Problemas psicológicos também podem ser sintomas da COVID, segundo estudo

Problemas psicológicos também podem ser sintomas da COVID, segundo estudo

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A pesquisa analisou mais de 100 mil casos, onde mais de 20% dos pacientes relataram depressão e ansiedade. 

Parece que sintomas da COVID-19 como ansiedade, depressão e outros problemas psicológicos são mais comuns do que se imagina. Pelo menos é o que mostrou uma meta-análise com mais de 200 estudos sobre pacientes que tiveram casos graves.

A pesquisa reuniu artigos de mais de 30 países e analisou um total de 105.638 casos de pessoas que tiveram sintomas graves. 

“Parece que afetar a saúde mental e o cérebro é uma regra da Covid-19, e não uma exceção.” Disse Jonathan Rogers, pesquisador da University College London, à BBC News mundo. 

Problemas psicológicos

Além dos sintomas mais comuns, como perda do olfato e do paladar, fraqueza e fadiga, a depressão apareceu em 23% dos casos analisados e a ansiedade em 16%. O pesquisador ainda complementou que em alguns casos, estes sintomas são a única manifestação da doença. 

Rogers ainda acrescentou que no caso dos idosos, o delírio pode aparecer mesmo antes das crises respiratórias. Contudo, o sintoma também pode aparecer em outras infecções respiratórias como a gripe, por exemplo. 

O estudo também mapeou outras condições neurológicas, que embora raras também podem se manifestar em um paciente com COVID. Como por exemplo, o acidente vascular cerebral isquêmico, presente em 1,9% dos casos, o acidente vascular cerebral hemorrágico em 0,4% e convulsões, com uma incidência de 0,06%. 

Qual a explicação?

As causas não foram o foco da meta-análise. Contudo, eles presumem que estes sintomas psicológicos podem se desenvolver por causa da infecção nas correntes sanguíneas, fator que pode contribuir. 

Outra hipótese é a chamada hipóxia cerebral, que consiste na redução de oxigênio para o cérebro. 

O medo do vírus e da pandemia também podem contribuir para o desenvolvimento dos problemas psicológicos. 

No entanto, são só ideias, Jonathan Rogers diz que ainda é necessário mais estudos para entender a relação. 

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