Startup brasileira cria processo que promete baratear os custos com cannabis medicinal

Startup brasileira cria processo que promete baratear os custos com cannabis medicinal

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As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

A startup quer colocar o produto à base de canabidiol nas farmácias já em 2021, com um custo reduzido em até 60%.

A biotech brasileira Entourage Phytolab apresentou na International Cannabinoid-Derived Pharmaceuticals Summit (ICDP), uma maneira de produzir cannabis medicinal que promete reduzir os custos e agir no organismo de forma mais eficaz.

A nova formulação da startup, segundo o CEO Caio Santos Abreu, pode aumentar até duas vezes a concentração de canabidiol (CBD) no sangue. Componente da planta que não produz efeitos alucinógenos.

A maior rapidez e absorção do CBD pode baratear os custos de medicamentos à base do composto até 60%. Atualmente só há um produto à base de canabidiol nas farmácias, e ele custa dois salários mínimos.

Além disso, os resultados mostram que o novo método pode reduzir a variação dos efeitos nos pacientes. Cada organismo é único, por isso, absorve a cannabis de forma diferente. Por vezes é preciso aumentar a dosagem ou até trocar de canabinóide, o que para a startup, a questão pode ficar um pouco mais simples.

O produto já foi testado, mas precisa passar por uma etapa final. Mas a expectativa, é que seja comercializado nas farmácias já em 2021, depois que passar pela a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e for aprovado.

Produtos à base de cannabis no Brasil

 Depois da resolução RDC 327/2019 que aprovou a venda de medicamentos à base de canabidiol nas farmácias pela Anvisa no final de 2019, a indústria do setor ficou esperançosa.

Hoje, apenas a Prati-Donnaduzzi tem autorização para vender, no entanto, o seu produto é bem caro. Conforme a cannabis fique mais competitiva no país, a tendência é que o preço caia e mais pacientes possam adquirir.

Esse avanço no número de empresas interessadas no mercado e gerando competitividade, não precisa ser necessariamente com mais medicamentos nas prateleiras.

A Merk, por exemplo, não tem a intenção de produzir medicamentos, mas deseja contribuir com uma parceria técnico-científica, isso quer dizer que ela vai apenas gerar soluções para evolução da indústria.

Outra empresa anunciou um chamamento para parcerias nesta semana, foi o instituto Tepcar. Além de contribuir com tecnologia, a paranaense visa também a fabricação e o fornecimento de produtos.

 

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