Que as vaquinhas também podem sentir os efeitos da “alta” da maconha, isso já foi constatado. Mas já pensou como deve ser a experiência de tomar o leite produzido por elas?
Essa também foi a curiosidade de pesquisadores da Alemanha, que fizeram um estudo que foi publicado na revista Nature Food.
O objetivo era tentar entender quais seriam os efeitos do THC (tetrahidrocanabinol) em vacas leiteiras e como isso poderia mudar o leite produzido.
Em comparação com os animais que receberam uma dieta comum de milho e feno, as vacas que experimentaram a comida diferenciada apresentaram algumas mudanças de comportamento.
Parece que elas ficaram bem mais relaxadas, passavam mais tempo mastigando e salivavam e bocejavam com mais frequência.
Também não apresentaram compulsão por comida, o que foi um ponto positivo.
O estudo, feito pelo Instituto Federal Alemão de Avaliação de Riscos, também analisou a qualidade do leite produzido por vacas leiteiras alimentadas com a cannabis.
Na verdade, o objetivo principal do estudo era entender se o THC poderia chegar de alguma forma aos estômagos dos humanos.
Essa foi uma alternativa de tentar utilizar as toneladas de sobras de plantações de cannabis utilizadas para a extração de canabinoides, substâncias produzidas pela cannabis para a fabricação de remédios e cosméticos.
Durante o estudo, os pesquisadores perceberam que ao utilizar a cannabis em níveis bem baixos de THC (cerca de 0,3%), não afetaram a produção de leite das mimosas.
Por outro lado, o volume maior da substância diminuiu a produção de leite consideravelmente, pois as vacas se alimentavam menos.
Sem contar que o canabinoide era passado para as pessoas através do leite produzido. Às vezes em quantidades que ainda excedem os limites estabelecidos pelos reguladores de segurança alimentar da Europa.
A pesquisa vai ao encontro com outros estudos realizados nos Estados Unidos sobre cannabis e gado.
Cientistas da Universidade Estadual do Oregon, por exemplo, alimentaram ovelhas com cannabis e pouco tempo depois perceberam pequenas quantidades de THC na gordura e nos músculos dos animais.
Parece que os pesquisadores não enxergam isso como algo ruim, no final das contas. Segundo Serkan Ates, professor associado da Faculdade de Ciências Agrícolas do Estado do Oregon, há poucas desvantagens, comparado com os benefícios.
“O valor nutricional do cânhamo é muito alto, mas a maior parte acaba em aterros sanitários ou compostagem”, disse ao New York Times.
De acordo com Michael Kleinhenz, professor assistente de medicina de produção de carne bovina na Universidade Estadual do Kansas, as descobertas sugerem que a alimentação com o THC pode ter benefícios práticos.
Isso porque em todos os estudos foi percebido a redução de estresse entre os animais, algo que parece ser bastante relevante na criação de gado e ovelha. Para ele, aliviar o estresse com maconha pode ser vantajoso.
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Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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