O projeto, que é discutida desde 2015, está parada na Câmara dos Deputados desde 2021. Se sancionada, prevê que um mercado nacional da planta no país
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
Em uma tentativa de trazer uma proposta de lei sobre a indústria de cannabis de volta, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, defendeu a necessidade de um diálogo com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O ministro falou em um evento produzido pelo portal Brasil 247 e o Consultor Jurídico na última semana.
A proposta 399 é discutida desde 2015 e propõe um novo mercado da cannabis medicinal e industrial no Brasil, além de permitir o cultivo em solo nacional para uma cadeia de produção totalmente brasileira.
O próprio ministro presidiu a comissão especial na Câmara dos Deputados que analisou o projeto. Mas um recurso barrou a proposta em 2021, pedindo a análise por todos os 513 deputados, mesmo ela tendo recebido os votos necessários para ir ao Senado.
Mas, quatro anos depois, o presidente da Câmara dos Deputados não levantou a pauta no Congresso.
Contudo, Paulo Teixeira afirmou que, apesar da resistência do Congresso Nacional, essa é uma pauta essencial para ampliar o acesso à cannabis medicinal no Brasil e não ficar à mercê da indústria estrangeira.
“Não devemos tomar que o mercado deve ser tomado pela indústria, porque está sendo tomado pela indústria estrangeira. Não vejo avanço nas decisões do STJ e do STF, vejo perigo. Quando se descriminaliza poucas quantidades, não é por aí. O medicamento vai ser regulado conforme a necessidade do paciente”, disse no evento.
Ele também argumentou que já há esforços no Senado para a tramitação do projeto quando chegar lá, mas ainda é necessário passar pelos deputados federais.
Em paralelo, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou o cultivo de cannabis pela indústria apenas para fins medicinais. A ideia é que as empresas possam importar as sementes e criar uma produção nacional de cannabis para fins exclusivamente medicinais.
A medida aprovada em novembro de 2024, ainda estabeleceu um prazo de seis meses para que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleça as normas para a produção brasileira.
É possível comprar cannabis no Brasil, mas apenas para fins medicinais no Brasil, e com receita. Você pode adquirir através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
Inscreva-se grátis na nossa Newsletter!
Lady Gaga volta ao Rio 8 anos após cancelar show por fibromialgia
Nova lei nos EUA pode facilitar adoção por pais que usam maconha
Pesquisadores anunciam novo canabinoide na cannabis
Brasil lidera produção científica sobre cannabis na América Latina
Reclassificação da cannabis avança com nova liderança nos EUA
Audiência pública na Alerj cobra cumprimento de lei
Copyright 2019/2023 Cannalize – Todos os direitos reservados
Solicitação de remoção de imagem
Termos e Condições de Uso