Projeto de lei no Texas inclui dor crônica em programa de cannabis medicinal, oferecendo alternativa mais segura aos opiáceos
Entardecer em Dallas, Texas
Um projeto de lei aprovado pelo Senado do Texas pode transformar o tratamento da dor crônica no estado. A proposta reinclui essa condição no Compassionate Use Program, o programa estadual de cannabis medicinal. Agora, o texto depende de aprovação final da Câmara dos Representantes e da sanção do governador.
A informação foi divulgada pelo site Marijuana Moment, que acompanha os avanços legislativos sobre cannabis nos Estados Unidos.
Atualmente, muitos pacientes com dor crônica no Texas só conseguem alívio com opiáceos. Contudo, essas drogas oferecem riscos significativos, como dependência, efeitos colaterais graves e até overdose.
Por esse motivo, o senador Charles Perry defendeu a inclusão da cannabis medicinal como uma alternativa viável. Segundo ele, “estamos buscando opções mais seguras para essas pessoas”. Ou seja, o foco é oferecer uma escolha mais humana e menos arriscada, especialmente para veteranos e pessoas com mobilidade limitada.
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O Compassionate Use Program foi criado em 2015 e segue uma abordagem bastante restritiva. Hoje, ele permite o uso de produtos com baixo teor de THC para tratar condições específicas, como:
Epilepsia e outras síndromes convulsivas
Esclerose múltipla
Doença de Parkinson
Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
Câncer em estágio terminal
Com a nova proposta, a dor crônica seria finalmente adicionada à lista. Isso representa um avanço importante, já que a condição afeta milhões de pessoas e nem sempre responde bem aos tratamentos convencionais.
Além da dor crônica, o projeto também traz outras mudanças importantes. Por exemplo, prevê o aumento do número de dispensários licenciados no estado — de apenas 3 para até 12. Dessa forma, o acesso ao tratamento poderá ser ampliado, especialmente em áreas mais afastadas.
Além disso, produtos como loções, adesivos, aerossóis e vaporizadores serão permitidos. Isso diversifica as opções de consumo, atendendo melhor às necessidades dos pacientes.
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Outro ponto relevante é a liberação de unidades satélites, o que pode facilitar a distribuição e reduzir deslocamentos.
O projeto segue agora para a Câmara dos Representantes, que precisa aprovar as alterações feitas pelo Senado. Se tudo correr conforme o previsto, a sanção do governador Greg Abbott pode acontecer ainda neste ano.
Com a sanção do projeto, o Texas poderá liberar o uso de cannabis medicinal para dor crônica já em setembro. Isso seria um marco para a política de saúde do estado, ao reconhecer o sofrimento desses pacientes e oferecer uma resposta mais segura do que os tratamentos convencionais com opiáceos.
Lucas Panoni
Jornalista e produtor de conteúdo na Cannalize. Entusiasta da cultura canábica, artes gráficas, política e meio ambiente. Apaixonado por aprender.
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