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A relação entre as propriedades da planta cannabis e o corpo humano é sentida por um sistema chamado Endocanabinoide, presente em todos os mamíferos. Este sistema foi descoberto na década de 1990, e é fundamental para a regulação de diversas funções fisiológicas, atuando como um “canal de equilíbrio” do organismo. A cannabis tem mais de 500 substâncias e elas exercem efeitos diferentes se combinadas em uma mesma formulação.
Para tratativas medicinais, talvez o canabinoide mais conhecido seja o CBD (canabidol), que possui ações anti-inflamatórias e tranquilizantes, podendo ser capaz de diminuir tensões no cérebro. Por ser o componente da planta com mais estudos, praticamente todos os produtos à base de cannabis possuem CBD, tanto que, em 2015, ele foi removido da lista de substâncias proibidas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Abaixo saiba mais alguns detalhes sobre o canabidiol.
Além dos efeitos citados acima, o canabidiol possui ação analgésica, ansiolítica e até mesmo antidepressiva, podendo ser uma solução para substituir alguns fármacos convencionais. Por se tratar de um componente natural, assim como todos os outros da cannabis, o CBD pode causar menos efeitos colaterais, estes derivados de composições químicas.
Dores musculares, incluindo dores crônicas, também podem ser tratadas com a substância. Fibromialgia, artrite e neuropatia são exemplos de síndromes que causam incômodos em diferentes graus e partes do corpo e podem ser tratadas com o potencial de relaxamento muscular do CBD, principalmente com produtos de altos teores.
Também por conta dessa sensação de relaxamento, o canabidiol vem sendo testado como opção segura para regular a insônia e promover um descanso mais reparador. Você pode ler mais sobre isso no e-book lançado recentemente pela Cannalize.
O tetrahidrocanabinol (ou THC) é outra substância que aparece como opção de tratamento para algumas condições de saúde. Como o componente é responsável pelos efeitos psicoativos da cannabis, suas dosagens devem ser muito baixas. Geralmente os produtos com THC que chegam ao Brasil possuem até 0,3% da substância em sua composição, essa quantidade é o limite permitido pela Food and Drug Administration (FDA), órgão sanitário dos Estados Unidos que é semelhante à Anvisa.
Segundo um estudo, o THC pode ser um bom relaxante muscular e analgésico. Combinado com o canabidiol, pode ter papel fundamental para regular a dopamina, substância responsável pelas emoções e pelo humor – e também é uma opção para estimular a fome.
Cabe ressaltar que o THC é bem mais complementar que o CBD, justamente pelo seu efeito psicoativo. Porém, os produtos com esse componente, classificados como “full spectrum” produzem o chamado efeito entourage, que prolonga os efeitos medicinais da cannabis e intensifica o poder analgésico do canabidiol.
Os dois canabinoides citados até agora são considerados maiores, pois são encontrados em maior quantidade na cannabis. Porém, existem outros compostos que também exercem funções medicinais, e um deles é o canabigerol (CBG). Embora seja uma das menores substâncias, é a “mãe” de todos as outras, pois a cannabis produz naturalmente o ácido canabigerólico (CBGA), que é quebrado por enzimas ao ser exposto ao sol ou calor. Esse ácido é a base do CBG, e ao sofrer a transformação, divide-se em THCA e CBDA.
Em linhas gerais, o canabigerol pode ser uma boa opção no tratamento do glaucoma, pois consegue reduzir a pressão intraocular. O CBG também pode ser uma boa para inibir problemas musculares e prevenir distúrbios na disfunção da bexiga, uma vez que apresentou resultados positivos em um estudo que testou sua contração com canabinoides. Porém, o CBG é pouco estudado e mais pesquisas precisam ser feitas para comprovar sua eficácia.
CBN ou canabinol é outro canabinoide menor encontrado na maioria das cepas da planta. Este pode auxiliar como um importante agente anti-bactericida, sendo útil para o tratamento de infecções e viroses. Um ensaio pré-clínico de 2019 também apontou que o CBN pode diminuir a sensibilização dos músculos mastigatórios quando combinados com o canabidiol.
O estudo foi feito com 54 roedores e apontou que a introdução dos canabinoides diminuiu a sensibilização mecânica, e assim, concluiu-se que essa combinação pode fornecer alívio analgésico para dores crônicas na região da mandíbula, como como disfunções temporomandibulares e fibromialgia, sem efeitos colaterais centrais.
Inicialmente, os canabinoides são encontrados em formas ácidas e um dos mais conhecidos é o THCA (ácido tetra-hidrocanabinólico), que pode representar até 20% da composição da cannabis. À medida que a planta seca, o THCA se converte lentamente em THC. Sendo assim, todas as cepas que ainda não passaram pela descarboxilação contém o ácido. Este componente, por sua vez, apresenta funções medicinais bem parecidas com o TCH, como ação anti-inflamatória.
Já o THCV (tetrahidrocanabivarina) surge após um processo de descarboxilação com temperaturas mais elevadas que as da geração do THC. Sendo assim, trata-se de uma versão menos psicoativa. Para fins medicinais, este componente pode ajudar no tratamento da Diabetes tipo 2. Ele pode auxiliar a melhorar a tolerância à glicose e os níveis de insulina no organismo. E portanto, é possível ter uma esperança de que o THCV pode auxiliar na redução do peso e restaurar a sinalização de insulina.
Evidentemente não será possível citar todos os canabinoides, existem mais de 500 e a maioria deles carece de informações. Contudo, a ciência está avançando e você pode descobrir a solução para sua condição de saúde na terapia canabinoide.
O primeiro passo sempre será agendar uma consulta com um profissional de saúde que 9fará a avaliação do seu quadro e indicar se a terapêutica poderá ser eficiente. Com a prescrição em mãos, será possível conhecer mais sobre os produtos e como comprá-los no marketplace da Cannect. Venha conhecer!
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