As farmácias brasileiras representam hoje a segunda via de acesso mais procurada pelos pacientes em tratamento com a cannabis, atrás apenas das importações. Até o ano passado, as associações canábicas ocupavam esta posição. Os dados são do anuário da Kaya Mind, divulgado hoje (26).
A consultoria aponta que 313 mil brasileiros (46%) possuem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para importar os produtos. Pacientes de farmácias são 212 mil (31%) e de associações 147 mil (21%). Ao todo, são mais de 672 mil brasileiros em tratamento.
No ano passado, as associações representavam 26% do mercado; e as farmácias nacionais, 22%. O canal de importação já era a via de acesso mais procurada pelos brasileiros.
Cabe destacar que nestes percentuais não estão inclusas as pessoas que fazem o auto cultivo da cannabis ou que compram em mercados ilegais, mesmo que para finalidades terapêuticas.
De acordo com a Kaya Mind, as farmácias têm potencial para virarem a principal via de acesso nos próximos anos. “Elas [farmácias] estão sendo impulsionadas pelas indústrias farmacêuticas, com respaldo da Anvisa e das compras governamentais”, explica o anuário.
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Assim como no ano passado, a maioria dos brasileiros optou por importar a cannabis medicinal. Isso pode ser explicado por dois motivos: a variedade de formas farmacêuticas (como óleos e gummies) e de marcas disponíveis no mercado internacional.
O anuário aponta que são 45 formas de produtos autorizadas para importação, contra 11 das associações e apenas uma das farmácias, no caso o óleo.
Já no quesito valor, as associações oferecem produtos mais baratos que as duas outras alternativas. O preço médio dos óleos de 16 associações consultadas foi R$335,51. No entanto, estes produtos são restritos a associados e pacientes que receberam habeas corpus para o tratamento.
Confira o comparativo completo, abaixo:
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No Brasil, a cannabis é aprovada apenas para fins medicinais e só pode ser comprada com receita. Atualmente, ela pode ser adquirida através de importações, nas farmácias e até por associações de pacientes.
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Andrei Semensato
Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Produz conteúdos sobre Política, Saúde e Ciência. Também possui textos publicados nos blogs da Cannect e Dr. Cannabis.
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