ainda este ano.

“O risco de não fazer algo é muito maior do que o risco de se envolver”, disse Joe Hodas, presidente da Wana, em uma entrevista.

A empresa controladora da Wana viu suas vendas diminuírem por três anos consecutivos e seu valor de mercado diminuir para C$ 562 milhões ontem, de C$ 25,6 bilhões em fevereiro de 2021.

Expectativas

“A categoria de bebidas e a categoria de produtos formulados provavelmente serão a maior categoria no espaço da cannabis”, disse o CEO da Curaleaf Holdings Inc., Boris Jordan, em uma entrevista. Ele espera que seu negócio de bebidas, lançado em junho, gere US$ 100 milhões (R$560 milhões)  anualmente até o final de 2025. 

Junto com os benefícios fiscais da venda de cânhamo, a fabricação pode ser centralizada e enviada interestadualmente, disse Jordan, enquanto a cannabis requer cadeias de suprimentos estado por estado.

Uma presença mais nacional significa mais exposição do consumidor, mesmo em lugares sem mercados regulamentados de cannabis.

“Não havia grande valor de marca na cannabis, mas agora eles podem começar a construir sua marca nacionalmente e ainda lucrar com isso vendendo produtos de THC derivados do cânhamo”, disse Fortune, da Roth MKM. 

Ações abaladas, juntamente com os esforços de diversificação e expectativas de uma mudança de regra, têm Wall Street apostando em uma recuperação da indústria.

Analistas têm apenas uma classificação de venda em 68 recomendações para cinco das maiores empresas de cannabis, enquanto seus preços-alvo implicam um retorno médio de 96% após o grupo perder cerca de 69% nos últimos três anos. 

Texto traduzido e adaptado do portal BNN Bloomberg

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A ideia é entender o potencial econômico da planta no país e os passos até lá

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Governo e parlamentares irão discutir o cultivo de cannabis

Na próxima quarta-feira (11) parlamentares, empresários, representantes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e do governo federal vão debater o potencial econômico da cannabis.

O encontro, que acontecerá em Brasília, é promovido pelo Instituto Ficus e vai discutir os avanços legislativos necessários para permitir o cultivo da commodity em solo brasileiro. 

Além de destacar o setor como ferramenta de desenvolvimento econômico, socioambiental e de arrecadação de impostos. 

Junto com o seu baixo feito de cânhamo, o integrante da banda Natiruts e presidente da Associação Brasileira de Cannabis o Cânhamo Industrial, Luis Maurício, estará presente para mostrar as possibilidades do uso da fibra produzida com a planta. 

Otimismo

Outros encontros para falar sobre a possibilidade de uma regulamentação sobre a cannabis também tem acontecido nos últimos tempos.

No final do mês passado, o Ministério da Agricultura também se reuniu com alguns órgãos importantes para debater o cultivo de cannabis no Brasil. 

Até mesmo o STJ (Superior Tribunal de Justiça), já sinalizou que irá retormar um julgamento para permitir o cultivo de cannabis para fins industriais. 

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A ideia é trocar o tecido dos carros por uma opção mais sustentável. A produção em larga escala será feita a partir de 2028

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Volkswagen vai substituir couro sintético por cânhamo

Recentemente, a marca de carros Volkswagen anunciou que fez um acordo de cooperação com a Revoltech GmbH para substituir o couro sintético pelo uso de tecidos feitos de cânhamo, subespécie da cannabis sativa.

O material desenvolvido, chamado LOVR, é vegano e segundo a empresa, totalmente reciclável após o fim da sua vida útil. Ainda pode ser desenvolvido a partir de resíduos que seriam descartados.

De acordo com a marca, a  iniciativa é uma forma de trazer mais sustentabilidade  para o mundo automotivo. “O uso sustentável de recursos é um ponto chave em nossa estratégia de crescimento e é bastante ancorada aos nossos princípios e ações”, declarou Andreas Walingen, diretor de estratégia da Volkswagen.

A produção em larga escala para a substituição do couro sintético começará a partir de 2028. 

Carro feito de cânhamo

Mas essa não é a primeira vez que uma marca leva a derivação da cannabis para a indústria automotiva. 

Em 1941 Henry Ford resolveu fazer um carro com a carroceria inteiramente de fibras de cânhamo. Há até uma foto lendária do empresário batendo no carro para provar a sua resistência.

O óleo da variação de cannabis sativa também serviu como combustível por um certo tempo, nos Estados Unidos. Ford, conhecido como “pai do carro moderno”, havia batizado o combustível de “hempoline”.

Leia também: 11 curiosidades históricas que você não sabia sobre a cannabis

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https://cannalize.com.br/volkswagen-vai-substituir-couro-sintetico-por-canhamo/ 4 formas que a cannabis pode ajudar o planeta Quatro formas que a cannabis pode ajudar o planeta

A cannabis tem várias vantagens que podem ser úteis para contribuir na recuperação do meio ambiente. Veja quatro delas

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Quatro formas que a cannabis pode ajudar o planeta
Foto: Envatoelements

Em meio às mudanças climáticas drásticas que acontecem no Brasil e no mundo, a cannabis pode ter um papel fundamental para ajudar a diminuir os estragos. Além de proporcionar matéria-prima para a fabricação de uma série de coisas.

Trata-se especificamente do cânhamo, derivação da cannabis com pouco ou nenhum teor de THC (terahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha. As suas fibras podem ser utilizadas no lugar do plástico, do tecido e outros tipos de materiais. 

Mas o seu benefício no meio ambiente também é grande. Tanto que a planta é até cultivada em Chernobyl para limpar o solo. 

Mas como ela pode fazer isso? Selecionamos quatro formas que a cannabis pode ajudar o planeta. 

  1. Sequestro de carbono

Nos últimos anos, pesquisadores perceberam que o cânhamo é um importante conservador de dióxido de carbono (CO2). Mais até que florestas inteiras. 

Isso quer dizer que a planta pode ajudar o meio ambiente, pois o carbono é um dos principais gases do efeito estufa.

Segundo Darshil Shah, pesquisador sênior do Centro de Inovação de Material Natural na escola de Cambridge, Inglaterra, plantações de cânhamo podem absorver até 15 toneladas de carbono por hectare, o dobro das florestas.

Atualmente, o conglomerado de empresas no Uruguai, já possuem até um certificado internacional, que valida o cultivo de cânhamo como carbono positivo.

O Projeto da Hemp Hub Paraguay, é tornar o país uma nação neutra de carbono até 2025. Ou seja,  a quantidade de emissão de CO2 não será maior e nem menor do que ela é capaz de absorver.

2. Matéria Prima sustentável

Como dito anteriormente, a planta também pode servir de matéria- prima sustentável. Do ponto de vista industrial, as fibras do cânhamo podem ser utilizadas na produção de têxteis, materiais de construção civil, bioplásticos, biocombustível, estruturas de carros e muito mais.

Sem contar que os produtos derivados da cannabis também são biodegradáveis, o que pode ser uma alternativa sustentável para o plástico, por exemplo. 

Ou então, para a confecção de tecidos. Hoje em dia, há até marcas de roupas que afirmam que suas peças podem ser “enterradas”, pois serão absorvidas pelo solo. 

3. Menos consumo de água

O cultivo de cânhamo por si só também tem as suas vantagens. Além de absorver CO², ainda consome menos água que outras formas de cultivo. Cerca de 1 kg de cânhamo, por exemplo, utiliza 2,9 mil litros de água. 

Para se ter uma ideia, são quase quatro vezes menos água que o consumo de uma plantação de algodão.

4. Cultivo sustentável

Mas os benefícios do cultivo do cânhamo não param por aí. A planta também exige pouco ou nenhum pesticida, fungicida ou herbicida, o que também reduz a carga de químicos na natureza. 

Sem contar que a planta também pode melhorar a saúde do solo. Lembra que falamos que o cânhamo é usado para recuperar o solo de Chernobyl? 

De acordo com algumas pesquisas da Dalhousie University, no Canadá, o plantio ainda contribui para melhorar a estrutura e a fertilidade do solo, o que ainda ajuda a prevenir erosão e estimula a retenção de nutrientes.

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https://cannalize.com.br/4-formas-que-a-cannabis-pode-ajudar-o-planeta/ Luís Mauricio do Natiruts estreia baixo feito de cânhamo Luís Mauricio do Natiruts estreia baixo feito de cânhamo

Primeiro instrumento do mundo feito das fibras de cânhamo também estará presente nos shows do próximo fim de semana no Allianz Parque

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Luís Mauricio do Natiruts estreia baixo feito de cânhamo
Foto: Divulgação

No último sábado (24), o baixista e fundador do Natiruts, Luís Mauricio, estreou no show de São Paulo o primeiro baixo do mundo feito das fibras do cânhamo, variedade da planta cannabis usada para fins industriais.

O músico escolheu a cidade para a apresentação do instrumento a fim de usar toda a visibilidade do espetáculo, afinal serão cerca de 200 mil fãs no total dos quatro dias de shows no Allianz Parque, com ingressos esgotados. Os próximos acontecem nos dias 30 e 31 de setembro.

A turnê de despedida do Natiruts segue ao longo do ano em diversas cidades e tem previsão de terminar em Brasília, cidade-natal da banda, na qual Luis pretende encerrar este ciclo presenteando autoridades do governo com o instrumento.

Ativismo

O seu movimento visa levantar a pauta sobre a legalização do plantio da cannabis no Brasil, que além de ser matéria-prima de medicamentos à base de CBD (canabidiol), é usada para fabricação de roupas, instrumentos e até materiais de construção com apelo sustentável.

“Precisamos mostrar ao governo, ao presidente, à Anvisa, que o país está desperdiçando uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico enquanto não regularmos a produção dessa matéria-prima no Brasil. Hoje, tenho uma visão muito ampla da força que essa planta tem na saúde, indústria e questão social. Às vezes, as pessoas falam assim: ‘Ah! Você está lutando por uma coisa de maconheiro, doidão. Não, o assunto é sério! Eu estou falando de saúde, de economia, de reparação social e educação”,  declara Luís Maurício.

Luís atua em paralelo à carreira musical como Presidente da Associação Brasileira da Cannabis e Cânhamo Industrial (ABCCI).

O seu intuito é promover o uso responsável e legal da planta no Brasil, para levar à população e, principalmente às esferas governamentais, a importância do uso, acesso e investimento na produção da cannabis no país.

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https://cannalize.com.br/natiruts-canhamo-cannabis-baixo/ Ministério da agricultura discute sobre o cultivo de cannabis Ministério da agricultura discute sobre o cultivo de cannabis

 Só na agroindústria, a capacidade para a produção é de cerca de 50 mil itens, produzidos através das fibras da planta

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Ministério da agricultura discute sobre o cultivo de cannabis
Fotoi: Ministério da Agricultura e Pecuária/Reprodução

Ontem (22), o ministro do MAPA  (Ministério da Agricultura e Pecuária), Carlos Fávaro e a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade da pasta, Ana Paula Porfírio, re reuniram com o coordenador da Comissão Especial sobre Drogas Ilícitas do TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso), o desembargador Marcos Machado, para falar sobre o cultivo de cannabis.

A reunião aconteceu para falar sobre os aspectos da regulamentação do cultivo da planta no Brasil. De acordo com uma estimativa da Abicann (Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis), o país deixa de movimentar U$30 bilhões por ano por falta de regulamentação.

Número que soma quase R$170 bilhões de reais. 

Leia também: Estatal do Ministério da Agricultura quer cultivar cânhamo

“Precisamos de um Mapa contemporâneo, atento às necessidades dos produtores e às oportunidades de mercado, mas sobretudo que permita o desenvolvimento do país, oportunizando renda e acesso a produtos para os brasileiros e brasileiras”, explicou o ministro.

 Potência brasileira

Durante a reunião, foram discutidos os impactos no sistema produtivo brasileiro  a partir de modelos bem sucedidos em outros países. 

Só na agroindústria, por exemplo, a capacidade para a produção é de cerca de 50 mil itens, produzidos através das fibras da planta. Isso sem contar com o uso medicinal. 

Em apenas um hectare,é possível cultivar aproximadamente 560 mil plantas e produzir até 10 toneladas de fibras internas. Além de 4 toneladas de fibras longas e mais 1,6 tonelada de sementes. 

E para o uso medicinal, é possível colher 800 quilos de flores por hectare. 

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https://cannalize.com.br/ministerio-da-agricultura-discute-sobre-o-cultivo-de-cannabis/ Cânhamo: um Whey mais saudável? Cânhamo: um Whey mais saudável?

As sementes de cânhamo possuem uma alta concentração de proteínas, vitaminas e minerais, o que pode ser um concorrente ao Whey

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Cânhamo: um Whey mais saudável?

O consumo do Whey Protein é cada vez mais popular no Brasil. Usado para aumentar a massa muscular, o suplemento derivado do soro do leite é considerado uma fonte completa de proteína. 

Contudo, há um alimento ainda mais saudável e efetivo para os músculos: o cânhamo. Trata-se de uma variação da cannabis sativa com baixo ou nenhum teor de THC (Tetrahidrocanabinol), substância que causa o famoso “barato” da maconha.

Mas para entender se vale ou não a troca, é preciso entender melhor como funciona o Whey Protein. 

O que é Whey e quais as vantagens?

O suplemento é uma proteína extraída do soro do leite, composto por alfa-globulina e betaglobulina. Também possui todos os aminoácidos necessários para o corpo construir e reparar tecidos musculares, como leucina, isoleucina e valina.

Por isso, é tão recomendado para pessoas que querem aumentar os músculos. Proteínas que também podem ajudar na força e na potência muscular. 

Leia também: Tudo sobre o cânhamo: o que é, para que serve, usos medicinais, alimentícios e industriais

O produto também pode ser consumido por intolerantes à lactose. Há versões de Whey isoladas que retiram gorduras, carboidratos e até lactose e representam até 90% da proteína pura.

Por outro lado, é sempre necessário consultar um nutricionista ou um nutrólogo antes de começar a utilizar o suplemento. Isso porque o consumo deve ser feito com uma dieta equilibrada e jamais deve substituir refeições.

Benefícios e malefícios

O Whey Protein também pode ser um ótimo aliado para a recuperação muscular causado por exercícios intensos. O produto ainda aumenta a saciedade e reduz a fome, o que ajuda na perda de peso. 

Nutrientes como a imunoglobulinas e a lactoferrina presentes no suplemento também podem fortalecer o sistema imunológico. Sem contar que o Whey ainda é uma fonte de cálcio para a saúde óssea.

Por outro lado, o uso excessivo pode causar efeitos colaterais indesejáveis, como aumento de peso e problemas gastrointestinais. O consumo a mais ainda pode sobrecarregar os órgãos,aumentando a chance do desenvolvimento de cálculo renal.

O uso além da quantidade necessária para no organismo também pode resultar em:

  • Acne;
  • Náuseas;
  • Cansaço;
  • Sensação de boca seca;
  • Dor de cabeça.

A interação medicamentosa ainda pode ser um problema. O uso contínuo de algumas medicações como antibióticos, remédios para Parkinson ou outros  tipos de remédios, devem levar uma atenção maior na hora de consumir.

Pessoas com baixa tolerância ao açúcar do leite também podem ter uma boa quantidade de problemas digestivos, como diarreia, cólica, gases e indigestão. Nestes casos, é recomendado os produtos isolados, como falamos acima. 

Cânhamo como alternativa

O uso da cannabis tem crescido de forma considerável no país. Os chamados canabinoides, substâncias produzidas pela cannabis, como o CBD (canabidiol), são uma opção para o tratamento de várias condições médicas, como ansiedade, insônia e até epilepsia.

Mas para além das doenças, a cannabis também é considerada um superalimento. Não é à toa que os produtos derivados da planta são classificados como um suplemento alimentar em países como Estados Unidos e Canadá. 

Leia mais: Benefícios das sementes de cânhamo

As sementes de cannabis, mais especificamente do cânhamo, têm chamado a atenção dos profissionais de nutrição por serem ricas em nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo como um todo.

Para se ter uma ideia, a planta possui: 

  • Ácidos graxos essenciais (ômega 3 e 6);
  • Macronutriente proteína;
  • Vitamina E;
  • Vitaminas do complexo B (B1, B3, B5);
  • Minerais (fósforo, magnésio, manganês, ferro, potássio e zinco).

O cânhamo para ajudar a aumentar a massa muscular

O cânhamo concorre com o Whey no quesito ganho de massa muscular, porque é rico em proteínas de alta qualidade. As suas sementes são uma das melhores fontes de proteína vegetal e ficam atrás apenas da soja.

O cânhamo possui a riqueza de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), fornecendo todos os aminoácidos essenciais. O que ainda, pode ser uma opção perfeita para pessoas que são vegetarianas e veganas, pois complementam a dieta. 

Cerca de quatro colheres de sementes de cânhamo contêm:

  •         240 calorias;
  •         1 grama de gordura total;
  •         0 de colesterol;
  •         4,5 gramas de carboidrato;
  •         2,5 gramas de fibra.
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Cânhamo: um Whey mais saudável?

Também conhecida como noz de cânhamo, o seu sabor é parecido com a noz. Há inúmeras formas de consumir, como as sementes cruas descascadas ou processadas. Também é possível extrair o óleo e moer em forma de farinha. 

Mas diferente do que se pensa, as sementes não possuem canabinoides. O CBD, por exemplo, só pode ser extraído das flores. As sementes também não têm qualquer efeito sob a mente.

Outros Benefícios

Assim como o Whey Protein, as sementes de cânhamo também possuem uma variedade de outros benefícios para além do ganho de massa muscular, como:

Fonte de gordura vegetal. As sementes possuem 30% de gordura boa. Outros 25% ainda são um alto teor de proteínas.

Ajuda na perda de peso. As sementes de cânhamo também possuem baixa concentração de carboidratos, o que pode servir de ajuda na dieta. Além disso, as suas fibras auxiliam na absorção de nutrientes e no bom funcionamento digestivo. 

Não provoca alergias. O cânhamo não possui glúten nem lactose, também não há nenhuma reação conhecida contra as sementes. Por isso, pessoas com alergias, por exemplo, podem consumir sem medo.

Fonte de ômega-3 e DHA. As sementes de cânhamo também possuem uma quantidade considerável de ômega 3, importante para o coração e para o cérebro. Além de docosahexaenóico (DHA), que é extremamente necessário para o cérebro e para as retinas dos olhos.

https://cannalize.com.br/canhamo-um-whey-mais-saudavel/ Óleo essencial do cânhamo é anticâncer, segundo cientistas Óleo essencial do cânhamo é anticâncer, segundo cientistas

Além de inibir o crescimento e aparição de novos tumores em camundongos, o óleo reduz a neuropatia periférica

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Óleo essencial do cânhamo é anticâncer, segundo cientistas.
Foto: Envato

Um estudo pré-clínico produzido na China e publicado recente na revista “The Journal for the Study of Medicinal Plants” indicou que o óleo essencial do cânhamo pode ter papel fundamental no tratamento antitumoral. Os testes foram feitos com camundongos, portanto, mais pesquisas precisam ser feitas com pacientes oncológicos para entender a eficácia dos resultados em humanos.

Por outro lado, os resultados do estudo foram positivos, considerando que também constatou-se a ação do óleo de cânhamo para reduzir a neuropatia periférica, um tipo de dor causada pela quimioterapia.

Para chegar nos resultados do estudo os cientistas extraíram o óleo das flores e folhas do cânhamo. Três terpenos principais também foram analisados: β-cariofileno, óxido de β-cariofileno e α-humuleno. A utilização dessas substâncias contribuiu para reduzir significativamente as citocinas inflamatórias e o crescimento dos tumores no pulmão dos camundongos.

Segundo os pesquisadores, os resultados do estudo oferecem informações importantes para novas estratégias no tratamento do câncer e aumentam as referências para o desenvolvimento medicinal do cânhamo.

Outros estudos

Embora os resultados ainda não sejam conclusivos, algumas pesquisas já sugeriram que os canabinoides podem ser benéficos para reduzir os sintomas da doenças e as dores causadas pelos cuidados paliativos.

De acordo com uma pesquisa feita na Alemanha, o uso de cannabis medicinal está associado à longevidade e qualidade de vida de pacientes paliativos com câncer avançado. Nesta, especificamente, o interesse principal foi pelos resultados terapêuticos que o THC (tetrahidrocanabinol) podem trazer para pacientes oncológicos.

Além disso, um estudo observacional feito pela Faculdade de Medicina de Harvard apontou que a cannabis traz melhora na dor, no sono e também na função cognitiva dos pacientes. Essa pesquisa foi feita ao longo de duas semanas em 25 participantes com câncer, com idade média de 54 anos.

Leia mais: Estudos indicam que a cannabis pode ajudar no tratamento de câncer de mama

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https://cannalize.com.br/oleo-essencial-do-canhamo-e-anticancer-segundo-cientistas/ Plantio de cannabis divide bancada ruralista Plantio de cannabis divide bancada ruralista

O maior impasse entre os deputados pode estar na repercussão negativa ao votar uma pauta polêmica como essa

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Plantio de cannabis divide bancada ruralista
Foto: Envatoelements

Enquanto o cultivo de cannabis já rende bilhões para os cofres públicos de países como Estados Unidos, Canadá e Alemanha, a pauta ainda é discutida no Brasil e divide bancada ruralista no Congresso Nacional. 

O  principal projeto de lei sobre o assunto, o PL 399/15, é discutido na Câmara dos Deputados há quase dez anos. Em 2021, a pauta ainda foi aprovada por uma comissão especial e já poderia ir para o Senado.

Contudo, um deputado opositor levantou um recurso para que a pauta voltasse a ser analisada por todos os deputados federais. Agora, a proposta aguarda ser colocada em pauta pelo presidente da casa, Arthur Lira (Progressistas).

O projeto de lei permite o cultivo de cannabis para fins medicinais e industriais e a consolidação do mercado nacional da planta. 

Agronegócio como aliado

Defensores da cannabis miram no agronegócio como um possível aliado para a tramitação do projeto. Como por exemplo, Luís Maurício, presidente da ABCCI (Associação Brasileira da Cannabis e do Cânhamo Industrial).

Ao portal O Tempo, o Maurício disse que não é um trabalho fácil. “É um trabalho a médio e longo prazo. Tem que ser feito a passos de formiga, de gabinete em gabinete. (…) Convencer a bancada ruralista e mostrar que pode ser uma grande ferramenta auxiliar na produção da soja”, diz

Enquanto parte dos deputados acredita que há um potencial de quase R$5 bilhões para ser explorado, a outra parte dos ruralistas diz que o cânhamo não traria ganhos consideráveis para o agronegócio, além da possibilidade de desvio para o tráfico. 

O cânhamo é uma subespécie de cannabis com menos de 0,3% de THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera o famoso “barato” da maconha. Portanto, não pode deixar ninguém alterado.

Projeto de lei parado por mais um ou dois anos

Por outro lado, segundo Maurício, o que os deputados da bancada ruralista ainda temem é a repercussão negativa do eleitorado, caso votem a favor da pauta. 

“O Legislativo tem muita preocupação com o eleitorado. Os legisladores têm medo do impacto que vai ter na população se, por exemplo, votar a favor, mesmo para fins medicinais. As pessoas têm que sair do armário, nesse sentido de colocar a cara, mostrar os números, os efeitos, as comprovações”, diz ao portal O Tempo. 

Dessa forma, é possível que a pauta continue parada por mais um ano. Além do perfil consevador que se formou no Congresso, Arthur Lira quer eleger o seu sucessor na presidência da Câmara em 2025. E para ter o apoio da bancada evangélica, não vai querer arrumar nenhuma briga. 

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https://cannalize.com.br/bancada-ruralista-cannabis-cultivo/ Fora do Natiruts, Luís Maurício assume associação de cânhamo Baixista do Natiruts se despede da banda e assume associação de cânhamo

Um dos fundadores do Natiruts, está na última turnê de despedida da banda, mas escolheu não descansar.

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Baixista do Natiruts se despede da banda e assume associação de cânhamo
Foto: Divulgação

Recentemente, um dos primórdios do Natiruts, o baixista Luís Maurício, está se despedindo da banda e assumindo a presidência da Associação Brasileira da Cannabis e Cânhamo Industrial e está focado em liderar esforços para promover o uso responsável e legal da planta no Brasil.

Luís quer levar à população e, principalmente às esferas governamentais, a importância do uso, acesso e investimento na produção da cannabis no país.

Na presidência, ele atua em estreita colaboração com autoridades governamentais, profissionais de saúde e a sociedade civil, a fim de promover a conscientização e criar políticas que incentivem o desenvolvimento sustentável dessa indústria emergente.

“Encerro com orgulho minha história com o Natiruts, com o sentimento de dever cumprido, mas agora meu objetivo é outro. Lutar pela regulamentação das associações que fazem um trabalho lindo e super importante para a sociedade e o país e mostrar os benefícios que a cannabis e o cânhamo industrial têm”, diz Luís.

Leia também: Cannabusiness: Luís Maurício transmite positividade para além da música

“Hoje em dia, o acesso legal ao óleo da cannabis para tratamento de diversas doenças no Brasil é de alto custo, o que dificulta o acesso à população mais pobre. Nossa luta é para tentar democratizar esse acesso. Por exemplo, através da disponibilidade do óleo no SUS e na possibilidade do cultivo da planta. Trazendo a produção para nossas terras,  conseguiríamos além de baratear o custo, gerar empregos e receita para o país”, complementa.

Cânhamo como matéria prima

De plásticos a papel, passando por confecção de roupas, combustível e fitorremediação, a aplicabilidade da planta também atua como um novo aliado para um mundo mais sustentável, oferecendo inúmeros benefícios ambientais.

Além de ser biodegradável, seu cultivo absorve grandes quantidades de CO2, recupera o solo e exige pouca água. O uso da fibra do cânhamo industrial pode reduzir significativamente a exposição a toxinas, poluentes e a utilização de resíduos químicos ainda é zero.

“O cânhamo tem um potencial incrível: são mais de 25 mil produtos que podem ser feitos dele e o Brasil, mundialmente conhecido por ser gigante na área de agricultura, tem tudo para produzir e aumentar seu ganho econômico”, explica o músico.

Sobre o debate em torno da descriminalização do porte da planta para uso pessoal, Luís comenta:

“Do nosso ponto de vista, é muito importante também a questão de rever a definição de quem é usuário e quem é traficante. Por exemplo, se o porte fosse definido em 25g, hoje 30% da população carcerária seria liberada. E temos a certeza de que um jovem que é preso com uma pequena porção de entorpecente e vai conviver com homicidas, assaltantes de banco, estupradores e outros crimes pesados, tende a sair de lá muito pior do que entrou . E essa população é majoritariamente composta por jovens negros e pobres. Seguimos também nesta luta”.

Luís Mauricio defende firmemente que a planta tem o potencial de revolucionar não apenas a medicina, mas também a economia e a sociedade como um todo.

Seu compromisso é não apenas promover a pesquisa e um acesso mais amplo à cannabis medicinal, mas também destacar as oportunidades de mudanças sociais e crescimento econômico que a indústria do cânhamo oferece para o país.

Cannabis e negócios

Quer entender um pouco mais sobre a indústria da cannabis? A Dr. Cannabis pode ser a sua porta de entrada para conhecer o mercado canábico. Clique aqui.  

https://cannalize.com.br/baixista-natiruts-banda-despedida-canhamo/ Estatal do Ministério da Agricultura quer cultivar cânhamo estatal-do-ministerio-da-agricultura-quer-cultivar-canhamo

A ideia de cultivo de cannabis pela Embrapa não é de hoje. Há anos, alguns políticos buscam emplacar projetos de lei sobre o assunto

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Estatal do Ministério da Agricultura quer cultivar cânhamo
Foto: Freepik

Recentemente, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) quer permissão para cultivar e fazer pesquisas com o cânhamo, derivação da cannabis com pouco THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera a “alta” da maconha.

O cânhamo vem sendo notado pela indústria devido aos seus caules, que podem ser utilizados para a produção de uma série de produtos sustentáveis, como plástico, biocombustível e tecidos.

Material bastante visado pela indústria da moda, por exemplo. Os produtos são fabricados com a planta, consomem até 70% menos água e possuem uma durabilidade maior que o algodão. 

Contudo, as empresas precisam recorrer à importação dos tecidos de países como a China por causa do cultivo proibido no Brasil.

Projetos de lei

Em 2021, o deputado Valmir Assunção (PT-BA) propôs uma lei que sugere o direito de plantio no Brasil somente pela Embrapa e universidades federais. Caso aprovada, a proposta mudaria a lei atual 11.343 de 2006. Conhecida como “lei das drogas”, ela proíbe o cultivo da planta em solo nacional.

Há ainda, um projeto de lei de 2015 que visa o cultivo de cannabis no Brasil para a produção tanto de medicamentos quanto de produtos de cânhamo. A proposta aguarda ser votada pela Câmara dos Deputados. 

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. 

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.

https://cannalize.com.br/estatal-do-ministerio-da-agricultura-quer-cultivar-canhamo/ Alesp inaugura exposição com produtos feitos de cânhamo

Mostra desenvolvida pela jornalista Manuela Borges é gratuita e poderá ser visitada até 5 de abril

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Alesp inaugura exposição com produtos feitos de cânhamo.
Foto: Bruna Sampaio/Rede Alesp

Começou ontem (27) a exposição “Cânhamo: Uma revolução agrícola não psicoativa”, que pode ser visitada gratuitamente na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). A abertura oficial contou com a presença da responsável, a jornalista Manuela Borges, e dos deputados estaduais Caio França (PSB) e Eduardo Suplicy (PT).

A mostra com produtos fabricados a partir do cânhamo complementou a retomada da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, que foi promovida ao longo de 2023.

Em acordo com os argumentos trazidos pelos palestrantes, a expositora explicou que seu objetivo é mostrar que o cânhamo pode furar a bolha que o tratamento com cannabis ainda não consegue sozinho. Segundo ela, a transformação das fibras em matérias-primas como papel e plástico; e depois em roupas, peças de carro ou alimentos não psicoativos, por exemplo, costuma chamar a atenção de públicos distintos.

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Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial.

Antes da Alesp, Manuela já havia levado sua mostra ao Congresso Nacional, onde circulam cerca de 10 mil pessoas diariamente.

“A gente quer chegar até os políticos que têm o poder de decisão. Em breve, estaremos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) na Audiência Pública que discutirá o cultivo do cânhamo no Brasil. E vamos chegar lá com tijolos de cânhamo”. 

Leia mais: STJ divulga expositores da audiência pública sobre plantio de cannabis

Marcada para 25 de abril, a audiência tem o objetivo de definir se o cultivo da cannabis para fins medicinais e com baixo teor de THC (tetrahidrocanabinol) viola a Lei de Antidrogas

Sobre a exposição

O evento foi idealizado pela jornalista e fundadora do Instituto InformaCann, Manuela Borges, que trabalhou em Brasília e criou o quadro “Cannabis no Congresso”. Além de conversar com parlamentares sobre a cannabis, ela tomou a iniciativa de apresentá-los aos produtos feitos com cânhamo. A partir daí surgiu a ideia de montar um acervo. 

Segundo a jornalista, a ideia da exposição não é segregar a planta (ao diferenciar cannabis e cânhamo). Na verdade, ela reuniu uma forma de mostrar os benefícios da cannabis, incluindo os tratamentos. Entre os itens, é possível conhecer roupas, tijolos de cânhamo e produtos farmacêuticos.

Informações

Local: Espaço Heróis de 32, localizado no andar térreo da Alesp.

Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Moema, São Paulo.

Período de exposição: de 27 de março a 5 de abril. 

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. 

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.

 

https://cannalize.com.br/exposicao-com-produtos-de-canhamo/  Frente parlamentar de São Paulo vai discutir o uso do cânhamo industrial frente-parlamentar-de-sao-paulo-vai-discutir-o-uso-do-canhamo-industrial

O primeiro debate acontecerá na próxima semana e ainda vai incluir uma exposição de produtos feitos com o cânhamo. 

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Frente parlamentar de São Paulo vai discutir o uso do cânhamo industrial
Foto: Divulgação

No próximo dia 27 de março, a Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial realizará a primeira audiência pública de 2024 no auditório Teotônio Vilela, na Assembleia Legislativa do estado de São Paulo.

Com o tema ‘O potencial econômico e sustentável do Cânhamo no Brasil’, o evento vai abordar a  utilização do cânhamo na construção civil, roupas e acessórios, plásticos, automóveis, cosméticos, alimentos e remédios.

Trata-se de uma variação da cannabis com pouco ou nenhum THC (tetrahidrocanabinol), substância que causa os efeitos da cannabis. 

No mesmo dia, será lançada a exposição ‘Cânhamo Industrial: uma revolução agrícola não psicoativa’. A mostra é uma iniciativa do Instituto InformaCann e permanecerá aberta ao público até o próximo dia cinco de abril durante o expediente legislativo.

Convidados

 A audiência vai debater a subespécie da planta Cannabis sativa, que pode revolucionar o setor agrícola da construção civil, industrial, têxtil.

Os caules da planta, por exemplo, podem ser úteis na produção de automóveis, cosméticos, casas, roupas, alimentos, remédios, entre outros.  

Para falar sobre o assunto, estarão presentes o químico industrial e pesquisador Ubiracir Fernandes; a farmacêutica, pesquisadora e CEO da DNA Soluções, Kiara Cardoso e a publicitária, ativista da pauta e CEO da Queen Co, Renata Lima.

Referência

Autor da Lei Estadual que inclui a cannabis medicinal no SUS Paulista, o deputado Caio França (PSB) destaca que o estado de São Paulo já assumiu a posição pioneira em oferecer a Cannabis medicinal na rede pública e agora pode assumir também o protagonismo na introdução do cânhamo industrial na matriz agroindustrial brasileira.

“Vamos liderar essa discussão também. Por isso, começamos os trabalhos da Frente nos aprofundando neste tema por meio de um debate qualificado e por meio de uma mostra que reúne produtos extraídos do cânhamo”, reforça.

O deputado também destaca que a exposição sobre cânhamo ajuda a amadurecer o debate técnico. 

A abertura oficial da exposição será feita ao lado de seu vice-coordenador, o deputado estadual Eduardo Suplicy.

Cânhamo industrial

Estimativas sugerem que o cultivo do cânhamo no Brasil pode gerar R$5 bilhões em vendas de insumo, gerar mais de 300 mil empregos diretos e arrecadar cerca de R$330 milhões em impostos. 

Além dos benefícios medicinais e industriais da planta, o cultivo do cânhamo ainda sequestra carbono e regenera áreas degradadas com a absorção de metais pesados.

Estudos internacionais demonstram que um hectare de cultivo da fibra da Cannabis pode ser capaz de absorver de 10 a 20 toneladas de CO2 num período de ciclo de crescimento de 3 a 4 meses. Atua como agente técnico da Frente do Instituto de Pesquisas Sociais e Econômicas da Cannabis (IPSEC).

Mercado de Cannabis

O mercado de produtos à base de cannabis é muito promissor, mesmo no Brasil. A Dr. Cannabis oferece um curso introdutório de 40 minutos para quem quer ter mais informações sobre esse setor e suas oportunidades. Custa menos de R$100. Inscreva-se aqui

https://cannalize.com.br/canhamo-alesp-debate-sao-paulo/ Whindersson Nunes lança linha de roupas feitas de Cânhamo whindersson-nunes-lanca-linha-de-roupas-feitas-de-canhamo

Além de produzir peças de cânhamo, a marca também ajuda projetos sociais de mulheres em situação de vulnerabilidade social

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Whindersson Nunes lança linha de roupas feitas de Cânhamo
Foto: Divulgação

Recentemente, a marca de roupas assinada por Whindersson Nunes, a “EOHEMP”, lançou uma nova coleção feita de fios de tecido de cânhamo e algodão orgânico. Trata-se de uma variação da cannabis com pouco THC (tetrahidrocanabinol), substância que causa o famoso “barato”. 

A marca que já produzia roupas urbanas e básicas, entrou em um novo mercado unindo sustentabilidade, transformação e geração de empregos através de projetos sociais. 

A chegada da EOHEMP se dá em um momento de discussões sobre a cannabis e a marca mostra que é possível usar o caule da planta para criar peças exclusivas e com preço acessível. 

Produção com propósito

Parte da produção será feita por coletivos sociais: 

Com por exemplo, a “Tem Sentimento”, organização localizada na Cracolândia de SP. A inciativa dá oportunidade para que mulheres trans saiam das ruas, tenham sua própria renda e se capacitem para estar no mercado de trabalho de corte e costura. 

Também a “Mães que Florescem” em parceria com a “Casa Sandríssima”, organização localizada em Franca que acolhe, capacita e gera emprego para mulheres que sofreram violência doméstica e/ou estão em situação de vulnerabilidade, para que tenham autonomia, confiança e um espaço seguro. 

“Nosso objetivo é contribuir para um mundo com menos preconceito e mais oportunidades!” – diz Dan Pinoti, CEO da marca. 

Whindersson Nunes

A equipe de Whindersson também gravou e documentou todo o processo de produção para mostrar de forma clara a trajetória do Canhamo no Brasil, quem são as pessoas por trás desse trabalho e através da informação apresentar um novo cenário em torno da cannabis, mostrando que ela serve inclusive pra criar roupas e acessórios. 

A linha conta com camisetas, bermuda, bolsas e da embalagem à etiqueta são feitas de materiais recicláveis e com menos poluentes. 

 Aprenda sobre cannabis medicinal!

A Dr. Cannabis é um portal de educação sobre a planta que pode te ajudar de várias maneiras, desde a prescrição, cuidado até o funcionamento do mercado. Veja mais

https://cannalize.com.br/whindersson-nunes-lanca-linha-de-roupas-feitas-de-canhamo/ O que é plasma sanguíneo e como o cânhamo pode ajudar com isso? plasma-for-people

Uma start-up biomédica encontrou um substituto revolucionário para o plasma sanguíneo: o plasma feito de cânhamo

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Esta semana, a revista canábica argentina El Planteo apresentou uma pauta no mínimo peculiar. A Plasma for People, uma start-up biomédica da República Tcheca, pretende introduzir um substituto feito de cânhamo para o plasma sanguíneo.

A intenção é auxiliar em situações traumáticas de muita perda de sangue, como cirurgias ou acidentes.

Isto porque uma das proteínas das sementes de cânhamo, a edestina, é muito parecida com a albumina, uma das principais proteínas presentes no plasma sanguíneo, e pode apoiar as funções regenerativas do corpo humano.

Segundo Pavel Kubů, cientista responsável pelo projeto, a produção deste substituto pode ser cerca de dez vezes mais barata que os métodos tradicionais, e são utilizadas poucas sementes de cânhamo: cerca de 1 quilo para cada 2 litros de plasma sanguíneo.

Mas peraí, o que é plasma sanguíneo?

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O plasma sanguíneo é um subproduto do sangue, um componente líquido transparente do sangue, de cor amarelada, que, além da água, contém uma série de proteínas, açúcares, gorduras e minerais que além de transportar nutrientes e remover substâncias tóxicas do corpo, auxilia na coagulação do sangue e defesa do organismo.

Em pacientes em estado deteriorado, o plasma sanguíneo é a única fonte possível de proteínas, necessárias não só para o funcionamento do organismo, mas também para a produção de glóbulos brancos.

Como fazer doação de plasma sanguíneo?

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O plasma sanguíneo é extraído da doação de sangue normal, mas também pode ser obtido através de uma técnica chamada de plasmaférese, que coleta o sangue, extrai o plasma através de centrifugação em uma máquina e devolve ao doador as hemácias e elementos figurados, como plaquetas.

Esta técnica era muito utilizada durante a pandemia, pelo Instituto Butantan, para tratar pacientes de Covid-19. Em 2021, o Instituto recrutou pessoas que já tiveram Covid-19 para doar plasma convalescente, ou seja, a parte líquida do sangue rica em anticorpos neutralizantes contra o SARS-CoV-2.

E como o cânhamo entra nisso?

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Segundo o site da Plasma for People, a base da tecnologia de produção do plasma de cânhamo é a proteína contida na semente da planta, a edestina. Os componentes indesejados são gradualmente separados e o resultado é uma proteína pura (99,9%) dissolvida em solução fisiológica.

A característica mais vantajosa da solução plasmática de cânhamo é ela não requer condições específicas de armazenamento, pois pode ser transportada como pó inerte embalado a vácuo, o que o torna ideal para situações de emergência, como acidentes graves e catástrofes.

O plasma de cânhamo orgânico também tem uma vida útil mais longa e não requer congelamento, simplificando os desafios logísticos associados ao armazenamento tradicional de plasma.

Leia também: Como colocar o Brasil na rota bilionária do mercado da cannabis?

Além disso, o plasma canábico tem resistência à contaminação por doenças bacterianas, HIV e o vírus da hepatite e pode ser administrado a pacientes que, por razões religiosas ou éticas, rejeitem o plasma doado. 

A Plasma for People tem como alvo o mercado de plasma sanguíneo e soluções intravenosas, com um mercado estimado de 3 bilhões de litros por ano, e busca investidores. 

Enquanto isso, produzem e vendem um suplemento alimentar à base de farinha de cânhamo enriquecida com alto teor de edestina .Desenvolvido para atletas, o suplemento pretende otimizar a circulação sanguínea e os processos químicos, acelerando a regeneração muscular e a recuperação de vírus e infecções.

https://cannalize.com.br/plasma-de-canhamo/ Tecidos de cânhamo no Brasil: Um mercado embrionário tecidos-de-canhamo-no-brasil-um-mercado-embrionario

Mesmo sem uma legislação clara sobre o tema, muitos enxergam no cânhamo um futuro para a indústria da moda

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Tecidos de cânhamo no Brasil: Um mercado embrionário

Esta é a segunda de quatro matérias especiais sobre o potencial gigantesco do mercado da cannabis no Brasil. Ao longo das próximas semanas, vocês acompanharão na Cannalize os caminhos que o setor cria para novas oportunidades de negócios.

Veja a primeira aqui.

Já ouviu falar em tecidos de cânhamo? O insumo mais sustentável até que o algodão, tem gerado grande interesse da indústria, inclusive no Brasil. O mercado que nasce em paralelo ao uso medicinal, pode ser um novo passo para a indústria canábica.

Trata-se de uma variação da cannabis que contém pouquíssimo ou nenhum THC (tetrahidrocanabinol), substância que gera a famosa “brisa da maconha”. 

A planta tem chamado a atenção da indústria por ser um insumo altamente sustentável, pois consome menos água, é três vezes mais resistente que o algodão, é resistente a fungos e pragas e tem um ciclo de vida menor, o que permite o cultivo mais vezes ao ano. 

Sem contar que o cânhamo é um importante conservador de dióxido de carbono (CO2). Segundo Darshil Shah, pesquisador sênior do Centro de Inovação de Material Natural na escola de Cambridge, Inglaterra, plantações de cânhamo podem absorver até 15 toneladas de carbono por hectare, o dobro das florestas.

Uma das razões pela qual a planta tem chamado a atenção de grandes players. Os Estados Unidos, por exemplo,  regularam a produção em 2018 e no primeiro ano de legislação, já tinha mais de 36 mil hectares plantados. Atualmente é o quinto cultivo mais rentável do país. 

Segundo a Kaya Mind, o mercado industrial em 2021 da China, outro país que abraçou o cânhamo, foi avaliado em US$1,7 bilhões e hoje é o maior produtor da matéria prima.

Indústria de cânhamo no Brasil

Contudo, a indústria é praticamente inexistente na América Latina, e empresas que querem investir em produtos usando o cânhamo como insumo, ainda precisam importar do outro lado do mundo. Como a Kaule. 

A marca de roupas fundada pela brasileira Amanda Medeiros, apostou no cânhamo como um tecido sustentável para desenvolver as peças. “A indústria da moda é a indústria que mais produz lixo no mundo, a gente precisa mudar isso”, diz. 

Por outro lado, sem uma produção têxtil aqui ou em países vizinhos, a empresária precisa importar os tecidos de países como a Índia e China. Tecido que é comprado em dólar e taxado quando chega ao país. 

O famoso imposto sobre a importação pode chegar a 60% do valor total da compra. Isso sem contar com outras taxas, como ICMS, COFINS, SISCOMEX, IPI e PIS, que podem aumentar ainda mais o valor pago no final. 

Desde a pandemia de COVID-19, o governo até reduziu o valor de alguns desses impostos, chegando a zerar alguns deles. Mas parece que isso não ajudou muito, pois, segundo o advogado Gabriel Pietricovsky, os têxteis de cânhamo não admitem redução temporária do imposto sobre importações.

Por isso, a marca de roupas ainda precisa cobrar caro pelas peças que produz. “Uma  empresa tem que ser saudável e pelo menos, se pagar. O nosso custo hoje da peça é alto, mas eu acredito que conforme o tempo  for passando, a gente vai conseguir fazer (a marca) mais lucrativa. Por enquanto, a empresa só funciona.”, acrescenta.

Outras dificuldades

Sem uma cultura do cânhamo no país, além do tecido, outra barreira está em achar pessoas aptas a costurar a cannabis. Amanda Medeiros conta que esse também foi um grande desafio na hora de montar a sua marca de roupas.

“As pessoas não querem costurar tecidos de cânhamo, pois tem medo. Elas desconhecem o material”, acrescenta.

Ainda segundo a Kaya Mind, caso aprovado o mercado industrial e adulto da planta, o setor canábico planeja um crescimento de 328 mil empregos formais e informais nos próximos quatro anos. Negócio que poderia gerar até R$35 bilhões.

Somente em impostos, por exemplo, o Brasil poderia recolher até R$3,1 bilhões. 

Mercado embrionário

Embora o cânhamo ainda não dê lucro, pode ser um grande promissor para o mercado da moda mais sustentável. Hoje em dia, 71% das pessoas no mundo todo enxergam a importância das empresas tomarem ações ambientalmente sustentáveis. No Brasil, o número ainda chega a 83%, segundo uma pesquisa da GfK.

Sem contar que a moda sustentável é um mercado que tem crescido. Segundo relatório da Research And Markets, o crescimento mundial do setor deve passar de 6,3 bilhões de dólares em 2019 para $8,2 bilhões de dólares em 2023.

E entre 2025 e 2030, esse número pode chegar a 15,2 bilhões de dólares. Isso mostra que investir em sustentabilidade é rentável não apenas para o meio ambiente mas também para o futuro da indústria da moda.

E é visando o futuro do cânhamo no Brasil, que investidores estão mirando na América Latina. Um exemplo disso é o Ernesto Hideki, da Ayraa. Criada no Uruguai, a empresa tem poucos meses de vida, mas nasceu com o objetivo de importar tecidos e acessórios feitos de cânhamo.

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O intuito da empresa é plantar no Uruguai, a fim de produzir produtos mais baratos para a América Latina. “Aqui tem pouquíssimas empresas que estão trabalhando com distribuição, pouquíssimas opções e tem uma área gigante de tecidos e amostras”, acrescenta. 

Hideki ainda acrescenta que, mesmo com pouco tempo de empresa, a demanda é grande no Brasil. As pessoas querem investir em tecidos de cânhamo, mas são barradas por causa da dificuldade em obter o insumo. 

Para o empreendedor, o problema da América Latina não é ter espaço para plantar, pois o cultivo já acontece em países como Argentina, Uruguai e Colômbia, mas a falta de uma indústria que processe o cânhamo de forma adequada para ser usada na produção de materiais.

Falta de legislação

Hideki acrescenta que a empresa foi consolidada no Uruguai unicamente por causa da restrição de produção brasileira, mas que enxerga uma grande oportunidade no país no futuro. 

“Em questão de sustentabilidade, sem dúvidas que o cânhamo é a planta do futuro. (…) Por enquanto, eu enxergo o mercado têxtil no Brasil como foi o da cannabis medicinal lá no começo”, acrescenta. 

Atualmente, há um projeto de lei que prevê o cultivo e a construção de uma indústria de cannabis no Brasil, que envolva não só o uso farmacêutico, mas também industrial.

O Projeto de Lei 399/15 foi proposto em 2015 e causou polêmica de lá para cá. Em 2021 o PL foi aprovado por uma comissão especial na Câmara dos Deputados e já poderia ir para a votação do Senado. Contudo, uma petição feita pela oposição fez com que  o projeto voltasse para a Câmara e está parado desde então.

Tanto Hideki quanto Medeiros acreditam que, assim como foi no mercado medicinal, o uso industrial só será aprovado por meio de pressão da população e da indústria.

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O commodity tem potencial de desenvolver toda a cadeia de produção paulista, mas precisa de um lobby responsável e bem organizado

Não é novidade, para quem acompanha o assunto, que o cânhamo traz a possibilidade de crescimento econômico, geração de empregos e sustentabilidade ambiental. Mas a fala do engenheiro agrônomo José Carlos de Farias talvez surja como novidade para o cenário do desenvolvimento deste commodity em terras paulistas.

“São Paulo tem condições de produzir o cânhamo industrial para uso medicinal e para a indústria de fibras. Isso não é chute, é realidade. Ele tem potencial de desenvolvimento para toda uma cadeia [de produção]” disse o especialista, numa palestra sobre o potencial do cânhamo no continente, durante a primeira Expocannabis no Brasil.

José Carlos, que é coordenador das Câmaras Setoriais da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, ainda sugeriu a criação de um programa de pesquisa, com apoio da iniciativa privada, para este insumo industrial.

Sabidamente, mesmo sendo da mesma espécie que a cannabis, o cânhamo não tem propriedades psicoativas e, além de ser matéria prima de uma versátil fibra têxtil capaz de substituir o plástico, o algodão e o concreto, também é a origem dos medicamentos à base de canabidiol (CBD).

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O assessor demonstrou disponibilidade de aplicação da produção de cânhamo em todas as cadeias produtivas agrícolas do estado, mapeadas pelas Câmaras Setoriais.

“As pequenas e médias áreas estão disponíveis e precisam de valor agregado. Em São Paulo temos a indústria moveleira, a indústria de plástico, indústria de alimentação animal e humana, indústria têxtil e farmacêutica”, disse o engenheiro. 

Os entraves, no entanto, continuam sendo os mesmos: questões políticas. Enquanto o mercado se mobiliza e avança, um antigo projeto de lei ainda aguarda votação na câmara dos deputados, em Brasília. 

“Muito se espera do PL 399, em Brasília, e como estamos numa estrutura de estado, vamos desenvolver dentro do possível. A atuação da secretaria é os 49%, os 51% é a força política”, justifica José Carlos.

Ótima notícia para o empreendedorismo

A legalização da produção de cânhamo no Brasil pode ser uma ótima notícia para a empreendedora Poliana Rodrigues, dona da marca FloYou, que vê este insumo como alternativa ecológica e sustentável para sua produção.

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Poliana Rodrigues, empreendedora na FloYou

“O cânhamo têxtil é particularmente ecológico porque a indústria da moda é a segunda que mais polui no mundo. Fibras como o algodão precisam passar por processos químicos como o banho de prata para ter as mesmas propriedades que o cânhamo tem naturalmente. É uma alternativa pronta para reparar os danos que a indústria têxtil tem causado.”

Recentemente, Poliana contou à Folha de S. Paulo que, para trabalhar com a FloYou, precisa importar as peças prontas da China, e que este é um processo oneroso. “É uma logística que encarece e aumenta o tempo do projeto. Eu pago em impostos praticamente o mesmo valor da produção de uma calcinha.”

“Mas quem ganha com isso?” provoca Sérgio Rocha, da ADWA

Na mesma mesa, acompanhando José Carlos e Poliana Rodrigues, estava outro notório personagem das discussões sobre o cultivo de cannabis no Brasil, o engenheiro agrônomo Sérgio Rocha. Com um discurso afiado, ele provocou os presentes.

“Não é problema desenvolver tecnologia. Nosso capital intelectual está aí, provando que consegue. Nosso problema hoje é: quem vai se dar bem nesse mercado? Será que agora que a cannabis dá dinheiro, sucesso e status, as pessoas que vão ganhar com isso serão as mesmas que perseguiram e mandaram prender a gente por tantos anos?”

Mestre em Fitotecnia na área de melhoramento de plantas, recursos genéticos e biotecnologia, Sérgio desenvolve pesquisa aplicada em cannabis desde 2020 pela UFV (Universidade Federal de Viçosa). À frente da ADWA, sua startup de desenvolvimento de pesquisa e tecnologias voltadas para o cultivo de cannabis, Sérgio coordenou um mapeamento da aptidão agroclimática para o cultivo de cannabis em todo o território brasileiro.

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Exemplo de trabalho de pesquisa desenvolvido pela ADWA

“Hoje vejo que muitos que defendem a cannabis são os mesmos que achavam que isso era papo de maconheiro, que recomendava parar de pensar nisso e ir estudar berinjela ou tomate. Precisamos impedir que interesseiros se aproveitem desse momento para nos usar como mão de obra barata e capital intelectual para desenvolver os seus negócios”, disse Sérgio, sendo interrompido por uma salva de palmas.

Lobby precisa ser organizado e informado

Rafael Arcuri, diretor executivo da ANC (Associação Nacional do Cânhamo) também estava presente e reforçou os argumentos de Sérgio. Para ele, a verdadeira trava para a regulamentação efetiva do cânhamo é a falta de informação e organização.

“Eu não acho que sejam as grandes empresas ou interesses escusos, eu acho que é a falta de informação. Fora da bolha, ainda estamos num nível de debate muito raso. No congresso, a discussão ainda é completamente alheia à realidade. Mesmo tendo desenvolvimento tecnológico completo, parece que estamos introduzindo um tema alienígena.”

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Rafael Arcuri, diretor da Associação Nacional do Cânhamo

Rafael acredita que é necessário um lobby organizado com a presença de engenheiros agrônomos experientes e responsáveis técnicos capazes de sanar dúvidas específicas das instituições que podem tomar as decisões, como a Anvisa, o Ministério da Agricultura e o Congresso.

“Precisamos pensar de maneira mais estratégica, nos organizando para atuar de forma mais profissional nesta frente. A questão regulatória e técnica deve ser levada para quem toma a decisão de fato, porque atualmente os discursos apenas tangenciam os problemas, sem tocar a questão real.”

A Cannalize falou com estes e mais palestrantes durante a feira. Veja as entrevistas no nosso Instagram.

https://cannalize.com.br/sao-paulo-tem-potencial-para-produzir-canhamo/ Dois estados criam frentes parlamentares sobre cannabis medical-marijuana-leaf

As iniciativas têm o objetivo de instigar as discussões sobre possíveis regulamentações da cannabis nos estados

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Mais dois estados criam frentes parlamentares para falar sobre cannabis
Foto: Freepik

Após a criação da Frente Parlamentar em Defesa da Cannabis em São Paulo, mais duas casas legislativas também lançaram a iniciativa em seus estados. Dessa vez no Maranhão e em Goiás.

Aprovada na semana passada (23), a frente de Goiás já pode começar a desenvolver reuniões e propor leis para a regulação da cannabis para usos medicinais e científicos. 

O objetivo é reunir médicos, pesquisadores, advogados e a sociedade em  reuniões para discutir sobre o tema, além de discutir possíveis legislações para a implementação de políticas de cannabis nas unidades de saúde do estado. 

Em maio, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil), sancionou o projeto de lei que permite a distribuição de produtos à base de cannabis pelo SUS (Sistema Único de Saúde). 

A nova lei 21.940, de autoria do deputado Lincoln Tejota, (União Brasil), permitiu o fornecimento tanto de produtos isolados quanto full-spectrum, ou seja, feitos com a planta inteira. 

Ao que parece, a nova frente parlamentar será uma forma de regulamentar a nova lei. 

Frente Parlamentar no Maranhão

Outro estado que também criou recentemente uma frente parlamentar, foi o Maranhão. Lançada nesta quarta-feira (30), o objetivo é basicamente o mesmo proposto em Goiás e em São Paulo:

Abrir a discussão para médicos, advogados, pesquisadores e toda a população para entender quais os melhores caminhos para uma possível regulamentação da cannabis. 

Aqui, a discussão sobre o cânhamo também ganhou espaço, e pretende ouvir representantes do mercado. As fibras da planta, por exemplo, são bastante utilizadas pela indústria para a fabricação de insumos.

No estado também já há projetos de lei sobre o assunto. Em fevereiro o deputado Rafael (PSB), protocolou uma proposta que também pretende dar acesso à cannabis medicinal no Maranhão através do SUS.

De acordo com o texto, os produtos poderão ser nacionais, importados e até artesanais, mas precisam ter certificados de análises de acordo com as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Contudo, o projeto ainda precisa ser sancionado para virar lei. A nova frente parlamentar pode ser um empurrão para a aprovação.

Legislação brasileira

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. 

Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes. 

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.

https://cannalize.com.br/mais-dois-estados-criam-frentes-parlamentares-para-falar-sobre-cannabis/ Cânhamo: usos medicinais, alimentícios e industriais 20371_easy-resize-com_-1024x682-1-jpg

Você já ouviu falar do cânhamo? Ele é uma variedade da cannabis sativa que é muito utilizada na confecção de tecidos, cordas, papel e até na fabricação de materiais de construção civil.

As suas fibras são duas vezes mais fortes que as fibras orgânicas, o que faz o cânhamo ser útil até na produção da estrutura de carros.

Notícias sobre Cannabis Medicinal e muito maisUsado há milhares de anos por vários países, é uma das culturas agrícolas mais renováveis do planeta, pois pode ser produzida em solo de baixa qualidade e sem pesticidas.

Além da fibra, as suas sementes também são aproveitadas. Elas já foram usadas como combustível e atualmente são utilizadas em alimentos, suplementos alimentares e cosméticos.

Um fato curioso é que o cânhamo existe nos dois gêneros, macho e fêmea. Os produtores geralmente cultivam os dois juntos lado a lado ao ar livre para incentivar a polinização.

Cânhamos VS Maconha

O cânhamo é da mesma espécie da maconha, por isso as duas são confundidas com frequência e erroneamente consideradas a mesma coisa. Elas podem ser parecidas, mas são geneticamente distintas e a suas finalidades com certeza também não são as mesmas.

Primeiro que não é possível fumar cânhamo, isso só deixará o indivíduo com dor de cabeça.

Uma das principais diferenças é que o teor de tetraidrocanabinol (THC) A principal substância que carrega os efeitos alucinógenos também está presente no cânhamo, mas em um teor bem baixo, de 0,3%.

Em compensação o cânhamo tem uma alta concentração de Canabidiol (CBD). Por isso, é muito utilizado para a fabricação de produtos farmacêuticos. 

Óleo de cânhamo não é óleo de CBD

É importante ressaltar que óleo de cânhamo e óleo de CBD são coisas totalmente diferentes. O óleo de cânhamo é extraído das sementes do cânhamo, que nem possui canabidiol.

Já o óleo de CBD não pode ser retirado das sementes, ele geralmente é extraído da flor em processos que variam entre solventes, aplicação de calor, com o auxílio de azeite e entre muitos outros métodos.

Para entender melhor sobre o uso medicinal do CBD, veja aqui.

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Cânhamo como alimento

As sementes são pouco conhecidas no Brasil, mas muito utilizada lá fora principalmente em receitas veganas. Há quem prefira temperar a salada com óleo de cânhamo do que qualquer outro óleo do mercado, por exemplo.

O cânhamo pode ser uma ótima fonte de proteína vegetal e o bom é que combina com quase tudo: saladas, sopas, sumos, batidos, sobremesas e até leites vegetais.

As suas propriedades são semelhantes a linhaça ou chia. No entanto, o sabor é parecido com a noz. Tanto, que a semente também é conhecida como noz de cânhamo. Ela pode ser comida crua, processada para extrair o óleo ou moída em forma de farinha.

A semente da planta pode ir até na ração de animais. O complemento ajuda a manter a pelagem dos bichos mais macia e brilhante. Na Europa também é muito utilizada para alimentar as galinhas.

O cânhamo não possui glúten nem lactose. Também não há nenhuma reação conhecida contra as sementes, por isso, pessoas com alergias, por exemplo, podem consumir sem medo.

Sem contar que as fibras ajudam no emagrecimento, pois auxiliam na absorção de nutrientes e no bom funcionamento digestivo.

Mais especificamente, a semente possui 30% de gordura, mas é do tipo de gordura boa. Outros 25% é proteína, uma porcentagem considerada como um teor alto do nutriente.

Também é rica em potássio, ferro, ômega 3 e 6, magnésio e claro, em fibra! Cerca de quatro colheres de sementes de cânhamo contêm:

  •         240 calorias;
  •         1 grama de gordura total;
  •         0 de colesterol;
  •         4,5 gramas de carboidrato;
  •         2,5 gramas de fibra.

Propriedades medicinais

Além das propriedades extraídas do óleo de canabidiol, há muitos outros benefícios para a saúde nas sementes também. Que inclusive, já foram comprovados na prevenção de doenças cardíacas, osteoporose, colesterol, pressão alta, menopausa e até para sintomas de TPM.

Isso porque elas são ricas em antioxidantes, que combatem os radicais livres. Além do fortalecimento do sistema imunológico, devido ao CBD.

O óleo de cânhamo é muito popular no mundo ocidental, por conta das suas raízes históricas. No entanto, houve um aumento na procura nos últimos anos, principalmente na Europa e nos EUA, pois além dos nutrientes, também é bom para a saúde do coração e as funções cardiovasculares.

As sementes de cânhamo têm um alto teor de arginina, um aminoácido conhecido por dilatar os vasos sanguíneos para baixar a pressão e reduzir os riscos relacionados à pressão alta e doenças cardíacas.

Outro composto do cânhamo que está sendo estudado é o gama-linolénico, que aparentemente também tem ações anti-inflamatórias que podem beneficiar o coração.

Nutrição para o cérebro. Uma coisa interessante é que o óleo de cânhamo tem um elemento chamado docosahexaenóico (DHA), que é extremamente necessário para o cérebro e para as retinas dos olhos.

Recomendado também para grávidas, o óleo auxilia no desenvolvimento do cérebro de bebês ainda na gestação.

A TPM é um problema que pode ser resolvido como o cânhamo também. Estudos apontam uma melhora na dor, sensibilidade nos seios, depressão, irritabilidade, retenção de líquidos, e vários outros sintomas.

O cânhamo foi cotado até pela indústria dos cosméticos. Hoje não é difícil encontrar loções, cremes hidratantes e máscaras faciais de cânhamo. Isso porque ele contém ácidos graxos que ajudam a pele seca e rachada. 

O próprio óleo de cânhamo é usado para evitar a desidratação, coceira, irritação e ajuda até no processo de envelhecimento.

Como comprar o cânhamo

No Brasil, o cultivo de qualquer espécie de cannabis ainda é ilegal e as discussões sobre a importação de sementes de cânhamo ainda são polêmicas.

Em 2020 dois casos que envolviam a importação de sementes foram discutidos amplamente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Eles foram adiados por umas três vezes por causa de divergências.

No primeiro caso, o denunciado havia importado 31 sementes. A defesa até pediu a atipicidade do caso, que é reconhecida como importação de baixa quantidade e não configura como crime.

Já no segundo caso, o número de sementes foi ainda menor. O acusado foi denunciado por tráfico internacional, por importar 16 sementes da Holanda.

Os juízes da 3ª Seção do STJ decidiram por unanimidade a atipicidade das importações, por isso, não foram consideradas crime.

A decisão se alinhou ao entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que mesmo classificando a ação como contrabando, havia considerado os dois casos com o “princípio de insignificância”, pela baixa quantidade de sementes.

Como comprar CBD

Já o Canabidiol é um produto controlado, que precisa ser comprado com receita médica.  Se precisar de atendimento, clique aqui.

História e origem do cânhamo

Testes de carbono sugerem que a sua história começou há mais de 10 mil anos. Ele foi usado de formas diferentes por cada cultura. Romanos, africanos, indianos, gregos e chineses tiraram proveito da variação de cannabis sativa.

Até meados do século XIX a maconha e o cânhamo foram a primeira, a segunda ou a terceira medicina mais usada, em muitos países.

Os primeiros registros históricos do uso do cânhamo estão da Ásia, na fabricação de papel há 8.000 A.C, o que faz da China a maior produtora de cânhamo historicamente.

Os chineses usavam a planta também para fins medicinais, suas raízes eram destinadas a curar coágulos e infecções, enquanto o restante era usado para evitar a perda de cabelo e dores de estômago, o que já foi provado cientificamente que funciona.

Um fato interessante é que o cânhamo foi a primeira planta em vários países, a ser cultivada sem ser para a alimentação.

Depois da China, ela se espalhou para o Oriente Médio, Índia e Norte da África. Os citas, povo que viveu na região do Irã, deixavam o cânhamo no túmulo dos mortos como tributo.

A Índia também tem uma longa história com a cannabis. Conhecida como “bhang” é sagrada e está relacionada com o deus Shiva. Os antigos Hindus já adoravam espíritos de plantas e animais. Nem preciso dizer que a cannabis era uma destas plantas.

No antigo Egito, a cannabis pode ser encontrada em pergaminhos de 2.000 anos A.C. como remédio. Foi documentada pela primeira vez para tratar catarata e dor nos olhos. As mulheres egípcias também usavam para tratar a tristeza e o mau humor, o que sugere que fosse uma espécie de tratamento para TPM.

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No antigo egito, a deusa egípcia Seshat representada com uma folha de marijüana sobre a cabeça foi uma divindade protetora de conhecimentos. A partir dela, rituais com sexo e cannabis eram realizados.

Outro fato curiosíssimo é que o pólen da cannabis foi encontrado em todas as múmias reais conhecidas, não só no Egito, mas também na China e Peru e México.

O surgimento do mercado de cânhamo

As cordas feitas com a fibra da planta, surgiram na Grécia lá pelo ano 200 A.C., que passou a ser importada para a Inglaterra pelos romanos cem anos depois.

Muito tempo depois, em 800 D.C. na Grã-Bretanha, o cânhamo ainda era cultivado para materiais da frota naval britânica.

Difundida pelos árabes há mais 1.000 anos, a planta foi um dos tradicionais cultivos da Península Ibérica.

Em 1.150, os muçulmanos construíram os primeiros moinhos de fiação de cânhamo na Espanha e por muitos anos, o cânhamo foi importante para a construção dos navios.  Especificamente para a fabricação de cordas, velas e outros utensílios navais.

Os dias de glória do cânhamo começaram a ter fim a partir de 1925, nos Estados Unidos. A nação que usava o cânhamo até como combustível, começou a difundir a ideia da maconha e o cânhamo eram uma coisa só e ainda, que era perigoso.

O país continuamente afirmava vínculos da cannabis com comportamentos antissociais, loucura e violência. O que se espalhou para outros países, e leis anti-cannabis surgiram. Em 1937 os Estados Unidos tornaram ilegal a posse de cannabis, independentemente dos seus fins.

Muita gente ainda considera a ação dos Estados Unidos Irônica, uma vez que o cânhamo foi usado até como papel para que a constituição americana fosse escrita.  O próprio Benjamin Franklin era dono de uma fábrica de cânhamo!

Para que o cânhamo se tornasse uma commodity, precisou-se de uma legislação. Foi então que a regra de o,3% a 1% de THC foi estipulada em 1946 pela Lei de Comercialização de Produtos Agriculturais dos EUA (AMA).

Foi onde perceberam que plantas cannabis com baixo teor de THC são ricas em CBD. Essa descoberta gerou vários cruzamentos genéticos para as que as plantas produzam mais CBD e resina, exclusivamente para remédios.

Apesar da proibição, o cânhamo teve uma exceção lá na década de 1940, quando foi útil na Primeira Guerra Mundial. Em 1942, o Departamento Agrícola dos Estados Unidos, deu a missão de plantar cannabis aos fazendeiros em uma campanha chamada “Hemp For Victory”, “Cânhamo pela vitória” em tradução livre.

O objetivo era servir de matéria prima, para a fabricação de uma variedade de produtos, desde paraquedas a solas de sapato.

Na década de 1950 o cânhamo era tido como commodity Rural nos EUA, e o Ministério da Agricultura apoiava o cultivo.

A desaprovação mundial finalmente apareceu lá na década de 1960, quando a ONU adotou a Convenção Única sobre Entorpecentes. O acordo exigiu a proibição da cannabis para qualquer fim.

O tratado foi adotado por todos os membros das Nações Unidas, o que fez a planta ser ilegal em grande parte do mundo.  O acordo ficou conhecido como Tratado Internacional de Drogas em 1961.

No governo do presidente Nixon, em 1970, a cannabis foi enquadrada na Lei de Substâncias controladas e era considerada uma das drogas mais perigosas no país.

27 anos depois, a Projeto de Lei 1305 da Dakota do Norte abriu caminho para as pesquisas sobre o cânhamo e foi aí que ele voltou a ser produzido com o termo “cânhamo industrial”, mas deixando claro que ele seria utilizado na fabricação.

A legalização da cannabis está voltando aos poucos em vários países. Alguns são mais avançados, como os Estados Unidos, onde a maioria dos estados já permite lojas para o uso recreativo e medicinal, e lugares onde a evolução da legalização da planta anda a passos curtos, como o Brasil.

O cânhamo no Brasil

Desde a colonização até o século XX a maconha e o cânhamo eram cultivados legalmente no país, até mesmo pelo governo através da Real Feitoria de Cânhamo e outros programas governamentais, que tinham como objetivo a objetivo abastecer a indústria têxtil, exportando para o mundo todo.

O cânhamo era culturalmente usado como remédio. O óleo vegetal servia de alimento e matéria prima para combustível, lamparinas e diversas outras funções.

Mesmo depois da sua proibição em 1932 a planta era comercializada para fins medicinais e ainda, recomendada pelos médicos.  A indústria no Brasil era tão forte, que o cânhamo chegou a ser considerado o principal produtor agrícola de cannabis, por um jornal da época.

Portugal instaurou no Brasil a Real Benfeitoria de Cânhamo em 1783 para fabricar a fibras e mandá-las para outros países. As fazendas se concentravam em vários estados do Brasil, como Pará, Amazonas, Rio de Janeiro, Maranhão e Bahia.

Uma das grandes vantagens de cultivar a erva no Brasil era o clima tropical, onde as plantas se davam muito bem.

Influenciado pelos países que proibiram a cannabis, em 1921, a primeira lei de controle de drogas surgiu no Brasil. Ela penalizava apenas a venda de cocaína, ópio e derivados, mas em 1932 a cannabis indica foi incluída, e seis anos depois, o Ato Fiscal da Maconha, abrangeu a cannabis sativa também, exceto para o uso medicinal.

Mas, no dia 4 de novembro de 1964, no início da ditadura militar, a simples posse de cannabis foi classificada como crime.

Cânhamo Industrial

O cânhamo é perfeitamente seguro, pois na plantação para óleos, por exemplo, não leva pesticidas, herbicidas e nem fertilizantes químicos. O cânhamo também se mostrou altamente rentável, uma vez que não tem a necessidade de um solo de ótima qualidade para crescer.

Segundo um relatório do Congressional Research Service publicado em 2015, atualmente mais 25 mil produtos usam o cânhamo como matéria prima em nove tipos de mercado diferentes: agricultura, têxteis, reciclagem, automotivo; móveis, alimentícia (bebidas e comidas), papéis, construção civil e cuidados pessoais/medicamentos.

O cânhamo industrial, também chamado de cannabis não psicoativa, é legalizado em trinta países, sendo que alguns deles nunca proibiram. A China é um exemplo, devido a sua longa história com a planta, é a maior produtora de cânhamo do mundo.

É difícil criar uma estimativa sobre a geração de lucro global, mas em 2013 a Associação das Indústrias de Cânhamo (Hemp Industries Association – HIA) afirmou que o setor produziu 581 milhões de dólares em produtos só nos Estados Unidos aquele ano.  O número traz uma estimativa do tamanho do setor.

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Recentemente, ele é muito usado como uma espécie de plástico biodegradável, além da fibra ser usada na fabricação de materiais de construção e isolamento térmico.

Em 2014 as restrições à produção e comercialização do cânhamo foram flexibilizadas com o Projeto de Lei Agrícola dos EUA de 2014 e também na Lei de Aprimoramento da Agricultura dos EUA de 2018 que define mais claramente as diferenças do cânhamo e da maconha.

Atualmente, a lei de vigilância sanitária do país é responsável pela supervisão dos produtos derivados do cânhamo de acordo com a Lei Federal de Alimentos, Drogas e Cosméticos dos EUA.

No Paraguai, depois da regulamentação da produção controlada em 2019, o cultivo foi atraído por diversos agricultores locais e até estrangeiros, principalmente da América do Sul.  O Ministério da Agricultura do país visou beneficiar 25 mil famílias com o preço de e 10.000.000 de guaranis por hectare, com colheitas de cânhamo duas vezes por ano.

Legislação no Brasil

No Brasil, o uso da cannabis ainda é bastante limitado. Em 2015 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou por pressão a Resolução 335/15, que permitiu a importação de produtos derivados da planta exclusivamente para fins medicinais. 

O número de pessoas que importam o óleo de CBD cresce a cada ano. Só nos dois primeiros dois anos da pandemia de COVID-19, mais de 33 mil pessoas começaram a importar.

A alta demanda fez a Anvisa criar força-tarefa e simplificar o processo de importação, como o aumento do tempo para renovoar a autorização de importação, por exemplo.

Em 2021 foi criada uma nova resolução 570/21.  Agora, a análise do pedido de importação é mais simples e leva em consideração apenas a procedência. Produtos que são frequentes também têm já são aprovados automaticamente.

Compra nas farmácias

A agência também aprovou outra resolução no final de 2019, que permitiu a venda nas farmácias. A RDC 327/19 entrou em vigor em março de 2020 e possibilitou a compra nas drogarias apenas com a receita médica.

Contudo, cada produto precisa ser aprovado órgão. Até agora, a Anvisa já liberou a venda de 11 óleos de cannabis diferentes.

Atualmente há uma proposta para uma legislação mais abrangente. O projeto de lei 399/15 foi aprovado na Comissão Especial da Cannabis e já pode seguir para o Senado. Ele prevê o cultivo e a comercialização de produtos à base de cannabis tanto para uso medicinal quanto industrial.

Consulte um profissional

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.

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