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Quando a ansiedade vira depressão? Quando a ansiedade vira depressão?

Assim como em qualquer problema de saúde, os transtornos mentais também precisam ser cuidados para não piorar

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Quando a ansiedade vira depressão?

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país com mais ansiosos do mundo, com quase 10% dos brasileiros com o transtorno. Contudo, será que a condição também pode virar depressão?

A resposta infelizmente é sim. Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), quando não tratada, a ansiedade pode desencadear uma depressão. Embora condições diferentes, elas frequentemente acontecem juntas e ocorrem em um ciclo vicioso de sofrimento emocional. 

Inclusive, uma pode ser um sintoma da outra. A frustração causada pela ansiedade, por exemplo, aumenta o risco de desencadear depressão. A falta de disposição para fazer o que precisa ser feito, também causa ansiedade. 

Causas

Alguns psiquiatras consideram a ansiedade como uma adaptação ruim ao estresse crônico, em que a depressão é o esgotamento dos mecanismos de enfrentamento desse estresse. 

Como um estudo realizado na Suíça. Pesquisadores acompanharam 10 mil jovens durante 30 anos e perceberam que quatro em cada cinco casos de depressão na vida adulta ou no início da vida adulta, surgiam devido a um transtorno de ansiedade maltratado ou não tratado.

O que também pode explicar o aumento de 25% dos transtornos mentais durante a pandemia de Covid-19. A junção das preocupações sobre o que estava acontecendo, o isolamento social e a recusa em buscar ajuda, podem ter aumentado os casos de depressão.

A relação da dor

Mas o problema é muito mais complexo e pode envolver ainda, fatores biológicos, como desequilíbrios químicos no cérebro,

De acordo com a Universidade de Harvard, há alguns estudos científicos que apontam a existência de uma relação anatômica entre os dois transtornos. As pesquisas ainda incluem a dor nesse combo. 

Leia também: Setembro Amarelo: O Burnout pode ser um gatilho?

Pessoas com condições como dores crônicas, como fibromialgia, enxaquecas e dores neuropáticas são afetadas pela mesma área do cérebro que regulam as emoções e respostas ao estresse.

Além disso, os neurotransmissores serotonina e norepinefrina, que contribuem para a sinalização da dor, também estão envolvidos com a ansiedade e a depressão.  

Um tratamento multifatorial

Dessa forma, é necessário que, quando diagnosticado, um transtorno mental receba todo o cuidado para não piorar. Principalmente com acompanhamento psicológico, que vai ajudar a se entender melhor e administrar as emoções.

Outros hábitos também podem ajudar, como exercício regular, alimentação saudável, sono adequado e até técnicas de relaxamento.  

De acordo com um artigo publicado na revista científica Nature Mental Health, que avaliou dados de quase 290 mil pessoas durante nove anos, simples hábitos como comer de forma melhor, praticar atividade física e um sono de qualidade, reduziram em 22% o risco de depressão.

A cannabis como remédio para depressão

Em alguns casos, os medicamentos também podem ser bastante úteis para ajustar hormônios e neurotransmissores, como a cannabis. Através de um mecanismo chamado Sistema Endocanabinoide, a cannabis pode ajudar na neuromodulação do Sistema Nervoso central.

Ou seja, é capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e motivacionais das pessoas, pois influencia os neurotransmissores como a serotonina e a dopamina. 

Em 2018, por exemplo, a  Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (FCFRP) administrou a cannabis em mais de 300 ratos com sintomas depressivos. Os resultados foram uma remissão dos sintomas no mesmo dia e permanência dos efeitos por uma semana inteira.

Consulte um médico

No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um prescritor até o processo de importação do produto através da nossa parceira Cannect. Clique aqui.

https://cannalize.com.br/quando-a-ansiedade-vira-depressao/ Setembro Amarelo: O Burnout pode ser um gatilho? Setembro Amarelo: O Burnout pode ser um gatilho?

Além da ansiedade e da depressão, é preciso destacar a Síndrome de Burnout como fator de risco para o suicídio

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Setembro Amarelo: O Burnout pode ser um gatilho?

Em 2023, a Síndrome de Burnout foi incluída na lista de doenças do trabalho, junto com a ansiedade, a depressão e até tentativas de suicídio. A condição é caracterizada por uma exaustão excessiva, afetando diretamente a falta de energia em relação ao trabalho.

De acordo com a Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho), a condição já atinge 30% dos brasileiros, colocando o Brasil no topo de países mais afetados pelo Burnout. Só perde para o Japão.

Caso não tratada, a  condição pode causar estresse, úlceras, diabetes, aumento do colesterol entre outros problemas de saúde, inclusive o suicídio.

As causas da síndrome estão relacionadas principalmente pela exaustão emocional, o sentimento de incapacidade e despersonalização. Por isso, será que a condição pode ser um gatilho para o suicídio?

Uma doença que acontece aos poucos

É importante lembrar que o Burnout não começa por acaso, mas existem fases que vão se agravando ao longo do tempo. Há primeiro a necessidade de mostrar o seu valor no trabalho, seguido da incapacidade de se desligar dele.

De repente, a pessoa com a síndrome, começa a negligenciar as próprias necessidades, como sono, alimentação e o tempo de lazer. Sua autoestima é medida apenas pelos resultados do trabalho.

Leia também: Depressão: o efeito do equilíbrio da mente

A sua vida social começa a desaparecer e o trabalho ocupa todo o espaço. Os colegas começam a ser vistos como preguiçosos e incompetentes e a necessidade de relaxar pode levar ao álcool e até às drogas. 

A despersonalização e o vazio interno passam a ser frequentes, até desencadear em uma depressão. Aqui, o futuro é incerto e a vida já não faz mais sentido como antes. Há um colapso mental e físico e assim, os pensamentos suicídios.

Risco em todas as fases do Burnout

De acordo com a médica Jéssica Durand, o suicídio pode acontecer isoladamente, sem a influência de algum tipo de transtorno mental. Mas é muito mais frequente que o paciente tenha predisposição para algum problema psíquico. 

“O Burnout é um transtorno psiquiátrico que a gente sabe que causa sobrecarga, exaustão, que pode piorar os transtornos de ansiedade depressivos existentes. Isso tudo pode afetar o desempenho funcional, psicológico e cognitivo e ser um fator de risco para a ideação suicida” esclarece.  

A médica ainda complementa que não dá para falar em que estágio que o Burnout tem que estar para as pessoas começarem a pensar em suicídio, pois existem muito fatores que podem influenciar o agravamento da condição. 

“Seja um Burnout leve ou mais grave, em que a pessoa já precisou ser afastada do trabalho e que está com ansiedade e depressão associada, esses dois perfis podem ser perfis que têm esse risco maior para a ideação suicida”, complementa.

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Setembro Amarelo: O Burnout pode ser um gatilho?

Demissão

Outro ponto que também pode influenciar os pensamentos à morte em pessoas com Burnout, tem relação com a demissão. Uma vez que a pessoa perde aquilo que dedicava toda a sua atenção, o psicológico pode ficar bastante abalado.

“A pessoa já está mais suscetível, mais sensível e essa demissão pode ser um fator de piora que leve a pessoa a se sentir incapaz, ainda mais injustiçada em vários aspectos. É um gatilho”, diz.

A Dra. Jéssica Durand ainda complementa com a importância de ter um ambiente de trabalho saudável que estimule a saúde mental e emocional  das pessoas. “Em diversos aspectos, seja na convivência de equipe, igualdade salarial, benefícios, respeitar a carga horária. Isso precisa ser visto e falado no ambiente de trabalho”, acrescenta.

A cannabis como tratamento medicamentoso

Assim como outras condições mentais, o tratamento de Burnout também envolve psicoterapia, técnicas de relaxamento e autoconhecimento. Se tratando do trabalho, mudanças no ambiente também são essenciais para ajudar o indivíduo. 

Em alguns casos, o uso de medicações também pode ser um caminho para ajudar a controlar os sintomas. Remédios que são introduzidos normalmente quando a condição já está grave. 

No geral, incluem antidepressivos, ansiolíticos, sedativos, fitoterápicos e fitocanabinoides. A cannabis se encaixa neste último grupo. 

Vários estudos mostram que os produtos feitos com a cannabis podem reduzir a ansiedade, melhorar o sono e regular o humor. Tanto que o tratamento já é usado para condições como ansiedade, depressão e TEPT (Transtorno de Estresse Pós Traumático).

Mas é importante lembrar que o remédio precisa ser orientado por um médico. Além do mais, a terapia também precisa estar em dia. 

Procure ajuda 

Se você ou alguém que você conhece precisa de apoio emocional, procure o CVV (Centro de Valorização da Vida) pelo telefone 188. A ligação é gratuita. 

O SUS (Sistema Único de Saúde) ainda tem a RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) por meio do CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) que fazem o acolhimento para quem precisar.

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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.

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https://cannalize.com.br/setembro-amarelo-o-burnout-pode-ser-um-gatilho/ Setembro amarelo: o potencial da cannabis para saúde mental Setembro amarelo: o potencial da cannabis para saúde mental
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Setembro amarelo: o potencial da cannabis para saúde mental

Setembro amarelo é o mês mundial da prevenção ao suicídio, onde debatemos e conscientizamos as pessoas sobre esse tema e saúde mental e emocional no geral. Afinal, mais de 90% dos casos de suicídio estão relacionados com transtornos mentais – como ansiedade, depressão e burnout.

E assim como o uso da cannabis, esse é um tema cheio de tabus e que ainda carece de muita discussão e ferramentas para ser normalizado no âmbito social. 

Porém, essa não é a única associação que esse assunto tem com a plantinha, na verdade, os produtos à base de cannabis têm muito lugar quando a gente fala sobre o Setembro Amarelo.

A regulação do equilíbrio do corpo

Apesar de muitos estudos, ainda desconhecemos completamente a fisiopatologia dos distúrbios mentais. Sabe-se, porém, que além do SEC (Sistema Endocanabinoide) ter um papel fundamental na regulação do equilíbrio emocional e da função cognitiva, ele se encontra alterado nos transtornos mentais, o que pode indicar, na verdade, que uma desregulação do SEC pode contribuir para o surgimento dessas condições.

O estresse crônico, associado a um estilo de vida precário, seriam os responsáveis por essa desregulação do SEC, levando ao desenvolvimento dos sintomas comportamentais, fisiológicos, cognitivos e endócrinos das desordens mentais. 

Dessa forma, os endocanabinoides, isto é, a cannabis que o nosso corpo produz, podem ser marcadores promissores para a detecção e o acompanhamento dos transtornos mentais, como a depressão. 

Ainda, para trazer uma modulação positiva do SEC e consequentemente a melhora da saúde mental e emocional, o uso dos fitocanabinoides, como CBD, pode ser considerado como terapia de primeira linha no tratamento dos transtornos mentais.

A vantagem dos fitocanabinoides

Com uma baixa gama de efeitos colaterais negativos, associada a muitos benefícios, a cannabis tem se tornado cada dia mais uma realidade no dia a dia de quem sofre com questões de saúde mental. 

Isso acontece, porque, o CBD (canabidiol) e diversos outros fitocanabinoides como o  CBG (canabigerol), o CBN (canabinol) e em alguns casos até mesmo o THC (tetrahidrocanabinol), têm um efeito relaxante, ansiolítico, antidepressivo. 

Eles trazem alívio do estresse, otimizam o humor e regulam os processos cognitivos e comportamentais, mas sem deixar os pacientes letárgicos, cansados, com uma sensação de névoa ou vazio mental, diminuindo a libido e trazendo aumento de peso. 

Ao contrário, os fitocanabinoides podem ajudar nesses pontos também! Aumentando energia e disposição, diminuindo a sensação de “brain fog”, levando mais foco e concentração, equilibrando a libido, regulando o apetite.

Outros benefícios

Ademais, como os transtornos de saúde mental, comumente, estão associados entre si e com outras condições, o uso dos produtos de cannabis também acaba sendo positivo nesse ponto, já que além de tratar a desregulação emocional e cognitiva e melhorar o humor, a cannabis pode diminuir as dores físicas, promover um alívio da insônia, juntamente com um sono de qualidade, diminuir os sintomas de abstinência, sendo útil para os transtornos por abuso de substâncias e possibilitar um efeito antipsicótico.

Importante frisar, também que além dos poucos efeitos colaterais, a cannabis, no geral, não está relacionada a eventos adversos graves, e não é uma substância com risco de overdose. 

Além disso, se tratando do uso medicinal, controlado e acompanhado por um profissional de saúde habilitado, não costuma cursar com tolerância ou dependência. 

Assim, apesar de estarmos falando do setembro amarelo, esse mês cada vez mais fica invadido por essa onda verde, pois fica claro que o futuro do cuidado em relação à saúde mental está diretamente relacionado com o uso dessa planta tão rica, que tem o poder de tratar não apenas os sintomas do desequilíbrio emocional, mas de também melhorar o bem-estar e a qualidade de vida individual como um todo.

Sobre as nossas colunas

As colunas publicadas na Cannalize não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem o propósito de estimular o debate sobre cannabis no Brasil e no mundo e de refletir sobre diversos pontos de vista sobre o tema.​

https://cannalize.com.br/setembro-amarelo-o-potencial-da-cannabis-para-saude-mental/ Autista, candidato a vereador e defensor da cannabis

O Alagoano que disputa uma vaga na Câmara dos Vereadores de Maceió, encontrou na cannabis uma ajuda para enfrentar a depressão e um Burnout

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Autista, candidato a vereador e defensor da cannabis

Bob Pedrosa sempre foi uma pessoa muito sonhadora. Quando pequeno, dizia que ia para a Europa, dirigir Ferrari e ser alguém grande. Ninguém acreditava muito, passou a ser apelidado até de Forrest Gump pelos conhecidos. 

Mas ele não desanimou. Foi com muita luta que realmente conseguiu morar em Portugal. Embora lavando carros, também dirigiu carros de luxo e fez tudo o que disse que faria. Quando voltou para o Brasil, resolveu abrir uma pousada em Maceió, sua cidade natal. 

Mas agora, a sorte já não estava mais do seu lado.  

Depressão

Em 2018, até pegou empréstimos e alugou um prédio para o empreendimento. Infelizmente,  não ficou muito tempo aberto. O problema é que tudo foi interditado por um novo projeto governamental feito na orla da praia. 

Bob Pedrosa ficou desolado. Sem saber o que fazer, parou de surfar, voltou a ter depressão e passou a ter Síndrome de Burnout também. Anos depois, com 43 anos, ainda descobriria que é autista com nível de suporte 1.

Leia também: Podcast original vai abordar o uso da cannabis para autismo

“Comecei a tomar um monte de remédio que fizeram mal ao meu fígado, comecei a  ter vários problemas. Eu já tava assim em uma situação  bem difícil e eu tentei tirar a minha própria vida, fui para o fundo do poço total”, lembra.

Descobrindo o óleo de cannabis

Foi aí que um amigo lhe falou do óleo de cannabis. Pedrosa pediu ajuda da família e comprou um óleo ilegal mesmo, sem receita e de péssima qualidade. Ainda assim, parece que foi a virada de chave na vida do empreendedor. 

A cannabis medicinal tem se destacado como uma opção para condições mentais. Isso porque ajuda a restaurar a homeostase, ou seja, o equilíbrio de várias funções do organismo. Entre elas, o humor. 

Através do Sistema Endocanabinoide, a cannabis pode trabalhar como um neuromodulador para o Sistema Nervoso Central, capaz de regular aspectos emocionais, cognitivos, nervosos e processos motivacionais das pessoas.

Assim, Bob Pedrosa abandonou os remédios convencionais e a cannabis bastou como tratamento.

 Um novo trabalho

Não demorou muito para que o empreendedor embarcasse de cabeça no universo da cannabis. 

“Com três meses eu comecei o ativismo. Eu viajei fazendo visitas em comunidades quilombolas, indígenas, fui daqui até o Ceará. Fui na Abrace fazer visitas, eu estava deslumbrado com o negócio. Eu pensei ‘Caramba, o mercado está desse jeito? É isso que eu quero’”.

Bob Pedrosa voltou para o Uruguai, país que tinha morado por um tempo, mas dessa vez, para trabalhar no museu da cannabis. De volta ao Brasil, tornou-se representante de várias marcas de cannabis medicinal e virou uma referência no nordeste. 

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Autista, candidato a vereador e defensor da cannabis

Ia para todos os lugares, batia de porta em porta, contava a sua história e indicava médicos. Isso aconteceu até montar o seu próprio escritório. Pegou o CNPJ da sua antiga pousada e mudou o nome para Instituto Zion. 

Fez contrato com empresas e associações e facilitou o acesso à cannabis medicinal para pacientes e até para famílias atípicas. “Como eu fui diagnosticado aos 43 anos, eu sofri muito. Então imagina a quantidade de gente que tem, que sofre e não sabe?”, acrescenta.

Hoje, Bob Pedrosa está engajado em um novo projeto de cannabis, mas não quis falar muito sobre. 

Candidato a vereador

Por ora, o empreendedor está focado na sua candidatura à vereador de Maceió. Resolveu ser candidato depois que outras figuras políticas disseram que ele era influente e tinha chances de ganhar. 

Com uma bancada majoritariamente conservadora, Bob Pedrosa se sentiu motivado a fazer alguma coisa pela capital alagoana. Principalmente se tratando da causa canábica.

Em 2022, o estado até aprovou uma lei sobre a distribuição de produtos feitos com a planta pelo SUS (Sistema Único de Saúde). De autoria do deputado Lobão (PSB), a lei foi publicada no Diário Oficial da União, mas até agora não foi regulamentada.

Por isso, ele sentiu que precisava reforçar ainda mais a pauta para que algo seja feito. 

“Quando eu estiver na Câmara, eu vou fazer o que eu sempre fiz e que vem dando certo. Não me interessa se você é bolsonarista, se você é isso ou aquilo. Eu tenho um propósito que é incentivar as pesquisas com cânhamo aqui no nosso estado. A lei já foi criada pelo Lobão, então eu chego pra somar, pra poder desmistificar.”

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https://cannalize.com.br/autista-candidato-a-vereador-e-defensor-da-cannabis/ CBD pode ajudar dores neuropáticas, segundo estudo CBD pode ajudar dores neuropáticas, segundo estudo brasileiro

Além das dores neuropáticas, a pesquisa ainda mostrou que o canabidiol pode servir de tratamento para depressão e problemas cognitivos

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CBD pode ajudar dores neuropáticas, segundo estudo brasileiro
Foto: Envatoelements

De acordo com um estudo brasileiro recém-publicado na a Progress in Neuro-Psychopharmacology & Biological Psychiatry, o CBD (canabidiol) tem a capacidade de produzir melhorias funcionais e moleculares no cérebro de roedores. 

Desenvolvido na USP de Ribeirão Preto em conjunto com a Universidade da Campânia Luigi Vanvitelli, na Itália, a pesquisa foi coordenada pelo professor, coordenador do Centro Multiusuário de Neuroeletrofisiologia e do Laboratório de Neurociências de Dor & Emoções, Renato Leonardo de Freitas. 

Feita em ratos com dor neuropática e de outras condições, como depressão e perda cognitiva, a ideia foi investigar as conexões neurais entre o hipocampo dorsal e a região pré-límbica do córtex pré-frontal para entender como acontece essa conexão. 

E também se ela está relacionada, além da dor crônica neuropática, mas também a outras comorbidades relacionadas à depressão e prejuízos cognitivos.

Resultados

E parece que a resposta foi afirmativa. Os chamados astrócitos, que respondem a alterações causadas por lesões do sistema nervoso central, um nervo periférico ou alguma condição pré-existente, podem resultar em um aumento de substâncias pró-inflamatórias, que acabam prejudicando a comunicação com os neurônios.

Ou seja, a ativação dessa área está associada a amplificação da dor e o seu prolongamento. A região também se comunica com outras relacionadas às emoções, causando a depressão e outras condições cognitivas.

O papel do CBD 

Depois de confirmar a hipótese acima nos ratos estudados, os pesquisadores começaram a tratá-los com canabidiol em diferentes dosagens. O objetivo era entender exatamente como a cannabis poderia influenciar na dor e nos problemas psicológicos.

Após dosagens injetadas diretamente no hipocampo dos roedores, foi percebido que o CBD conseguiu diminuir as sensações de dor ao toque e ao frio, além de melhorar os comportamentos relacionados à depressão, com melhora do desempenho da memória. 

Ao que parece, o canabidiol utiliza uma conexão do hipocampo com a área pré-límbica do córtex pré-frontal, induzindo a neuroplasticidade. Trata-se da  capacidade do cérebro de se moldar a novas experiências, que ficam guardadas na mente para serem lembradas.

Alterações que ainda melhoraram a funcionalidade da atividade celular e neuromolecular. O que pode representar um importante tratamento farmacológico para dor neuropática crônica, depressão e comprometimento da memória no futuro. 

 Quer entender como a terapia canabinoide vai ajudar na sua saúde? Clique aqui e fale com um especialista!

https://cannalize.com.br/cbd-dores-neuropaticas-estudo-brasileiro/ Estudo aponta eficácia do CBD para ansiedade e depressão estudo-aponta-eficacia-do-cbd-para-ansiedade-e-depressao

Pesquisadores afirmam que uma solução oral de canabidiol pode tratar transtornos ansiosos leves e depressão associada à má qualidade do sono

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Estudo aponta eficácia do CBD para ansiedade e depressão.
Foto: Freepik

Com informações do Marijuana Moment

Uma pesquisa publicada neste mês pelo “Asian Journal of Psychiatry” sugere que o CBD (canabidiol) é eficaz no tratamento da ansiedade moderada, bem como a depressão associada ao sono ruim. 

Para chegar neste resultado, os pesquisadores dividiram um grupo de participantes em dois grupos. Em um dos grupos, os indivíduos receberam doses diárias de 300mg (miligramas) de CBD, que aumentaram para 600mg, e posteriormente diminuíram para 150mg. Os testes duraram 12 semanas. 

Já o segundo grupo recebeu um placebo pelo mesmo período.

Resultados do estudo

Após o período de testes, os pesquisadores entenderam que o componente da cannabis demonstrou eficácia terapêutica e tolerabilidade no tratamento de transtornos de ansiedade leves a moderados. Inclusive, o canabidiol trouxe benefícios significativos para distúrbios depressivos relacionados à insônia e outros problemas do sono. 

“Essas descobertas estão alinhadas com o crescente conjunto de evidências que indicam que o CBD pode ter efeitos ansiolíticos se administrado por um período mais longo, variando de 4 a 12 semanas”, afirma a pesquisa. 

Paralelo ao estudo, foi realizado um teste para transtornos de ansiedade generalizada, o qual também apresentou resultados positivos. Foram identificadas quedas nos  marcadores de ansiedade entre os participantes que fizeram o tratamento com o canabinoide em comparação com o grupo placebo (cujos indicadores não mudaram).

Os participantes do grupo CBD também tiveram as suas dosagens reduzidas perto do final do período de estudo. Não foi observado nenhum aumento imediato na sua ansiedade.

O que a ciência já sabe sobre cannabis e ansiedade?

Com o passar dos anos, estudos brasileiros e de outros países estão sugerindo que a terapia canabinoide pode tratar transtornos mentais. Embora os resultados não sejam conclusivos, existem evidências de diferentes níveis.

De acordo com uma pesquisa brasileira feita em 2012, o CBD possui propriedades ansiolíticas e é seguro não só para a ansiedade, mas também outras condições da mente, como depressão e psicose. Já em 2004, um estudo clínico mostrou que o efeito ansiolítico do CBD altera algumas atividades na região do cérebro que controla processos emocionais, no sistema límbico e paralímbico.

Em 2022, uma solução de cannabis rica em CBD desenvolvida pela Escola de Medicina de Harvard reduziu significativamente os sintomas ansiosos. O produto também trouxe melhorias no humor, sono, qualidade de vida e cognição dos participantes.

Clique aqui para conhecer mais estudos relacionados!

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Tire suas dúvidas sobre cannabis medicinal!

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Conversamos com um psiquiatra que nos ajudou a entender a ação e as diferenças das substâncias no organismo

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Qual a diferença entre cannabis medicinal e antidepressivos?
Foto: Freepik

De acordo com dados do Conselho Federal de Farmácia, a venda de antidepressivos aumentou 58% de 2017 a 2021. São remédios com prescrição médica utilizados para tratar principalmente ansiedade e depressão. 

Por outro lado, os remédios convencionais podem demorar para fazer efeito, além de trazer as mais variadas reações adversas, que vão desde dor de cabeça, vertigem e náuseas até ganho de peso, falta da coordenação motora e disfunção sexual. 

Uma opção que vem ganhando força no Brasil, são os produtos feitos à base de cannabis. Com efeitos colaterais menores, as importações de produtos para tratar condições da mente têm se destacado pelos pacientes.

Mas qual a diferença dos antidepressivos?

Conversamos com o psiquiatra João Victor Lorenzetti que nos ajudou a esclarecer melhor sobre este assunto. 

De acordo com o médico, os antidepressivos e a cannabis funcionam de maneiras diferentes. Enquanto os remédios convencionais trabalham modulando a neurotransmissão, a cannabis funciona através do Sistema Endocanabinoide.

Trata-se de um sistema presente em várias áreas do corpo e ajudam a restaurar o equilíbrio de algumas funções, como o humor, por exemplo.

“A diferença se dá pelo perfil de ação. Enquanto o foco da medicação psiquiátrica é em modulação das aminas (neurotransmissores) os óleos de CBD e derivados focam em modulação do Sistema Endocanabinoide”, ressalta.

 Ações diferentes

O psiquiatra acrescenta que, de maneira geral, os antidepressivos modulam principalmente a serotonina, dopamina e noradrenalina. Já a cannabis atua na anandamida e araquidonoilglicerol.

“Como consequência, isso estimula também os neurotransmissores clássicos (serotonina, dopamina, noradrenalina), mas de maneira predominantemente indireta.”, explica.

Lorenzetti ressalta que ambos têm segurança, tolerância e também efeitos colaterais a serem avaliados por profissional assistente e prescritor.

“Cannabis medicinal não vicia”

O médico ainda acrescenta que o CBD, quando controlado, pode ser um adjuvante no tratamento da depressão e da ansiedade. 

De acordo com o psiquiatra, a cannabis medicinal não vicia. E, inclusive, é tratamento de controle de danos, no caso de transtornos por abuso de substâncias.

Consulte um profissional

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar na marcação de uma consulta, dar suporte na compra do produto até no acompanhamento do tratamento. Clique aqui.

https://cannalize.com.br/qual-a-diferenca-entre-cannabis-medicinal-e-antidepressivos/ ‘O meu tratamento não é só o óleo final, mas também o cultivo’, diz paciente que planta o próprio remédio whatsapp-image-2023-08-15-at-16-07-19-jpeg

Hoje, Luiz não só cultiva cannabis em casa, mas também ensina outros pacientes a plantar e extrair o óleo 

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“O meu tratamento não é só o óleo final, mas também o cultivo”, diz paciente que planta o próprio remédioFoto: Arquivo Pessoal

Há alguns anos, Luiz Grasseschi passou a usar cannabis para ajudar a tratar a depressão, pois os tratamentos tradicionais não ajudavam. Mal sabia ele que anos depois, estaria ministrando aulas sobre o cultivo e extração da planta. 

Hoje, com 46 anos, Luiz cultiva o seu próprio remédio de forma legal e há três anos, passou a ensinar outras pessoas a plantarem. Também é criador de conteúdo canábico desde 2017 com a Natural Mystic Ganja e idealizador junto com a Ganzá da comunidade Grower Maker.

 “A minha luta hoje, mesmo que seja um ativismo de formiguinha, é mostrar para a sociedade de que não tem nada de errado na planta, não tem nada de errado no auto cultivo”, ressalta. 

Quando os remédios não funcionam

Grasseschi começou a utilizar maconha quando tinha 20 anos, mas nunca pensou na planta como um remédio. Usava apenas de maneira recreativa, para descontrair com os amigos. Mas foi depois de uma depressão que ele passou a olhar a cannabis com outros olhos. 

Por volta de 2010 o criador de conteúdo passou a utilizar remédios controlados para controlar a condição. Eram remédios para dormir, ansiolíticos e antidepressivos que estavam fazendo mais mal do que bem. 

Além dos efeitos colaterais, Luiz não via nenhum resultado. “Foram uns dois, três anos nessa luta”, conta.

Foi depois que conheceu a associação canábica Santa Cannabis que as coisas começaram a mudar. Trata-se de uma associação de Santa Catarina, que ajuda pacientes a se tratarem com cannabis medicinal. 

Depois de anos e anos atuando por meio de desobediência civil, a instituição finalmente obteve o direito de cultivar em fevereiro deste ano, tornando-se a terceira a obter o direito de plantar cannabis no Brasil.

Dificuldade em achar um médico

Os resultados apareceram de forma rápida e não demorou muito para que o criador de conteúdo abandonasse as tarjas vermelhas para ficar apenas com o óleo de cannabis. 

Mas ele não queria depender de empresas ou associações para se tratar, queria plantar o próprio remédio. “Já nas minhas primeiras extrações caseiras eu tive um resultado fantástico. Os primeiros óleos que eu extraí me deram uma estabilização muito grande”, ressalta.

Ainda assim, ele precisava ser acompanhado por um médico para indicar as concentrações certas e quais as dosagens que ele teria que ingerir. Diferente do que muitos pensam, a cannabis não é um remédio como os outros, mas as doses dependem do organismo de cada paciente.

Mesmo tratando a mesma condição, a concentração e até os níveis de substâncias contidas na cannabis podem variar para cada paciente. Mas, na época, encontrar um médico que fizesse isso, não era tão fácil.

Mas ele encontrou. E relata que foi um divisor de águas. 

Cultivo como terapia

Não foi só o óleo da cannabis que o ajudou a controlar a depressão, ansiedade e o sono, mas também o simples fato de cultivar. Luiz conta que por a mão na terra também virou a sua terapia.

“É muito produtivo para a mente, pois desenvolve a paciência e o equilíbrio. Eu acho que o meu tratamento não é só o óleo final, é também o autocultivo, é o dia a dia, com a planta, a observação”, complementa.

E foi essa paixão pelo manejo da planta que o fez concordar em ensinar outras pessoas a plantarem também.  Em 2020, Grasseschi passou a ministrar um curso de cultivo e extração para a associação Santa Cannabis. 

Pelas suas contas, mais de 1 mil pessoas já assistiram as suas aulas. “Foi uma experiência para abrir a mente, desde a primeira edição do curso há dois anos atrás. Justamente porque são pessoas, mães, pais, avós que fazem o remédio para os filhos”, acrescenta.

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“O meu tratamento não é só o óleo final, mas também o cultivo”, diz paciente que planta o próprio remédio Foto: Arquivo Pesoal

Conquistando o Habeas Corpus

Apesar de cultivar e ministrar aulas sobre o assunto há anos, até pouco tempo Luiz ainda não tinha obtido o habeas corpus, que dá o direito de cultivar sem ser preso. O documento é uma espécie de salvo-conduto, que protege alguém que planta cannabis para fins medicinais.

O documento foi obtido no último mês através de uma ação judicial e o criador de conteúdo se juntou a centenas de pessoas que já obtiveram o aval para cultivar em casa.

De acordo com o advogado Davi Pinheiro Marques Cantanhede, que cuidou do caso, a maioria das pessoas recorrem ao método porque não tem condições de bancar o tratamento, que pode ser bem caro dependendo do produto e da concentração.

“Não é meramente o direito à saúde que a pessoa está buscando, mas também um direito à privacidade, autonomia de ir atrás do seu tratamento da melhor forma possível”, diz.

Com ou sem medo

Luiz conta que recorrer ao habeas corpus, foi uma maneira de se sentir mais seguro. Querendo ou não, a exposição de falar abertamente sobre o tema trouxe a Grasseschi o medo de ser um alvo. 

Antes mesmo de ministrar as aulas, a exposição para a própria família foi um processo difícil.

“O cultivador acaba vivendo com medo. Em 2017 eu tinha medo da minha própria sombra, quando passa um helicóptero perto de casa eu fecho a janela, sabe aquela tensão? Ainda tenho dificuldade de receber visita, de me olharem torto, de não entenderem o processo”, desabafa. 

Por isso, ele conta que a sua missão de ensinar outras pessoas é fundamental. Apesar de saber dos riscos, um paciente ou familiar que precisa do tratamento, não vai se importar se é errado ou não.

“Todas as pessoas, sem exceção, têm uma qualidade de vida (com a cannabis) e não medem esforços. Então vão correr riscos, uma mãe com o filho autista, você acha que ela vai pensar em plantar mesmo tendo problemas jurídicos?”, indaga.

Consulte um profissional

É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um profissional de saúde habilitado, que poderá te orientar de forma específica e indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.

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Mirtazapina X Cannabis: é possível substituir?

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