Em novembro de 2021, nasceu uma nova instituição canábica. Desta vez, focada em nutrição. Chamada de Sociedade Brasileira de Nutrição Endocanabinoide, a entidade tem vertentes em educação, pesquisas e tratamentos multidisciplinares.
A princípio, a associação era voltada apenas a nutricionistas, mas, hoje, abrange médicos, dentistas e até veterinários, que focam na medicina canabinoide de uma forma que não trata exatamente uma doença específica, como a maior parte do uso medicinal da planta.
E a proposta desses profissionais é a nutrição.
Foto: Freepik
De acordo com a diretora administrativa da sociedade, Fran Assis, o Sistema Endocanabinoide, por onde a cannabis atua, não é modulado apenas pela planta, mas também por uma variedade de alimentos e atividades.
Por isso, a comida e os exercícios físicos, por exemplo, influenciam – e muito – nos tratamentos de condições médicas. Não só em terapias com a cannabis, mas em qualquer tratamento.
“A medicina funcional, integrativa e ortomolecular estão sempre debatendo os aspectos nutricionais, pois a alimentação é à base de tudo”, acrescenta.
Segundo Assis, há diferenças enormes na evolução dos tratamentos quando comparados com pacientes que não são orientados por um nutricionista ou nutrólogo. “A dieta cetogênica é um exemplo disso”, ressalta.
Não é novidade que a cannabis é vendida como um suplemento lá fora. E não é à toa que a cannabis pode ser um complemento alimentar eficiente.
Mesmo sem os canabinoides, as sementes de cânhamo, por exemplo, são consideradas um superalimento, pois são uma fonte valiosa de aminoácidos, ômega 3 e 6, proteínas, fibra, vitaminas e minerais.
Segundo a diretora, pacientes com habeas corpus de cultivo já recebem orientações nutricionais para usar as folhas, os caules e as sementes nas refeições.
“Na prática clínica do nutricionista, esse profissional tem permissão para prescrever fitoterápicos por lei. Embora ainda não seja uma realidade, daqui algum tempo poderemos prescrever óleos de cannabis dentro do padrão de fitoterapia”, diz Fran Assis.
Foto: Freepik
Um dos ideais da instituição é lembrar que os animais também possuem um Sistema Endocanabinoide que pode ser prejudicado por alimentos ultraprocessados.
Se muitos não sabem o que comer, sabem menos ainda o que dar para os seus bichos.
“Para os animais é tão grave quanto. Você vê a indústria vendendo a ideia de que as comidas industrializadas são mais saudáveis, mas, na verdade, é o contrário”, acrescenta.
Portanto, a cannabis também pode ser uma opção de suplemento alimentar para os animais.
É importante ressaltar que qualquer produto feito com a cannabis precisa ser prescrito por um médico, que inclusive, poderá indicar qual o melhor tratamento para a sua condição.
Caso precise de ajuda, disponibilizamos um atendimento especializado que poderá esclarecer todas as suas dúvidas, além de auxiliar desde a achar um médico prescritor até o processo de importação do produto. Clique aqui.
Tainara Cavalcante
Jornalista pela Fapcom (Faculdade Paulus de Comunicação) e pós graduanda na FAAP (Fundação Armando Alves Penteado) em Jornalismo Digital, atua como produtora de conteúdo no Cannalize, Dr. Cannabis e Cannect. Amante de literatura, fotografia e conteúdo de qualidade.
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