CBD pode induzir a atividade antioxidante na pele, diz estudo

CBD pode induzir a atividade antioxidante na pele, diz estudo

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Apesar da necessidade de mais pesquisas, o estudo conseguiu entender como o canabidiol pode realizar essa tarefa e com isso, pode ajudar a combater doenças da pele.

Que o canabidiol (CBD) tem benefícios para a pele não é novidade. Tanto é que cremes corporais e de rosto feitos com a substância já são produzidos há um tempo e podem ser encontrados com facilidade na internet.

Mas o que um estudo escocês revelou recentemente é que o CBD é capaz de induzir a atividade antioxidante na pele.

Foto: Freepik

Caso você ainda não conheça muito bem a substância, ela é parte da famosa cannabis sativa, mas que não produz os efeitos psicoativos da maconha.

Ela é conhecida pelos seus efeitos anti-inflamatórios e anticonvulsivantes, muito usada para tratar uma série de condições, principalmente à epilepsia de difícil controle.

O estudo

A pesquisa feita pelas universidades de Córdoba e Dundee conseguiu demonstrar como os mecanismos de ação do CBD podem agir sobre a atividade antioxidante da pele.

A cannabis funciona no organismo a nível celular, através de um sistema chamado Sistema Endocanabinoide.

Ele ajuda a manter o equilíbrio de várias funções do organismo, como fome, humor, sono, sistema imunológico, sistema nervoso e por aí vai.

Quando algo não vai bem, ele produz os chamados canabinoides, que através de receptores ajudam a regular as funções.

A cannabis também possui canabinoides como o canabidiol, por exemplo. Estas pequenas substâncias podem funcionar como uma espécie de reforço aos nossos.

 O CBD é capaz de atuar em diferentes células para liberar antioxidantes. No estudo, os pesquisadores conseguiram perceber uma dupla atividade antioxidante.

 A primeira delas foi a indução da atividade de uma enzima chamada heme oxigenase 1.

Esta enzima produz antioxidantes e anti-inflamatórios nas células queratinócitos, as principais células da camada superior da pele.

Essa liberação de enzima só é possível porque há redução da proteína BACH1, ela suprime a expressão da heme oxigenase 1.

No estudo, os pesquisadores também conseguiram modificar o CBD para mais uma ação antioxidante. Dessa vez, na proteína NRF2, que controla a ação de alguns genes.

Genes que por sua vez são importantes para proteger as células do chamado “estresse oxidativo”, um estado que o nosso organismo permanece quando não consegue combater os radicais livres.

Isso pode trazer complicações, como mutações de DNA que podem causar câncer de pele, por exemplo.

Segundo o estudo, estas ações antioxidantes do CBD podem ser potentes no tratamento de doenças da pele, como dermatite atópica.

Com estas descobertas, os pesquisadores das duas universidades continuarão modificando o canabidiol para potencializar os seus efeitos.

É importante ressaltar que o estudo precisa de mais investigações. Os testes em animais, por exemplo, ainda não foram feitos.

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