Diferente do que muitos pensam, a caxumba não é mais uma doença de antigamente, daquelas que não se tem mais registros no Brasil. Mesmo com a prevenção por vacinas, ainda atinge muitas pessoas. Somente em 2020, até o dia 25 de julho, foram notificados 186 casos de caxumba entre os moradores do Distrito Federal.
Caxumba é contagioso? É necessário tomar vacina para caxumba? A resposta para essas duas perguntas é sim.
Embora muita gente tenha a impressão de que essa doença quase não existe mais, a verdade é que a caxumba voltou a dar as caras no Brasil.
Conhecida também como papeira, a caxumba é uma infecção causada por um vírus que geralmente atinge as glândulas salivares, principalmente as glândulas parótidas, que ficam atrás das orelhas.
A doença é mais comum entre crianças e adolescentes, mas também pode ser transmitida a adultos e afetar os testículos ou ovários.
De acordo com diversas entidades internacionais de saúde, pelo menos 95% da população deveria estar imunizada, mas esse índice não chega a 75% das crianças em alguns estados, como:
Essa doença é basicamente causada por um vírus do gênero Paramyxovirus, que atinge principalmente as glândulas parótidas, mas também pode atingir os outros dois tipos de glândulas produtoras de saliva (sublinguais e submandibulares).
A transmissão da doença acontece principalmente por via aérea, por meio de gotículas de saliva produzidas por pessoas infectadas.
Também é possível pegar caxumba por meio do contato com objetos contaminados com a saliva ou secreções nasais, embora seja mais raro.
Vale lembrar que uma pessoa infectada com o vírus da caxumba pode transmitir a doença de 6 a 7 dias antes do surgimento dos primeiros sintomas e até 9 dias depois que eles desaparecerem.
Ainda não existe um tratamento específico para a caxumba. O médico pode recomendar o uso de antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas, e o paciente deve permanecer em repouso.
O primeiro e mais importante sintoma é o inchaço das glândulas salivares.
Elas ficam localizadas no interior e ao redor da cavidade bucal, em torno dos ouvidos.
Como o próprio nome sugere, são responsáveis pela produção e secreção da saliva.
Inchaço e dor nas glândulas salivares (paroditite), podendo ser em ambos os lados ou em apenas um deles
A caxumba faz parte das chamadas “doenças comuns da infância”, pois atinge, principalmente, crianças e adolescentes em idade escolar, dos 5 aos 16 anos.
Além disso, existe a possibilidade de os rapazes infectados desenvolverem também inflamação dos testículos, denominada orquite, mas, ao contrário do que se diz, é muito incomum a doença causar esterilidade.
Entre as garotas, uma parcela está igualmente sujeita a ter inflamação dos ovários, a ooforite.
Mas afinal, existem tratamentos?
Sim, e o tratamento da caxumba é baseado nos sintomas clínicos do paciente, com adequação da hidratação e alimentação, já que esses pacientes aceitam mal alimentos ácidos, que podem ocasionar dor, náuseas e até vômitos.
Além disso, manter uma boa higiene bucal é fundamental.
Pelo fato de ser uma infecção viral, a caxumba é tratada naturalmente pelo organismo.
A indicações mais comuns feitas pelos médicos são:
Nos casos que cursam com meningite asséptica, o tratamento também é sintomático. Nas encefalites, a orientação é tratar o edema cerebral e manter as funções vitais.
Bruno Oliveira
Tradutor e produtor de conteúdo do site Cannalize, apaixonado por música, fotografia, esportes radicais e culturas.
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