Desde o começo da pandemia a cannabis entrou na lista de possíveis tratamentos contra a COVID e tem sido objeto de estudos.
Já falamos aqui sobre algumas pesquisas feitas com a planta para o tratamento do coronavírus. Como por exemplo, um estudo feito no Biomedical Research Institute, nos Estados Unidos.
Em pesquisas preliminares, foi descoberto que a cannabis pode ser de grande ajuda no tratamento das “tempestades de citocinas”, a reação imunológica grave que pode danificar os pulmões dos infectados.
Imagem: iStock-Stefan Tomic
Ou então um estudo feito em Israel, que investigou até os terpenos, pequenas substâncias responsáveis pelo cheiro e o sabor das plantas.
Os resultados mostraram que terpenos, combinados com canabidiol (CBD), podem ser duas vezes mais eficazes do que o uso de CBD isoladamente para tratar as tempestades de citocinas.
Agora, a novidade é que o canabidiol, o mais conhecido canabinoide da planta, pode ser capaz de interromper a proliferação do vírus nas células pulmonares, o que reverte vários efeitos da doença no organismo.
O CBD agiu como uma espécie de protetor. Ele inibiu a expressão de alguns genes dentro das células virais e também alterou a expressão em células pulmonares infectadas.
A pesquisa foi feita na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, e publicada no científico BioRxiv e aguarda revisão para a comprovação.
Caso confirmado, isso pode bloquear a infecção ainda nos seus estágios iniciais. No estudo, os cientistas também argumentam que a utilização do CBD pode estar associada a menor infecção entre humanos.
Parece que o canabinoide bloqueia uma proteína chamada Spike, que é a porta de entrada para o vírus no nosso organismo.
No texto, eles ainda argumentam que “Um grupo de pacientes, estavam tomando óleo de CBD previamente, teve a incidência de infecção pela SARS-Cov-2 consideravelmente reduzida, em comparação à população geral”.
Como esperado, o estudo também mostrou a redução das tempestades de citocinas.
Mesmo após a revisão, é preciso entender que não há nada confirmado. Os estudos feitos com a cannabis para o tratamento do coronavírus ainda são insuficientes.
Também é importante destacar que não há comprovação científica de tratamentos preventivos contra a COVID-19.
Na própria pesquisa feita pela universidade, os cientistas complementam que “estudos futuros capazes de explorar os efeitos do CBD nos pacientes, junto de testes clínicos, serão necessários para compreender totalmente o uso da cannabis para bloquear a infecção”.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduada na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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