A endometriose é muito comum no Brasil, que atinge uma a cada seis mulheres em período reprodutivo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 15% das mulheres, ou seja, aproximadamente 7 milhões, sofrem com a doença no país.
A endometriose é uma doença crônica que afeta muitas mulheres em período reprodutivo. Durante essa doença ocorre o surgimento de um tecido endometrial fora do útero.
Este tecido, na maioria, acaba revestindo a cavidade uterina, crescendo no início do ciclo menstrual e transformando-se após a ovulação, para que ocorra a implantação de um possível embrião durante a menstruação para voltar a crescer no ciclo seguinte.
O tecido localizado na parte de fora do útero age de forma semelhante, através do mesmo processo de crescimento e descamação. Isso causa inflamação e fibrose, que na maioria se associa ao acúmulo de sangue e restos de células endometriais, chamados de endometriose.
Todos os meses, os ovários produzem hormônios que multiplicam células da mucosa do útero (endométrio) e as preparam para receber um óvulo fertilizado. Com isso, a mucosa aumenta de tamanho.
Caso essas células, chamadas de células endometriais, crescerem fora do útero, surge a endometriose. Diferente das células geralmente encontradas dentro do útero, que são liberadas durante a menstruação, as células fora do útero permanecem e crescem no lugar.
Existem outros pontos que podem levar ao desenvolvimento da endometriose, aos quais incluem:
Existem casos em que a endometriose às vezes é hereditária e mais comum entre parentes de primeiro grau (mães, irmãs e filhas) de mulheres que têm a doença. Essa doença tem mais propensão de ocorrer em mulheres com as seguintes características:
O primeiro sintoma da endometriose é a dor na região inferior do abdômen e na região pélvica, quase sempre associada ao ciclo menstrual.
No entanto, mulheres com essa doença costumam dizer que a dor pélvica, durante o período de menstruação, é muito pior do que o normal e vai aumentando conforme o tempo.
Existe outros sintomas bastante frequentes da doença que são:
Nem sempre a intensidade da dor está ligada à extensão do problema. Existem casos de mulheres com a doença muito extensa, mas não têm dor alguma, enquanto outras com pequenos focos sentem dores terríveis.
Outra coisa que acontece, é que muitas vezes os sinais da endometriose podem ser confundidos com os de outras doenças, por isso é muito importante consultar um médico antes de dar início a qualquer tipo de tratamento.
O tratamento dessa doença, depende dos sintomas da mulher, dos planos para gravidez e da idade, assim como da fase da endometriose, se é inicial ou avançada.
Contudo, as opções mais comuns para o tratamento dessa doença incluem:
Os tratamentos dependem dos seguintes fatores:
Na maioria, os medicamentos são usados para inibir a atividade dos ovários e, assim, impedir o crescimento do tecido endometrial ectópico e reduzir o sangramento e a dor. Os medicamentos que costumam ser usados são:
Lembrando que, somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para cada caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Por esse motivo, é necessário seguir sempre à risca as orientações de um médico e nunca se automedicar.
Nos últimos anos, estudos científicos foram realizados e verificaram que pacientes com endometriose apresentavam uma queda nos receptores do Sistema Endocanabinoide, responsável por equilibrar o organismo para que realizassem suas funções corretamente.
A revista científica Journal of Molecular Endocrinology, periódico oficial da Sociedade de Endocrinologia Europeia, publicou uma pesquisa que mostrou que o canabidiol (CBD) tem um papel importante nos órgãos reprodutores femininos. Segundo a publicação, estas substâncias podem regular algumas funções tais como a migração e a proliferação de células do endométrio.
Embora sejam necessários mais estudos sobre a conexão dos canabinóides com o aparelho reprodutor feminino, já sabemos que o CBD tem propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, e, portanto, poderia ser utilizado para o alívio de alguns dos sintomas da endometriose.
Outra curiosidade importante a favor do uso de canabidiol, é que ele também é capaz de impedir o crescimento e a migração das células que causam a inflamação.
O canabidiol bloqueia a ativação do receptor GPR 18 (responsável pelo deslocamento das células danificadas).
Esse canabinóides incrível pode trazer uma melhora no quadro clínico e na qualidade de vida dos pacientes. Lembrando que se refere ao uso medicinal da planta e que, assim como qualquer outro tratamento, o CBD deve ser prescrito e acompanhado por médicos.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
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Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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