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Cientistas encontram 33 marcadores genéticos na cannabis



13/06/2025


Os marcadores genéticos poderão ajudar a criar padronizações para as plantas, onde será possível prever a quantidade de canabinoides que ela irá produzir

Cientistas encontram 33 marcadores genéticos na cannabis

Cientistas encontram 33 marcadores genéticos na cannabis

Recentemente, pesquisadores da Université Laval, no Canadá, encontraram 33 marcadores genéticos no genoma da cannabis. Trata-se de regiões específicas de DNA que são usadas para identificar variações genéticas.

De acordo com o estudo, eles descobriram que os marcadores que influenciam diretamente a produção de canabinoides como THCA, CBDA e CBN. A pesquisa foi publicada no começo do mês na revista The Plant Genome.

O time analisou 174 amostras de cannabis cultivadas no Canadá. Para identificar os marcadores, eles utilizaram uma abordagem de genotipagem de alta densidade. Dessa forma, mapearam milhares de marcadores moleculares no genoma da planta.

Através de métodos estatísticos, identificaram 33 marcadores genéticos ligados a 11 características distintas de canabinoides. Vários apresentaram impacto alto no fenótipo da planta.

Ou seja, características que influenciam fortemente o comportamento da planta, como cor, cheiro, sabor e quantidade de canabinoides.

Capaz de prever a quantidade de canabinoides

Um dos achados mais marcantes foi um grande conjunto de genes em um único cromossomo. A região tem cerca de 60 megabases e está associada a variedades com alto teor de THC (tetrahidrocanabinol). Trata-se do principal canabinoide que produz os efeitos da maconha.

Os autores afirmam que a descoberta representa um avanço, que sinaliza a transição da cannabis para práticas agrícolas modernas. Também afirmam que isso abrirá portas para inovações em cultivo e pesquisa genética.

Segundo o artigo, os marcadores genéticos serão ferramentas valiosas em programas de melhoramento, pois podem acelerar a seleção de variedades promissoras. Também reduzem os custos em comparação com métodos que dependem apenas do fenótipo.

Antes, o cultivo dependia de testes químicos após a colheita, um processo é lento e caro. Agora, com os marcadores genéticos, os criadores podem prever o perfil químico da planta ainda na fase inicial.

Um novo capítulo

Por fim, isso pode beneficiar tanto a indústria medicinal quanto a recreativa. Os Pesquisadores podem criar variedades específicas para tratar dor, inflamação, ansiedade, epilepsia e outros quadros, com dosagens precisas e efeitos controlados.

A pesquisa ainda acelera o caminho para plantas com mais CBG (canabigerol), THCV (tetrahidrocanabivarina) ou outros canabinoides emergentes. Consequentemente, o potencial para padronização é grande e melhora a confiabilidade dos tratamentos à base de cannabis.

O estudo faz parte de um movimento global. A legalização progressiva permitiu mais investimento em pesquisa. Cientistas da Coreia do Sul, por exemplo, identificaram recentemente um novo canabinoide chamado cannabielsoxa.

Dessa forma, essa fase inaugura um novo capítulo. Agora, a cannabis passa a ser tratada como culturas tradicionais, como milho ou soja. Isso inclui seleção genética, produção em larga escala e otimização de safras.

Os pesquisadores da Université Laval também ressaltam que os anos de proibição limitaram recursos, o que atrasou o avanço genético da planta. Agora, com os marcadores genéticos, é possível recuperar o tempo perdido.

Texto traduzido do portal Marijuana Moment

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Tainara Cavalcante

Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.