Você já pensou como funciona uma consulta com profissionais de saúde que prescrevem cannabis? A diferença destes atendimentos para os demais pode trazer desconfiança para quem busca novas maneiras de tratar uma patologia.
Porém, o tratamento com cannabis é baseado em evidências científicas, e no Brasil, o uso dos produtos só é permitido com o aval de médicos ou cirurgiões-dentistas.
De acordo com a médica do esporte, Dra. Jessica Durand, uma particularidade das consultas com profissionais que prescrevem cannabis é a abrangência do tratamento. Isso porque as questões avaliadas vão além da patologia ou incômodo sentido pelos pacientes.
O histórico de vida de cada indivíduo, o qual inclui ligações familiares, qualidade da alimentação e do sono e a prática de atividades físicas são alguns pontos importantes levados em conta pelos prescritores.
Sendo assim, ela explica que é necessário ter uma visão holística sobre os pacientes, pois a cannabis irá interagir com todas as partes do corpo. Portanto, o tratamento deverá se adequar à rotina de cada pessoa, para não atrapalhar sua qualidade de vida e desempenho das atividades diárias.
“Em um paciente que tem transtornos de ansiedade, por exemplo, nós vamos tentar resgatar os aspectos da vida profissional ou pessoal. Buscamos entender se é possível ter
outras terapêuticas além da cannabis, visando amenizar os sintomas da doença”, esclarece a médica.
Continue a leitura para entender o que esperar dessas consultas.
Não. Assim como qualquer outro tratamento, a cannabis pode não ser a melhor solução para todas as pessoas.
Cada indivíduo possui seu próprio sistema endocanabinoide, que é responsável por regular a homeostase e fazer a “comunicação” entre o sistema nervoso e o restante do organismo.
Sendo assim, cada corpo realiza as ações do seu jeito, é possível que nem todos os canabinoides sejam positivos para você, ou mesmo que a cannabis não seja a melhor alternativa. Quem dirá tudo isso será o profissional de saúde.
Conheça mais sobre o funcionamento do sistema endocanabinoide.
Durante explica que a cannabis aplicada sozinha tem um efeito no organismo, mas o sistema endocanabinoide também pode ser ativado de outras formas.
“Quando usamos a cannabis em conjunto com outras terapêuticas é possível ter bem mais benefícios, e por isso, vamos atrás dos outros pontos, como psicoterapia e exercícios físicos”, esclarece.
É comum surgirem pacientes com sintomas recorrentes, mas sem qualquer diagnóstico clínico. Para estes casos, o diagnóstico será feito da mesma forma que em outros tipos de consultas.
Em consultas com cannabis, é possível afirmar que as dúvidas e os medos são relacionados. O que é normal, uma vez que trata-se de uma abordagem pouco conhecida por parte grande da população.
Dependência
Um exemplo equivocado é de que a cannabis causa dependência. Neste caso é importante diferenciar o termo de “tolerância”.
“A cannabis não causa dependência, mas quando pensamos em fitocanabinoides psicoativos, como o Delta 9-THC, pode causar tolerância. É importante orientar o paciente em relação ao uso e explicar que esse efeito pode acontecer”, explica Jessica.
Efeitos colaterais
Embora a cannabis tenha uma gama muito baixa de efeitos colaterais, eles podem acontecer de maneira leve, principalmente em pacientes que usam mais medicações ou em pessoas idosas.
Confira: cinco medicações que podem ser substituídas pela cannabis.
Sonolência e diminuição da pressão arterial são exemplos de efeitos que podem ocorrer nos primeiros dias. É importante alertar os pacientes com chances de apresentar essas condições de saúde.
Em tese não é necessário fazer exames antes de fazer a prescrição, a não ser que o paciente venha sem diagnóstico e queira entender a raiz do problema.
O teste genético da Cannect (Cannect Gene) pode ser uma forma de entender como é o perfil metabólico de cada pessoa. Essa é também uma forma de entender como poderá ser a resposta terapêutica.
Depois que o paciente finalmente inicia seu tratamento, acompanhar a evolução é muito importante. Exemplos de monitoramento: ajuste de dose, tolerabilidade aos fitocanabinoides e efeitos colaterais.
Segundo Jessica Durand, a plataforma de enfermagem continuada da Cannect é uma forma de garantir uma viabilidade do tratamento e acompanhar a evolução dos pacientes.
“Os enfermeiros conseguem ter uma visão longitudinal e dar um suporte para os profissionais de saúde. Esse trabalho conjunto mantém o paciente em um seguimento correto, com as doses bem ajustadas e os objetivos do tratamento bem detalhados”, explica a médica.
A plataforma de agendamentos online da Cannect permite que os pacientes tenham mais autonomia para começar o tratamento. É possível escolher um médico ou cirurgião-dentista filtrando por especialidade, patologia ou pelo nome do profissional.
Em seguida, basta escolher o dia de sua preferência e automaticamente surgirá uma lista de profissionais que se encaixam à sua escolha. As consultas são a partir de R$175,00 e o pagamento pode ser feito por PIX ou cartão de crédito.
Para incentivar o início da sua jornada, estamos com condições especiais para o mês de novembro. Confira:
Andrei Semensato
Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Produz conteúdos sobre Política, Saúde e Ciência. Também possui textos publicados nos blogs da Cannect e Dr. Cannabis.
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