Cápsulas de cannabis podem se tornar mais eficientes que o óleo, segundo estudo

Cápsulas de cannabis podem se tornar mais eficientes que o óleo, segundo estudo

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Pesquisadores australianos fizeram um tipo de cápsula com uma substância produzida pelo fígado que pode aumentar até 40 vezes a absorção.

Já falamos aqui sobre o uso de cápsulas de cannabis. A cápsula nada mais é que uma concentração de canabinoides, como o Canabidiol (CBD), dentro de um revestimento para usá-los de forma mais prática e com uma dosagem mais exata.

Assim como o óleo de CBD, as cápsulas funcionam da mesma forma que os óleos, mas administradas como um comprimido. 

Apesar de ter o mesmo objetivo, as cápsulas são feitas de maneira totalmente diferente. Elas podem ser feitas em um gel, em pó ou só o próprio líquido de canabidiol puro, extraído do cânhamo, ou junto com outros canabinoides.

No entanto, isso não quer dizer que elas podem agir de forma mais rápida. As cápsulas de CBD funcionam como o óleo, mas demoram mais para fazer efeito. Uma vez que a camada externa da cápsula precisa ser absorvida primeiro, o óleo demora mais tempo para agir.

Foto: Gina Coleman/Weedmaps

   

Mini cápsulas 

Contudo, parece que elas podem ser mais absorvidas pelo corpo que os demais métodos. Pelo menos, foi o que descobriram os pesquisadores da Curtin University, na Austrália. 

O estudo, que foi publicado na  revista Plus One, foi realizado em camundongos com doenças neurológicas. Eles receberam mini cápsulas com o CBD líquido, feitas especialmente para ajudar a entrega do óleo no organismo sem a interferência do ácido gástrico, que dificulta a absorção por via oral. 

“Devido às limitações de absorção, nosso objetivo foi projetar e testar um novo método de entrega de drogas”, disse o pesquisador principal do estudo, professor Associado do Curtin Health Innovation Research Institute (CHIRI).

A nova fórmula de microcápsula também possui uma combinação com o ácido biliar, produzido pelo fígado. O resultado foi a melhora na distribuição do Canabidiol no cérebro em até 40 vezes em modelos animais. 

Segundo o professor, a descoberta pode auxiliar no uso clínico da cannabis em doenças neurológicas. Com uma maior absorção, extratos da cannabis podem ser mais eficazes, além de diminuir custos. 

 

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